METODOLOGIA DOS INDICADORES INDUSTRIAIS DO RIO GRANDE DO SUL
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- Aurélio Dias Tavares
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1 B O L E T I M D A I N D Ú S T R I A METODOLOGIA DOS INDICADORES INDUSTRIAIS DO RIO GRANDE DO SUL 2013 INDICADORES INDUSTRIAIS-RS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS SISTEMA FIERGS
2 Idicadores Idusriais do Rio Grade do Sul Objeivo da Pesquisa O objeivo da Pesquisa Idicadores Idusriais FIERGS/CNI é o de promover a geração de ídices que permiam acompahar o desempeho da idúsria o curo prazo. Os ídices produzidos servem como isrumeo para avaliação da cojuura ecoômica, ao ideificar variações a aividade idusrial. Não é objeivo da pesquisa esimar valores absoluos para as variáveis pesquisadas. METODOLOGIA Âmbio O âmbio da pesquisa é formado pelo cojuo de uidades locais que respoderam ao formulário RAIS, ao base 2008, cuja aividade pricipal equadra-se como uma das aividades da idúsria de rasformação e que possuíam 20 ou mais pessoas ocupadas (PO) em 31 de dezembro do ao de referêcia. A escolha do âmbio de 20 se jusifica pela defiição precisa do uiverso que se deseja ivesigar, eglobado pequeas, médias e grades empresas, segudo coceio do SEBRAE; permie ambém a comparabilidade com as demais pesquisas produzidas pela CNI, além de possibiliar que esados com empresas idusriais de meor pore possam esar melhor represeados. Uidade de Ivesigação A uidade de ivesigação correspode à uidade local (edereço ou edereços de auação da empresa o esado), classificada a divisão idusrial - 2 dígios da Classificação Nacioal de Aividades Ecoômicas CNAE versão 2.0. Classificação de Aividades Ecoômicas A classificação uilizada correspoderá à Classificação Nacioal de Aividades Ecoômicas (CNAE) versão 2.0 maida pelo IBGE, que permiirá a comparabilidade dos dados ere diferees foes esaísicas. A CNAE esá esruurada em 4 íveis hierárquicos. No caso dos Idicadores Idusriais do RS, apeas 2 íveis serão coemplados:. seção alfabéico de 1 dígio (C = Idúsria de Trasformação);. divisão umérico de 2 dígios. Como as uidades de ivesigação são pré-classificadas o ível de 2 dígios da CNAE quado da seleção do paiel de iformaes o ao de referêcia, devem ser cosiderados os seguies casos especiais: Uidade local que possua lihas de produção classificadas em mais de uma divisão idusrial deve cosiderar apeas os dados relaivos à aividade sobre a qual ela é cosulada; caso cada liha de produção eseja associada a um úmero o CNPJ, eão do mesmo edereço cosam duas ou mais uidades locais. Nese caso, se iverem sido selecioadas, deverão cosiderar as iformações separadas para cada liha de produção. Uidade local que eha lihas de produção classificadas em mais de uma divisão idusrial, e desde que ão seja possível ideificar separadamee as iformações para cada uma desas divisões, deve ear o raeio por valores perceuais. Quado isso ão for possível, as iformações devem se referir ao oal da uidade local, acompahadas de uma observação do iformae sobre a divisão idusrial a que se refere. Seleção das Uidades Locais Opou-se por adoar a meodologia de "Paiel" por core, combiado-se iformações de valor da rasformação idusrial (VTI) e de pessoal ocupado (PO). A escolha da variável VTI como variável de seleção das divisões 2 dígios da CNAE difereemee do passado, quado se adoou o Valor da Produção - se jusifica pela mesma servir como uma proxy do valor agregado da idúsria, represeado a esruura idusrial que se deseja acompahar aravés de idicadores de cojuura. Adoou-se 2012 INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 2
