Sepse Professor Neto Paixão
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- Vítor Bicalho Avelar
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1 ARTIGO Sepse
2 Olá guerreiros concurseiros. Neste artigo vamos relembrar pontos importantes sobre sepse. Irá encontrar de forma rápida e sucinta os aspectos que você irá precisar para gabaritar qualquer questão de concurso, ok? Boa leitura! Sepse o que é? A sepse é uma condição sistêmica que apresenta alta morbidade no Brasil. Apresenta letalidade mais elevada que doenças como Infarto agudo do miocárdio, alguns cânceres e AIDS. O fator tempo é de extrema relevância para o tratamento da sepse e por isso, deve-se trabalhar em conjunto com a detecção antecipada dos sinais e sintomas apresentados pelos pacientes e, sobretudo, a equipe de enfermagem deverá ter seus olhos atentos para este problema. A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. A resposta sistêmica gerada pela sepse pode ter sua origem causa por infecção por vírus, fungos, bactérias ou protozoários. Manifesta-se como diferentes estágios clínicos de um mesmo processo fisiopatológico, e representa um desafio para a equipe de saúde. Por isso, mesmo os profissionais não diretamente envolvidos em seu atendimento devem reconhecer os sintomas e sinais de gravidade e providenciar a referência imediata para que o tratamento possa ser feito.
3 Sepse não é uma infecção generalizada. A reação inflamatória causada por ela se manifesta em todo o organismo, porém a infecção pode estar presente em apenas um único órgão. A incidência (número de casos novos) da sepse vem aumentando, daí a importância de sua precoce identificação, tratamento e controle. Os atendimentos de emergência devem estar atentos e proporcionar melhorias no atendimento, gerando maior sobrevida dos pacientes. Razões para o aumento de incidência da sepse: Aumento da população suscetível Maior quantidade de pessoas idosas e imunussuprimidas, a exemplo de portadores do vírus HIV e pacientes em tratamento quimioterápico. Crescimento da resistência. Estima-se cerca de 17 milhões de casos por ano em todo o mundo. Os custos associados também aumentaram significativamente: de 15,4 bilhões de dólares para 24,3 bilhões em Sepse é a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva (UTIs) não cardiológicas, com elevadas taxas de letalidade. 30% dos leitos de UTIs do Brasil estão ocupados por pacientes com sepse ou choque séptico. No Brasil não há dados sobre a mortalidade por sepse.
4 O choque séptico é um subtipo do Choque Distributivo. Neste tipo de choque os mediadores da inflamação causam exacerbada vasodilatação periférica, queda da resistência vascular e dificuldade de retorno sanguíneo, o que leva ao choque circulatório e diminuição da oferta de oxigênio e nutrientes aos tecidos. Lembre-se dos conceitos: Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS) Presença de pelo menos 2 dos seguintes itens: a) temperatura central > 38,3ºC ou < 36ºC; b) frequência cardíaca > 90 bpm; c) frequência respiratória > 20 rpm ou PaCO2 < 32 mmhg ou necessidade de ventilação mecânica; d) leucócitos totais > /mm³ ou < 4.000/mm³ ou presença de formas jovens > 10%. Sepse Disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção. Disfunção orgânica: aumento em 2 pontos no escore Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) como consequência da infecção.
5 Sepse grave Presença dos critérios de sepse associada à disfunção orgânica ou sinais de hipoperfusão. Essa fase é caracterizada por falência hematológica, metabólica, pulmonar, do sistema nervoso central, cardiovascular e/ou renal. Sinais e sintomas de disfunções orgânicas: Hipotensão Oligúria Necessidade de oxigênio suplementar Distúrbios de coagulação Disfunção hepática Acidose lática Alteração aguda do estado mental. Choque séptico Anormalidade circulatória e celular/metabólica secundária a sepse o suficiente para aumentar significativamente a mortalidade. Requer a presença de hipotensão com necessidade de vasopressores para manter pressão arterial média 65mmHg e lactato 2mmol/L após adequada ressuscitação volêmica.
6 O diagnóstico e tratamento da sepse baseiam-se em um protocolo gerenciado que contém oito intervenções diagnósticas e terapêuticas que norteiam a melhoria da assistência. O protocolo está divido em pacotes, da seguinte forma: Pacote de 3 Horas Coleta de lactato sérico Coleta da hemocultura antes de iniciar a antibioticoterapia Início do tratamento com antibiótico após a primeira hora do diagnóstico Reposição volêmica nos pacientes com hipotensão ou lactato duas vezes o valor normal Pacote de 6 Horas Uso de vasopressores para manter pressão arterial média acima de 65mmHg
7 Reavaliação do status volêmico e da perfusão tecidual Mensuração da pressão venosa central ou da saturação venosa central de oxigênio Nova mensuração de lactato para pacientes com hiperlactatemia inicial. No tratamento da sepse lutamos contra o tempo, por isso a detecção deve ser precoce, é necessário conhecimento sobre o protocolo e que se preste assistência de enfermagem com devida qualidade. Diagnósticos de Enfermagem: Ventilação espontânea prejudicada Déficit no autocuidado para alimentação, banho/higiene, higiene íntima Risco de glicemia instável Risco de integridade da pele prejudicada Hipertermia Troca de gases prejudicada Débito cardíaco diminuído Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais Padrão respiratório ineficaz
8 Dor aguda Mucosa oral prejudicada Ansiedade Medo E aí, gostou do artigo? Nos dê seu feedback. Abraços e seja feliz! A persistência é o caminho do êxito. Charles Chaplin
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