Língua Portuguesa. Língua Portuguesa. Língua Portuguesa. Língua Portuguesa.Língua Portuguesa. Língua Portuguesa. Língua Portuguesa.
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- Ian Furtado Arantes
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1 l Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa.Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua Prtuguesa. Língua
2 Títul Dificuldades ds aluns em Língua Prtuguesa Editr Ministéri da Educaçã Direcçã-Geral de Invaçã e de Desenvlviment Curricular Autres Sónia Valente Rdrigues (Crd.) Regina Duarte (Crd.) Ana Paula Mats; Antóni Leal; Cnceiçã Mnteir Net; Custódi Braga; Dulce Neves; Fátima Miranda Francisc Silva; Graciete Mutinh; Idalina Ferreira; Jã Jsé Silva; Jaquim Cracel; Jsefina Ribeir; Laura Guimarães; Manuel Vieira; Manuela Cunha; Margarida Andrade; Maria da Graça Peixt; Maria Jsé Carvalh Matilde Castanh; Olga Brchad; Orland Martins; Paula Dantas; Purificaçã Silvan; Rsa Maria Amaral Susana Nunes; Teresa Vascncels; Virgínia Crreia Cncepçã Gráfica Isabel Espinheira Lisba, 5 de Dezembr 2008
3 A síntese que aqui se apresenta faz parte d dcument Diagnóstic de Dificuldades ds Aluns, cuja versã cmpleta está dispnível para cnsulta em crrespndente à intervençã didáctica mnitrizada levada a efeit durante an lectiv de , n quadr d prject Investigaçã e Ensin da Língua Prtuguesa (IELP), medida d Plan Estratégic para Ensin d Prtuguês. A intervençã didáctica mnitrizada fi cncretizada ns 2.º e 3.º cicls d ensin básic e n ensin secundári, em diferentes ans de esclaridade, cm incidência nas cmpetências essenciais da Língua Prtuguesa/Prtuguês: Leitura, Funcinament da Língua, Escrita, Oralidade. Esta síntese da avaliaçã de desempenh e diagnóstic de dificuldades ds aluns d 6.º a 11.º an, de turmas ds prfessres aplicadres d Prject IELP, nã dispensa a leitura d dcument integral, pr ser nele que se pdem cnhecer as cndições de aplicaçã, univers, s testes aplicads, bem cm s dads das prduções ds aluns. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 01
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5 Índice I - Intrduçã 05 II Leitura crítica ds dads reclhids 1 Cmpetência de leitura 1.1 Leitura de As Naus de Verde Pinh, de Manuel Alegre 6.º an Leitura de O Pirata, de Sphia de Mell Breyner 7.º e 8.º ans Leitura d cnt A Perfeiçã, de Eça de Queirós 9.º an 09 2 Cmpetências de Leitura e de Cnheciment Explícit da Língua 2.1 Leitura d cnt A Saga, de Sphia de Mell Breyner 8.º an Leitura da crónica O elixir da juventude, de Paula Mura Pinheir - 10.º an 12 3 Cmpetência de Escrita 3.1 Análise de prduções escritas de aluns d 10.º an Análise de prduções escritas de aluns d 11.º an 14 4 Cmpetência de Oralidade 4.1 Debate sbre a Vilência esclar, dinamizad pel prfessr 8.º an de esclaridade Interacçã verbal e expsiçã ral cm supervisã d prfessr 10.º e 11.º ans 16 III Cnclusões Finais
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7 Intrduçã Cm s estuds que agra se apresentam, pretende-se reunir dcumentaçã significativa que infrme as tmadas de decisã fundamentais para a revisã ds prgramas de Língua Prtuguesa para Ensin Básic. Esta revisã cnsubstancia a necessidade de articulaçã entre dcuments rientadres para ensin da língua prtuguesa, bem cm da sua actualizaçã, de frma a qualificar ensin da língua e a cntribuir para a melhria das aprendizagens ds aluns. A preparar a revisã ds prgramas de Língua Prtuguesa, cncretizada pr uma equipa de dcentes cnvidads para efeit, e crdenada pel Prfessr Dutr Carls Reis, a Equipa de Prtuguês da DGIDC realizu váris estuds preparatóris, numa tentativa de analisar a realidade em que a revisã se inscreve, incluind neste lhar diferentes agentes d prcess de ensin-aprendizagem: dcentes, aluns, investigadres e frmadres de prfessres. Os dads reclhids sã agra divulgads em três grups: dificuldades ds aluns, psiçã ds dcentes acerca d ensin da língua e tendências que s dcuments rientadres para a língua prtuguesa evidenciam, n últim sécul. O primeir estud desta publicaçã Dificuldades ds aluns em Língua Prtuguesa integra uma síntese da avaliaçã de desempenh e de diagnóstic de dificuldades ds aluns d 6.