Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG
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- Estela Aveiro Marinho
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1 Gasometria Arterial Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG
2 Gasometria arterial Por quê a Gasometria se temos o Oxímetro de pulso e Capnógrafo?
3 Gasometria Arterial Estabelece índices e parâmetros respiratórios a serem objetivados Permite medida direta de: - ph - Oxigenação - Níveis de dióxido de carbono - Saturação de O2 - Excesso ou déficit de bases Permite avaliar a natureza e a evolução de distúrbios metabólicos e respiratórios.
4 Gasometria arterial Cuidados importantes em relação a coleta do sangue arterial: - Contra-indicações para punção arterial (coagulopatia, ausência de pulso arterial, entre outros: avaliação de risco-benefício) - Técnica correta de punção arterial - Problemas com a amostra: seringa de plástico; uso excessivo de heparina; bolhas de ar; tempo de permanência; transporte adequado.
5 ANÁLISE DA GASOMETRIA ARTERIAL Utilizada para identificar o distúrbio ácido-básico e o grau de compensação.
6 VALORES DE REFERÊNCIA Parâmetros ph PCO2 PO2 SaO2 Excesso ou déficit de base HCO3- Amostra arterial 7,35 a 7,45 35 a 45 mmhg 80 a 100 mmhg 95 a 97% - 2 a a 26 meq/l
7 DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS E COMPENSAÇÃO Distúrbio Evento inicial Compensação Acidose metabólica Alcalose metabólica Acidose respiratória Alcalose respiratória HCO 3 HCO 3 PCO 2 PCO 2 Eliminação de CO 2 pelos pulmões Retenção de CO 2 pelos pulmões Excreção renal de H + e retenção renal de HCO 3 Retenção renal de H + e excreção renal de HCO 3
8 AVALIAÇÃO DA GASOMETRIA ARTERIAL ANÁLISE DO ph ph > 7,45 (alcalemia) ph < 7,35 (acidemia) ph: 7,35 e 7,45 (normal) ph normal pode indicar gases arteriais normais ou um desequilíbrio compensado (organismo foi capaz de corrigir o ph através de alterações metabólicas ou respiratórias).
9 AVALIAÇÃO DA GASOMETRIA ARTERIAL DETERMINAÇÃO DA CAUSA PRIMÁRIA DO DISTÚRBIO Avaliação da PCO2 e do HCO 3 - em relação ao ph: PCO 2 < 35: distúrbio primário é alcalose respiratória. HCO 3 > 27 : distúrbio primário é alcalose metabólica. PCO 2 > 45: distúrbio primário é acidose respiratória. HCO 3 < 22: distúrbio primário é acidose metabólica.
10 AVALIAÇÃO DA GASOMETRIA ARTERIAL DETERMINAÇÃO SE A COMPENSAÇÃO TEVE INÍCIO Observar o valor diferente do distúrbio primário; se ele estiver se movendo na mesma direção que o distúrbio primário, a compensação está em andamento.
11 AVALIAÇÃO DA GASOMETRIA ARTERIAL ph PCO2 HCO3 (1) 7, 2 60 mmhg 24 meq/l (1) Acidose respiratória não compensada ph PaCO2 HCO3 (2) 7, 4 60 mmhg 37 meq/l (1) Acidose respiratória compensada
12 REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO As manifestações clínicas dos distúrbios ácido-básicos decorrem da interação das seguintes forças opostas: Fatores fisiopatológicos que ou o ph Mecanismos de defesa do organismo que tentam retornar o ph ao normal: Sistemas tampões ácido-básicos Mecanismos de compensação Pulmões Rins
13 REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO ph é a unidade que expressa a concentração de íons H + e está relacionado à concentração destes íons através da seguinte fórmula: ph = log 1 [H + ]
14 REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO O ph é inversamente relacionado à concentração de íons H + : ph: H + (ACIDEMIA) ph : H + (ALCALEMIA) ph normal: 7,35 a 7,45 ph < 7,35 : acidemia ph > 7,45: alcalemia
15 Relação entre (H+) e ph ph [H + ] ph [H + ]
16 SISTEMAS TAMPÕES TAMPÃO BICARBONATO HCO H + H 2 CO 3 H 2 O + CO 2
17 SISTEMAS TAMPÕES A PCO 2 é diretamente proporcional à concentração de CO 2 e H 2 CO 3 e inversamente proporcional ao ph.
