Um estudo sobre a C i -suciência em J r (n,p)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Um estudo sobre a C i -suciência em J r (n,p)"

Transcrição

1 Universidade Federal do Piauí Centro de Ciências da Natureza Pós-Graduação em Matemática Mestrado em Matemática Ismael Carlos Pereira de Carvalho Um estudo sobre a C i -suciência em J r (n,p) Teresina

2 Ismael Carlos Pereira de Carvalho Dissertação de Mestrado: Um estudo sobre a C i -suciência em J r (n,p) Dissertação submetida à Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Matemática, da Universidade Federal do Piauí, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Matemática. Orientador: Prof. Dr. Carlos Humberto Soares Júnior Teresina

3 CARVALHO, Ismael Carlos Pereira de. xxxxx Um estudo sobre a C i -suciência em J r (n,p). Ismael Carlos Pereira de Carvalho Teresina: Orientador: Prof. Dr. Carlos Humberto Soares Júnior. 1. Teoria de singularidade CDD

4 Sumário Agradecimentos 2 Resumo 3 Abstract 4 Introdução 5 1 Preliminares Anéis Grupos Subgrupos Módulos Polinômio Quase-Homogêneo Determinante de Gram Introdução à Teoria de Singularidades Germes de conjuntos Germes de aplicações suaves Relações de Equivalência em Germes e Jatos Ação de Grupo Equivalências A R-Equivalência A L-Equivalência A A-Equivalência i

5 3.3 Grupos e Equivalências Grupo de Lie O grupo C e C-Equivalência O grupo K e K-Equivalência (Grupo de Contato) Espaço Tangente à R-órbita Germes nitamente Determinados A C i -suciência em J(n,p) r Resultados Preliminares para o Teorema Principal Condições necessárias para a C i -suciência em J(n,p) r ii

6 1 Dedico este trabalho ao meu irmão Rangel Pereira de Carvalho, fonte inesgotável de incentivo e força.

7 Agradecimentos Agradeço a Deus acima de tudo, por ter me dado saúde, coragem, capacidade e persistência para que eu possa lutar e alcançar meus objetivos. A minha mãe Maria Vendavalda, meu irmão Rangel e de um modo geral a toda a minha família, por me motivar e ajudarem a concluir mais uma etapa e sempre me apoiando em todas as minhas decisões. A minha avó Maria de Lourdes, avó Teresa Azevedo, avô José Pedro dos Santos (DEDÉ). Em especial ao meu avô Sebastião Mourão (in memorium, 08/09/2014). Ao professor e orientador Dr. Humberto que contribuiu muito na minha formação acadêmica, me levando ao crescimento em meus conhecimento que me levaram a execução e conclusão deste trabalho. A professora Liane Mendes (UFPI) e ao professor Alexandre César (UFC), por terem aceito o convite de participar da banca que avaliará este trabalho. A Segunda Igrejas Batista de Teresina-PI e a Primeira Igreja Batista de Carolina-MA. Agradeço pelas orações e pelos momentos bons que pude usufruir. Em especial, ao meus amigos que conquistei no pequeno grupo (PG) da SIBTHE. A minha namorada Julianne Pereira, uma pessoa que entrou na minha vida. obrigado pelos momentos bons e pela atenção. A todos os professores do Colegiada do curso de Matemática da Universidade Federal de Tocantins e Universidade Federal do Piauí que contribuíram para o meu desenvolvimento acadêmico. Agradeço por ter adquirido muitos amigos em ambas Universidades, por estarmos unidos em situações boas e ruim, às vezes, passávamos altas horas da noite ou nais de semana fazendo trabalhos e estudando para as provas. Agradeço também ao CNPq e Capes, pelo apoio nanceiro e incentivo à ciência. 2

8 Resumo Neste trabalho será apresentado no primeiro capítulo Noções Preliminares de Anéis, Grupo, Módulos, Polinômio Quase-homogêneo e Determinante de Gram e no segundo capítulo uma introdução a Teoria de Singularidade. No terceiro capítulo mostraremos cinco tipos de equivalências, uma delas é a R-equivalência, onde existe um germe h de difeomorsmo de classe C tal que f = g h, onde f, g En,p. 0 No quarto e último capítulo faremos um estudo sobre a C i -suciência em J(n,p) r onde i r, ou seja, mostraremos que existe um germe h de difeomorsmo de classe C i, i N (homomorsmo se i = 0) tal que vale a igualdade ((z + θ) h)(x) = z(x) quando j r (θ) 0. 3

9 Abstract In this work will be presented in the rst chapter Preliminary Notions Rings, Group, Modules, Polynomial Quasi-homogeneous and Gram determinant and the second chapter an introduction to Singularity Theory. In the third chapter shows ve types of equivalence, one of them is R-equivalence, where there is a germ h of dieomorphism of class C such that f = g h, where f, g En,p. 0 In the fourth and nal chapter we will make a study on the C i suciency in J(n,p) r where i r, ie, could there be a germ h of dieomorphism of class C i, i N (homomorphism if i = 0) such that worth the equal ((z + θ) h)(x) = z(x) when j r (θ) 0. 4

10 Introdução Seja X um espaço topológico e x X um ponto. O conjunto P (X) é formado por todos os subconjuntos de X e dena uma relação de equivalência A X B A U = B U para alguma vizinhança U de x X. A classe de equivalência da relação X é chamado de germe do subconjunto X no ponto x. Seja Y um conjunto e considere agora o conjunto formado pelos pares M = {(U, f)}, onde U é uma vizinhança de x em X e f é uma função f : U Y. Introduziremos a relação de equivalência em M : (U 1, f 1 ) X (U 2, f 2 ) se, e somente se, f U0 = f U0 para alguma vizinhança U 0 de x com U 0 U 1 U 2. A classe de equivalência da relação X é chamada de germe de equivalência de (U, f). A mais apurada notação é f x ou (f, x) e estas serão usadas quando necessário. Quando X = R n, Y = R p iremos considerar apenas as aplicações suaves C, f : U Y, onde U é uma vizinhança no ponto x X. O conjunto formado por todos esses germes será denotado por x E n,p. Quando x = 0, escrevemos E n,p para tal conjunto. Além disso, quando p = 1, isto é, quando estivermos trabalhando com funções, nós usaremos a notação E n. Veremos também que E n é um anel local cujo o único ideal maximal é M n = {f E n f(0) = 0}. A k-ésima potência do ideal M n é gerada por todos os monômios de grau k, isto é, M k n = {x a = x a 1 1 x an n a = a a n = k}. Além disso M k n = {f E n a f (0) = x a 0, 0 a < k}. Um ideal I E n tem condimensão nita, isto é, dim En I I M k n para algum inteiro k. Denotaremos por J r (n,p) < + se, e somente se, o espaço vetorial E 0 n,p M k n En,p o qual é identicado como o K-espaço vetorial das aplicações polinomial de p : K n, 0 K p, 0 cujas componentes têm grau no máximo k 1. Seja j k : En,p 0 J(n,p) k a projeção canônica, isto é, dado f E 0 n,p, j k (f) é o polinômio de Taylor de f de grau k na origem (j k (f) é 5

11 chamado de o k-jato de f na origem). Seja G um grupo e C um conjunto qualquer. Uma ação do grupo G no conjunto C é a aplicação ϕ : G C C com ϕ(g, c) = g c tal que: ϕ(e, c) = e c = c, c C e ϕ(g 1, ϕ(g 2, c)) = ϕ(g 1 g 2, c), g 1, g 2 G. Chamaremos de Órbita de um elemento c C como sendo o conjunto G c de todos os elementos de C que estão relacionados com c. Isto é, G c = {a C g G com ϕ(g, c) = a} = {a C a c}. Denotamos por R n o conjunto de todos os germes de aplicações h : K n, 0 K n, 0 tal que h é um difeomorsmo quando K = R e h é um isomorsmo analítico quando K = C. A R-equivalência ou Equivalência a direita está relacionada à ação do grupo R = R n, dada por: r : R n En,p 0 En,p 0 onde r(h, f) f h 1. Dois germes f, g En,p 0 estão relacionados se, e somente se, h R n tal que f h 1 = g. A R-Órbita de f é denotada por Rf := {g En,p 0 g f}. R A R-equivalência ou Equivalência a direita está relacionada à ação do grupo R = R n, dada por: r = R n En,p 0 En,p 0 onde r(h, f) = f h 1. Dois germes f, g En,p 0 estão relacionados se, e somente se, h R n tal que f h 1 = g. A R-órbita de f é denotada por Rf := {g En,p 0 g f. R O grupo K é formado pelos H : R n R p, 0 R n R p, 0 tais que π 1 H = h R e π 2 H(x, 0) = 0, x. Onde π 1 : R n R p, 0 R n, 0 leva (x, y) = x e π 2 : R n R p, 0 R p, 0 leva (x, y) = y. Portanto, K = {H : R n R p, 0 R n R p, 0 H(x, y) = (h(x), ϕ(x, y)) com ϕ(x, 0) = 0, x}. Dois germes f, g E n são K-equivalêntes se, e somente se, existe H K tal que H(x, f(x)) = (h(x), ϕ(x, f(x)) = (h(x), g(h(x)) = ϕ(x, f(x)) = g(h(x)). Dois germes f, g : R n, 0 R p, 0 de classe C k, são ditos C i -equivalentes se existe um germe de difeomorsmo (homeomorsmo se i = 0) h : R n, 0 R n, 0 de classe C i tal que f = g h. Um r-jato z J(n,p) r é Ci -suciente em C k (k r) se quaisquer f e g com f, g C k e j r (f) = j r (g) = z são C i -equivalentes. O objetivo principal desse trabalho é dar condições necessárias para que z seja C i - suciência em J(n,p) r. Se mostrarmos que z é Ci -suciente em C r (i r), então para todo germe θ : R n, 0 R p, 0 de classe C r com j r (θ) 0, existe um germe difeomorsmo de classe C i (i 0) h : R n, 0 R n, 0 tal que ((z + θ) h)(x) = z(x). 6

12 Capítulo 1 Preliminares 1.1 Anéis Denição Um anel comutativo com unidade (A, +, ) é um conjunto A com pelo menos dois elementos, munido de uma operação denotada por + (chamada adição) e de uma operação denotada por (chamada multiplicação) que satisfazem as seguintes condições: 1. A adição é associativa, isto é, para quaisquer x, y, z A, (x + y) + z = x + (y + z). 2. Existe um elemento neutro com respeito à adição, isto é, 0 A tal que, x A, 0 + x = x e x + 0 = x. 3. Todo elemento de A possui um inverso com respeito a adição, isto é, x A, z A tal que x + z = 0 e z + x = A adição é comutativa, isto é, x, y A, x + y = y + x. 5. A multiplicação é associativa, isto é, x, y, z A, (x y) z = x (y z). 7

13 6. Existe um elemento neutro com respeito à multiplicação, isto é, 1 A tal que, x A, 1 x = x e x 1 = x. 7. A multiplicação é comutativa, isto é, x, y A, x y = y x. 8. A adição é distributiva, relativamente à multiplicação, isto é, x, y, z A, x (y + z) = x y + x z. Se todas as condições são satisfeitas, com exceção de (7), então (A, +, ) é chamado de anel não-comutativo. Denição Um anel (D, +, ) é chamado domínio ou domínio de integridade se ele satisfaz a seguinte condição: O produto de quaisquer dois elementos não nulos de D é um elemento não nulo, isto é, x, y D\{0}, temos x y 0. Denição Um anel (K, +, ) é um corpo se ele satisfaz a seguinte condição. Todo elemento difetente de zero de K possui um inverso com respeito à multiplicação, isto é, x K \ {0}, z K tal que x z = 1. Exemplo (Z, +, ) é um domínio. 2. (Q, +, ) e (R, +, ) são corpos. 3. Seja Z[i] = {a + bi a, b Z}. Então (Z[i], +, ) é um domínio chamado de anel dos inteiros de Gauss. 8

14 4. Dado dois anéis (A 1, +, ) e (A 2, +, ), podemos construir um novo anel da seguinte maneira: no conjunto A 1 A 2 := {(a 1, a 2 ); a 1 A 1, a 2 A 2 }, denimos as operações: (a 1, a 2 ) + (a 1, a 2) := (a 1 + a 1, a 2 + a 2) (a 1, a 2 ) (a 1, a 2) := (a 1 a 1, a 2 a 2) Denição Seja (A, +, ) um anel e I um subconjunto não vazio de A. Dizemos que I é um ideal de A se x + y I, x, y I. ax I, x I, a A. Um ideal m A do anel A chama-se maximal se, para qualquer ideal I de A, a propriedade m I implica I = m ou I = A. Exemplo Seja n 0 um inteiro. Então o subconjunto nz := {zn z Z} é um ideal do anel dos inteiros. 2. Seja (A, +, ) um anel e sejam α 1, α 2,, α t elementos de A. Então o subconjunto Aα 1 + Aα Aα t := {a 1 α 1 + a 2 α a t α t a 1, a 2,, a t A} é um ideal de (A, +, ), que será denotado por (a 1, a 2,, a t ). Seja um conjunto parcialmente ordenado pela relação de inclusão c. Uma cadeia em é um subconjunto C de tal que, dado a, b C, tem-se que a < b ou a > b. Teorema (Lema de Zorn) Seja um conjunto parcialmente ordenado tal que toda cadeia em possui uma cota superior. Então contém um elemento maximal. Demonstração: Ver [13]. Denição O radical de Jacobson de um anel A é denido como sendo a interseção de todos os ideais maximais de A, isto é, JacA := m Am, onde m é um ideal maximal. 9