º a 11.º an, de turmas ds prfessres aplicadres d Prject Investigaçã e Ensin da Língua Prtuguesa (IELP). Trata-se da síntese de um estud, cuja versã integral se encntra dispnível para cnsulta em revisadsprgramasdelpeb.aspx, que apresenta as grandes cnclusões d trabalh efectuad pr este grup, n âmbit da intervençã didáctica mnitrizada durante an lectiv 2007/2008. Esta intervençã didáctica fi levada a efeit ns 2.º e 3.º cicls d ensin básic e n ensin secundári, em diferentes ans de esclaridade, cm incidência nas cmpetências essenciais da Língua Prtuguesa/Prtuguês: Leitura, Cnheciment Explícit da Língua, Escrita e Oralidade. O segund estud Psiçã ds dcentes relativamente a ensin da Língua Prtuguesa cnstitui uma fnte precisa de infrmaçã quer pela sua actualidade, quer pela visã glbal da experiência ds dcentes, da frma cm percepcinam as suas práticas e se relacinam cm s enquadraments legais, quer ainda pelas necessidades que cnstatam enquant frmands. O dcument cmpreende a análise d inquérit nacinal as dcentes sbre ensin da Língua Prtuguesa n ensin básic, que resulta d tratament estatístic e da leitura cmentada ds dads btids em questinári preenchid electrnicamente pr dcentes de Língua Prtuguesa, de 499 agrupaments d país (57% d ttal ds agrupaments da rede nacinal), em Outubr de dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 05
8 Inclui a análise d questinári Trabalhar cnteúds de Funcinament da Língua, tend cm referência a Terminlgia Linguística, aplicad pel GramaTICª.pt a dcentes, frmands e frmadres. Cmpreende ainda a análise de trabalhs didáctics em cntext de frmaçã cntínua, uma leitura cmentada das prpstas didácticas de 758 frmands de td país. Trata-se de trabalhs realizads nas acções de frmaçã O Trabalh de Funcinament da Língua em sala de aula e a Terminlgia Linguística, que decrreram entre Març e Junh de Os materiais prduzids fram analisads na perspectiva da didactizaçã, n sentid de se verificar tip de trabalh privilegiad pels dcentes quand peracinalizam a cmpetência de Funcinament da Língua, bem cm a sua articulaçã cm as cmpetências de leitura, de escrita e de ralidade. O últim estud, de carácter distint ds precedentes, prpõe uma leitura diacrónica ds prgramas de Língua Prtuguesa/Prtuguês, desde 1921, n sentid de se identificarem as grandes variações nas linhas rientadras d ensin da língua, s paradigmas que estã subjacentes às pções tmadas legalmente, papel que a língua materna tem assumid n currícul, bem cm tip de aula de língua que cada um ds texts prgramátics estudads prefigura, enquadrads pr um cntext históric específic. A análise da realidade cnstituída pr dcentes e aluns de Língua Prtuguesa é, assim, cmplementada pel estud diacrónic ds prgramas da disciplina, que pré-cnfiguram a aula de língua, na tentativa de delinear um pan de fund para a revisã que agra se apresenta. Qualquer paradigma de ensin da língua materna assenta n papel scial e esclar que lhe é atribuíd pela sciedade, alterand-se à medida que esta se transfrma, mas mantend características de paradigmas anterires que prvaram servir bjectiv a que s prgramas se prpõem: frnecer rientações estruturantes para s dcentes, sabend que currícul de fact é determinad pr estes agentes, que tmam decisões e adaptam a cntext da sua sala de aula que centralmente é prpst. A revisã ds prgramas far-se-á, certamente, nã pr ruptura cm passad, mas de acrd cm que a análise ds cntexts em que esta se insere prvar ser necessári, de frma a melhrar a qualidade das aprendizagens ds aluns. Tem sid este, aliás, bjectiv primeir de qualquer medida tmada n âmbit d Plan Estratégic para Ensin d Prtuguês. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 06