3 ambém a variável PO para seleção das divisões 2 dígios, icorporado ao paiel os seores que mais coribuem para o emprego idusrial. As iformações uilizadas para defiição do paiel de iformaes origiam-se da Pesquisa Idusrial Aual (VTI e PO) do IBGE e do cadasro da RAIS (Pessoal Ocupado) do MTE, ambos referees ao ao de Para o Rio Grade do Sul, o paiel de uidades locais foi defiido em duas eapas: i) seleção de divisões 2 dígios da CNAE, com base a represeaividade de o míimo 70% para o VTI e de 50% para o PO o oal da idúsria de rasformação ; e ii) seleção das uidades locais com base a represeaividade do Pessoal Ocupado PO em cada 2 dígios da classificação de, o míimo, 60% para as aividades (divisões dois dígios) selecioadas com base o criério acima. Além dos criérios referidos, foram selecioadas pela Federação ouras divisões 2 dígios CNAE, por eeder como imporaes a esruura idusrial do Esado. A seleção das uidades locais, com base ambém a represeaividade do Pessoal Ocupado PO em cada 2 dígios da classificação é de, o míimo, 40% do oal. Aividades Tabela 1 - Divisões Selecioadas Selecioado Selecioado Selecioado por VTI por PO pela FIERGS Alimeos x x - Fabricação de bebidas - - x Tabaco x - - Fabricação de produos êxeis - - x Cofecção de Arigos do Vesuário e Acessórios - - x Couros e calçados x x - Fabricação de Produos de Madeira - - x Impressão e Reproduções de gravações - - x Fabricação de Coque, derivados do peróleo e de biocom - - x Produos químicos x - - Fabricação de produos de borracha e de maerial plásic - - x Mealurgia - - x Produos de meal x x - Fabricação de equipameos de iformáica, produos ele - - x Fabricação de máquias, aparelhos e maeriais eléricos - - x Máquias e equipameos x x - Veículos auomoores x - - Fabricação de Móveis - - x Divisões Selecioadas Além das divisões 2 dígios selecioadas, foram icorporadas ao paiel os seguies desdobrameos das divisões a seguir. Divisão 15: desdobrameo: couro e calçados; Divisão 22: desdobrameo: borracha; Divisão 28: desdobrameo: máquias agrícolas; Em razão de sigilo, as divisões 19 (Fabricação de Coque, derivados do peróleo e de biocombusíveis) e 20 (Produos químicos) serão divulgadas agrupadas aravés do segmeo Químicos, derivados de peróleo e biocombusíveis, respeiado os pesos de cada divisão a PIA. Na divisão 19, uma úica empresa deém a quase oalidade do seor. Coceiuação das Variáveis As variáveis a seguir lisadas represeam o míimo que se eede ecessário para a produção de idicadores de cojuura, ficado cada Federação de Idúsria resposável pela iclusão de ouras variáveis, segudo seus ieresses Faurameo Valor oal do faurameo da uidade local selecioada, iso é, o valor do faurameo líquido da uidade local exclusive IPI, as codições FOB - fábrica - referee a produos idusrializados o edereço de auação da empresa, e vedidos as codições usuais aos cliees INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 3
4 Devem ser icluídos os valores sem IPI relaivos às saídas para o esado/vedas de produção do esabelecimeo, às saídas para ouros esados/vedas de produção do esabelecimeo e às saídas para o exerior/vedas de produção do esabelecimeo da Guia de Iformação e Apuração do ICMS. Devem ser excluídos, se exisees, os valores relaivos às rasferêcias ere uidades locais da mesma empresa, às vedas de produos recebidos de ouras uidades locais da mesma empresa, às receias proveiees de presações de serviços, às vedas de aivo fixo, às revedas de maérias primas beeficiadas, ec Compras Correspode a compras de maérias-primas, maeriais auxiliares e compoees (iclui maerial de embalagem, combusíveis usados como maéria-prima e lubrificaes), adquiridos para processameo a produção, ou seja, à oalidade das compras efeuadas o mês de referêcia, ao valor do cuso de aquisição, icluido armazeagem, frees, seguros e ouras despesas ierees, mesmo que eham sido cobradas à pare do valor das mercadorias, deduzidas de ICMS e IPI quado recuperados. Devem ser icluídos os valores sem IPI relaivos às eradas o esado/compras para idusrialização, às eradas de ouros esados/compras para idusrialização e às eradas do exerior/compras para idusrialização da Guia de Iformação e Apuração