Previdência no Estado do RS

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Iago Vasco Weber Aragão
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1 Previdência no Estado do RS José Alfredo Pezzi Parode Secretário do Planejamento e Gestão Audiência Pública Assembléia Legislativa do RS Porto Alegre, 05 de agosto de 2010

2 TRANSFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS Elevado gasto com inativos e pensionistas no RS Elevada parcela da carga tributária para o financiamento Engessamento das finanças públicas Benefícios previdenciários não correspondem às contribuições Transição demográfica

3 ES PE RR TO AM MA PA AP RN AC MG MT RO BR DF PR SP PB BA RJ SE AL PI GO MS RS SC CE % RCL SINTOMAS DO DESAJUSTE Estados - margem para investimentos e despesas com previdência, em % da RCL, em ,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 (5,0) (10,0) (15,0) Marg.Invest. Inativos/Pensionistas FONTE: STN Elaboração: Darcy Francisco Carvalho dos Santos

4 % RCL SINTOMAS DO DESAJUSTE Margem para investimentos e despesas com previdência de seis principais estados, em % da RCL, em ,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 (5,0) (10,0) MG PR SP RJ RS SC Marg.Invest. Inativos/Pensionistas FONTE: STN Elaboração: Darcy Francisco Carvalho dos Santos

5 CE SP PR AP RR SC AC GO AM RO RN PB MA RJ TO SE BA MT MS MG AL PI PA DF RS ES PE % RCL SINTOMAS DO DESAJUSTE Estados - Função Educação e gastos com previdência, em % da RCL, em ,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Educação Inat/pens. FONTE: Darcy Francisco Carvalho dos Santos

6 % DESPESA DE PESSOAL (INATIVOS X ATIVOS) 60 % Ativos (Civil e Militar) - Elementos 11 e 12 % Inativos (Aposentados e Pensionistas) - Elementos 01 e ,6 46,4 Especificação % Ativos (Civil e Militar) - Elementos 11 e 12 57,2 55,1 54,9 54,5 49,5 49,8 50,3 49,8 49,5 49,1 48,7 47,8 47,0 46,4 % Inativos (Aposentados e Pensionistas) - Elementos 01 e 03 42,8 44,9 45,1 45,5 50,5 50,2 49,7 50,2 50,5 50,9 51,3 52,2 53,0 53,6

7 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS NO ESTADO DO RS Fonte: Boletim de Pessoal / SEFAZ Poder Ativos Inativos+Pension. Total Legislativo Judiciário Executivo Ministério Público Total

8 MATRÍCULAS DE SERVIDORES DO MATRÍCULAS NO ESTADO DO RS (VARIAÇÃO ) ESTADO DO RS ÓRGÃOS MATRÍCULAS % 2008 / 1998 ATIVOS ,6 GERAL INATIVOS ,8 PENSIONISTAS ,2 TOTAL ,5 POPULAÇÃO DO ESTADO DO RS ,4 TAXA DE SERVIDORES ATIVOS POR HABITANTES 1,91 1,79 - -

9 DÉFICIT MÉDIO COBERTO PELO ESTADO (POR UNIDADE DE CATEGORIA)

10 EVOLUÇÃO DO DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO Déficit Previdenciário Em valores empenhados Em R$ 1.000,00 Especificação Aposentadorias e Reformas (Elemento 01) Pensões (Elemento 03) Total Gasto de Aposentadorias e Pensões (A) Contribuições Previdenciárias dos Servidores Contribuição Patronal (2 x Contr. servidores) Total das Contribuições dos Servidores e da Patronal (B) Déficit Previdenciário (B - A) % das Contribuições sobre o 7,6 5,8 5, ,6 35,2 36,2 37,1 34,8 33 Gasto Total (% B / A) PS: Por mês, o déficit médio na Previdência no Estado é de R$ 500 milhões. Em julho, chegou a R$ 508,4 milhões: enquanto a receita com a contribuição de servidores ativos e inativos somou R$ 58,1 milhões, as despesas alcançaram R$ 566 milhões.

11 PROJEÇÃO DO DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO TRAJETÓRIA CRESCENTE Fonte: Instituto de Previdência do Estado do RS (IPERGS)

12 PL 393/2007 Previdência Complementar Reforma para o crescimento sustentável

POTENCIAIS CONTRIBUINTES DO SISTEMA (DADOS RHE FOLHA JUNHO 2010) Ativos ATUAIS Ativos NOVOS Acima Teto RGPS 14% Acima Teto RGPS PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR OPCIONAL PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR COMPULSÓRIA

13 POTENCIAIS CONTRIBUINTES DO SISTEMA (DADOS RHE FOLHA JUNHO 2010) Ativos ATUAIS Ativos NOVOS Acima Teto RGPS 14% Acima Teto RGPS PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR OPCIONAL PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR COMPULSÓRIA Abaixo Teto RGPS 86% Abaixo Teto RGPS REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA PS: o teto do salário-de-contribuição e do salário-de-benefício do Regime Próprio de Previdência Social (RGPS) é de R$ 3.467,40.