15 1.2 Grupos Denição Um conjunto (G, ) com uma operação G G G (a, b) = a b é um grupo se as seguintes condições são satisfeitas: i) A operação é associativa, isto é, a (b c) = (a b) c, a, b, c G. ii) Existe um elemento neutro, isto é, e G tal que e a = a, a G. iii) Todo elemento possui um elemento inverso, isto é, a G, b G tal que a b = b a = e. O grupo (G, ) é abeliano ou comutativo, se: iv) A operação é comutativa, isto é, a b = b a, a, b G. Da denição de grupos, obtemos que: 1. O elemento neutro é único. De fato, se e, e G são elementos neutros de G, então e = e e = e pois são elemento neutro. 2. O elemento inverso é único. De fato, sejam a G e b, b G dois elementos inversos de a, temos: b = b e = b (ab ) = (ba) b = e b = b 3. (ab) 1 = b 1 a 1 Observe que: (ab) (b 1 a 1 ) = e, pela unicidade do inverso de um elemento em G, obtêm-se que: b 1 a 1 = (ab) 1. 10

16 Observação Muitas vezes deixamos de indicar a operação do grupo, escrevendo G para denotar um grupo (G, ). Exemplo (Z, +) é um grupo abeliano innito. 2. (Z/nZ, ) é um grupo abeliano nito com n elementos Subgrupos Denição Seja (G, ) um grupo. Um subconjunto não vazio H de G é um subgrupo de G (denotamos H < G) quando, com a operação de G, o conjunto H é grupo, isto é, quando as seguintes condições são satisfeitas: i) h 1 h 2 H, h 1, h 2 H. ii) h 1 (h 2 h 3 ) = (h 1 h 2 ) h 3 H, h 1, h 2, h 3 H. iii) e H H tal que e H h = h e H = h, h H. iv) Para cada h H, k H tal que hk = kh = e H. Observação A condição ii) é sempre satisfeita, pois a igualdade g 1 (g 2 g 3 ) = (g 1 g 2 ) g 3 é válida para todos os elementos de G. 2. O elemento neutro e H H é necessariamente o mesmo elemento neutro e de G. De fato, tomando a H G, temos e H a = a e multiplicando as dois lados pro a 1 à direita, obtemos e H = e. 3. Dado h H, o inverso de h em H é necessariamente o mesmo ao inverso de h em G. De fato, se k é o inverso de h em H, então hk = kh = e H, logo hk = kh = e, pois e H = e, e portanto k é o inverso de h em G. Proposição Seja H um subconjunto não-vazio do grupo G. Então H é um subgrupo de G se, somente se, as duas condições seguintes são satisfeitas: 1. h 1 h 2 H, h 1, h 2 H. 11

17 2. h 1 H, h H Demonstração: Suponhamos que H seja subgrupo de G. A condição 1) é então claramente satisfeita. Agora, seja h H; sendo H um grupo, h possui um inverso em H; mas, pela observação anterior, tal inverso é necessariamente igual ao inverso de h em G, isto é, é necessariamente igual a h 1 ; logo h 1 H, e a condição 2) é satisfeita. Reciprocamente, suponhamos que as duas condições 1) e 2) sejam satisfeitas. Então a condição i) da denição anterior é claramente satisfeita. Como observamos, a condição ii) sempre é satisfeita. Para ver que a iii) é satisfeita, basta que e H; isto de fato acontece pois, tomando h H, temos h 1 H pela condição 2) e logo e = h 1 h H pela condição 1). Finalmente, que a condição iv) é satisfeita decorre da condição 2) ser satisfeita. 1.3 Módulos Denição Seja A um anel. Um conjunto M é um modulo sobre A, ou um A-módulo se existem operações + : M M M e : A M M tais que (M, +) é um grupo abeliano e a, b A, m, n M são satisfeitas as condições abaixo: 1. (a + b) m = a m + b m; 2. a (m + n) = a m + a n; 3. (a b) m = a (b m); 4. 1 m = m. Exemplo Seja A um anel. Então M = A n é um módulo sobre A. 12

18 2. Seja A um anel e I A um ideal. Os conjuntos I e A/I são A-módulos. 3. Seja φ : A B um homomorsmo de anéis. O anel B pode ser considerado um A-módulo com a multiplicação a b = φ(a) φ(b). Nesta situação B é denominado uma A-álgebra. Denição Sejam M, N dois A-módulos. 1. Uma aplicação φ : M N é um homomorsmo de A-módulos se for linear em A, isto é, se φ(am + n) = aφ(m) + φ(n). Se φ for uma bijeção, então é chamado de isomorsmo. 2. Sejam homomorsmos de anéis ϕ, φ, α tornando o diagrama abaixo comutativo (α ϕ = φ). Então α é um homomorsmo de A-álgebras. A ϕ B ψ C α Denição Sejam A um anel e M um A-módulo. Um subconjunto N de M é um A-submódulo se a multiplicação escalar de M preserva em N, isto é, se a n N, a A e quaisquer n N. Seja M um A-módulo, t N e m 1, m 2,, m t elementos de M. Consideramos o seguinte subconjunto N de M: N = Am 1 + Am Am t = {a 1 m 1 + a 2 m a t m t a i A}. Este conjunto N é um submódulo de M e é chamado de submódulo gerado por m 1, m 2,, m t. O módulo M é dito nitamente gerado quando existe um número nito de elementos m 1, m 2,, m t de M tais que M = Am 1 + Am Am t. Neste caso, dizemos que m 1, m 2,, m t é um conjunto de geradores para o módulo M. O módulo M é cíclico se pode ser gerado por um elemento, isto é, se M = Am, para algum m M. 13

19 Denição Sejam M e M' dois A-módulos. Uma aplicação f : M M é um homomorsmo de A-módulos ou um A-homomorsmo se: a) f é um homomorsmo de grupo aditivos, isto é, f(m 1 + m 2 ) = f(m 1 ) + f(m 2 ), m 1, m 2 M. b) f(a m) = a f(m), a A e m M. Dizemos também que a aplicação f é A-linear, ou que f é um operador A-linear. Um homomorsmo de A-módulos é um isomorsmo de A-módulos se ele for bijetiva. Denição Sejam A um anel e (M, +) um A-módulo. Seja N um submódulo de M. Então, em particular (N, +) é um subgrupo de (M, +) e podemos considerar o grupo quociente (M/N, +), isto é, o conjunto {m + N m M} das classes laterais de N em M munidos da adição. + : M/N M/N M/N (m 1 + N, m 2 + N) (m 1 + m 2 ) + N. Sobre este grupo (M/N, +), podemos denir a seguinte multiplicação escalar: : A M/N M/N (a, m + N) a m + N. Verica-se que esta operação está bem denida e que M/N é um A-módulo, chamado de A-módulo quociente de M por N. Denição Um subconjunto N M de uma A-módulo M é um submódulo se for fechado nas operações de M, isto é, se m, n N e a A então m + n N e am N. Se ϕ : M N é um homomorsmo de A-módulos, denimos Ker(ϕ) = {m M ϕ(m) = 0}, Im(ϕ) = {ϕ(m) N m M}. 14

20 Observe, pela denição, que Ker(ϕ) M e Im(ϕ) N são submódulos. Se N M. Denimos o módulo quociente M/N = {[m] = m + N m M}, a coleção das classes de equivalência pela relação [m] = [m ] m m N. Com as operações induzidas por M temos que M/N é um A-módulo. Veremos que para anéis e ideais, temos que se ϕ : M N é um homomorsmo de A-módulos, então M ker(ϕ) = Im(ϕ). Em particular, ϕ é injetiva se, e somente se, Ker(ϕ) = {0}. Um quociente de módulos muito importante ganha um nome especial: Se ϕ : M N é um homomorsmo de A-módulos, denimos coker(ϕ) = N Im(ϕ). Teorema (Teorema do Isomorsmo) Seja f : (A, +, ) (B, +, ) um homomorsmo de anéis. Então, a aplicação f abaixo é um isomorsmo de anéis: f : (A/Ker(f), +, ) (Im(f), +, ) ā f(a) Demonstração: Primeiramente mostraremos que f é uma função bem denida, isto é, se a 1, a 2 A são tais que ā 1 = ā 2, então f(a 1 ) = f(a 2 ). De fato, se ā 1 = ā 2, então temos a 1 a 2 Ker(f), logo f(a 1 a 2 ) = 0; além disso do mais f(a 1 a 2 ) = f(a 1 ) f(a 2 ) pois f é um homomorsmo; portanto, f(a 1 ) = f(a 2 ). Agora, f é claramente uma aplicação sobrejetiva e é um homomorsmo pois, para elementos a 1, a 2 A, temos: f(ā 1 + ā 2 ) = f(a 1 + a 2 ) = f(a 1 + a 2 ) = f(a 1 ) + f(a 2 ) = f(ā 1 ) + f(ā 2 ) f(ā 1 ā 2 ) = f((a 1 a 2 )) = f(a 1 a 2 ) = f(a 1 ) f(a 2 ) = f(ā 1 ) f(ā 2 ) Finalmente, temos que Ker( f) = {ā (A/Ker(f) f(a) = 0} = {ā (A/Ker(f)) a Ker(f)} = { 0}; logo f é injetiva. 15

21 Teorema (Lema de Nakayama) Seja I A um ideal contido no radical de jacobson de A. Seja M um A-módulo nitamente gerado e N M um submódulo tal que M = IM + N. Então M = N. Demonstração: Sejam a 1, a 2,, a n geradores de M. A hipótese garante que existe b j M e λ ij I tais que a i = b i + n j=1 δ ija j. Dena agora λ = (δ ij ), como sendo a matriz n n formada pelos elementos λ ij. Sendo A = (a 1,, a n ) e B = (b 1,, b n ). Como a i = b i + n j=1 λ ija j, temos que A = B + λa. Isto implica que, (I λ)a = B. Observe que: det(i λ) = det 1 λ 11 λ 12 λ 13 λ 1n λ 21 1 λ 22 λ 23 λ 2n λ n1 λ n2 λ n3 1 λ nn = 1 + α, com α I. já sabemos que 1 + α será invertível, logo det(i λ) é invertível. 1.4 Polinômio Quase-Homogêneo Seja K[x 1,, x n ] o anel dos polinômios com coecientes em K(R ou C) nas variáveis x 1,, x n. Polinômio Homogêneo é qualquer polinômio em que a a n = d, d N xo. p(x) = α a x a 1 1 x an n Exemplo f(x, y) = x 3 + x 2 y + y 3 é polinômio homomgêneo de grau 3. Observação Dado t R, temos que p(tx 1,, tx n ) = α a (tx 1 ) a1 (tx n ) an = t a 1+ +a n αa x a 1 1 x an n = t d p(x). 16

22 Denição Sejam w 1,, w n, d N. Um polinômio f(x) = α a x a 1 1 x an n é dito quase-homogêneo do tipo (w 1,, w n ; d) quando f(t w 1 x 1,, t wn x n ) = t d f(x 1,, x n ), t R. Observação Se p(x) é homogêneo de grau d, então p(x) é quase-homogêneo do tipo (1,, 1; d). Exemplo f(x, y) = x 2 y 2 + x 4 y + y 3 é quase-homogênea do tipo (1, 2; 6) pois Observe que f não é homogênea. f(t 1 x, t 2 y) = t 2 x 2 t 4 y 2 + t 4 x 4 t 2 y + t 6 y 3 = t 6 (x 2 y 2 + x 4 y + y 3 ) = t 6 f(x, y) Denição Se f(x 1,, x n ) K[x 1,, x n ] é quase-homogêneo do tipo (w 1,, w n ; d), então dizemos que w 1,, w n são os pesos de f e que d é o grau pesado de f. Proposição Seja S d = { Polinômios quse-homogêneos do tipo (w 1,, w n ; d)}. Então S d é um espaço vetorial sobre K n. Prova: Seja f(x), g(x) S d e λ K, onde x = (x 1,, x n ). Por denição, temos: f(t w 1 x 1,, t wn x n ) = t d f(x) g(t w 1 x 1,, t wn x n ) = t d g(x) Vamos mostrar que λf(t wx) + g(t w x) = λt d f(x) + t d g(x). λf(t wx) + g(t w x) = λ α a (t w 1 x 1 ) a1 (t wn x n ) an + β a (t w 1 x 1 ) b1 (t wn x n ) bn = λ t w 1a 1 + +w na n α a x a 1 1 x an n + t w 1b 1 + +w nb n β a x b 1 1 x bn n = t d λα a x a 1 1 x an n + β a x b 1 1 x bn n = t d [λ α a x a 1 1 x an n + β a x b 1 1 x bn n ] = t d [λf(x) + g(x)] = λt d f(x) + t d g(x) 17

23 O elemento neutro de S d é p(x) 0. Claramente, vale a associativa, comutatividade, existência do simétrico, vale a distribuição pela direita e pela esquerda. Portanto, S d é um espaço vetorial sobre K. Proposição Seja f um polinômio quase-homogêneo do tipo (w 1 (,, w n ; d). Se w w1 = mdc{w 1,, w n ; d}, então f(x) é também quase-homogêneo do tipo w,, w n w ; d ). w Prova: Por denição, temos a 1 w a n w n = d N. Seja w = mdc{w 1,, w n ; d}, daí w i w N, i = 1,, n e d w N, logo a 1 w 1 w + + a n w n w = d w N. Portanto, se f(x) ( é quase-homogêneo do tipo (w 1,, w n ; d), então f(x) é quasehomogêneo do tipo w1 w,, w n w ; d ). w 1.5 Determinante de Gram A matriz de Gram dos vetores v 1,, v k R n é a matriz g = (g ij ) M(k k), onde g ij = v i, v j. Para ser mais explícitos, escrevemos g = g(v 1,, g k ). Exemplo Sejam u = (2, 3) e v = (1, 4) dois vetores em R 2. A matriz de Gram desses vetores é a matriz: u, u u, v g = v, u v, v Calculemos: u, u = = = 13 u, v = v, u = = = 14 18