do ICMS. Devem ser excluídas as compras de mercadorias adquiridas para reveda Emprego Correspode ao úmero oal de pessoas empregadas em aividade a uidade local o úlimo dia do mês de referêcia da pesquisa, remueradas direamee pela empresa, com ou sem vículo empregaício, com corao de rabalho por empo ideermiado ou emporário, ligadas ou ão ao processo produivo. Devem ser icluídas as pessoas que, a ocasião da apuração, esejam emporariamee ausees, a exemplo das pessoas em gozo de férias, liceças, seguros por acidees ec., desde que afasadas do serviço aivo por prazo ão superior a 30 dias Emprego a Produção Parcial do iem aerior. Correspode ao pessoal empregado remuerado direamee pela empresa, em aividades ligadas ao processo de rasformação idusrial da uidade local, ou seja, produção de bes e serviços idusriais, maueção, reparação de equipameos idusriais, uilidades e apoio direo à produção idusrial Horas rabalhadas a produção Número de horas rabalhadas pelo pessoal empregado a produção. Devem ser excluídas as horas pagas, mas ão efeivamee rabalhadas, como descaso semaal remuerado, férias, iclusive quado coleivas, as referees ao período de afasameo por acidee de rabalho ou liceça médica, ec. 3. Massa salarial Valor da remueração oal referee à remueração do rabalho desevolvido pelo pessoal empregado oal da uidade local o mês de referêcia da pesquisa. Deve icluir: valor dos salários valor das horas-exras valor do 13º salário (ou parcela dese) o mês de referêcia da pesquisa valor do aviso prévio valor de férias valores pagos a íulo de rescisão de corao comissões e perceages aboos ajuda de cuso de represeação, educação e auxílio-fueral graificações ajusadas expressa ou aciamee, ais como as de balaço aual, empo de serviço e de fução ou cargo de cofiaça prêmios corauais ou habiuais de produividade, assiduidade, ec. paricipação os lucros disribuídos aos empregados adicioais de serviços perigosos, ouros e isalubres salário-família salário-maeridade, efermidade, ec. remueração de 10 dias de férias em dobro (aboo de férias: 1/3 do período) remueração compesaória do baco de horas 2012 INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 4
5 4. Uilização da Capacidade Isalada Parcela da capacidade de produção operacioal em codições ormais de fucioameo uilizada o mês. Deve ser expressa em %. O valor iformado ão deverá ulrapassar os 100%, que correspode à uilização máxima da capacidade isalada. Ese perceual a ser iformado deverá ser calculado ou esimado pela empresa, segudo os criérios que ela própria usualmee emprega para defiir o grau de uilização de sua capacidade produiva. Colea e críica dos dados A colea dos dados é realizada mesalmee por meio de quesioário respodido pelas empresas por meio elerôico (sie da FIERGS ou ). Exisem dois procedimeos básicos de críica dos dados da pesquisa: a erada de dados e a geração dos resulados. No momeo da digiação do quesioário o sisema efeua uma série de críicas de cosisêcia, permiido ao aalisa ivesigar possíveis erros de iformação ou resulados aípicos para deermiada uidade de ivesigação. Um cojuo de relaórios emiidos pelo sisema permie que ovas críicas sejam efeuadas após a geração dos resulados agregados, com base a comparação com os dados passados. Como a pesquisa rabalha com um croograma razoavelmee rígido de divulgação dos resulados, permie-se a aleração dos resulados passados aé 6 meses. Essas alerações podem dever-se a aceros de iformações por pare dos iformaes ou à iclusão de dados de uidades que ão respoderam dero do prazo previso. Idicadores As variáveis Faurameo, Compras, Horas rabalhadas a produção, Emprego e Massa salarial são represeadas por ídices de base fixa, calculados a parir da variação média dos valores apurados. Para isso uiliza-se um paiel comparado, o que exige que as empresas paricipaes o mês eham respodido à pesquisa ambém o mês -1. A variável Uilização da