9 IILeitura crítica ds dads reclhids 1. Cmpetência de Leitura 1.1 Leitura de As Naus de Verde Pinh, de Manuel Alegre 6.º an Análise ds dads A análise ds dads reclhids através d teste prévi permitiu cncluir que a mairia ds aluns revela: cmpreensã / interpretaçã glbal da bra; dmíni ds cnceits de «herói», «mnstr» e «viagem física»; algum dmíni d camp lexical ds cnceits «herói», «mnstr» e «viagem física», embra puc diversificad; capacidade de lcalizaçã, n text, de infrmaçã explícita; capacidade de inferir características das persnagens a partir de cmprtaments descrits n text e explicitads ns enunciads das próprias tarefas a realizar. Apesar da cmplexidade das actividades, grande parte ds aluns cnseguiu aceder a sentid d text. Em muits cass, cntud, este acess a sentid nã é devlvid, uma vez que é praticamente invalidad pela incapacidade de prduzir uma respsta frmalmente crrecta; cnheciment sbre a classe de palavras nmes; capacidade de identificaçã da figura de retórica cmparaçã. Pr utr lad, a bservaçã das respstas mstru que s aluns revelam dificuldades: de interpretaçã/ cmpreensã de aspects mais específics da bra, devid a: descnheciment d léxic; nã recnheciment d us metafóric de certs cnceits; em relacinar persnagens e respectivs cmprtaments; na apreensã de infrmações implícitas; na realizaçã de paráfrases; na justificaçã de respstas; na explicitaçã de cnceits u situações cm um grau de cmplexidade mair; n us da metalinguagem adequada; na estruturaçã sintáctica e semântica das frases; na representaçã gráfica, nmeadamente, na rtgrafia, n us de letras maiúsculas, na acentuaçã e na pntuaçã. Síntese Em terms gerais, a mbilizaçã da cmpetência de leitura a partir de As Naus de Verde Pinh, de Manuel Alegre, cm aluns de 6.º an permite-ns verificar que as suas respstas traduzem, pr um lad, a activaçã da enciclpédia de leitres, facilitand-lhes acess a sentid glbal da bra e a cnceits que lhes sã familiares e, pr utr, apareciment de algumas dificuldades na realizaçã de inferências mais cmplexas e na cmpreensã d us metafóric de certs cnceits. Daí que s aluns recnheçam a cmparaçã, mas nã cnsigam activar cnheciment metalinguístic que lhe está assciad. Embra cnsigam aceder as primeirs níveis de leitura d text, alguns aluns revelam dificuldades ns dmínis lexical e semântic, que, para além de impedir a cmpreensã de nexs de sentid mais cmplexs, se repercute inevitavelmente na sua frma de expressã. As respstas a questinári revelam prblemas de natureza sintáctica, semântica, rtgráfica e de pntuaçã. Neste sentid, refrça-se a ideia de que as cmpetências de leitura e de escrita devem ser trabalhadas em estreita relaçã, sb pena de as dificuldades detectadas na segunda cmprmeterem a rápida prgressã cgnitiva ds aluns. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 07
10 1.2 Leitura de O Pirata, de Sphia de Mell Breyner 7.º e 8.º ans Análise ds dads A análise ds dads reclhids através d teste prévi permitiu cncluir que a mairia ds aluns: activa cnheciment prévi relativamente as cnceits de «pirata» e «herói»; dmina a dualidade d cnceit de «pirata» (herói e mnstr); cnsegue identificar, transcrever, enumerar características d herói e/u das persnagens d pema. Pr utr lad, a bservaçã das respstas mstru que s aluns revelam dificuldades: em identificar e cmpreender s valres metafórics d cnceit de «viagem»; em justificar uma afirmaçã, recrrend, em alternativa, a paráfrases u a exempls textuais; na estruturaçã sintáctica e semântica das frases; na adequaçã da selecçã lexical; na representaçã gráfica, designadamente na rtgrafia, n us de letras maiúsculas, na acentuaçã e na pntuaçã. Síntese Previamente à análise d text pétic, s aluns apresentaram seu hriznte de expectativas relativamente a cnceit de «pirata». Tant n 7.º cm n 8.º an, as respstas veicularam uma representaçã mental influenciada pr filmes e pr livrs de aventura e de ficçã, integrand a faceta dupla de «herói» e de «mnstr» na prduçã das suas definições de «pirata». Quand se passa para a abrdagem d pema, s aluns revelam dificuldade em ultrapassar a estrutura de superfície textual e de, à semelhança d que sucede cm s aluns d 6.