FISIOLOGIA HUMANA SISTEMA DIGESTÓRIO

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1 FISIOLOGIA HUMANA 1 SISTEMA DIGESTÓRIO 2 1

2 Funções Fornecer/repor água, eletrólitos/sais minerais, nutrientes/substratos energéticos, vitaminas, para o corpo. 3 Aspectos morfofuncionais Sistema digestório: Trato gastrointestinal (TGI): órgãos ocos em série que se comunicam nas duas extremidades com o meio ambiente; Estruturas delimitadas por esfíncteres; Órgãos anexos: lançam secreções no lúmen do TGI (em ação conjunta com as secreções produzidas pelos intestinos delgado e grosso, e estômago); Glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar. 4 2

3 Aspectos morfofuncionais Intestino Delgado 5 Apêndice: pequena extensão tubular terminada em fundo cego, localizado no Ceco. *Bactérias e produção de anticorpos. 6 3

4 (bactérias do bem ) 8 (alimentos probióticos e prebióticos) 9 4

5 (alimentos probióticos e prebióticos) Organização Mundial de Saúde (2001) define probióticos como organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro ; Prebióticos: ingredientes alimentares não digeríveis que beneficiam o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou a atividade de uma ou um número limitado de espécies bacterianas no cólon

6 (sobre o slide anterior) Microbiota intestinal e saúde do cérebro! Assunto recente e muito promissor, sobretudo, para quem deseja seguir na área acadêmica; Laboratório científicos cada vez mais investirão em probióticos e prebióticos. 12 Mudança do padrão de adoecimento humano desde a afirmação da teoria do germe. 13 6

7 Khan, Fallon. Helminth therapies: Translating the unknown unknowns to known knowns. International Journal for Parasitology 43 (2013)

8 16 (simbiose e coevolução) Relação mutuamente vantajosa entre dois ou mais organismos vivos de espécies diferentes. 17 8

9 18 Aspectos morfofuncionais Parede do TGI: Mucosa interna: voltada para o lúmen; Submucosa; Camadas de músculo liso (muscular externa); Camada serosa. 19 9

10 Motilidade: Movimento do alimento através do TGI pela ação muscular; Propicia mistura, trituração, progressão do alimento e excreção. 24 Movimentos peristálticos e de mistura Peristaltismo (movimento adiante) e mistura (contrações segmentares)

11 Secreção: Órgãos anexos secretam água, íons e enzimas digestivas para o interior do lúmen do TGI; Estômago e intestino secretam hormônios que atuam na regulação do sistema digestório; Secreções proporcionam um ambiente de ph, de tonicidade e composição eletrolítica propícios à digestão dos alimentos. 26 Digestão: Processo onde moléculas alimentares grandes são enzimaticamente hidrolisadas para atravessar a parede do TGI e ser absorvidas

12 Absorção: Passagem dos produtos finais da digestão para a circulação sistêmica e linfática; Ocorre predominantemente no duodeno e porção proximal do jejuno;

13 30 Controle neural e hormonal do sistema digestório Controle da motilidade e secreção: 1. Reflexos longos integrados ao SNC: Encefálicos (antecipatórios e emocionais); Parassimpático: excita; Simpático: inibe; 2. Reflexos curtos integrados ao sistema nervoso entérico; 3. Reflexos envolvendo peptídeos

14 Controle neural e hormonal do sistema digestório 2. Sistema nervoso entérico: Plexo externo miotático: Movimentos gastrointestinais; Plexo interno submucoso: Secreção gastrointestinal; Fluxo sanguíneo local. 32 Controle neural e hormonal do sistema digestório Plexos controlam 3 reflexos: Reflexos integrados à parede intestinal: secreção gastrointestinal, movimentos peristálticos e segmentares, efeitos inibidores locais; Reflexo do intestino para os gânglios simpáticos: evacuação do cólon, inibição da motilidade e da secreção do estômago e esvaziamento do íleo para o cólon; Reflexos do intestino para a medula espinhal ou tronco cerebral: atividade motora e secretória gástrica, defecação e inibição de todo o TGI em resposta a dor