capacidade isalada divulgada como um perceual é a média poderada dos perceuais de uilização de cada uidade local. Nesse caso, ão se uiliza um paiel comparado. A média é calculada com base em odas as empresas respodees o mês em quesão. As variáveis divulgadas em úmeros ídices são Faurameo, Emprego, Horas rabalhadas a produção, Massa salarial e Compras. Os resulados agregados do oal da idúsria são obidos uilizado o sisema de pesos associado a cada variável. Eses pesos são obidos a Pesquisa Idusrial Aual do IBGE para a idúsria de rasformação, obedecida à relação exposa a abela a seguir. Tabela 2 Idicadores e poderadores O faor de poderação é deermiado pela paricipação de cada divisão 2 dígios da CNAE pesquisada o oal da idúsria de rasformação para as iformações das PIA média de 2007 e Cálculo do Ídice de base fixa do seor de aividade idusrial. Os ídices de base fixa de cada seor de aividade s, um deermiado esado e, para o mês de referêcia, são obidos por meio da relação: ode: IBF = IBF. R (1) s 1 s s 2012 INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 5
6 IBFs - é o ídice de base fixa da variável em quesão do seor de aividade s, o mês de referêcia ; IBF 1 s referêcia é o ídice de base fixa da variável em quesão do seor de aividade s, o mês de -1. Rs - é a razão ere os valores da variável em quesão do seor de aividade s, ere os meses e Ídice de base fixa do seor idusrial do Rio Grade do Sul Os ídices de base fixa para a idúsria de rasformação gaúcha, o mês de referêcia, são obidos por meio da relação: ode: IBF RS = IBF referêcia ; IBF s= 1 RS srs referêcia -1. W srs s= 1 IBF srs. W (2) srs - é o ídice de base fixa da variável para a idúsria de rasformação, o mês de - é o ídice de base fixa da variável em quesão do seor de aividade s, o mês de WsRS - é peso do seor de aividade s perae o cojuo de seores pesquisados, sedo = 1, ode é o úmero de seores que compõem o resulado do Esado. Calculo dos idicadores reais. Os deflaores uilizados para a geração dos resulados reais da variável Faurameo são os Ídices de Preços por Aacado (IPA-OG) do respecivo seor de aividade, elaborados pela Fudação Geúlio Vargas (FGV). Para a variável Massa salarial real, o deflaor usado é o Ídice Nacioal de Preços ao Cosumidor (INPC) Poro Alegre, elaborado pelo IBGE, idepedee do seor. Para cada seor de aividade, os ídices reais são cosruídos a parir dos valores reais coforme descrição abaixo: ode: F F r = e IPA r F é o faurameo real ou as compras reais; MS F é o faurameo omial ou as compras omiais; r MS é a massa salarial real; MS é a massa salarial omial. r MS = (3) INPC POA Os ídices reais são calculados de maeira aáloga a dos ídices omiais. A difereça é a uilização dos valores reais em subsiuição aos valores omiais a cosrução dos ídices seoriais (equação 1) INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 6
7 Cálculo da Uilização da Capacidade Isalada (UCI) Uilização da capacidade isalada do seor de aividade. O perceual médio de Uilização da Capacidade Isalada (UCI) o seor de aividade s é obido por meio da média poderada dos perceuais de uilização reporados por cada uidade local. O peso é dado pelo úmero de horas rabalhadas a produção usada como proxy da produção, cosiderado as iformações forecidas por cada uidade iformae desse seor de aividade o mês de referêcia. Uilização da capacidade isalada da idúsria de rasformação. O perceual médio de UCI do seor de aividade acioal s, o mês de referêcia, é o perceual médio das UCI do seor s paricipae da pesquisa o mês, poderado pelo peso do seor o pessoal ocupado apurado com base a média das PIAs de 2003 a ode: UCI RS = s= 1 UCI srs. W (4) srs UCI RS - perceual médio de UCI para a idúsria de rasformação gaúcha o mês de referêcia ; UCI srs - perceual médio de UCI do seor de aividade s para o mês de referêcia ; WsRS - paricipação do seor de aividade s a média do úmero de pessoal ocupado em 