º an, apreenderem alguns ds seus sentids metafórics, cm de «viagem imaginária», embra alguns a assciem a snh. Em alguns cass, recurs sistemátic à citaçã (nem sempre identificada cm tal) e à paráfrase indiciam a dificuldade de prduzir arguments que justifiquem a sua psiçã. Além diss, alguns aluns tendem a apiar-se em estruturas de utr géner mais cnhecid narrativ para cnstruírem as linhas interpretativas d pema, que revela uma saudável transpsiçã de cnheciments já adquirids para nvas situações de aprendizagem. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 08
11 1.3 Leitura d cnt A Perfeiçã, de Eça de Queirós 9.º an Análise ds dads A análise ds dads reclhids através d teste prévi permitiu cncluir que a mairia ds aluns: cnsegue realizar inferências a partir d text; é capaz de inferir algumas elabrações metafóricas d cnceit/term «viagem»; é capaz de activar cnheciments prévis, articuland-s cm a infrmaçã textual; prduz inferências avaliativas. Pr utr lad, a bservaçã das respstas mstru que s aluns revelam dificuldades: em mbilizar cnceit de «figura»; em aplicar alguns cnheciments adquirids a nvas situações; a nível sintáctic: crdenaçã e subrdinaçã; cncrdância verbal; na utilizaçã de vcabulári adequad e variad. Síntese Este estud centra a sua atençã ns cnceits de «herói», de «viagem» e de «figura» (em Calips). Pela análise das respstas dadas, verifica-se que muits ds aluns partem d text para cnstruírem as suas inferências, alcançand prgressivamente um nível mais exigente de cmpreensã ds seus sentids metafórics. Apesar de nã mbilizarem alguns ds cnheciments já adquirids, cm cnceit de «figura», assciad à deusa Calips, à sua beleza física e à resistência de Ulisses perante a sua seduçã incessante - um atribut própri de um herói -, s aluns tecem inferências avaliativas, explicitand as causas inerentes à cnduta reprvável de Calips. Desta feita, s resultads indiciam que s aluns sã capazes de prblematizar e de analisar a cmplexidade das persnagens, demnstrand que a fuga a certs cenáris de respsta nã cmprmete a chegada a alguns nexs mais prfunds d text. Verificam-se dificuldades na cnstruçã das respstas, nmeadamente n que diz respeit à estruturaçã de frases cmplexas, estand ainda pr reslver dmíni da crdenaçã e da subrdinaçã. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 09
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13 2. Cmpetências de Leitura e de Cnheciment Explícit da Língua 2.1 Leitura d cnt A Saga, de Sphia de Mell Breyner 8.º an Análise ds dads A análise ds dads reclhids através d teste prévi permitiu cncluir que a mairia ds aluns: respeita a rdem da sequência descritiva; identifica elements relevantes da descriçã que dizem respeit às classes de palavras; relacina algumas classes de palavras cm as características da descriçã. Pr utr lad, a bservaçã das respstas mstru que s aluns revelam dificuldades: na rganizaçã discursiva das suas respstas; ns dmínis da sintaxe e da semântica (estruturaçã das respstas; falta de artigs; falta de cncrdância); de mbilizaçã de um cnheciment metalinguístic; em justificar uma afirmaçã. Síntese Este estud prcura averiguar até que pnt dmíni de cnteúds linguístics específics (a nível das classes de palavras e d léxic) interfere na apreensã de unidades cmplexas de sentid textual. Os aluns recnhecem características próprias da descriçã, mas identificam sbretud elements linguístics da classe de palavras. Nã activam cnheciment metalinguístic relativ a mecanisms de cesã e prgressã. O fact de este estud exigir escrita cmpsitiva na respsta às perguntas levu à evidência de dificuldades de textualizaçã e de estruturaçã frásica. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 11