18 SISTEMAS TAMPÕES Equação de Henderson-Hasselbalch: ph = 6,1 + log HCO 3 - (0,03 x PCO 2 )
19 SISTEMAS TAMPÕES Equação de Kasirer-bleich: (avalia a consistência dos dados informados pela gasometria) H + = 24 PCO 2 HCO 3 -
20 MECANISMOS DE COMPENSAÇÃO Compensação pelos pulmões: quando ocorre alcalose ou acidose metabólica. [H+] ph Hipoventilação: aumentar CO 2 Diminuição da FR e da profundidade [H+] ph Hiperventilação: eliminar CO 2 Aumento da FR e da profundidade
21 MECANISMOS DE COMPENSAÇÃO Compensação pelos rins: quando ocorre alcalose ou acidose respiratória. Controle do equilíbrio ácido-básico pela excreção de urina ácida ou básica. Mecanismo lento para responder aos desequilíbrios ácido-básicos (de 3 a 4 dias), eles representam o mais potente dos sistemas reguladores do equilíbrio ácido-básico.
22 Acidemia MECANISMOS DE COMPENSAÇÃO Excreção renal do excesso de H + Alcalemia Excreção renal do excesso de HCO3 -
23 ACIDOSE METABÓLICA Distúrbio ácido-básico caracterizado por H + em excesso e HCO 3- deficiente, provocado por um distúrbio não respiratório.
24 ACIDOSE METABÓLICA Perda direta de HCO 3 - Diarréia PRINCIPAIS CAUSAS Ganho excessivo de H + Metabolismo anaeróbio Cetoacidose diabética Insuficiência renal
25 ACIDOSE METABÓLICA MECANISMO COMPENSATÓRIO Hiperventilação PCO 2
26 ACIDOSE METABÓLICA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Cefaléia, confusão, sonolência, freqüência e profundidade respiratórias aumentadas, náuseas e vômitos. Vasodilatação periférica e DC diminuído quando ph < 7,0 (hipotensão arterial, palidez cutânea, pele fria).
27 ACIDOSE METABÓLICA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ph < 7,35 HCO 3- PCO 2 normal ou (compensação)
28 ALCALOSE METABÓLICA Decorre do excesso de HCO 3- no organismo ou de perdas de H +.
29 ALCALOSE METABÓLICA PRINCIPAIS CAUSAS Excesso de administração de HCO 3 - Vômitos em excesso e/ou aspiração de SNG
30 ALCALOSE METABÓLICA MECANISMO COMPENSATÓRIO Hipoventilação PCO 2
31 ALCALOSE METABÓLICA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Hipoventilação Taquiarritimias
32 ALCALOSE METABÓLICA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ph > 7,45 PCO 2 normal ou (compensação) HCO 3-
33 ACIDOSE RESPIRATÓRIA Resultante de uma eliminação inadequada de CO 2, com conseqüente elevação da PCO 2.
34 ACIDOSE RESPIRATÓRIA PRINCIPAIS CAUSAS Doenças neuromusculares, pulmonares e situações que culminam com hipoventilação alveolar e retenção de CO 2.
35 ACIDOSE RESPIRATÓRIA PRINCIPAIS CAUSAS Distrofias musculares, sedativos, EAP, atelectasia, pneumotórax, pneumonia, SARA, obstrução de vias aéreas, hipoventilação provocada por VM e pela administração de quantidades de O 2 a pacientes com hipercapnia crônica (asma e DPOC).
36 ACIDOSE RESPIRATÓRIA PCO 2 [H 2 CO 3 ] [H+] MECANISMOS COMPENSATÓRIOS Excreção renal de H + (urina ácida) Reabsorção renal de HCO 3
37 ACIDOSE RESPIRATÓRIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Taquidispnéia Cianose em extremidades PIC e edema cerebral nível de consciência podendo evoluir para coma
38 ACIDOSE RESPIRATÓRIA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ph < 7,35 PO2 (hipoventilação) PCO 2 > 45 mmhg HCO 3- N ou
39 ALCALOSE RESPIRATÓRIA Resultante de hiperventilação pulmonar, culminando com altas taxas de eliminação de CO2. Ocorre em situações clínicas em que existe hiperestimulação dos centros respiratórios.
40 ALCALOSE RESPIRATÓRIA PRINCIPAIS CAUSAS Quadros infecciosos e estados hipermetabólicos (sepse, febre, gravidez), lesão do SNC (hiperventilação neurogênica). IRpA, na hiperventilação provocada por respiradores mecânicos e nos quadros de ansiedade e dor.
41 ALCALOSE RESPIRATÓRIA PaCO 2 [H 2 CO 3 ] [H+] MECANISMOS COMPENSATÓRIOS Eliminação renal de HCO 3 (urina alcalina)
42 ALCALOSE RESPIRATÓRIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Espasmos musculares e tetania Tonteira Vasoconstrição e fluxo sangüíneo cerebral
43 ALCALOSE RESPIRATÓRIA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ph > 7,45 PCO2 < 45 mmhg HCO 3- N ou
44 Desordens ácido-básicas simples: Tipo de Desordem ph PaCO 2 [HCO 3 ] Acidose Metabolica Alcalose Metabolica Acidose Respiratoria Aguda Acidose Respiratoria Cronica Alcalose Respiratoria Aguda Alcalose Respiratoria Cronica
45 Dúvidas?????
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