PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR MITOS E VERDADES
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- Valentina Vilaverde
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1 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR MITOS E VERDADES
2 Sistema Previdenciário Brasileiro Base: art. 194 da Constituição Federal Regime Geral de Previdência Social Participantes 32,1 milhões Déficit R$ 136 bilhões em 2016 Regime Próprio de Previdência Social Participantes > 1 milhão Déficit R$ 70 bilhões em 2016 Entidades Abertas: acessível a todos finalidade lucrativa sociedade anônima participantes 12,5 milhões patrimônio R$ 519 bilhões Regime de Previdência Complementar Participantes 15,8 milhões Patrimônio bilhões Entidades Fechadas: identidade de grupo finalidade não lucrativa fundação/sociedade civil participantes 3,3 milhões patrimônio R$ 719 bilhões
3 1º. Pilar: Previdência Social Caracteriza-se pelo regime de caixa ou de repartição simples. Nele não há patrimônio acumulado previamente. Razões dos desequilíbrios: - extensão da expectativa de vida e a queda da natalidade, fazendo com que, de um lado, menos trabalhadores ingressem no sistema, enquanto na outra ponta um maior contingente de aposentados dependa de seus benefícios por mais tempo; - informalidade aumenta com o desemprego, a precocidade das aposentadorias (algumas se iniciam com 38 anos), os benefícios pagos sem contrapartida de arrecadação (aposentadorias rurais); - as pensões que receberam um freio apenas recentemente, dentre outras.
4 1º. Pilar: Previdência Social - continuação Constituído pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), que atende aos servidores públicos vinculados aos órgãos da Administração Pública em seus três níveis: Executivo, Legislativo e Judiciário. Especificamente sobre o RPPS, regime que abriga institutos de previdência estaduais e municipais, com 5,3 milhões de contribuintes e 2,4 milhões de aposentados, há enorme desafio a ser enfrentado: o déficit atuarial do regime está em R$ 8 trilhões.
5 2º. Pilar: Previdência Complementar Coletiva Organizada pelas empresas para os seus empregados e por sindicatos e associações para as categorias que representam, constituindo o segundo pilar do tripé, oferecendo planos em regime de capitalização. 3º. Pilar: Previdência Complementar Individual Oferecida por seguradoras e entidades abertas ao público em geral (planos em regime de capitalização). O 2º e o 3º pilares estão baseados no Regime de Previdência Complementar aberta, operada por bancos e seguradoras independentes e, fechada, operada pelas entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão).
6 Reflexão Importante! Transferência de encargos entre gerações é cada vez mais intenso, fato que será agravado com o fim do bônus demográfico. Brasil é um dos poucos países que mantém este critério (ainda adotado por Síria, Irã, Iraque, Iêmen, Sérvia, Egito, Bahrein, Arábia Saudita, Argélia, Hungria, Equador e Luxemburgo).
7 MODELO PROPOSTO PARA O REGIME PRÓPRIO DO SERVIDOR PÚBLICO Urge acelerar a implementação da previdência complementar fechada ao RPPS de estados e municípios, ou seja, o ente governamental arcaria com o novo teto a ser definido, e a complementação seria alcançada via previdência complementar. Seria desejável adotar aqui o mesmo modelo do RGPS proposto anteriormente (uma camada obrigatória e outra facultativa, via previdência complementar). Neste sentido, as experiências do Funpresp e da Previdência Complementar dos Estados poderiam ser utilizadas para reunir em um ou mais fundos multipatrocinados os planos de estados e municípios, cabendo-lhe a gestão de ativos e passivos. Os planos seriam exclusivamente de perfil de contribuição definida puros, custeados por contribuições paritárias. Os benefícios de risco poderiam ser transferidos para terceiros (seguradoras) ou cobertos por fundo de sobrevivência (a depender da escala de cada plano), criado através de contribuições adicionais de patrocinadores e participantes, caso haja escala.
8 SISTEMA PREVIDENCIÁRIO INTERNACIONAL PATRIMÔNIO EM RELAÇÃO AO PIB (US$ bi) Holanda ,3% Suíça ,3% Reino Unido ,0% Austrália ,0% Chile ,3% Brasil ,2% Estados Unidos ,0% Canadá ,2% África do Sul ,8% Fonte: OCDE e Abrapp
9 Fortalecimento da Governança: - exigência profissional e capacidade técnica e de gestão de todos os membros dos órgãos estatutários; - exercício de atividades político-partidárias nos 24 meses anteriores à nomeação (Quarentena); - Comitê de Investimentos com poder de veto (soprador de apito); - responsabilização de auditores independentes; - profissionalização das diretorias (comissão de contratação, processo conduzido por empresa especializada); - critérios para indicações de conselheiros nas empresas investidas; - estabilidade de conselheiros precisa ser no cargo e no emprego; - contratação e utilização de Conselheiros independentes; - disponibilização de informações on line a participantes e assistidos.
10 Fortalecimento da Supervisão - autonomia funcional, financeira e orçamentária para a Previc. Blindá-la de interferências (inclusive políticas): mandato de 4 anos para a Diretoria, uma única recondução; escolha pelo Presidente da República e aprovação pelo Senado Federal; renovação alternada dos mandatos; vedação de exercício de atividade sindical e político-partidária; vedação de qualquer outra atividade profissional; impedimento por um ano, contado da data de exoneração, para exercer atividades profissionais com conflito de interesse; -autonomia orçamentária - hoje o sistema recolhe a Tafic na ordem de R$ 100 milhões, recursos que vão para o caixa do Tesouro Nacional; - modelo de supervisão em tempo real de operações, podendo se valer com referência a experiência chilena, por meio de ação integrada com custodiantes e maiores investimentos em TI e em formação e especialização em RH.
11 PROMOÇÃO DO FOMENTO - incentivo tributário para pequena e média empresa patrocinar planos de benefícios previdenciários; - dedução das contribuições feitas à previdência complementar para o contribuinte que declara o IR no modelo simplificado; - tabela regressiva do IR (incentivo para a formação de poupança de longo prazo); - tratamento tributário para planos voltados à saúde; - tratamento tributário para a PLR; - isenção do PIS/COFINS para as entidades fechadas; - inscrição (adesão) automática; - destinação do FGTS (parcial ou total) à previdência complementar.
12 Repartição Capitalização Quebra pacto intergeracional Benefícios capitalizados com recursos segregados do Ente
13 Interrupção de ciclo crescente de gigantesco passivo financeiro e atuarial Desoneração gradual e progressiva dos orçamentos públicos
14 José Luiz Costa Taborda Rauen Presidente do IPMC (RPPS de Curitiba) Conselheiro do Fundo Paraná de Previdência Multipatrocinada Conselheiro da OABPrev/PR Diretor do SINDAPP (Sindicato dos Fundos de Pensão) Coordenador da Autorregulação da Abrapp/Sindapp/ICSS (41)
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