14 2.2 Leitura da crónica O elixir da juventude, de Paula Mura Pinheir 10.º an Análise ds dads A análise ds dads reclhids através d teste prévi permitiu cncluir que a mairia ds aluns: detecta marcas específicas de dúvida / prblema; identifica bject sbre qual incide a apreciaçã; recnhece a sequência textual relativa à impressã glbal da autra; identifica a sucessã de frases cm cnteúd apreciativ que têm entre si paralelism de cnstruçã; demnstra cnsciência linguística, a identificar funções sintácticas e a classificar s verbs presentes nas frases. Pr utr lad, a bservaçã das respstas mstru que s aluns revelam dificuldades: em manifestar seu pnt de vista sem recrrer a expressões textuais, cmetend errs de citaçã e de rganizaçã frásica; em lcalizar sequências relativas à apreciaçã crítica; em recnhecer elements da estrutura cmpsitiva de um text; em mbilizar metalinguagem de natureza sintáctica; em interpretar inferencialmente s efeits discursivs prduzids pela justapsiçã de cnstruções paralelísticas; em relacinar as diferentes sequências textuais e em cmpreender a rganizaçã discursiva da crónica em análise; a nível da análise d discurs de um text de piniã. Síntese A partir da crónica de Paula Mura Pinheir, realizu-se um estud que pretendia cmpreender em que medida s níveis de desempenh da cmpetência de leitura de texts de piniã e crítics dependem da explicitaçã da estrutura e funcinament discursiv desta tiplgia. Cnstatu-se que, em geral, s aluns cnseguem identificar tema que serve de pretext à crónica, bem cm as sequências textuais cm cnteúd apreciativ. Identificam ainda a sucessã de frases que têm entre si semelhança de cnstruçã e repetiçã de elements de referência a bject, demnstrand cnsciência linguística, cm a identificaçã das funções sintácticas e a classificaçã ds verbs presentes nas frases. N entant, nã identificam efeit discursiv prduzid pr estas cnstruções. Embra revelem algumas dificuldades em recnhecer cmpnentes da estrutura cmpsitiva d text, prblema radica sbretud na falta de dmíni metalinguístic de natureza sintáctica e semântica, que trna mais difícil a identificaçã e explicaçã de efeits retórics. Um frac dmíni da cmpetência discursiva e ds cnheciments a ela assciads explicará a incapacidade da mair parte ds aluns em cmpreender desenvlviment temátic, que s impede de aceder à cnclusã. Num text de natureza crítica u de piniã, a nã cmpreensã da psiçã final da autra invalida acess à sua cnclusã lógica. Também neste nível de ensin se mantém a dificuldade em justificar respstas, send a cnstruçã da respsta pessal substituída pr paráfrases u exempls retirads d text. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 12
15 3.Cmpetências de Escrita 3.1 Texts de apreciaçã crítica de aluns d 10.º an Análise ds dads A análise ds dads reclhids através d teste prévi permitiu cncluir que a mairia ds aluns nã adquiriu as cmpetências necessárias para escrever um text de piniã. Pr utr lad, a bservaçã das respstas mstru que s aluns revelam dificuldades: na cnstruçã textual; na rtgrafia e acentuaçã; n us da pntuaçã; a nível sintáctic: articulaçã discursiva, us ds cnectres textuais e cncrdância verbal; a nível mrflógic: cnjugaçã prnminal, cnjugaçã prnminal reflexa, empreg d md cnjuntiv, distinçã entre presente/pretérit perfeit; n us das regras de translineaçã; em prduzir um discurs cerente e apiad em frmaçã relevante; na utilizaçã de vcabulári variad e ric. Síntese Este estud teve pr base a prduçã de texts de apreciaçã crítica em que s aluns escrevem sbre um livr que leram. Váris factres pdem explicar as dificuldades sentidas pels aluns na elabraçã da actividade, nmeadamente a falta de cnslidaçã de cnteúds leccinads ns ans anterires. Para além de nã se registarem hábits regulares de leitura, ntam-se, mais uma vez, lacunas relativas à cmpetência discursiva, que se reflecte na falta de recnheciment da especificidade d discurs ral e d discurs escrit. Finalmente, é de salientar a premência de realizar um trabalh ficinal a partir da cmpetência de escrita, uma vez que é visível a falta de planificaçã ds texts e a ausência de um trabalh de reescrita. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 13
