Processo de colapso circulatório ocorrendo uma perfusão tecidual inadequada. Complicação de uma doença que desencadeou, sempre grave, se não
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- Luiz Gustavo Madeira
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1 CHOQUE
2 Processo de colapso circulatório ocorrendo uma perfusão tecidual inadequada. Complicação de uma doença que desencadeou, sempre grave, se não revertida, resultará em lesão tecidual irreversível e em morte. Alto índice de mortalidade.
3 Choque, definido como a da PA, sinais e sintomas de perfusão insuficiente para manter a função dos órgãos vitais para o coração, cérebro, fígado, rins. A nível celular o choque pode ser um estado de insuficiência nutricional aguda de O 2 podendo levar ao estado de anóxia celular, disfunção celular e morte celular (síndrome da falência de múltiplos órgãos e sistemas).
4 Classificação: Pode ser classificado em: Choque hipovolêmico; Choque cardiogênico; Choque toxêmico; Choque neurogênico.
5 Os que desenvolvem CHOQUE passam por três estágios: Estágio I assintomáticos, apresentam taquicardia e ligeira vasoconstrição periférica. Estágio II queda de pressão sanguínea e hipoperfusão dos órgãos, (paciente inquieto e agitado). Estágio III mecanismos compensadores falham, a pressão sanguínea e surgem sinais de hipoperfusão dos órgãos terminais (queda na produção urinária, depressão do estado mental e pele fria e pegajosa).
6 Etiologia: A)Hipovolêmico: desencadeante. 0 do volume circulante é o fator Perdas rápidas, 30% do volume sanguíneo já determinam um choque hipovolêmico. Ao diminuir, o volume sanguíneo torna-se insuficiente para suprir os tecidos e o equilíbrio circulatório é rompido com a queda do DC e da PA. Numa tentativa de compensação, o organismo lança mão de uma atividade adrenergética/age pela liberação da adrenalina, dando lugar, a uma vasoconstrição e a uma isquemia no leito capilar.
7 Ex: hemorragias, queimaduras, vômitos, diarréias, desidratação, seqüestro de líquidos (grandes traumas ou cirurgias). Causas: Queimadura; Hemorragia; Desidratação.
8 b) Cardiogênico: Taxa de mortalidade nível elevado de 75%. Ex: IAM, arritmias, aneurisma da aorta, estenose aórtica, ICC, Embolia pulmonar, miocardite, tamponamento cardíaco, etc... Causas: Infarto; Arritmias; Miocardites; Insuficiência Cardíaca.
9 c) Séptico: Após cirurgia ou traumatismo grave. Caracterizado por no fluxo sanguíneo, devido infecções graves [bactérias Gram(-)]portadoras de endotoxinas (Escherichia coli ou Pseudomonas). A liberação de toxinas na circulação favorece a hipóxia celular e desencadeia arritmias cardíacas, levando à falência do miocárdio. Causas: Proc. Infecciosos; Aborto.
10 d) Alérgico ou anafilático: vasodilatação mediada pela histamina/eliminada pelos tecidos e produz reações alérgicas. e) Neurogênico: alteração do tônus vascular (vasoconstrição ou vasodilatação). Devido ao relaxamento dos vasos periféricos, há uma queda de PA e do retorno venoso ao coração, o DC. Causas: Traumatismos; Intoxicação; Anestesias.
11 f)iatrogênico: superdosagem de drogas, vasos dilatadores ou anestesias, etc. g)choque misto: alteração de mais de um componente. Causas: Traumas; Peritonites; Supuração.
12 Fisiopatologia: Independentemente da causa, os eventos fisiopatológicos e sua seqüência são semelhantes. O quadro a seguir faz a representação desses eventos fisiopatológicos.
13 Diminuição do volume sanguíneo circulante Queda de retorno venoso Queda de débito cardíaco Decréscimo do retorno venoso dos tecidos Vasoconstrição sistêmica e periférica Queda de pressão arterial
14 Quadro Clínico: Alteração do estado mental ansiedade, agitação e apatia profunda; Distúrbios de comportamento; Pele fria, úmida e sudorese; Temperatura hipotérmica; Palidez seguida de cianose; Respiração rápida e superficial;
15 Débito urinário com oligúria ou anúria; Diminuição do débito urinário chegando a anúria; Hipotensão; Elevação da FC; Pulso filiforme e rápido; Ácidos e metabólica; Morte.
16 Monitorização: PVC (cateter localizado em átrio direito); PA (PAM invasiva ou não invasiva); Cateter de Swan-Ganz (pressão de capilar pulmonar); Balanço hídrico rigoroso; FC + controle de temperatura.
17 Tratamento: Individualização para diferentes formas de choque. a) Hipovolêmico: reposição adequada e rápida do volume resolve o problema (deve ser feita com colóides e cristalóide). Cristalóides: SF, ringer simples e lactato e soluções hipertônicas. Colóides: naturais albumina humana plasma. Sintéticos gelatinas e os dextrans. Se a reposição volêmica não for suficiente lançamos mão das drogas vasoativas.
18 B)Cardiogênico: repor necessidades de volume e uso de drogas, temos que tentar resolver o problema que desencadeou o estado de choque. C)Séptico: volume; drogas vasoativas; uso de antibioticoterapia de largo espectro.
19 Assistência de Enfermagem: Circulação eficiente depende do equilíbrio entre a bomba cardíaca, volume sangüíneo e tônus vascular. O comprometimento de um ou mais fatores leva ao desequilíbrio circulatório (CHOQUE). Posicionamento do paciente: Dorsal horizontal Controle dos SSVV, rigorosamente.
20 Respiração: deprimida, obs. ritmo, freqüência, amplitude, sinais de hipóxia. O reflexo de tosse está deprimido (acúmulo de secreções necessidade de aspiração). Pulso: aumentado, fraco e filiforme. Pressão arterial: geralmente diminuída.
21 P.V.C.: nos choques hipovolêmicos está diminuída e no cardiogênico aumentada. Temperatura. Oxigenoterapia Diurese: grande importância para o controle da volêmia e perfusão renal. Faz-se necessário o cateterismo vesical.
22 Monitorização Eletrocardiográfica detecção de arritmias. Balanço Hídrico controle rigoroso das ingestões e eliminação, (correção de distúrbio hidroeletrolíticos). Movimentação passiva e Mudança de Decúbitos prevenção de fenômenos tromboembólicos e úlceras por decúbito.
23 Observação quanto: Sangramento: quantidade e local; Distensão abdominal; Palidez, cianose, sudorese, umidade e temperatura da pele; Estado de consciência (sonolência, apatia, inquietação, torpor, coma).
24 Administração de medicamentos - controle do soro, estar atenta ao monitor (arritmias). Reposição da Volemia através de sangue total, plasma ou expansor de plasma. A enfermagem deverá controlar o PVC, P.A. e diurese. Medidas gerais de conforto.
25 Aspiração das secreções s/n técnica asséptica: A cada aspiração usar sondas novas, soluções estéreis, sonda correta e calibre adequado; Manter aspirador limpo; Desprezar líquidos não utilizados em 24 horas. Evitar contato direto de ventilômetros com o circuito. Trocar coletor de secreção.
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