24 u, u = = = 17 Daí, temos: g = Dado uma base U = {u 1,, u k } R n, seja a = [a ij ] M(k k) a matriz das coordenadas dos vetores v j em relação à base U, isto é: v j = a 1j u a nj u n para j = 1,, k. Seja ainda h = [h ij ] M(n n) a matriz de Gram da base U, isto é, h ij =< u i, u j. Então, para i, j = 1,, k (escrevemos m ij para indicar o ij-ésimo elemento de uma matriz m), temos: n n n g ij = v i, v j = a ri u r, a sj u s = a ri a sj u r, u s = r=1 s=1 ( n n n ) n = a ri a sj h rs = a ri h rs a sj = (a T ) ir (ha) rj = (a T ha) ij. r,s=1 r=1 s=1 r=1 A terceira igual é valida pela bilinearidade do produto interno. Portanto g = a T ha. Em particular, se tomarmos uma base ortonormal {u 1,, u k } R n, teremos h = I k, portanto a matriz de Gram se escreve como g = g(v 1,, v k ) = A T A, onde A é a matriz das coordenadas dos vetores v j em relação a essa base ortonormal do R n. Chama-se gramiano dos vetores v 1,, v k R n ao número γ(v 1,, v k ) = det(g(v 1,, v k )) = det[a ij ], onde a ij = v i, v j determinante da matriz de Gram g(v 1,, v k ). Como A T = A, então a matriz de Gram é não-negativa, pois det(g) = det(a T A) = det(a T ) det(a) = det(a) 2 0. A matriz de Gram g = g(v 1,, g k ) é positiva (invertível) se, e somente se, os vetores v 1,, v k são L.I. 19 r,s=1

25 Proposição Se v 1 é perpendicular a v 2,, v k então γ(v 1,, v k ) = v 1 2 γ(v 2,, v k ). Prova: Se v 1 é perpendicular aos outros vetores, então γ(v 1,, v k ) = v (k 1) 0 (k 1) 1 B (k 1)(k 1) onde B = ( v i, v j ) para i, j = 2, 3,, k. Desenvolvendo este determinante pela primeira coluna, temos γ(v 1,, v k ) = v 1 2 det(b) = v 1 2 γ(v 2,, v k ). Proposição Sejam w 1 a projeção ortogonal do vetor v 1 sobre o subespaço gerado por v 2,, v k e n 1 = v 1 w 1, logo n 1 é perpendicular aos v j com j = 1,, k. Prove que γ(v 1,, v k ) = n 1 2 γ(v 2,, v k ). Prova: Como v 1 = n 1 + w 1, temos (v 1,, v k ) = γ(n 1, v 2,, v k ) + γ(w 1, v 2,, v k ) = n 1 2 γ(v 2,, v k ) + 0 pois w 1 pertence ao subespaço gerado por v 2,, v k enquanto n 1 é perpendicular a estes vetores. O paralelepípedo gerado pelos vetores linearmente independentes v 1,, v k R n é o conjunto P [v 1,, v k ] das combinações lineares t 1 v 1 +, t k v k onde 0 t i 1. O volume em k-dimensional do paralelepípedo é denido por indução. Se k = 1, ele se reduz ao segmento de reta [0, v 1 ], cujo "volume"unidimensional é, por denição, v 1. Suponha denido o volume de um paralelepípedo d dimensão k 1, pões-se volp [v 1,, v k ] = n 1 volp [v 2,, v k ], onde n 1 é a altura do paralelepípedo, isto é, n 1 = v 1 w 1 e w 1 é a projeção ortogonal de v 1 sobre o subespaço gerado por v 2,, v k. 20

26 Proposição Prove que volp [v 1,, v k ] = γ(v 1,, v k ) = det( v i, v j ). Prova: Por indução: para n = 1, o volume é vol[v 1 ] = v 1 enquanto γ(v 1 ) = det( v i, v j ) = det( v 1, v 1 ) = v 1 2. Portanto vol[v 1 ] = γ(v 1 ) = det( v 1, v 1 ) = v 1. Por outro lado, supondo que a igualdade vale para quaisquer n = k 1 vetores, temos: volp [v 1,, v k ] = n 1 volp [v 2,, v k ] = n 1 γ(v 2,, v k ) = n 1 2 γ(v 1,, v k ) = γ(v1, v 2, v k ) = det( v i, v j ). 21

27 Capítulo 2 Introdução à Teoria de Singularidades 2.1 Germes de conjuntos Seja X um espaço topológico e x X um ponto. O conjunto P (X) é formado por todos os subconjuntos de X e dena uma relação de equivalência A B A U = B U X para alguma vizinhança U de x X. Denição Dado A P (X), a classe de equivalência de A, com respeito à relação de equivalência X é chamada de germe do conjunto A na vizinhança do ponto x. Notação: (A, x) Exemplo Sejam X = R 2 e x = 0. A 1 = {(x, y) x < 2}, B 1 = {(x, y) x > 2}, A 2 = {(x, y) x < 0} e B 2 = {(x, y) x > 0}. Observe que A 1 B 1, mas A 2 B 2. Seja X um conjunto e considere agora o conjunto formado pelos pares M = {(U, f)}, onde U é uma vizinhança de x X e f é uma função f : U Y. Introduziremos a relação de equivalência em M : (U 1, f 1 ) x (U 2, f 2 ) se, e somente se, f 1 U0 = f 2 U0 para alguma vizinhança U 0 de x com U 0 U 1 U 2. Exemplo Sejam as funções f : R \ { 1} R e g : R R denidas por f(x) = x2 1 x+1 e g(x) = x 1. 22

28 Temos f R\{ 1} = g R\{ 1}. Logo, f x g para x R \ { 1}. Denição A classe de equivalência do par (U, f) M será denotada por f e será chamada de o germe de f em torno do ponto x X. Se f : U, x Y é um germe e f é um representante deste germe que é suave, ca bem denido os germes das derivadas parciais de f. 2.2 Germes de aplicações suaves Sejam X = R n e Y = R p. Considere o conjunto M = {f : U R p f suave e U é vizinhança de a R n }. Denotamos por En,p a ao conjunto de todos os germes de funções de M. Observação Quando a = 0, usa-se a notação E n,p. Além disso, quando a = 0 e p = 1, usa-se a notação E n. Proposição Em E n denamos a soma e o produto por: (f + g)(x) = f(x) + g(x) e (f g)(x) = f(x) g(x). Seque que: 1. (E n, +, ) é um anel comutativo com unidade e com divisores de zero. 2. A função ϕ x : E n E n denida por ϕ x (f) : R n, 0 R u f(u + x) é um isomorsmo de anéis. Prova do item 1. Armação 1: (E n, +, ) é um anel. Seja x U X, onde U é uma vizinhança aberta de x, logo f(x), g(x) e h(x) são números reais, onde f, g, h E n, então, temos que: i) (f + g)(x) = f(x) + g(x) = g(x) + f(x) = (g + f)(x); ii) h E n tal que h 0, pois vale (f + h)(x) = f(x) + h(x) = f(x) + 0 = f(x) E n ; 23

29 iii) ((f + g) + h)(x) = ([f(x) + g(x)] + h(x)) = (f(x) + [g(x) + h(x)]) = [f + (g + h)](x); iv) ([f + g] h)(x) = ([f(x) + g(x)] h(x)) = (f(x)h(x) + g(x) h(x)) = (f h + g h)(x). Armação 2: (E n, +, ) é um anel comutativo. De fato, pois (f g)(x) = f(x) g(x) = g(x) f(x) = (g f)(x). Armação 3: (E n, +, ) é um anel comutativo com unidade. Seja f E n f(x) 0, x U. tal que f(0) 0 e f é contínua, então U X e 0 U tal que Daí, tome g(x) = 1, g está bem denido, então vale 1 = g(x)f(x), como g(x)f(x) f(x) E n, então h 1 E n. Armação 4: (E n, +, ) têm divisores de zero. 0, se x 1 < 0 e x i = 0, i = 2,, n Tome f(x) = e x 2 1, se x 1 0 e x i = 0, i = 2,, n 0, se x 1 0 e x i = 0, i = 2,, n g(x) = x 2 1, se x 1 < 0 e x i = 0, i = 2,, n. Temos que f(x)g(x) = 0, x U, i = 1,, n. Como f(x) 0 e g(x) 0, então E n têm divisores de zero. Segue das quatro armações que (E n, +, ) é um anel comutativo com unidade que tem divisores de zero. Prova do item 2. Seja U uma vizinhança de x e f, g E x n, onde ϕ : En x E n u f(u x) pelo item 1., sabemos que: ϕ(f + g)(x) = (f + g)(u x) = f(u x) + g(u x) = ϕ(f)(u) + ϕ(g)(u). ϕ(f g)(x) = (f g)(u x) = f(u x) g(u x) = ϕ(f)(u) ϕ(g)(u). Logo, temos que ϕ é um homomorsmo. A saber, para f 1, temos ϕ(f) = 1. Seja Ker(ϕ) = {f E n f(x) = 0}. Daí, denamos a nova aplicação, da seguinte forma: ϕ x (f) = ϕ(f) Ker(ϕ) Im(ϕ) f(u) + Ker(ϕ) ϕ x (f + Ker(ϕ))(u) = f(u + x). 24

30 anéis. Daí, pelo teorema do isomorsmo (1.3.1), temos que ϕ x é um isomorsmo de Observação O anel E n,p tem uma estrutura de E n -módulo. Proposição saber M n = {f E n f(0) = 0}. 1) E n é um anel local, isto é, possui um único ideal maximal, a 2) A k-ésima potência de M n é gerado, em E n, pelos monômios de grau k, isto é, M k n =< x a = x a 1 1 x an n a = a a n = k >. Além disso, M k n = {f E n b f (0) = 0, 0 b k}. xb Demonstração: ver [10]. Observação Se I E n é ideal de E n, então E n I é também uma K-álgebra. Denição Um ideal I E n é dito de codimensão nita quando a dimensão de En I é nita, isto é, Se I e J são ideais de A e J I, então dim E n I <. ϕ(a + b) = ϕ : A J A I a ϕ(a) = ã a + J ϕ(a + J) = a + I (a + b) = ã + b = ϕ(a) + ϕ(b); Se ã A, claramente ϕ(a) = ã I. Portanto, ϕ é um homomorsmo sobrejetor. Observação Se I E n é um ideal, então E n I 25 é um K-espaço vetorial.

31 Proposição Um ideal I E n tem codimensão nita se, e somente se, M k n I, para algum k N. Demonstração: ( =) Suponha que M k n I, para algum k N. Quero provar que codi < +. Observe que En I e En M k n são K-espaços vetoriais. Além disso dim En M k n < +. Como M k E n I, temos que ϕ : n En é um homomorsmo sobrejetor denido por M k n I f ϕ(f) = f, isto é, ϕ é uma transformação linear sobrejetor. Daí, dim E n I E n M k n (= ). Suponha que cod(i) < +, isto é, dim En I < + = cod(i) < +. < +. Observe a cadeia descendente. E n I + M n I + M 2 n I + M k n. Tomando o quociente pelo ideal I, obtemos a cadeia, E n I I + M n I I + M2 n I I + Mk n I k N tal que Mk n I = E n I M n I M2 n I Mk n I = Mk+1 n I + M k I n = I + M k+1 n = M k n I + M n M k n = LemadeNakayana Mk n I. Exemplo Seja I =< x 2, xy, y 2 > em E 2. Temos M 2 2 I. Seque-se que dim En I = 3. Figura 2.1: dim En I = 3 26

32 Figura 2.2: dim En J = Exemplo Seja J =< x 2, xy > em E 2. Temos M 2 2 J. Seque-se que dim En J =. Relembrando. E 0 n,p = {f : K n, 0 K p, 0 f é suave ou analítico com f(0) = 0}. É fácil ver que E 0 n,p = M n E n,p. Pois se f(x) M n E n,p f(x) = g(x)f (x) = f(0) = g(0)f (0) = f(0) = 0 F (0) = 0 = f E 0 n,p. E se f E 0 n,p, então f i E n, onde f = (f 1,, f p ). Logo f(0) = 0 f i (0) = 0, i = 1,, p = f M n E n,p Denição Denimos o conjunto J k (n,p) = E 0 n,p. M k nen,p 0 Mas M k n En,p 0 = M k nm n E n,p = M k+1 n E n,p, logo J(n,p) k = En,p 0, o qual é identicado M k+1 n E n,p como o K-espaço vetorial das aplicações polinomiais de K n, 0 K p, 0, cujas componentes têm grau no máximo k. Se p = 1, então o k-jato de um germe f E n, calculado na origem, é denido por j k f(x) = ( ) α 1 f x=0x α, α! x a k onde α = (α 1,, α n ), α = α α n, α! = (α 1 )! (α n )!, x α = x α 1 1 x αn n ( ) α1 ( ) x 1 αn. x n e ( x) α = 27

33 Denição Dado um germe f E 0 n,p, denotamos por j k (f) o desenvolvimento de Taylor de f, em torno da origem, até o grau k. Podemos denir o germe f como a soma k-jato de f mais o resto. f(x) = j k f(x) + r k (x) = a k O j k (f) é chamado de "k-jato de f na origem". ( ) α 1 f x=0x α + r k (x). α! x Fórmula de Taylor Innitesimal [2]: Seja o germe f : U R p, 0, denida no aberto U R n, com 0 e 0 + x U. Se f é k vezes diferenciável na origem, então Exemplo e x = e x 1 = n=0 n=1 r k (x) lim = 0. x 0 x k x n n! x n n! = 1 + x + x2 2 + x3 3! + = x + x2 2 + x3 3! + = j k (e x 1) = x + x xk k!. Observação j k (f) pode ser identicado com a diferencial df(0). Proposição Seja f, g En,p, 0 então j k (f) j k (g) a f x (0) = a g (0), a = a xa (a 1,, a n ) com a = a a n k. Demonstração: Como f, g E 0 n,p, então f e g podem ser representado por série de Taylor na origem. f(x) = Como j k (f) j k (g), então n=0 k n=0 f (n) (0) x n e g(x) = n! f (n) (0) x n = n! k n=0 n=0 g (n) (0) x n. n! g (n) (0) x n. n! 28