16 3.2 Análise de prduções escritas de aluns d 11.º an Análise ds dads A análise ds dads reclhids através d teste prévi permitiu cncluir que a mairia ds aluns revela: alguma precupaçã na rganizaçã d text, evidenciand um dmíni de mecanisms de cesã que evitam repetições lexicais u frásicas; mbilizaçã de cnheciments já adquirids. Pr utr lad, a bservaçã das respstas mstru que s aluns revelam dificuldades: em cmpreender enunciad, pr se tratar de uma prpsta de cmentári; em expressar um pnt de vista pessal; em desenvlver a temática prpsta; a nível d dmíni de cnceits cmplexs, cm é cas d invcad a educaçã -, ns seus múltipls aspects. Síntese Os aluns prduziram texts a partir de uma pergunta A educaçã influencia percurs scial e/u prfissinal ds indivídus? tend apenas cm indicaçã limite de mínim e máxim de palavras. Apesar de s texts escrits nã reflectirem tds s cnheciments mbilizads anterirmente, alguns ds aluns apiaram-se num text que tinha sid bject de leitura crítica na aula anterir A fascinante tese d ensin da ignrância. A mairia das prduções é fiel à pergunta realizada e apresenta características da estrutura argumentativa, demnstrand que s aluns interirizaram um mdel já treinad. As respstas revelam uma manifesta precupaçã em usar adequadamente marcadres textuais. Mstram ainda um dmíni de estratégias de retma anafórica. A mair dificuldade surge quand s aluns tentam apresentar um pnt de vista pessal, afastand-se da infrmaçã cntida na pergunta. Refira-se, n entant, que é necessári prduzir enunciads rigrss quant a prdut a apresentar pels aluns, para garantir um mair sucess na realizaçã da tarefa e para s brigar a fazer transferências, recuperand infrmaçã e cnheciments prévis, adquirids em cntexts diverss. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 14
17 4.Cmpetências de Oralidade 4.1 Debate sbre a Vilência esclar, dinamizad pel prfessr - 8.º an Análise ds dads A análise ds dads reclhids através d teste prévi permitiu cncluir que a mairia ds aluns revela: capacidade de se expressar cm crrecçã linguística; adequaçã d ritm e da vcalizaçã a cntext cmunicativ. Pr utr lad, a bservaçã das respstas mstru que s aluns revelam dificuldades: inerentes à timidez, insegurança e falta de hábits de trabalh cm esta cmpetência; em prduzir arguments e cntra-arguments; em manter a rientaçã da argumentaçã; em apresentar exempls que sustentem a argumentaçã; em refrmular a piniã em funçã ds arguments ds utrs; em frmular cnclusões. Síntese De um md geral, este estud dá cnta de uma mdalidade discursiva que s aluns ainda nã dminam, mas cujas regras de cmunicaçã já cnhecem. A mair parte ds aluns tmu parte n debate, apesar das dificuldades reveladas. Nesta fase, verificu-se ser mais fácil veicular uma piniã d que refrmular pnts de vista u apresentar cntra-arguments, uma vez que se cnstatu ser difícil diversificar estratégias argumentativas. Deve sublinhar-se, n entant, a validade ds arguments aventads pels aluns, assim cm esfrç de crrecçã linguística, nmeadamente n que diz respeit à cesã e a us de vcabulári diversificad. Manifestand várias dificuldades a nível da cmpetência discursiva, mesm num tema que lhes é familiar, s aluns cnseguiram atingir um patamar razável na avaliaçã da actividade, realizada cm base em grelhas de bservaçã. Neste cntext, justifica-se uma intervençã didáctica na mdalidade d Debate, nmeadamente a nível d trabalh explícit da cmpetência discursiva. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 15