31 de dezembro perae os seores pesquisados, ode = W srs s 1 = 1. Deflaores Os deflaores a serem uilizados para geração das séries reais (faurameo e compras) são os Ídices de Preços por Aacado (IPA-OG), elaborados pela Fudação Geúlio Vargas. Para a variável massa salarial, será uilizado como deflaor o INPC Poro Alegre, elaborado pelo IBGE. Quao ao IPA, que esá a classificação aiga, ele é repoderado, buscado-se aproximá-lo da ova classificação. Para isso, se associará a cada 3 dígios da classificação CNAE o IPA que mais se aproxima da aividade idusrial em quesão, formado-se o deflaor o ível de 2 dígios como uma recomposição dos íveis de 3 dígios. Recohece-se a limiação de al procedimeo, embora seja o úico aualmee dispoível. Ereao, espera-se que um fuuro próximo o IBGE eseja gerado ídices de preços ao produor, com base as variáveis moeárias e de produção física da Pesquisa Idusrial Aual. Ídice de Desempeho Idusrial Irodução O Ídice de desempeho Idusrial (IDI/RS) é um idicador cosruído com o objeivo de aferir o ível de aividade da idúsria de rasformação do Rio Grade do Sul - expressa a forma de produção, empregos e geração de fluxos de reda. Ese idicador é, porao, uma espécie de ermômero acerca dos múliplos aspecos que se verificam as operações correes das empresas idusriais gaúchas. O IDI/RS é cosruído a parir da ifluêcia cojua das variáveis Faurameo, Compras, Horas Trabalhadas, Massa salarial e Uilização da Capacidade Isalada e Emprego. O mesmo procedimeo é uilizado para deermiar os IDIs seoriais dos diferees gêeros que são relevaes a mariz produiva da idúsria de rasformação do RS. Em jaeiro de 2013, os pesos das variáveis para cálculo do IDI passam por sua erceira aualização, a úlima foi em INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 7
8 Cálculo do IDI A cosrução de ídices esá baseada, basicamee, a aplicação de écicas esaísicas mulivariadas exploraórias de sieização da esruura de variabilidade dos dados. Em geral, eses méodos possuem um grade apelo práico, pois em sua grade maioria idepedem do cohecimeo da forma maemáica da disribuição de probabilidades geradora dos dados amosrais. Normalmee, as variáveis são relacioadas ere si e uma esruura com muias variáveis ora muio complicada a aálise global a parir de esaísicas uivariadas. A écica uilizada a cosrução dos Ídices de Desempeho Idusrial do Esado do Rio Grade do Sul foi a Aálise de Compoees Pricipais (PCA). Seu objeivo pricipal é o de explicar a esruura de variâcia e covariâcia de um veor aleaório, composo de p-variáveis aleaórias (idicadores pesquisados: faurameo, compras, massa salarial, UCI, horas rabalhadas a produção), aravés da cosrução de combiações lieares das variáveis origiais. Esas combiações lieares são chamadas de compoees pricipais e são ão correlacioadas ere si (são idepedees). O que se objeiva é criar m compoees pricipais, ode m < p variáveis. A écica cosise a redução da dimesão dos dados coleados, maedo-se boa pare da variabilidade origial explicada pelas m primeiras compoees pricipais. A qualidade desa aproximação da variabilidade depede o ível de correlação ere as variáveis e do úmero de compoees uilizadas. Como a cosrução de ídices, uiliza-se somee a primeira compoee pricipal, espera-se que esa represee a maior pare da variabilidade origial e a quaidade da variabilidade origial represeada pela primeira compoee pode ser medida. A obeção das compoees pricipais evolve a decomposição da mariz de covariâcias do veor aleaório de ieresse. Uma vez deermiadas as compoees pricipais, os seus valores uméricos, deomiados escores, podem ser calculados para cada elemeo amosral. Dese modo, os valores de cada compoee podem ser aalisados usado-se écicas esaísicas usuais, como aálise de regressão ou aálise de variâcia, por exemplo. As variáveis coleadas pela equipe de Assessoria Ecoômica da FIERGS dividem-se em dois grupos: Moeárias e Não