34 Mas isto é verdade se, e somente se, f (n) (0) n! x n = g(n) (0) x n, n k n! f (n) (0) = g (n) (0), n k a f x a (0) = a g x a (0), a = (a 1,, a n ). Momenclatura: O espaço J(n,p) k é chamado de "O espaço de k-jatos do tipo (n, p). Denição Para s > t, denimos Π s,t : J s (n,p) J t (n,p) como sendo a projeção canônica Π s,t (p(x)) = j t (p). Proposição O Π s,t j s = j t em j r : E 0 n,p J r (n,p) f j r (f). Como Π s,t j s (f) = Π s,t (j s (f)), onde f En,p, 0 temos Π s,t (j s (f)) = j t (f), se t s. Daí, Π s,t j s j t. Seja f En,p, 0 então j k (f) En,p. 0 Como t s, então se j t (f) J t, então j t J s, pois J t J s. Portanto, j t pertence ao domínio de Π s,t j s. Logo j t Π s,t j s. Portanto Π s,t j s = j t. 29

35 Capítulo 3 Relações de Equivalência em Germes e Jatos 3.1 Ação de Grupo Denição Sejam G um grupo e C um conjunto qualquer. Uma ação do Grupo G no conjunto C é uma função ϕ : G C C (g, c) ϕ(g, c) = g c tal que: i) g 1 (g 2 c) = (g 1 g 2 )c; ii) ϕ(e, c) = c, c C; iii) ϕ(g 1, ϕ(g 2, c)) = ϕ(g 1 g 2, c), g 1, g 2 Ge c C. Denição Dados c 1, c 2 C, denimos a relação c 1 c 2 g G tal que ϕ(g c 1 ) = c 2. Proposição A relação é uma relação de equivalência. Prova: 30

36 Figura 3.1: Figura 3.2: i) Reexivo: Como G é um grupo, existe o elemento neutro e G. Daí, ϕ(e, c 1 ) = c 1, c 1 C, logo c 1 c 1. ii) Simetrica: Seja g 1 G e c 1, c 2 C tal que ϕ(g 1, c 1 ) = g 1 c 1 = c 2. Como G é um grupo, então g 1 1 G tal que g 1 g 1 1 = e. Daí, c 1 = ϕ(e, c 1 ) = ϕ(g 1 g 1 1, c 1 ) = ϕ(g 1 1 g 1, c 1 ) = (g 1 1 g 1 ) c 1 = Portanto c 1 c 2 c 2 c 1. = g 1 1 (g 1 c 1 ) = g 1 1 c 2 = ϕ(g 1 1, c 2 ). 31

37 iii) Transitiva: Seja c 1 c 2 e c 2 c 3, donde g 1, g 2 G tal que ϕ(g 1, c 1 ) = c 2 e ϕ(g 2, c 2 ) = c 3. Como c 2 = g 1 c 1, então ϕ(g 2, g 1 c 1 ) = c 3. Daí, g 2 (g 1 c 1 ) = c 3. Logo (g 2 g 1 ) c 1 = c 3. Portanto c 1 c 3. Denição Denimos a Órbita de um elemento c C como sendo a classe de equivalência de c pela relação, isto é, a órbita de c é o conjunto G c = {a C g G com ϕ(g, c) = a} = {a C g c = a} = {a C a c} = {g c g G} = {ϕ(g, c) g G}. Figura 3.3: Exemplo Seja C = L(R n, R p ) o conjunto das transformações lineares de R n em R p e G := Gl n Gl p formado por pares de operadores lineares invertíveis de R n e R p, ou seja, C := {T : R n R p T é linear} G := {(A, B) A : R n R n invertível e B : R p R p invertível}. 32

38 Denimos: ϕ : G C C ((A, B), T ) ϕ((a, B), T ) = B T A 1. Observe que ϕ((i n, I p ), T ) = I p T I 1 n = I p T I n = T. Proposição O ϕ é uma órbita do grupo G no conjunto C. Prova: Seja G T = O(T ) = {ϕ((a, B), T ) (A, B) G} a órbita de T. Daí, ϕ é uma órbita, pois se S C tal que T S, então existem (A, B) G tal que: ϕ((a, B), T ) = B T A 1 = S. Como B T A 1 C, (A, B) G, então ϕ gera uma classe de equivalência, logo ϕ é uma órbita do grupo G no conjunto C. Observação Em C = L(R n, R p ), temos a relação de equivalênçia. T S existem (A, B) G tais que T = B S A 1 isto é, T e S estão na mesma órbita. Teorema Duas transformações lineares T, S C = L(R n, R p ) são equivalentes se, e somente se, T e S têm o mesmo posto. Demonstração:( ) Duas transformações lineares T, S C são equivalentes se (A, B) G tal que ϕ((a, B), T ) = B T A 1 = S. Como A : R n R n e B : R p R p são operadores invertíveis. Logo A e B têm posto máximo, assim, posto(a) = n e posto(b) = p e T : R n R p tem posto k, onde k {n, p}. Por propriedade de posto de transformações lineares, temos: posto(s) = posto(b T A 1 ) min{posto(b), posto(t ), posto(a 1 )} = k. 33

39 Daí, posto(s) k. Como A e B são transformações lineares invertíveis, então S = B T A 1 B 1 S A = T. Analogamente, temos: posto(t ) = posto(b 1 S A) min{posto(b 1 ), posto(s), posto(a)} = posto(s) k posto(t ) = k posto(s) k. Portanto, S e T têm o mesmo posto. ( ) Suponha que S e T tem posto k, onde k nim{n, p}. Como S e T são transformações lineares, pelo Teorema do Posto[2], existem (A 1, B 1 ), (A 2, b 2 ) G tais que (B 1 S A 1 1 )(x, y) = (x, 0) (B 2 T A 1 2 )(x, y) = (x, 0) onde x = (x 1,, x k ) e y = (x k+1,, x n ). Tome T k : R n R p (x, y) T k (x, y) = (x, 0). Pela Proposição 3.1.1, como S T e T T k, então S T. Consequência: Dado T C, tomando k = posto(t), temos que T é equivalente à transformação linear T k : R n R p pois o posto de T k é igual à k. T k (x 1,..., x n ) = (x 1,..., x k, 0,..., 0) 34

40 Conclusão: Se duas transformações lineares estão em órbitas diferentes, então têm posto diferente, portanto, na ação de grupo G sobre C, existem exatamente min{n, p} + 1 órbitas. Denição Seja G um grupo agindo em um conjunto C. Fixado a C, denotamos por G a = E(a) = {g G ϕ(g, a) = a} G chamado de o subgrupo de isotropia de a ou estabilizador de a. Proposição O estabilizador G a é um subgrupo de G, ou seja, G a < G. Prova: De fato, e G (elemento neutro) tal que ϕ(e, a) = a. Se g G tal que ϕ(g, a) = a, então a = ϕ(e, a) = ϕ(g 1 g, a) = (g 1 g) a = g 1 (g a) = g 1 a. Logo ϕ(g 1, a) = a, pois g 1 G. Daí, segue que se g G a, então g 1 G. Agora tome g 1, g 2 G tal que ϕ(g 1, a) = a e ϕ(g 2, a) = a. Daí, ϕ(g 1 g 2, a) = (g 1 g 2 ) a = g 1 (g 2 a) = g 1 a = a segue-se que g 1 g 2 G a. Denição Denotamos por R n o conjunto de todos os germes de aplicações h : (K n, 0) (K n, 0) tal que: a) h é um difeomorsmo de classe C, quando K = R. b) h é um isomorsmo quando K = C. Isto é: R n := {h : (R n, 0) (R n, 0) h é difeomorsmo} R n := {h : (C n, 0) (C n, 0) h é isomorsmo}. Proposição O R n, com a composição de função, é um grupo. Prova: Seja f, g, h R n, então vale: 35

41 i) Associatividade de composição: (f g) h(x) = (f g)(h(x)) = f(g(h(x))) = f(g h(x)) = f (g h)(x). ii) Existe o elemento neutro: A função identidade I : R n, 0 R n, 0 denida por I(x 1,, x n ) = (x 1,, x n ) é um difeomorsmo (isomorsmo) e I f I(x) = f(x), segue-se que I R n. iii) Existência do inverso: Seja f R n, por denição, f : R n, 0 R n, 0 é um difeomorsmo ( isomorsmo), então existe o inverso f 1 tal que f 1 : R n, 0 R n, 0 é um difeomorsmo (isomorsmo), logo f 1 R n. Observação Em geral, usamos a notação 1 R no lugar de R n, desde que não cause interpretação irrôneas. 3.2 Equivalências A R-Equivalência Pode ser chamado também de equivalência à direita, pois esta relação de equivalência está relacionada à ação de grupo R, dada por: r : R En,p 0 En,p 0 (h, f) r(h, f) = f h 1 onde h 1 faz composição com f pela direita, ou seja, h 1 faz mudança na fonte (domínio) de f. K n, 0 f K p, 0 h K n, 0 f h 1 1 R = Right: Direito (tradução) 36

42 Observação Como h R, então h é C. Proposição A função r é uma ação do grupo R no conjunto E 0 n,p. Prova: Pela Proposição 3.1.4, R é um grupo com a composição de função e En,p 0 é o conjunto de todos os germes de funções suave na vizinhança do zero com f(0) = 0. Mostraremos que r : R En,p 0 En,p 0 (h, f) r(h, f) = f h 1 é uma ação. Como I R, então r(i, f) = f I 1 = f I = f E 0 n,p, f E 0 n,p e dado h 1, h 2 R, temos r(h 1, f) = f h 1 1 E 0 n,p, daí, r(h 2, f h 1 1 ) = (f h 1 1 ) h 1 2 = f (h 1 1 h 1 2 ). Como (h 1 1 h 1 2 ) é um difeomorsmo, então vale (h 1 1 h 1 2 ) = (h 2 h 1 ) 1. Logo r(h 2, f h 1 1 ) = f (h 2 h 1 ) 1 = r(h 2 h 1, f). Portanto r é uma ação de grupo. Dois germes f, g E 0 n,p estão relacionados se, e somente se, estão na mesma R-órbita, isto é, h R tal que r(h, g) = f, ou equivalentemente, f = g h 1. Notação: f R g ou g Rf. Exemplo Pelo Teorema da Forma Local das Submersões (ver [2]), se f : R n+k, 0 R n, 0 é tal que f (0) é sobrejetiva, então existe h : R n+k, 0 R n+k, 0 difeomorsmo (h R n+k ) tal que f h(x, y) = x, para todo (x, y) R n R k, donde segue que f I R n. R 37

43 3.2.2 A L-Equivalência Pode ser chamado também de equivalência à esquerda, pois esta relação de equivalência está relacionada à ação do grupo L, dada por: l : L En,p 0 En,p 0 (k, f) l(k, f) = k f onde L := R p := {k : K p, 0 K p, 0} é difeomorsmo se K = R ou isomorsmo se K = C}. E k faz composição com f pela esquerda, ou seja, l faz mudança na meta (imagem) de f. Veja pelo diagrama abaixo que é comutativo. K n, 0 f K p, 0 k f k K p, 0 Observe que, dois germes f, g En,p 0 são L-equivalentes se, e somente se, os germes f e g estão na mesma L-órbita, ou seja, existe k : K p, 0 K p, 0 difeomorsmo (isomorsmo) tal que f = k g. Exemplo Pelo Teorema da Forma Local das Imersões (ver [2]), se f : R n, 0 R n+k, 0 é tal que f (0) é injetiva, então existe k : R n+k, 0 R n+k, 0 difeomorsmo (k R n+k ) tal que k f(x) = (x, 0), para todo (x) R n, donde segue que f I R n {0} R k. L A A-Equivalência Esta relação de equivalência nasce da ação a : (R L) E 0 n,p E 0 n,p ((h, k), f) a((h, k), f) = k f h 1. Neste caso, diremos que dois germes f, g E 0 n,p são A-equivalentes se, e somente se, existe (h, k) A = R L tal que f = k g h 1. 38

44 K n, 0 h K n, 0 g f K p, 0 k K p, 0 Teorema Os conjuntos R e L são isomorfos aos subgrupos de A. Demonstração: Sabemos que R {I p } é um subconjunto de A, onde I p : K p, 0 K p, 0 é a aplicação identidade. Provaremos o teorema usando duas armações: Armação 1: R {I p } < A. Seja (h 1, I p ), (h 2, I p ), (h 3, I p ) R {I p }, temos: i) (h 1, I p ) (h 2, I p ) = (h 1 h 2, I p I p ). Como h 1 h 2 R e I p I p = I p, então (h 1 h 2, I p ) R {I p }. ii) (h 1, I p ) [(h 2, I p ) (h 1, I p )] = (h 1, I p ) (h 2 h 3, I p ) = (h 1 (h 2 h 3 ), I p ) = ((h 1 h 2 ) h 3, I p ) = (h 1 h 2, I p ) (h 3, I p ) = [(h 1, I p ) (h 2, I p )] (h 1, I p ). iii) Como h 1 A, então h 1 1 A e Ip 1 = I p, daí, (h 1, I p ) (h 1 1, Ip 1 ) = (h 1 h 1 1, I p I 1 p ) = (I n, I p ). Portanto, segue-se a armação 1. Armação 2: R R {I p }. De fato, pois tome f : R R {I p }. Vemos que essa função é bijetiva. Logo R R {I p }. Portanto R R {I p } < A, segue analogamente que L {I n } L < A. A A-equivalência está associada à ação a : (R L) E 0 n,p E 0 n,p ((h, k), f) k f h 1 onde a é uma ação de grupo. 39