14 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL CONSTITUIÇÃO FEDERAL CF, art. 40, 15, Emenda 41 Lei de iniciativa do Poder Executivo Titulares de cargos efetivos admitidos após Lei: Benefícios limitados ao teto do RGPS Adesão facultativa à previdência complementar Plano exclusivamente Contribuição Definida e o benefício decorrente do saldo acumulado no período de contribuição Entidade fechada de natureza pública Observar art. 202 da Constituição (Complementar, Autônoma, Facultativa) LEIS COMPLEMENTARES Nº 108 e 109 Adesão facultativa, teto compulsório; Constituição de reservas; Pleno acesso às informações de gestão; Plano não integra contrato de trabalho; Vedado aporte pelo Estado, salvo como patrocinador; Cota do Estado na proporção máxima de 1 x 1; Representação de servidores nos conselhos; Requisitos para a designação de conselheiros e membros das diretorias

15 NATUREZA PÚBLICA CF, Art Observância às regras de direito público interno (p. ex. Lei 8.666/93) Fundação, sem fins lucrativos: Princípios da moralidade, publicidade, economicidade e eficiência Publicação no Diário Oficial dos demonstrativos contábeis, atuariais, financeiros e de benefícios Fiscalização pelo Poder Público

16 PL 393/2007 REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Institui o regime de previdência complementar (art. 40 da CF, EC nº. 41/2003) Fixa limite máximo para concessão de benefícios (aposentadorias e pensões) pelo RPPS-RS Permite tratamento isonômico entre trabalhadores do setor público e setor privado com teto idêntico ao do Regime Geral (RGPS) Alcança apenas os servidores contratados após a aprovação da lei e para os servidores em atividade que aderirem ao novo regime (opcional) Cria o Fundo de Previdência Complementar (Entidade Fechada de Previdência Complementar)

17 PL 393/2007 REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Viabiliza, no longo prazo, a recuperação do equilíbrio atuarial e financeiro da previdência pública estadual. Permite, gradualmente, desvincular a Política de Recursos Humanos da Política Previdenciária. Autoriza a criação de entidade fechada de previdência complementar (FUNPREV-RS): Fundação com personalidade jurídica de direito privado Administração e execução do plano de benefícios Autonomia administrativa, financeira e gerencial Sem assunção de riscos fiscais / atuariais para o Estado.

18 PL 393/2007 REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Contribuição paritária do Estado limitada a 7,5% do salário de contribuição que exceder o teto de contribuição do RGPS Distribuição da contribuição em função do plano de benefícios (programáveis e de risco) e custeio administrativo A FUNPREV-RS administrará plano de benefícios na modalidade de contribuição definida para benefícios de aposentadoria programada. Os benefícios de risco (pensão por morte e invalidez) serão estruturados em regime de benefício definido, financiado coletivamente em regime de repartição de capitais de cobertura (contribuição determinada em função do valor presente dos benefícios concedidos e a conceder, ajustado periodicamente)

19 COMPOSIÇÃO DA APOSENTADORIA BENEFÍCIO BÁSICO Benefício Definido, vitalício, limitado ao teto para os novos servidores Média dos 80% maiores Salários de Contribuição (Lei /2004 que regulamenta a EC 41/2003) Responsabilidade e risco do Tesouro. BENEFÍCIO COMPLEMENTAR Contribuição Definida, função do capital acumulado Responsabilidade do Fundo de Previdência Servidor gerencia data de aposentadoria e retiradas

20 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA Conselho Deliberativo 6 membros / paritário, mandato de 4 anos Patrocinadores Poder Executivo 1 membro Poder Legislativo 1 membro Poder Judiciário 1membro Participantes Ativos e Assistidos 3 membros Conselho Fiscal 4 membros / paritário, mandato de 4 anos Patrocinadores Ministério Público 1 membro Tribunal de Contas 1 membro Participantes Ativos e Assistidos 2 membros Diretoria Executiva Gestão dos passivos: entidade gestora do RPPS/RS Gestão dos recursos: instituições especializadas

21 ESTRUTURA DO PLANO DE BENEFÍCIOS (esquema ilustrativo) Fundo Individual de Reserva Aposentadoria Contribuição Servidor (7,5%) Contribuição Estado (7,5%) Fundo de Solvência Coletivo de Benefícios Risco Morte e Invalidez Fundo de Custeio Administrativo

22 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR VANTAGENS PARA O ESTADO Aproxima Regime Geral e Regime Próprio tratamento isonômico Aposentadorias futuras custeadas com poupanças correntes Acumulação de poupança e capitalização reduz o custo de contribuição Maior solvência futura do Estado, sem riscos fiscais / atuariais Maior flexibilidade para migração entre empregos VANTAGENS PARA O SERVIDOR Contribuições Contas de poupança individuais Constituem bem patrimonial do servidor Contribuição patronal é salário indireto do servidor Direito (propriedade) sobre as contribuições ao deixar o serviço público Portabilidade, resgate ou benefício proporcional diferido (BPD) Sem contribuição previdenciária sobre parte complementar

23 FLEXIBILIDADE VANTAGENS PARA O PARTICIPANTE FASE DE CONTRIBUIÇÃO Definir/alterar contribuições mensais Efetuar contribuições facultativas Escolher carteiras de investimentos com diferentes perfis Indicar/excluir beneficiários e quota-parte FASE DE FRUIÇÃO DE BENEFÍCIO Decidir quando e como receberá o benefício Portabilidade para renda vitalícia ou resgate

24 CONFIABILIDADE RETORNO BRUTO DE FUNDOS DE PENSÃO PAÍS (período) Média histórica das taxas anuais (%) Nominal Real Últim os 12 m eses Desvio Padrão Nominal Real Argentina ( ) Bolívia ( ) Brasil ( ) Chile ( ) Colômbia ( ) Costa Rica ( ) El Salvador ( ) México ( ) Peru ( ) Uruguai ( ) Fonte: OECD Latina American Economic Outlook 2008.

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