15 Controle neural e hormonal do sistema digestório 3. Reflexos envolvendo peptídeos: Gastrina (estômago): estimula a secreção gástrica, crescimento da mucosa gástrica e esvaziamento estomacal; Colecistocinina ou CCK (neurotransmissor): contrai fortemente a vesícula biliar provocando a secreção da bile para o duodeno e inibe moderadamente a contração do estômago (tempo adequado para a digestão das gorduras na porção superior do trato gastrointestinal); 34 Controle neural e hormonal do sistema digestório Peptídeo inibidor gástrico ou GIP: provoca a diminuição da atividade motora gástrica, o que retarda o esvaziamento de conteúdo do estômago para o duodeno; Secretina (delgado): além de promover a secreção alcalina pancreática (suco pancreático), tem um efeito inibitório na motilidade do trato gastrointestinal; Motilina (duodeno e jejuno): tem a função de aumentar a motilidade

16 Mastigação 36 Mastigação Papel de reduzir o alimento e misturar com o muco secretado pelas glândulas salivares; Facilita a deglutição; Movimento reflexo: Processo controlado pelos núcleos do tronco cerebral a partir de informações dos quimio e mecanorreceptores; Secreções salivar, gástrica e pancreática; Pode provocar movimentos de mastigação; Movimento voluntário: Hipotálamo, amígdala (cerebral), córtex próximo às áreas sensoriais relacionadas ao paladar e olfato

17 Secreção salivar Líquido secretado pelas glândulas salivares da cavidade bucal organizadas em pares: parótidas, submandibulares e sublinguais; Água, íons, muco e proteínas; 0,8 a 1,5 l por dia; Secreção serosa e mucosa. 38 Secreção salivar Serosa: Parótidas: ptialina ou amilase salivar (digestão de amidos); Mucosa: Submandibular e sublingual: mucina (lubrificante); ph: 6,0 e 7,

18 Secreção salivar Sinais nervosos parassimpáticos (núcleos salivares no bulbo e ponte); Sinais simpáticos: inibem*; Centros superiores: visão, olfato, memória. 40 Deglutição 1. Fase oral ou voluntária: Ponta da língua pressiona o bolo alimentar contra o palato duro empurrando em direção à orofaringe; 2. Fase faríngea: Elevação do palato mole na direção à nasofaringe;; Epiglote bloqueia a laringe; Esfíncter esofágico superior relaxa; 3. Fase esofágica: Propagação do bolo alimentar para esvaziar o esôfago; Relaxamento do esfíncter esofágico inferior. Deglutição: passagem do bolo alimentar da boca para o estômago através do esôfago

19 Motilidade gástrica Armazenamento de grandes quantidades de alimento; Mistura do alimento com secreções gástricas; Esvaziamento lento de seus conteúdos no duodeno com velocidade adequada para digestão e absorção eficientes. 42 Motilidade gástrica Corpo: Reflexo vagovagal reduz o tônus muscular (armazenamento de até 1,5 l); Antro: Contrações vigorosas: quebra do alimento e mistura com o suco gástrico; Formação de quimo que vai em direção ao duodeno

20 Motilidade gástrica Quimo: mistura de partículas parcialmente digeridas e de sucos digestivos que passa do piloro gástrico para o duodeno; Ritmo de esvaziamento gástrico: Distensão da parede do estômago e alimentos que estimulam a secreção do hormônio gastrina (carne, por ex); Passagem do quimo para o duodeno: reflexos inibitórios da pilórica (piloro: constrição musculosa) ; Quantidade de CCK, secretina e peptídeo inibidor gástrico. 44 Secreção gástrica 46 20

21 Secreção gástrica Suco gástrico: ácido clorídrico, sais, água, pepsinogênio, fator intrínseco, muco e bicarbonato; Quando pepsinogênio entra em contato com ácido clorídrico: pepsina ativa, responsável por 20% da digestão proteínas. 47 Secreção gástrica Secreção gástrica em 3 fases: Cefálica: 20% da secreção ocorre antes do alimento chegar ao estômago (visão, olfato, lembranças); Gástrica: entrada do alimento no estômago através da excitação dos reflexos vasovagais e entéricos além da gastrina; Fase intestinal: no duodeno em resposta a presença do alimento que mantém a secreção gástrica de pequenas quantidades de suco gástrico decorrentes da liberação de gastrina

22 Motilidade intestinal Motilidade do intestino delgado: Porção mais longa do intestino; 5 m de comprimento; Representa 75% do TGI; Porção inicial: duodeno; Restante: jejuno representando 40% e íleo (porção caudal); Digestão e absorção quase total (duodeno e jejuno proximal). 52 Motilidade intestinal Quimo no intestino: 2 a 4 horas; Plexo mioentérico, parassimpático e simpático: Na válvula ileocecal o quimo fica parado até a pessoa fazer outra refeição; Refllexo gastroileal: aumento de movimentos peristálticos deslocando o quimo do íleo para o ceco (intestino grosso)