45 Teorema (do Posto Constante) Seja U R n uma vizinhança aberto da origem e f : U R p uma aplicação de classe C onde f(0) = 0. Suponha que f (a) tem posto constante, para todo a U. Então o germe f E 0 n,n é A-equivalente ao germe de transformação linear T k : R n, 0 R p, 0 dada por T k (x 1,, x n ) = (x 1,, x k, 0, 0), onde k = postof (a), a U. Demonstração: Como U é vizinhança aberta da origem, reindexando as coordenadas de f (mudança na meta), podemos assumir que [ ] fi posto = m x j i, j = 1,, m, x U. Claramente m min{n, p}. Seja q = R p R m a projeção q(x 1,, x p ) = (x 1,, x m ). Então q f = (f 1,, f m ) e portanto é uma submersão, (ver [2]), e [ ] [ ] fi (q f)i posto = m = posto. x j x j Logo, pela forma local das submersão, existe um difeomorsmo local g : U R n g(u) R n tal que (q f) g 1 (x 1,, x n ) = (x 1,, x m ) é uma projeção linear e isto mostra que onde f j : R n R. f g 1 (x 1,, x n ) = (x 1,, x m, f m+1 (x),, f p (x)) Como f tem posto constante m, então f g 1 também tem posto constante m, nessa condição implica que f j x k (x) = 0, j = m + 1,, p; k = m + 1,, n e x U. Então as funções f j só depende de x 1,, x m e j = m + 1,, p. Denamos o germe h L por h(y 1,, y p ) = (y 1,, y m, y m+1 f m+1 (y),, y p f p (y)) em que y = (y 1,, y m, 0,, 0). Então, h f g 1 (x 1,, x n ) = h(x 1,, x m, f m+1 (x),, f p (x)) = (x 1,, x m, f m+1 (x) f m+1 (x),, f p (x) f p (x)) = (x 1,, x m, 0,, 0). Portanto, h e g tal que h f g 1 = T k. Logo, f A T k. 40

46 3.3 Grupos e Equivalências Grupo de Lie Denição Um Grupo de Lie G é um grupo com uma estrutura de variedade diferenciável de classe C tal que a multiplicação : G G G (g, h) g h e a inversão i : G G g g 1 são aplicações de classe C. Exemplo S 1 = {x + iy x 2 + y 2 = 1} = {e iθ θ [0, 2π]} com o produto e iθ e iα = e i(θ+α) e com a inversa (e iθ ) 1 = e iθ é um grupo de Lie. Denição Uma ação de grupo de Lie G em uma variedade suave M é uma ação de grupo ϕ : G M M que é uma aplicação suave. Denição Sejam M e N variedades suaves.uma imersão de N em M é uma aplicação suave f : N M tal que f (x) é injetiva, x N. Seja G um grupo de Lie agindo em uma variedade M. Dado x M, a órbita de x é o conjunto G x := {ϕ(g, x) M g G} M. Teorema Seja G um grupo de Lie agindo na variedade M. Então, as órbitas são subvariedades imersas de M. Demonstração: Ver [3]. 41

47 Figura 3.4: Figura 3.5: Teorema Seja ϕ : G M M uma ação de grupo de Lie G na variedade M. Então x M a aplicação ϕ x : G G x g ϕ x (g) = ϕ(g, x) é uma submersão. Demonstração: Armação 1. ϕ x tem posto constante. Mostraremos que o posto de ϕ x em h G, onde h é xo, é igual ao posto de ϕ x em e G (elemento neutro). Considere a aplicação ξ : G G g ξ(g) = h g 42

48 Figura 3.6: e ψ : G x G x y ψ(y) = ϕ(h, y). Figura 3.7: Observe que: ψ ϕ x (g) = ψ(ϕ x (g)) = ψ(ϕ(g, x)) = ϕ(h, ϕ(g, x)) = = ϕ(h g, x) = ϕ(ξ(g), x) = ϕ x (ξ(g)) = ϕ x ξ(g), g G. Daí, temos que ψ ϕ x ϕ x ξ. Logo, o diagrama abaixo é comutativo. G ϕ x G x (3.1) ξ ψ G ϕ x G x 43

49 De fato, de ψ ϕ x (g) = ϕ x ξ(g), tem-se: d(ψ ϕ x (g)) g=e = d(ϕ x ξ(g)) g=e dψ(ϕ x (e))d(ϕ x (e)) = dϕ x (ξ(e))d(ξ(e) dψ(x)d(ϕ x (e)) = dϕ x (f)d(ξ(e). A comutatividade do diagrama (3.1) implica, pela regra da cadeia, na comutatividade do diagrama (3.2). T e G dϕ x(e) T x G x (3.2) dξ(e) dψ(x) T h G dϕ x(h) T ϕ(h,x) G x Portanto, como dξ(e) e dψ(x) são isomorsmo, segue-se que postodϕ x (e) = postodϕ x (h). Resta-nos mostrar que ϕ x é submersão em algum h G, mas isto é consequência do teorema de Sard (ver [4]). Teorema de Sard: f : N M suave. Então o conjunto dos valores regulares de f é denso em N. Basta aplicar o Teorema de Sard à função ϕ x : G G x. Daí, h G tal que postodϕ x (h) é máximo. Corolário T x (G x ) = dϕ x (e) (T e (G). Demonstração: ϕ x : G G x é submersão, então dϕ x (e) é sobrejetiva, implica que dϕ x (e) (T e G) = T x (G x ). 44

50 Figura 3.8: O grupo C e C-Equivalência O grupo C é formado pelos germes de difeomorsmos H : R n R p, 0 R n R p, 0 tais que π 1 H(x, y) = x e π 2 (H(x, 0) = 0. Isto é, C := {H : R n R p, 0 R n R p, 0 H(x, y) = (x, ϕ(x, y)), onde ϕ(x, 0) = 0}. Figura 3.9: O grupo C arge em R n E 0 n,p da seguinte forma. C R n E 0 n,p R n E 0 n,p (H, (x, f(x))) H(x, f(x)) = (x, ϕ(x, f(x))). 45

51 Desta forma, dois germes f, g E 0 n,p H(x, f(x)) = (x, g(x)). são C-equivalentes quando H C tal que Observação H(x, f(x)) = (x, ϕ(x, f(x))) = (x, g(x)). Figura 3.10: Proposição Os elementos de C dene uma família parametrizada por x R n de difeomorsmos ϕ x : R p, 0 R p, 0 y ϕ x (y) = ϕ(x, y). Demonstração: Dado H C, sabemos que H(x, y) = (x, ϕ(x, y)). Fixado x R n, dene ϕ x : R p, 0 R p, 0 por ϕ x (y) = ϕ(x, y) JacH = [I n] n n A. 0 Jacϕ x Como Det(JacH) 0, então Det(Jacϕ x ) 0, logo ϕ x é difeomorsmo. 46

52 3.3.3 O grupo K e K-Equivalência (Grupo de Contato) O grupo K é formado pelos germes de difeomorsmos H : R n R p, 0 R n R p, 0 tais que π 1 H(x, y) = h(x), onde h : R n, 0 R n, 0 é um germe de difeomorsmo (h R e π 2 (H(x, y)) = ϕ(x, y) onde ϕ(x, 0) = 0). K := {H : R n R p, 0 R n R p, 0 H(x, y) = (h(x), ϕ(x, y)), h R e ϕ(x, 0) = 0}. A ação de K é denida da seguinte forma K R n E 0 n,p R n E 0 n,p (H, (x, f(x))) H(x, f(x)) = (h(x), ϕ(x, f(x))). Dois germes f, g E 0 n,p são C-equivalentes se, e somente se H C tal que H(x, f(x)) = (h(x), ϕ(x, f(x))) = (h(x), g h(x)). Figura 3.11: Teorema (Lema de Hadamard) : Sejam U R n vizinhança convexa da origem e f : U R q R uma função diferenciável que se anula em (0, y) U R q. Então existem funções diferenciáveis f 1,, f n : R q R tais que f(x, y) = x 1 f 1 (x, y)+ + x n f n (x, y), (x, y) U R q, x = (x 1,, x n ) e y = (y 1,, y q ). 47

53 Figura 3.12: Demonstração: onde f i (x, y) = 1 0 f(x, y) = f(x, y) f(0, y) 1 = 0 t [f(tx 1,, tx n, y)] dt [ 1 n ] f = (tx, y)x i dt x i f x i (tx, y)dt. = = 0 n 1 f x i (tx, y)dt 0 x i n x i f i (x, y) Teorema Os germes f, g En,p 0 são K-equivalentes se, e somente se, existir germe de difeomorsmo h : R n, 0 R n, 0 tal que f h e g são C-equivalentes. Demonstração: ( ) Seja f g, então existe H K tal que H(x, g(x)) = (h(x), f K h(x)) em que H(x, y) = (h(x), ϕ(x, y)). Dena H(x, y) = (x, ϕ(x, y)). Então H C e H(x, g(x)) = (x, ϕ(x, g(x))) = (x, f h(x)) segue que f h g. C 48

54 ( ) h tal que f h g, então h(x, y) = (x, ϕ(x, y)) C tal que H(x, g(x)) = C (x, f h(x)). Dena H(x, y) = (h(x), ϕ(x, y)) K, temos H(x, g(x)) = (h(x), ϕ(x, g(x))) = (h(x), f h(x)). Portanto f K g. Denição Dado f E 0 n,p, denimos o ideal gerado pelas componentes de f, como sendo o ideal I f =< f 1,, f p > E n. Denição Dado f E 0 n,p, isto é, f : R n, 0 R p, 0, denimos f : E p E n por f (h) = h f. K p, 0 h K, 0 f f h Observe que K n, 0 I f = f (M p ) = {f (h) h M p } = {h f h M p } = < y 1 f,, y p f > = < f 1,, f p >. Teorema (Critério Algébrico para a C-equivalência): Então, são equivalentes: Sejam f, g E 0 n,p. 49

55 I) f e g são C-equivalentes; II) Os ideais I f e I g de E n são iguais; III) Existe uma matriz invertível p p com coordenadas a ij E n tais que f i (x) = a ij g j (x), i = 1,, p. Demonstração: I) = II). Seja f g, então existe H(x, y) = (x, ϕ(x, y)) C, C onde ϕ(x, y) = (ϕ 1 (x, y),, ϕ p (x, y)) e ϕ i (x, 0) = 0, i = 1,, p tal que H(x, g(x)) = (x, f(x)). Implica que (x, ϕ(x, g(x))) = (x, f(x)), i = 1,, p. Pelo Lema de Hadamard, para cada i = 1,, p, tem-se: ϕ i (x, y) = y 1 ϕ i1 (x, y) + + y p ϕ ip (x, y) = y i ϕ ij (x, y). j=1 Logo, f i = ϕ i (x, g(x)) = p j=1 g i(x, )ϕ ij (x, g(x)) I g. Portanto I f I g. Por simétria da C-equivalência I g I f. Portanto I f = I g. II) = III). Dadas duas matrizes p p A e B, existe uma matriz C tal que C(I AB)+B é invertível. Usemos esse fato na prova. Suponha que I f = I g. Então podemos escrever g i (x) = a ij (x)f j (x) e f i (x) = j=1 b ij g j (x) j=1 onde a ij, b ij E n, i = 1,, p. Sejam A(x) = (a ij ) e B(x) = (b ij ) matrizes de funções p p. Usando o fato de C(I AB) + B ser invertível para alguma matriz C, então C(I A(0)B(0)) +B(0) é uma matriz numérica invertível para alguma matriz C, então existe uma vizinhança de x = 0 tal que U x = C(I A(x)B(x)) + B(x) é invertível, x nessa vizinhança. Seja u ij (u) as coordenadas de U x. Então, 50

56 U x g = (C(I A(x)B(x)) + B(x)) g = C(I A(x)B(x)) g + B(x) g = C(g A(x)B(x) g) + f = C(g g) + f = f. Logo U x g = f. Portanto f i (x) = p j=1 u ijg j (x). III) = I). Sunponha que existe uma matriz invertível U x = (U ij (x)) tal que U x g = f, ou seja, f i (x) = p j=1 u ijg j (x), i = 1,, p. Dena ϕ : R n R p, 0 R p, 0 por ϕ i (x) = p j=1 u ijg j (x), i = 1,, p. Claramente ϕ(x, 0) = ϕ 1 (x, 0),, ϕ p (x, 0)) = 0. Dena agora o germe H : R n R p, 0 R n R p, 0 por (x, g) H(x, y) = (x, ϕ(x, y)). Temos JacH = I n D 0 Jacϕ x e Jacϕ x = det(u ij ) 0. Portanto H é difeomorsmo, logo H C e além disso H(x, g(x)) = (x, ϕ(x, g(x)) = (x, f(x)), pois ϕ i (x, g(x)) = f i (x), daí ϕ(x, g(x)) = f(x). Portanto f e g são C-equivalentes. Exemplo Seja f, g : R, 0 R 2, 0 dada por: f(x) = (x 2, 0) e g(x) = (x 2, x 3 ). I f =< x 2 > e I g =< x 2, x 3 >=< x 2 >. Portanto f e g são C-equivalentes. Teorema Seja o germe h E n. Então: I) h : E p E n é um homomorsmo de anéis; II) Se I : R n, 0 R n, 0 é o germe da identidade, então I : E n E n é o homomor- smo identidade; 51

57 Figura 3.13: III) O germe h : R n, 0 R n, 0 é invertível se, e somente se, h : E n E n é um isomorsmo do anel E n. Demonstração: I) h (f + g) = (f + g) h = f h + g h = h (f) + h (g) e h (f g) = (f g) h = (f h) (g h) = (h (f)) (h (g)). II) I (f) = f I = f. III) Armação: Dados h 1 E 0 n,p e h 2 E 0 p,k então (h 2 h 1 ) = h 1 h 2. De fato: Seja f E k, então, (h 2 h 1 ) = f (h 2 h 1 ) = (f h 2 ) h 1 = h 1(f h 2 ) = h 1(h 2(f)) = (h 1 h 2)(f). Daí, segue a armação. (= )h : R n, 0 R n, 0 é invertível h h 1 = I (h (h 1 ) = I h (h 1 ) = I = = = h 1 h = I (h 1 h) = I (h 1 ) h = I. Em particular, (h 1 ) = (h ) 1. Daí, h é um homomorsmo bijetivo. Logo h é um isomorsmo. ( =) Suponha h : E n E n é um isomorsmo, (h ) 1 : E n E n tal que h (h 1 ) = I En = I (h (h 1 ) = I h h 1 = I R n = = (h 1 ) h = I En = I (h 1 h) = I h 1 h = I R n. Portanto h é invertível. 52