Moeárias. Esas variáveis foram previamee rabalhadas e rasformadas em uma série hisórica de úmeros ídices uilizado, ou juho de 2000, ou jaeiro de 2001 como base. Quao as variáveis moeárias, esas ambém foram previamee deflacioadas a fim de poderem ser correamee aalisadas. As variáveis dese esudo são: Moeárias: o o o Não Moeárias: o o o Faurameo real; Massa salarial real; Valor Toal de Compras. Emprego; Horas Trabalhadas a Produção; Uilização da Capacidade Isalada. Cosiuiu-se Ídices para 21 seores e subseores da Idúsria do Esado do Rio Grade do Sul, coforme TABELA 1. Além da criação de um Ídice de Desempeho para cada seor, foi elaborado um Ídice Geral Agregado, oalizado a cofecção de 22 Ídices INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 8
9 Tabela 3 Seores pesquisados os Idicadores Idusriais do RS C Idúsria de rasformação 10 Alimeos 11 Bebidas 12 Tabaco 13 Têxeis 14 Vesuário e acessórios 15 Couros e calçados Couros Calçados 16 Madeira 18 Impressão e reprodução 20 Químicos, der. de peróleo e biocomb. 22 Borracha e plásicos Borracha 24 Mealurgia 25 Produos de meal 26 Iformáica, elerôicos e óicos 27 Máquias e maeriais eléricos 28 Máquias e equipameos Máquias agrícolas 29 Veículos auomoores 31 Móveis A proporção da variâcia oal de X que é explicada pela primeira compoee pricipal (Y 1 ) é defiida como: Var[ Y1 ] λ1 λ1 = = p Var X Traço ode: ( ) [ ] ( pxp) λ = auovalor associado a primeira compoee; 1 p i= 1 λ = somaório dos auovalores associados as p compoees pricipais. i Assim, como a primeira compoee soziha agrega a maior pare da variabilidade origial do veor aleaório X, ela é basicamee um ídice de desempeho global. Sua ierpreação varia de caso a caso de acordo com a magiude dos pesos aribuídos a cada variável. Oura medida uilizada para verificar a adequacidade do modelo é o coeficiee Kaiser-Meyer- Olki Measure of Samplig Adequacy (KMO). Ese coeficiee cosise em mesurar se a iversa da mariz de correlação se aproxima de uma mariz diagoal. O coeficiee é defiido por: 2 R ode: Rij ij i j KMO = 2 2 Rij + Qij i j i j = correlação ere as variáveis X i e X j, e i= 1 λ i 2012 INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 9
10 Q = correlação parcial ere as variáveis X i e X j. ij De maeira geral, valores ere 0,5 e 1,0 são desejáveis, idicado que os dados são adequados à aálise de compoees pricipais. Resulados Desa forma, para a elaboração do ídice de cada seor, uilizou-se uma série hisórica de úmeros ídices com base em jaeiro de 2003 a dezembro de A variável massa salarial, que iicia sua série em jaeiro de 2006, foi reroagida a jaeiro de 2003, uilizado a variável pesquisada aeriormee, Toal dos salários líquidos, como base para o ecadeameo. Na TABELA 3 é exibido o resumo dos resulados por seor da Idúsria do Esado do Rio Grade do Sul. Tabela 4 - KMO, Auovalor 1 e Perceual da Variâcia Explicada (% Var) 1 os Seores da Idúsria do Esado do Rio Grade do Sul. Auovalor KMO Variâcia explicada* C Idúsria de rasformação 3,537 0,700 58,9% 10 Alimeos 2,486 0,567 49,7% 11 Bebidas 3,156 0,689 63,1% 12 Tabaco 3,388 0,686 67,8% 13 Têxeis 2,435 0,608 48,7% 14 Vesuário e acessórios 1,970 0,437 39,4% 15 Couros e calçados 3,100 0,659 51,7% Couros 3,093 0,734 77,3% Calçados 2,899 0,626 48,3% 16 Madeira 2,770 0,599 55,4% 18 Impressão e reprodução 2,544 0,672 50,9% 20 Químicos, der. de peróleo e bioco 3,083 0,720 61,7% 22 Borracha e plásicos 3,331 0,845 66,6% Borracha 3,301 0,833 55,0% 24 Mealurgia 3,397 0,808 67,9% 25 Produos de meal 4,108 0,813 68,5% 26 Iformáica, elerôicos e óicos 3,183 0,761 63,7% 27 Máquias e maeriais eléricos 3,235 0,760 53,9% 28 Máquias e equipameos 4,144 0,734 69,1% Máquias agrícolas 4,127 0,775 68,8% 29 Veículos auomoores 3,774 0,857 75,5% 31 Móveis 3,772 0,753 62,9% 1. Relaivos à primeira Compoee Pricipal. Os Ídices de Desempeho Idusrial do Esado do Rio Grade do Sul serão obidos a parir da média poderada