23 Motilidade intestinal Válvula ileocecal: impede refluxo do conteúdo fecal do cólon para o intestino delgado; 1. Distensão do ceco; 2. Contração do esfíncter ileoceal; 3. Inibição de movimentos peristálticos do íleo. 54 Motilidade intestinal Motilidade do cólon (intestino grosso): Do ceco até o anus; 1,5 m; Pouca ou nenhuma função digestória; Absorção de água e eletrólitos do quimo; Armazenamento de material fecal; 55 23

24 Motilidade intestinal Cólon ascendente: absorção de água e íons em decorrência das haustrações (parte que não estava em contato com as paredes intestinais passam a ficar em contato e assim ajudar os nutrientes a serem absorvidos); Cólon transverso, descente e sigmoide: haustrações têm função de amassar e lubrificar as fezes. 56 Motilidade intestinal Reflexo da defecação: reto se distende pela chegada das fezes ao seu interior; Relaxamento do esfíncter anal interno e contração do externo; Músculos respiratórios e abdominais contraem; Aumento da pressão torácica e abdominal; Expulsão das fezes (ou retorno para o cólon sigmoide)

25 Secreção pancreática Ácinos: correspondem à parte exócrina do pâncreas e secretam suco pancreático no duodeno; Íons bicarbonato: neutralização do ph do quimo ácido proveniente do estômago interrompendo a ação da pepsina e favorecendo a ação das enzimas digestórias no delgado. 59 Secreção pancreática Suco pancreático: Amilase pancreática: Carboidratos; Lipase pancreática, colesterol esterase e fosfolipase: Gorduras; Zimogênios pancreáticos: Proteínas

26 Secreção pancreática Regulação da secreção pancreática: Neural: Acetilcolina e CCK estimulam células acinares do pâncreas; Hormonal: Secretina estimula a secreção de grandes volumes de água e íons bicarbonato pelo epitélio do ducto pancreático. 61 Secreção biliar Secreção biliar: Fígado formado por muitas unidades funcionais: os lóbulos; Lóbulos hepáticos formados por células epiteliais especializadas: hepatócitos; Hepatócitos secretam 600 ml a 1 l de bile por dia

27 Secreção biliar Bile Emulsificar e facilitar a absorção de gorduras; Servir como meio de excreção de diversos produtos no sangue em especial a bilirrubina; Bilirrubina: pigmento biliar derivado da decomposição da porção heme da hemoglobina; Bile: líquido produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar que contém sais biliares, colesterol, água, ácidos biliares, lecitina, íons e bilirrubina (secretada no interior do intestino delgado). 63 Secreção biliar Contrações rítmicas da vesícula biliar e relaxamento do esfíncter de Oddi estimulados pelo hormônio CCK (mesmo que causa aumento da secreção de enzimas digestivas pelas células acinares do pâncreas)

28 Secreção entérica Intestino delgado: Glândulas mucosas compostas da porção proximal do duodeno: grandes quantidades de muco alcalino; Intestino grosso: Células epiteliais da mucosa do grosso não apresentam enzimas digestórias (ao contrário do delgado); Secretam muco com íons bicarbonato para proteger a parede intestinal contra escoriações e a ação das bactérias nas fezes, proporcionando um meio adesivo para o material fecal. 65 Absorção de carboidratos ph neutro 68 28

29 Absorção de gorduras ph alcalino 1. Os sais biliares provenientes do fígado cobrem as gotas de gordura; 2. A lipase e colipase pancreáticas quebram gorduras em monoacilgliceróis e ácidos graxos estocados em micelas (estrutura globular formada por um agregado de moléculas surfactantes); 3. _ 1. Monoacilgliceróis e ácidos graxos movem-se para fora das micelas e entram nas células por difusão; 2. O colesterol é transportado para dentro das células por um transportador de membrana; 4. Os lipídeos absorvidos combinam-se com o colesterol e proteínas nas células intestinais para formar os quilomicrons; 5. Os quilomicrons são liberados dentro do sistema linfático. 69 Absorção de gorduras 70 29

30 Absorção de proteínas 1-Estômago pepsina desnatura as proteínas (ph2) 2-Luz do intestino pâncreas secreta enzimas proteolíticas 3-Aminopeptidase no citoplasma das células intestinais 4-Liberação no sangue para absorção por outros tecidos ph ácido 71 30