58 Denição Sejam I e J ideais de E n. Diremos que I e J são isomorfos induzidos quando existir um germe de difeomorsmo h : R n, 0 R n, 0 tal que h (I) = J. Teorema Dois germes f, g En,p 0 são K-equivalentes se, e somente se, os ideais I e J são isomorfos induzidos. Demonstração: Segue que f g se, e somente se, existir h R tal que f h g K C se, e somente se, os ideais I f h e I J são iguais se, e somente se, existir h : E n E n tal que h (I) = J. 3.4 Espaço Tangente à R-órbita Seja R = {h : R n, 0 R n, 0 h é difeomorsmo de classe C }. Sabemos que: T In R := {γ (0) E 0 n,n γ : K E 0 n,n é um caminho diferenciável com γ(0) = I n } onde I n é o germe identidade. Teorema O espaço tangente T In R é igual a E 0 n,n. Demonstração: ( ) Por denição T In R En,n. 0 ( ) Dado g En,n, 0 denamos γ : K En,n 0 por γ(t) = I n + t g. Então γ (0) = g, logo g T In R, daí En,n 0 T In R. Portanto T In R = En,n. 0 Teorema Vale a seguinte igualdade: T f (R f ) = M n Jf, onde Jf =< f x 1 (x),, f x n (x) > En. Sabemos, do Corolário 3.3.1, que T f (R f ) = dϕ f (I n )(T In R) onde ϕ : R E n E n (h, f) f h. 53

59 Figura 3.14: Figura 3.15: Além disso R f = {ϕ(h, f) h R} = {f h h R} = {g g = f h, para algum h R}. Dado g T In R = E 0 n,n, temos g = (g 1,, g n ). Seja γ(t) = I n + t g e dena β(t) como sendo a imagem de γ(t) pela função ϕ f : R E n h f h. Isto é: β(t) = ϕ f (γ(f)) = f γ(t) Observação β (t) T f (R f ) e β(t)(x) = f γ(t)(x) = f((i n + tg)(x)) = f(x + tg(x)). 54

60 Figura 3.16: Figura 3.17: Daí, β (0) = d (f(x + tg(x))) dt t=0= n f x i (x)g i (x), onde g i : K n, 0 K, 0, logo g i M n. Então, T f (R f ) = { β (0) = em que Jf =< f x 1 (x),, f x n (x) > En. n } f (x)g i (x) = M n Jf x i Denição Denimos o espaço tangente estendido por (T E ) f (Rf) = Jf. O conjunto Jf é chamado de ideal jacobiano def. Denição Seja f E n, denimos o R-codimensão de f por: 55

61 cod R f = dim K E n Jf. Diremos que f tem R-codimensão nita quando cod R f < +. Exemplo Tome em E 2 os germes f(x, y) = x 2 + y 3 e g(x, y) = x 3 + x 2 y. Temos Jf =< 2x, 3y 2 >=< x, y 2 > e Jg =< 3x 2 + 2xy, x 2 >=< xy, x 2 >. Figura 3.18: Logo dim R E 2 Jf = 2 = cod Rf Figura 3.19: Logo dim R E 2 Jg = + = cod Rg Teorema Seja f E n. Então f tem R-codimensão nita se, e somente se, existe k N tal que M k n Jf. 56

62 Demonstração: cod R f < + dim R E n Jf Jf para algum k N. < + codjf < + Mk n Denição f : U R n, R diferenciável tal que a U. i) Diremos que a é um ponto singular de f quando f(a) = 0; ii) Diremos que a é um ponto regular de f quando f(a) 0. Teorema Seja f E n um germe de R-codimensão nita e não-nula. Então a origem de R n é um ponto singular isolado de qualquer representante de f. Isto é, existe uma vizinhança U da origem em R n tal que a origem é o único ponto singular do representante de f em U. Demonstração: Armação. Se cod R f > 0, então a origem é ponto singular de f. De fato, se 0 for ponto regular de f, isto é, f x i (0) 0 para algum i = 1,, n. Então, por continuidade de f x i, existe uma vizinhança U de 0 tal que f x i (x) 0, x U. f Logo, Jf = x 1,, f x n 0 = cod R f. Portanto segue a armação. = E n, pois f x i é invertível, daí, 1 f x i Jf. Logo dim R E n Jf = Sabemos que cod R f < + = k N tal que M k n Jf. (3.2.3) Observe que x k 1,, x k n M k n Jf. Daí, x k i = n j=1 α J(x) f x i (x) para cada i = 1,, n. Assim, se a = (a 1,, a n ) é ponto singular de f, então f x i (a) = 0, i = 1,, n. Segue que Como a k i x k i = a k i = n j=1 α J (a) f x i (a) = 0, i = 1,, n. = 0, i = 1,, n, logo a 1 = = a n = 0, segue que a = (0,, 0). Portanto a origem é o único ponto singular de f. 57

63 3.5 Germes nitamente Determinados Esta seção é continuação da seção 3.2 e 3.3, tendo quase as mesmas denições, iremos abordar mais especicamente a R-equivalência, mas pode ser substituído o R por L, A, C ou K. Denição Um germe f : R n, 0 R, 0 é dito k-r-nitamente determinado se, g E n tal que j k (g) = j k (f) tem-se que f R g. Isto é, f = g h para algum h : R n, 0 R n, 0 germe difeomorsmo. Observe que, o germe f é k-r-nitamente determinado se, e somente se, {g E n j k (g) = j k (f) Rf}, ou se, e somente se, existe k N, g E n com j k (g) = j k (f), implica que f = g h 1 onde h R. Proposição Seja f um germe k-r-nitamente determinado. Então: a) f R j k (f); b) f é k-r-nitamente determinado, l k. Demonstração: a) Seja g(x) = j k (f(x)), daí, temos f g. Logo j k (f) = j k (g) = R j k (j k (f)) = j k (f). b) Seja g E n, tal que j l (g) = j l (f), l k. Logo, j k (g) = j k (f). Como f é k-r-nitamente determinado, então f g. R Denição Diremos que um germe f E n é R-nitamente determinado se este for k-r-nitamente determinado para algum k N. E o menor k N tal que f é R-nitamente determinado chama-se o grau de determinação nita de f. A seguinte aplicação Π k : E n J k (n,1) f Π k (f) = j k (f) é um homomorsmo de álgebra. Pois 58

64 Π k (f + g) = Π k (f) + Π k (g); Π k (a g) = aπ k (g); Ker(Π k ) = {f E n Π k (f) = 0} = Seja R k = {h R j k (h) = Id} R. E n M k+1 n Observe que vale a seguinte sequência de inclusão R k R k+1 R 1 R 0 = R. Proposição O conjunto R k é um subgrupo normal de R. daí Armação 1. R k < R. Seja h 1, h 2 R k, logo j k (h 1 ) = Id e j k (h 2 ) = Id, como R k R, então h 1 h 2 R, Daí, h 1 h 2 R k. j k (h 1 h 2 ) = Π k (j k h 1 j k h 2 ) = Π k (Id Id) = Π k (Id) = j k (Id) = Id. Como Id R k, temos Id = j k (Id) = j k (h 1 1 h 1 ) = Π k (j k h 1 1 j k h 1 ) Π k (j k h 1 1 Id) = Π k (j k h 1 1 ) = j k (j k h 1 1 ) = j k (h 1 1 ). Portanto h 1 1 R k. Daí, segue a armação 1. Armação 2. R k R. Para isso basta mostrar que K R k K 1 = R k, K R. Tome h 1 R k, mostraremos que K h 1 K 1 R k. Consideremos K h 1 K 1 = h 2, como K e h 1 são invertíveis, então vale. K h 1 K 1 K = h 2 K = K h 1 Id = h 2 K = K 1 K h 1 Id = K 1 h 2 K = Id h 1 Id = K 1 h 2 K = h 1 = K 1 h 2 K. 59

65 Como h 1 R k, logo K 1 h 2 K R k. Mas isso implica que h 2 R k. Portanto K 1 h 1 K R k. Daí, segue a armação 2. Exemplo Mostrar que f(x, y) = x 2 + y 2 é 2-R-nitamente determinado. Seja g E 2 tal que j 2 g(0) = j 2 f(0). Temos que j 2 f(x) = f(0, 0) + f f (0, 0)x + x y (0, 0)y + 2 f = 1 2 f 2 x (0, 2 0)x f (0, 0)y2 2 y2 = 1 2 2x y2 = f(x). x y (0, 0)xy f x (0, 2 0)x f (0, 0)y2 2 y2 Então j 2 g(0) = j 2 f(0) = g(x, y) = x 2 + y 2 + h(x, y) com h M 3 2. Como M 3 2 =< x 3, x 2 y, xy 2, y 3 >, segue que h(x, y) = a 1 (x, y)x 3 + a 2 (x, y)x 2 y + a 3 (x, y)xy 2 + a 4 (x, y)y 3 = x 2 (a 1 (x, y)x + a 2 (x, y)y) + y 2 (a 3 (x, y)x + a 4 (x, y)y) = x 2 h 1 (x, y) + y 2 h 2 (x, y). Onde h 1 (x, y) = a 1 (x, y)x + a 2 (x, y)y e h 2 (x, y) = a 3 (x, y)x + a 4 (x, y)y. Logo, g(x, y) = x 2 + y 2 + h(x, y) = x 2 + y 2 + x 2 h 1 (x, y) + y 2 h 2 (x, y) = x 2 (1 + h 1 (x, y)) + y 2 (1 + h 2 (x, y)) = (x 1 + h 1 (x, y)) 2 + y 1 + h 2 (x, y)) 2 = (f φ)(x, y). Onde φ(x, y) = (x 1 + h 1 (x, y), y 1 + h 2 (x, y)). Mostraremos que φ é um germe de difeomorsmo. Como h 1, h 2 M 2, então 1 + h 1 (0, 0) = 1 + h 2 (0, 0) = 1 0, daí, pelo Teorema da Conservação de Sinal, existe uma vizinhança da origem tal que 60

66 1 + h 1 (x, y) e 1 + h 2 (x, y) são positivas. Logo, denidas numa vizinhança da origem. Assim, x h 1(x,y) 1 + x h1 (x, y) + Jacφ(x, y) = h 1 (x, y) y h 2(x,y) x h 2 (x, y) det(jacφ(0, 0)) = h1 (x, y) e h2 (x, y) x h 1(x,y) y estão bem h 1 (x, y) y h 2(x,y) y 1 + h2 (x, y) h 2 (x, y) = 1 0. Portanto, pelo Teorema da Função Inversa, φ é um germe de difeomorsmo. Observação Vimos que J k (f h) = Π k (j k (f) j k (h)). Logo, se h R k, então J k (f h) = Π k (j k (f) j k (h)) = Π k (j k (f)) = J k (f). Como R k R, dena J k R = R R k {j k h h R}, isto vale pelo Teorema do isomorsmo. Considere a ação : J k R J k (n,1) J k (n,1) (j k h, j k f) j k (f h). Esta operação está bem denida. Se j k h(0) J k R e j k f(0) J k (n,1), então jk (f h)(0) J k (n,1), pois como h R e f E 0 n, então f h E 0 n. Mostraremos agora que é uma ação. i) Para todo j k f(0) J k (n,1), temos j k (f Id)(0) = j k f(0). ii) Para todo j k h 1 (0), j k h 2 (0) J k R e j k f(0) J k (n,1), temos (j k h 1 (0) j k h 2 (0)) j k f(0) = j k (h 1 h 2 (0)) j k f(0) = j k (f (h 1 h 2 ) 1 (0)) = (j k h 1 (0) j k (f h 1 2 )(0) = j k h 1 (0) (j k h 2 (0) j k f(0)). De i) e ii) segue que é uma ação. Corolário Seja f M n. Então M k+1 n M n Jf M k+1 n M n Jf + M k+2 n M k+1 n j k+1 (M M k+2 n Jf). n 61

67 Demonstração: i) Mostremos que M k+1 n M n Jf M k+1 n M n Jf + M k+2 n. ( ) Trivial. ( )M k+1 n M n Jf + M k+2 n = M k+1 n M n M k+1 n + M n Jf. Pelo Teorema (1.3.2) (Lema de Nakayana) segue que M k+1 n ii) M k+1 n M n Jf + M k+2 n Mk+1 n M k+2 n j k+1 (M n Jf). M n Jf. ( ) M k+1 n M n Jf + M k+2 n = j k+1 (M k+1 n ) j k+1 (M n Jf) + M k+2 n M n Jf. ( ) Mostremos primeiramente que Mk+1 n M k+2 n. De fato, seja h Mk+1 n M k+2 n j k+1 (M n Jf) = Mk+1 n M k+2 n = Mk+1 n M k+2 n M n Jf + ( ) M k+1. Temos que j k+1 n j k+1 (M M k+2 n M k+2 n Jf). n Logo, existe g M n Jf tal que j k+1 h(0) = j k+1 g(0). Segue que j k+1 (h g)(0) = 0 = h g M k+2 n. Portanto, h M n Jf + M k+2 n. Assim, Mk+1 n M k+2 n. M k+2 n j k+1 (M n Jf) = Mk+1 n M k+2 n Por i) e ii) conclui a demonstração. M n Jf + M k+2 n = M k+1 n M n Jf + O próximo teorema é uma condição necessária para um germe ser k-r-nitamente determinado. Teorema Seja f E n. Se f é k-r-nitamente determinado, então M k+1 n M n Jf. Demonstração: Seja j k+1 : E n J k+1 (n,1), M = {g E n g R f} e N = {g E n j k g(0) = j k f(0)}. Como f é k-r-nitamente determinado, então para todo g E n com j k g(0) = j k f(0), temos f R g. 62