dos pesos aribuídos a cada uma das variáveis pela primeira Compoee Pricipal. Assim, a abela 5 e 6 a seguir apreseam os escores aribuídos pela Compoee Pricipal bem como os pesos poderados para cada um dos seores idusriais. Após uma aálise iicial dos dados coleados, aravés do cálculo das compoees pricipais, observaram-se algumas baixas correlações ou correlações egaivas ere variáveis ode, segudo parâmeros eóricos, correlações posiivas deveriam ser obidas. Em fução disso, em algus seores, variáveis foram reiradas do modelo. Noe que, de acordo com cada caso, em odas as variáveis podem esar presees o cálculo do escore fial INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 10
11 Tabela 5 - Escores da 1ª Compoee Pricipal Emprego Horas rabalhadas a produção Uilização da capacidade isalada Faurameo real Massa salarial Compras C Idúsria de rasformação 0,360 0,485 0,470 0,446 0,138 0, Alimeos 0,584 0,597 0,000 0,102 0,492 0, Bebidas 0,520 0,475 0,000 0,418 0,530 0, Tabaco 0,506 0,523 0,000 0,244 0,461 0, Têxeis 0,361 0,388 0,477 0,581 0,000 0, Vesuário e acessórios 0,515 0,621 0,257 0,479 0,000 0, Couros e calçados 0,504 0,531 0,056 0,231 0,491 0,409 Couros 0,477 0,493 0,000 0,519 0,000 0,511 Calçados -0,537-0,563-0,112-0,157-0,519-0, Madeira 0,517 0,520 0,279 0,341 0,000 0, Impressão e reprodução 0,464 0,554 0,000 0,371 0,341 0, Químicos, der. de peróleo e biocom 0,333 0,464 0,476 0,462 0,000 0, Borracha e plásicos 0,431 0,498 0,444 0,441 0,000 0,416 Borracha 0,343 0,493 0,429 0,499 0,211 0, Mealurgia 0,339 0,467 0,452 0,474 0,000 0, Produos de meal 0,428 0,429 0,421 0,442 0,395 0, Iformáica, elerôicos e óicos 0,453 0,000 0,349 0,468 0,430 0, Máquias e maeriais eléricos 0,493 0,497 0,451 0,276 0,415 0, Máquias e equipameos 0,432 0,432 0,363 0,409 0,357 0,420 Máquias agrícolas 0,431 0,430 0,426 0,408 0,293 0, Veículos auomoores 0,464 0,476 0,322 0,459 0,000 0, Móveis 0,431 0,292 0,382 0,482 0,401 0,437 Tabela 6 - Pesos poderados da 1ª compoee Emprego Horas rabalhadas a produção Uilização da capacidade isalada Faurameo real Massa salarial oais Compras C Idúsria de rasformação 0,154 0,207 0,201 0,190 0,059 0, Alimeos 0,292 0,299 0,000 0,051 0,246 0, Bebidas 0,241 0,220 0,000 0,193 0,245 0, Tabaco 0,232 0,240 0,000 0,112 0,211 0, Têxeis 0,164 0,176 0,217 0,264 0,000 0, Vesuário e acessórios 0,245 0,295 0,122 0,228 0,000 0, Couros e calçados 0,227 0,239 0,025 0,104 0,221 0,184 Couros 0,239 0,247 0,000 0,260 0,000 0,256 Calçados 0,246 0,258 0,051 0,072 0,237 0, Madeira 0,238 0,239 0,128 0,157 0,000 0, Impressão e reprodução 0,211 0,252 0,000 0,168 0,155 0, Químicos, der. de peróleo e biocomb. 0,150 0,209 0,215 0,208 0,000 0, Borracha e plásicos 0,193 0,223 0,199 0,198 0,000 0,187 Borracha 0,144 0,207 0,180 0,210 0,089 0, Mealurgia 0,153 0,210 0,204 0,214 0,000 0, Produos de meal 0,176 0,176 0,173 0,181 0,162 0, Iformáica, elerôicos e óicos 0,204 0,000 0,157 0,211 0,194 0, Máquias e maeriais eléricos 0,208 0,210 0,190 0,116 0,175 0, Máquias e equipameos 0,179 0,179 0,150 0,169 0,148 0,174 Máquias agrícolas 0,177 0,177 0,175 0,168 0,121 0, Veículos auomoores 0,210 0,215 0,145 0,207 0,000 0, Móveis 0,178 0,120 0,158 0,199 0,165 0,180 oais 2012 INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 11
12 Para fis de exemplificação, o Ídice de Desempeho Idusrial do Rio Grade do Sul para o oal da idúsria será calculado pela seguie fórmula, coforme a primeira liha da abela acima: IDI/RS = 0,154*emprego + 0,207*horas rabalhadas a produção + 0,201*uilização da capacidade isalada + 0,190*faurameo real + 0,059*massa salarial + 0,190*compras oais. A UCI, que origialmee é divulgada em grau médio, para fis de cálculo do IDI é rasformada em úmero ídice com base fixa a média do ao 2006 igual a INDICADORES INDUSTRIAIS UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS FIERGS 12
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