18 4.2 Interacçã verbal e expsiçã ral cm supervisã d prfessr 10.º e 11.º ans Análise ds dads A análise ds dads reclhids através d teste prévi permitiu cncluir que a mairia ds aluns revela: facilidade em cmpreender a lógica argumentativa; familiaridade cm tema. Verifica-se ainda que s aluns d 11.º an têm um melhr desempenh na cmpetência da ralidade d que s d 10.º, em virtude de estes nunca a terem treinad em cntext frmal. Pr utr lad, a bservaçã das respstas mstru que s aluns revelam dificuldades: em respeitar regras de interacçã verbal; em tmar parte na discussã; em desenvlver estratégias argumentativas. Síntese Os dads apresentads neste estud fram reclhids a partir da gravaçã de duas discussões que têm a duraçã de 9:18 minuts e 8:55 minuts, respectivamente. Pretendeu-se cm estas gravações reclher um pequen crpus a partir d qual se pderia fazer uma avaliaçã diagnóstica das cmpetências de interacçã verbal, na sua mdalidade de discussã, que pressupõe uma dimensã argumentativa e que, pel fact de nã ser mderada, cnvca cmpetência de aut-gestã de tmadas de palavra e de utras regras de cperaçã interdiscursiva. Assim, situam-ns n dmíni da prduçã ral, cm incidência particular na discussã, n cntext da disciplina de Prtuguês d 11º an de esclaridade. Algum trabalh de antecipaçã fra feit a lng d primeir e d segund períd. Pr um lad, estudaram-se, de md sistematizad, as técnicas argumentativas, cm marcas ralizantes, aquand d tratament de Sermã de Sant Antóni as Peixes d Padre Antóni Vieira. Pr utr lad, trabalhu-se a expressã ral, já que tds s aluns apresentaram individualmente uma expsiçã ral embra nã necessariamente de matriz argumentativa. Na glbalidade, s aluns nã revelaram dificuldades em cmpreender a lógica argumentativa, tend inferid as cnclusões. Quand passams à cmparaçã d desempenh de aluns d 10.º e 11.º ans, relativamente à expsiçã ral, é ntóri que s resultads ds segunds sã melhres, frut da preparaçã anterir. Os itens em que mais se destaca esta diferença sã: a planificaçã, as estratégias discursivas e a pstura. Estes resultads incentivam trein precce e sistemátic da cmpetência da ralidade, em cntext frmal. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 16
19 III Cnclusões finais N plan da cmpetência de expressã ral debate e interacçã verbal: - Participaçã residual de elevada percentagem de aluns (40% n limite superir) que nã chegam a emitir uma piniã u a apresentar um argument; - Opçã pela veiculaçã de piniões, face à pssibilidade de refrmulaçã de pnts de vista; - Dmíni insuficiente da cmpetência discursiva, mesm envlvend temas familiares; - Refrmulaçã puc frequente d text ral, para reinvestiment de cnceits já trabalhads. N plan da cmpetência de escrita: - Dificuldade em prduzir respstas abertas de escrita cmpsitiva para relat e elabraçã de cnheciment; - Acess a sentid d text lid nem sempre devlvid, uma vez que é invalidad pela incapacidade de alun prduzir uma respsta frmalmente crrecta; - Recurs preferencial a expressões textuais e verbatim, dada a dificuldade na refrmulaçã de text e mesm na prduçã de paráfrases textuais; - Dificuldade em ultrapassar a estrutura de superfície textual e de recnhecer cmpnentes da estrutura cmpsitiva de um text. N plan da cmpetência de leitura: - Dificuldades na identificaçã de sequências textuais que justifiquem respstas dadas anterirmente; - Dificuldades em relacinar as diferentes sequências textuais para cmpreender a rganizaçã discursiva de um text em análise. N plan d cnheciment explícit da língua: - Dificuldade em reinvestir cnheciment adquirid na elabraçã de nv cnheciment, quer n plan da cmpetência de ralidade, quer n plan da cmpetência escrita; - Dificuldades n dmíni lexical e semântic, cmprmetedres da cmpreensã de nexs de sentid mais cmplexs na leitura, cm repercussã n plan da escrita; - Dificuldades de natureza sintáctica, semântica, rtgráfica e de pntuaçã, que se repercutem n plan da cmpetência escrita; - Dificuldades em activar cnheciment metalinguístic na identificaçã, pr exempl, de uss metafórics de terms e cnceits u na identificaçã de infrmações implícitas e inferências mais cmplexas. dificuldades ds aluns em língua prtuguesa 17
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