68 Logo, N M. Seja M k+1 = j k+1 M e N k+1 = j k+1 N. Segue que N k+1 M k+1 pois N M. Como N = j k f(0) + M k+1 n, então N k+1 = j k+1 (j k f(0)) + j k+1 (M k+1 n ) = N k+1 = j k f(0) + Mk+1 n M k+2 n. Além disso, M k+1 = J k+1 R j k+1 f(0). Como N k+1 e M k+1 são subvariedades de J k+1 (n,1) e N k+1 M k+1, então Temos que T j k+1 f(0)n k+1 T j k+1 f(0)j k+1 R j k+1 f(0). (3.3) e T j k+1 f(0)n k+1 = T j k+1 f(0) ) (j k f(0) + Mk+1 n = Mk+1 n M k+2 n M k+2 n T j k+1 f(0)n k+1 = T j k+1 f(0)j k+1 R j k+1 f(0) = j k+1 (M n Jf). Da inclusão de (3.3), temos Pelo lema anterior, M k+1 n M k+1 n M k+2 n M n Jf. j k+1 (M n Jf) Observação Não vale a reciproca exata, por exemplo: seja f E 2 denida por f(x, y) = x 3 + y 3. JfM 2 =< x 2, y 2 >< x, y >= E2 3. Mas f não é 2-R-nitamente determinado, pois tomando g(x, y) 0, tem-se que j 2(g) = 0 = j 2 (f). Mas f não é R-equivalente a g, pois se fosse, teríamos um difeomor- smo h : R 2, 0 R 2, 0 tal que f = g h 0, um absurdo. Corolário Se f M 2 2 não depende de x, então f é R-nitamente determinado. Demonstração: Seja f M 2 2 tal que f(x, y) = h(y). JfM 2 =< 0, h y Como f M 2 2, então f h (0) = y y >< x, y >=< x h y, y h y >. = 0. Segue que h y 63 h não é constante, pois (0) = 0. y

69 Logo, x k+1 < x h, y h y y >, para todo k 0. Segue que Mk+1 2 M 2 Jf, k 0, ou seja, f não é k-r-nitamente determinado, para todo k 0. R-nitamente determinado. Portanto, f não é Temos o seguinte resultado. f é k-r-nitamente determinado = M k+1 n Mas não existe a reciproca exata, ou seja, f é k-r-nitamente determinado M k+1 n Mas vale a seguinte reciproca. M n Jf. M n Jf. f é k-r-nitamente determinado M k n M n Jf. Teorema Se M k n M n Jf, então f é k-r-nitamente determinado. Devemos mostrar que dado g E n com j k (g) = j k (f), então f R g. Demonstração: Seja g E n com j k (g) = j k (f). Dena o germe F : K n R K p por F (x, t) = (1 t)f(x) + tg(x). Observe que, para cada t R, F t : K n K p é o germe F t (x) = F (x, t) = (1 t)f(x) + tg(x). Observação Para demonstrar o teorema, basta mostrar que, xado arbitrariamente s R existe um família de difeomorsmos h t : R n, 0 R n, 0 tais que F t h t = F s pois nesse caso, tomemos s = 0 e t = 1, teremos F 1 h 1 = F 0 = g h 1 (x) = f(x). Em outras palavras, basta mostrar que existe uma família de germe H : R n R, 0 R n, 0 em (0, s) satisfazendo (a) H(x, s) = x; (b) H(0, t) = 0, t R; (c) F (H(x, t), t) = F (x, s), onde s é xo. Derivando a equação (c) com relação à t, obtemos 64

70 [ n ] F (d) (H(x, t), t) H i (x, t) x i t + F (H(x, t), t) = 0. t Armação 1. Determinar H satisfazendo (a), (b) e (d) é equivalente a resolver o problema de valor inicial. [ n ] ξ i (x, t) F (x, t) (e) x i ξ i (0, t) = 0, i = 1,, n. + F (x, t) = 0 t De fato, seja x = ξ(x, t) em que ξ(x, t) = (ξ 1 (x, t),, ξ n (x, t)) é o campo vetorial à 1-parâmetro, com ξ(0, t) = 0. Portanto Consideremos o uxo associado x = ξ(x, t) ξ(0, t) = 0. H : K n R, 0 K n, 0 tal que H(x, t) = x. Então (x, t) H(x, t) H (x, t) = ξ(h(x, t), t) (3.4) t [ n ] = 0 = ξ i (H(x, t), t) F (H(x, t), t) x i [ n ] F = 0 = (H(x, t), t) H i (x, t) x i t + F (H(x, t), t) t Portanto, vale (a) e (d). Vericaremos (b) H(x, t) = 0, t R. Para x = 0, temos H (0, t) = ξ(h(0, t), t) t H(0, s) = 0. + F (H(x, t), t). (3.5) t x = ξ(x(t), t) Por outro lado a função nula também é solução do P.V.I. x(s) = 0. Assim, como a função é contínua em H(0, t). Logo H(0, t) 0, portanto vale (b). 65

71 (e). Resumo:Temos até agora os seguintes resultados: (a), (b), (c) = (a), (b), (d) Armação 2. (a), (b), (d) = (a), (b), (c). Como vale (d), temos [ n ] F (H(x, t), t) H i (x, t) x i t = [F H](x, t) = 0 t + F (H(x, t), t) = 0 t = F H(x, t) = c(x). (3.6) Em particular F (H(x, s), s) = c(x) e como, por (a), H(x, s) = x, tem-se F (x, t) = c(x). Logo, por (3.6), F (H(x, t), t) = F (x, s) e portanto vale (c). Daí, segue a armação. Mostraremos que o P.V.I. (e) tem solução. n ξ i (x, t) F (x, t) + F F F (x, t) = 0 (x, t) < (x, t),, F (x, t) > M n (3.7) x i t t x 1 x n em E n+1. Por hipótese M k n F x 1,, F ( g f x i x i f x i + t F x i x n > M n em E n. mas, ). Como j k (g) = j k (f), então j k (f g) = 0, implica que as derivadas = (1 t) f x i + t g x i = de f e g coincidem até o grau k. daí, f g M k 1 n. Segue que g f M k x i x n. i Logo F = f ( g + t f ) Jf + Jf + M n+1 M k x i x i x i x n. i Portanto Jf Jf + Jf + M n+1 M k n. Observe que M k+1 n M k nsubsetm n Jf Portanto vale (3.7). = M k+1 n M k F n,, F > +M n+1 M k n x 1 x n = M k+1 n Lema de Nakayana = f t = g f Mk+1 n M k F n,, F > x 1 x n M k F n,, F >. x 1 x n 66

72 Exemplo Seja f E n, denido por f(x, y) = x 2 y + y 4 é 4-C-nitamente determinado, pois M 4 MJf. Mas não é 3-C-nitamente determinado, pois: j 3 f = x 2 y e este germe tem singularidade não isolada na origem, pois x (j3 f) = 2xy = 0 x = 0 e y = 0 y (j3 f) = x 2 = 0 x = 0. Conjunto singular de j 3 f é o conjunto {(c, y) x = 0} = eixo-y. Pela contrapositiva do teorema 3.4.4, tem que f é um germe de R-codimensão innita, daí, segue que M 4 M 2 Jf. 67

73 Capítulo 4 A C i -suciência em J r (n,p) Os lemas deste capítulo e o Teorema Principal foram tirado do trabalho de MARTINS & FÁVARO [1]. 4.1 Resultados Preliminares para o Teorema Principal Denição Dois germes f, g : R n, 0 R p, 0 de classe C k, são ditos C i -equivalentes se existe um germe de difeomorsmo (homeomorsmo se i = 0) h : R n, 0 R n, 0 de classe C i tal que f = g h. Denição Um r-jato z J r (n,p) é Ci -suciente em C k (k r) se quaisquer f e g com f, g C k e j r (f) = j r (g) = z são C i -equivalentes. Observação Se o germe h da denição for de classe C, então h R, logo essa denição é equivalente à subseção 3.2.1, consequentemente a denição é equivalente à seção 3.5. Aqui trabalharemos com h C i onde i 0, ou seja, encontrar condições de exigências mais fraco. Motivação: Seja z J r (n,p) e θ : Rn, 0 R n, 0 dois germes de classe C k com j r (θ) 0. Será que existe um germe de difeomorsmo h : R n, 0 R n, 0 de classe C i (i 0) tal que (z + θ) h = z? Exemplo Seja z(x, y) = (x 2 y 2, 2xy) em J 2 (2,2). Consideremos a perturbação θ(x, y) = ( y 5 2, x 3 y), θ C 2 com j 2 (θ) 0, mas θ / C 3. Será que existe um germe de difeomorsmo h : R 2, 0 R 2, 0 de classe C i (i 0) tal que (z + θ)(x, y) = z(h(x, y))? 68

74 Mostraremos que existe h : R n, 0 R n, 0 de classe C 1 que satisfaz o exemplo. Observe que a existência de um germe de difeomorsmo C i (i 0), pressupõe a existência de um germe de homeomorsmo, pois vale a inclusão c k 1 C k, k N. Portanto, necessitamos que z seja C 0 -suciente. Dado z J(n,p) r, denimos duas constantes associadas a z (ver [5]), onde: r(z) = min{l N c > 0 e δ > 0 com D( z 1 (x),, z p (x)) c x l 1 para x < δ}. r 0 (z) = max{l N c > 0 e δ > 0 com z(x) c x l para x < δ}. Agora vamos enunciar e demonstrar alguns lemas necessários para o Teorema Principal Dados vetores v 1,, v p R, denotamos por d i a distância de v i ao subespaço gerado pelos vetores v j, onde j i (Notação: [v j ] j i ). No caso de v i = v i (x) depender de uma variável x, escrevemos d i (x) para a distância. Logo, d i (x) = inf{ v i (x) j i y j v j (x) }. (4.1) Figura 4.1: Esta distância d i (x) mede a independência linear do v i em relação ao subespaço [v j ] j i. Observação d i = 0 se, e somente se, v i é combinação linear dos vetores v j, j i. Claramente, se v 1 (x),, v p (x) são L.I., então d i (x) é da mesma classe de diferenciabilidade dos v i (x). Notação: D(v 1 (x),, v p (x)) = min 1 i p {d i(x)}. (4.2) Lema 1 Se D(x) = min{d 1 (x),, d p (x)} = v i j i y jv j (x), então y j (x) 1. 69

75 Demonstração: Por denição, D(x) é o mínimo dos d j (x), logo k tal que D(x) = d k (x). Daí, d k (x) = v k (x) y j v j (x) {d 1 (x),, d p (x)}. j k Provaremos por contradição, xemos x. Suponha que y l > 1 para algum l = 1,, p e l k, observe a gura abixo. Figura 4.2: Chamaremos de [v k ] e [v l ] os subespaços gerados pelos vetores v k e v l, respectivamente. Como y l > 1, então y k tal que y k 1 e v l y k v k < v k y l v l. Daí, d l (x) = v l (x) j l y j v j (x) < v k (x) j k y j v j (x) = d k (x). Um absurdo, pois por hipótese, temos D(x) = d k (x). Portanto y j 1 j = 1,, p e j k. Lema 2 [9] (Lema pag. 118) Sejam v 1 (x),, v s (x) R n vetores L.I. Denotamos por p i (x) a projeção de v i (x) sobre os subespaço gerado pelos v j, j i, (denotaremos por [v j ] j i ). E por n i (x) = v i (x) p i (x) o vetor ortogonal ao subespaço [v j ] j i. Então, dado w(x) R n, X(x) = s w(x), v i (x) n i (x) 2 n i (x) é a projeção de w(x) sobre o subespaço gerado pelos vetores v i (x), (i = 1,, s). 70

76 Demonstração: A saber, temos que n i (x) = d i (x) e que n i (x) é ortogonal ao subespaço [v j ] j i, pois p i (x) [v j ] j i e d i (x) é ortogonal a [v j ] j i, daí, n i (x) é também. Segue-se que (x), p i (x) = 0, consequentemente, Temos também que pois d i (x) v j (x), j i, n i (x) = d i (x) e Portanto, v i (x) p i (x), p i (x) = 0. n i (x), v j (x) = v i (x) p i (x), v j (x) = 0 n i (x), v i (x) = v i (x) p i (x), v i (x) 0 X(x), v j (x) = = v i (x) p i (x), v i (x) v i (x) p i (x), p i (x) = v i (x) p i (x), v i (x) p i (x) = v i (x) p i (x) 2 = n i (x) 2. (4.3) = w(x), v i (x) n i (x) 2 w(x), v i (x) n i (x) 2 (4.3) = w(x), v j(x) n j (x) 2 n j (x) 2 = w(x), v j (x) n i (x), v j (x) n i (x), v j (x) para cada j, segue-se que w(x) X(x) é perpendicular a v j (x). Corolário Se v 1,, v s, w : R m R n são de classe C k, então X : R m R n é de classe C k. Demonstração: Como v i é C k, i = 1,, s e considerando v i = (v i1,, v im ), então cada aplicação v ik : R R n é de classe C k e analogamente, se w = (w 1,, w m ) é de classe C k, então w k é de classe C k, k = 1,, m. O produto de funções de classe C k é de classe C k, então w(x), v i (x) é de classe C k. Temos também que n i = v i p i é de classe C k e n i = 0, pois {v 1,, v s } são L.I.. Daí, concluímos que X é de classe C k. 71

77 Um método prático para calcular os d i (x) é : d i (x) = det( vj (x), v k (x) ) det( vm (x), v n (x) ) = det det v 1 (x), v 1 (x) v 1 (x), v p (x)..... v p (x), v 1 (x) v p (x), v p (x) v 1 (x), v 1 (x) v 1 (x), v p (x)..... v p (x), v 1 (x) v p (x), v p (x) (4.4) com j, k = 1,, p e m, n = 1,, i 1, i + 1,, p. Essa equação é verdadeira pois, pela proposição 1.5.3, temos det( v i (x), v j (x) ) = volp [v 1,, v k ] e volp [v 1,, v k ] = n i vol[v 1, v i 1, v i 1,, v k ]. Como n i = v i p i e v i p i = d i, segue o resultado. Lema 3 Sejam f, g : R n, 0 R p, 0 de classe C k com j l (f) = j l (g). Se c > 0 e δ > 0 tais que D( f 1 (x),, f p (x) c x l 1 para x < δ, então existem c 1 > 0 e δ 1 > 0 tais que D( g 1 (x),, g p (x) c 1 x l 1 para x < δ 1. Consequência: "O número r(z) independe do representante de z". Demonstração: Sejam f = (f 1,, f p ) e g = (g 1,, g p ). Como j l (f) = j l (g), então podemos escrever f i e g i na origem da seguinte forma: f i (x) = j l f i (x) + r l (x) = ( ) α 1 fi (x) x α + r l (x) (4.5) α! x α l g i (x) = j l g i (x) + s l (x) = ( ) α 1 gi (x) x α + s l (x). (4.6) α! x α l 72

78 Vimos no capítulo 2 que, usando a Fórmula de Taylor Innitesinal, temos os seguintes resultados: Daí, r l (x) lim x 0 x l = 0 e lim x 0 s l (x) x l = 0. f i (x) g i (x) lim x 0 x l = lim x 0 r l (x) s l (x) x l = lim x 0 j l f i (x) + r l (x) (j l g i (x) + s l (x)) x l = r l (x) s l (x) lim + lim = 0. x 0 x l x 0 x l Em consequência de (4.5) e (4.6) o gradiente de f i e g i são da seguinte forma: f i (x) = j l f i (x) + r l 1 (x) = g i (x) = j l g i (x) + s l 1 (x) = Analogamente, f i (x) g i (x) lim x 0 x l 1 = lim x 0 r l 1 (x) s l 1 (x) x l 1 Desses cálculos, tiramos dois resultados. α l 1 α l 1 ( ) α 1 fi (x) x α + r l 1(x) α! x ( ) α 1 gi (x) x α + s l 1(x). α! x = lim x 0 j l f i (x) + r l 1 (x) (j l g i (x) + s l 1 (x)) x l 1 = r l 1 (x) lim x 0 x + lim s l 1 (x) = 0. l 1 x 0 x l 1 lim x 0 para algum ɛ sucientemente pequeno. f i (x) g i (x) lim = ɛ (4.7) x 0 x l f i (x) g i (x) x l 1 = ɛ (4.8) Seja y = (y 1,, y p ) 0, então y j tal que y j 0. Para cada x e k xos, suponhamos primeiramente que j = k, ou seja, y k 0. Então: 73

79 y k [ g k (x) f k (x)] y i f i (x) = = y k [ g k (x) f k (x)] y k f k (x) + y i f i (x) i k g k (x) f k (x). f k (x) + y 1 k y i f i (x) i k Como { f 1 (x),, f p (x)} são L.I., segue-se de (4.1) que d k (x) = inf{ f k (x) y i f i (x) } f k (x) + y 1 k Seque-se de (4.2), que i k y i f i (x). i k D( f 1 (x),, f p (x)) = min 1 i p {d i(x)} d k (x). Continuando os cálculos, g k (x) f k (x) f k (x) + y 1 k y i f i (x) i k g k(x) f k (x) d k (x) g k (x) f k (x) D( f 1 (x),, f p (x)) g k(x) f k (x) c x l 1 (4.8) ɛ c. (4.9) A última desigualdade é válida, pois estamos tomando x sucientemente pequeno. Mas, se y k = 0, a desigualdade acima é válida, pois supomos que y 0, ou seja, y i f i (x) 0, logo y k [ g k (x) f k (x)] = 0. y i f i (x) Desses resultados, concluimos que, y i [ g i (x) f i (x)] lim x 0 y i f i (x) 74 = 0. (4.10)

80 Por outro lado, usando a desigualdade triangular u v u v, temos o seguinte resultado. y i f i (x) Por (4.10), temos 1 y i [ g i (x) f i (x)] y i [ g i (x) f i (x)] y i f i (x) y i [ g i (x) f i (x)] y i f i (x) 0 1 y i f i (x) Como y = (y 1,, y p ) é aleatório, então y i g i (x) y i g i (x) y i g i (x) y i f i (x) y i g i (x) 1. y i f i (x) 1 y i f i (x) y i g i (x) y i f i (x) y i g i (x). D( g 1 (x),, g p (x)) D( f 1 (x),, f p (x)) c x l 1, pela denição, existe δ > 0 tal que tomemos x < δ. Portanto, basta tomar c 1 = c e δ 1 = δ e daí conclui-se a demonstração. Lema 4 Dado z J r (n,p), mostraremos que r 0(z) r(z). Demonstração: Por denição de r 0 (z), sabemos que z(x) c x l, diferenciando, temos z(x) c i l x l 1, i = 1,, p. Tome k = max 1 i p {c il}, como z(x) c x l, então 75

81 z(x) c x r 0. Portanto z(x) k x r 0 1, i = 1,, p. Por outro lado, segue da denição de r(z) que c x r(z) 1 D(z 1 (x),, z p (x)) z k (x) y i z i (x) y i z i (x) k x r0(z) 1 pk x r 0(z) 1 y i z i (x), k = 1,, p i k z i (x) onde a antepenúltima desigualdade é valida, pois y i (x) 1 pelo lema 1, logo c x r(z) 1 pk x r 0(z) 1. como x R, então usando as propriedades de logaritmo, temos log x (c x r(z) 1 ) log x (pk x r 0(z) 1 ). A desigualdade inverte, pois a base é sucientemente próxima de 0, ou seja, existe δ > 0 tal que x < δ < 1. log x (c) + (r(z) 1) log x ( x ) log x (pk) + (r 0 (z) 1) log x ( x ) log x (c) + r(z) 1 log x (pk) + r 0 (z) 1 r(z) r 0 (z) + log x ( pk c ). Para x sucientemente pequeno, existe ɛ > 0 tal que log x ( pk c ) < ɛ. Portanto, r(z) r 0 (z) para x sucientemente pequeno. 4.2 Condições necessárias para a C i -suciência em J r (n,p) Suponha que z J(n,p) r. Se mostrarmos que z é Ci -suciente em C r (i r), então para todo germe θ : R n, 0 R p, 0 de classe C r com j r (θ) 0, existe um germe difeomorsmo de classe C i (i 0) h : R n, 0 R n, 0 tal que ((z + θ) h)(x) = z(x). Podemos agora enunciar e demonstrar o seguinte teorema. Teorema Seja z J r (n,p) e suponhamos r(z) r e que r r(z)+1 i[r(z) r 0(z)+ 1] 0 para algum i 0. Então z é C i -suciente em C r. 76

82 Observação Quanto p = 1, temos exatamente o Teorema de F. Takens (ver [5]). Dividiremos a demonstração em duas partes: Parte A: Seja θ : R n, 0 R p, 0 de classe C r com j r (θ) 0. Denimos F : R n R, 0 R p, 0 por F (x, t) = z(x) + tθ(x). Observe que F (x, 0) = z(x) e F (x, 1) = (z + θ)(x). Como F = (F 1,, F p ) com F k (x, t) = z k (x) + tθ k (x), k = 1,, p, derivando parcialmente, temos F k (x, t) = ( z k (x) + t θ k (x), θ k (x)) R n+1, k = 1,, p. Seja X(x, t) a projeção de e n+1 = (0,, 0, 1) sobre o subespaço gerados pelos vetores { F 1 (x, t),, F p (x, t)}. Pelo Lema 2, tomemos w(x) = e n+1 v i (x) = F i (x, t). Daí, X(x, t) = = = e n+1, F i (x, t) n i (x, t) 2 n i (x, t) 0 ( z i (x) + t θ i (x)) + 1 θ i (x) n i (x, t) 2 n i (x, t) θ i (x) n i (x, t) 2 n i(x, t). (4.11) Como n i (x, t) = F i (x) p i (x, t), onde p i (x, t) é a projeção de F i (x) sobre o subespaço [ F j ] j i, segue do Lema 2, que n i (x, t) = d i (x, t). Figura 4.3: Armação 1. D( F 1 (x),, F p (x)) c x r(z) 1 para 0 < x < δ e t [0, 1]. 77

83 Seja H : R n R, 0 R p, 0 denido por H(x, t) = z(x) + t r+1 1 onde 1 = (1,, 1) R p é o vetor em que todas as coordenadas tem valor 1. Como z(x) e θ(x) são de classe C r, segue que H(x, t) e F (x, t) são de classe C r. Temos que j r (θ) 0 e j r (t r+1 ) 0, portanto o r-jato de H e F depende só de z(x). Logo j r (H) = j r (F ). Daí, temos que H(x, t) = (H 1 (x, t),, H p (x, t)) = (z 1 (x) + t r+1,, z p (x) + t r+1 ). Diferenciando em cada coordenada, obtemos H k (x, t) = ( z k (x), t r ). daí, D( H 1 (x, t),, H p (x, t)) = D( z 1 (x) + t r,, z p (x) + t r ). Foi denido, no inicio do capítulo 4, a constante r(z) da seguinte forma min{l N c > 0eδ > 0 com D( z 1 (x),, z p (x)) c x r(z) 1 para x < δ} e como t r 0 para t [0, 1], logo z i (x) + tr z i (x), x δ e t [0, 1], ver gura 4.4. Portanto, D( H 1 (x, t),, H p (x, t)) D( z 1 (x),, z p (x)) c x r(z) 1 para x < δ} e t [0, 1]. Os germes F e H tem as mesmas hipóteses do Lema 3, portanto conclui-se a armação 1. Figura 4.4: Consequência 1. Como { F 1 (x),, F p (x)} são L.I., então d i (x, t) = n i (x, t) > 0. segue da Observação

Apostila Minicurso SEMAT XXVII

Apostila Minicurso SEMAT XXVII Apostila Minicurso SEMAT XXVII Título do Minicurso: Estrutura algébrica dos germes de funções Autores: Amanda Monteiro, Daniel Silva costa Ferreira e Plínio Gabriel Sicuti Orientadora: Prof a. Dr a. Michelle

Leia mais

Quando a equivalência de contato implica na R-equivalência

Quando a equivalência de contato implica na R-equivalência Universidade Federal do Piauí Centro de Ciências da Natureza Pós-Graduação em Matemática Mestrado em Matemática Quando a equivalência de contato implica na R-equivalência Edvalter da Silva Sena Filho Teresina

Leia mais

Topologia geral Professor: Fernando de Ávila Silva Departamento de Matemática - UFPR

Topologia geral Professor: Fernando de Ávila Silva Departamento de Matemática - UFPR Topologia geral Professor: Fernando de Ávila Silva Departamento de Matemática - UFPR LISTA 1: Métricas, Espaços Topológicos e Funções Contínuas 1 Métricas Exercício 1 Sejam M um espaço métrico e A M um

Leia mais

Ideais em anéis de grupo

Ideais em anéis de grupo Ideais em anéis de grupo Allysson Gomes Dutra 19 de julho de 2014 Resumo: A proposta deste trabalho é apresentar algumas construções de ideais em um anel de grupos RG se utilizando de subgrupos normais

Leia mais

Definição 1. Um ideal de um anel A é um subgrupo aditivo I de A tal que ax I para todo a A, x I. Se I é um ideal de A escrevemos I A.

Definição 1. Um ideal de um anel A é um subgrupo aditivo I de A tal que ax I para todo a A, x I. Se I é um ideal de A escrevemos I A. 1. Ideais, quocientes, teorema de isomorfismo Seja A um anel comutativo unitário. Em particular A é um grupo abeliano com +; seja I um subgrupo aditivo de A. Como visto no primeiro modulo, sabemos fazer

Leia mais

1 Grupos (23/04) Sim(R 2 ) T T

1 Grupos (23/04) Sim(R 2 ) T T 1 Grupos (23/04) Definição 1.1. Um grupo é um conjunto G não-vazio com uma operação binária : G G G que satisfaz as seguintes condições: 1. (associatividade) g (h k) = (g h) k para todos g, h, k G; 2.

Leia mais

1 Noções preliminares

1 Noções preliminares Álgebras, subálgebras e endomorfirsmos Ana Cristina - MAT/UFMG Durante este texto, vamos considerar F um corpo de característica zero. Iniciaremos com algumas definições da teoria de anéis que serão importantes

Leia mais

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO Topologia de Zariski Jairo Menezes e Souza 25 de maio de 2013 Notas incompletas e não revisadas 1 Resumo Queremos abordar a Topologia de Zariski para o espectro primo de um anel. Antes vamos definir os

Leia mais

ANÉIS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

ANÉIS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo ANÉIS DEFINIÇÃO 1 Um sistema matemático (A,, ) constituído de um conjunto não vazio A e duas leis de composição interna sobre A, uma adição: (x, y) x y e uma multiplicação

Leia mais

Produto Misto, Determinante e Volume

Produto Misto, Determinante e Volume 15 Produto Misto, Determinante e Volume Sumário 15.1 Produto Misto e Determinante............ 2 15.2 Regra de Cramer.................... 10 15.3 Operações com matrizes............... 12 15.4 Exercícios........................

Leia mais

GRUPOS ALGUNS GRUPOS IMPORTANTES. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

GRUPOS ALGUNS GRUPOS IMPORTANTES. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo GRUPOS DEFINIÇÃO 1 Sejam G um conjunto não vazio e (x, y) x y uma lei de composição interna em G. Dizemos que G é um grupo em relação a essa lei se (a) a operação

Leia mais

INSTITUTO DE MATEMÁTICA - UFRJ DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICADA CÁLCULO VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA Professor Felipe Acker parte 1 - o plano

INSTITUTO DE MATEMÁTICA - UFRJ DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICADA CÁLCULO VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA Professor Felipe Acker parte 1 - o plano 1 INSTITUTO DE MATEMÁTICA - UFRJ DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICADA CÁLCULO VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA Professor Felipe Acker parte 1 - o plano Exercícios - transformações lineares determinante e

Leia mais

1. Não temos um espaço vetorial, pois a seguinte propriedade (a + b) v = a v + b v não vale. De fato:

1. Não temos um espaço vetorial, pois a seguinte propriedade (a + b) v = a v + b v não vale. De fato: Sumário No que se segue, C, R, Q, Z, N denotam respectivamente, o conjunto dos números complexos, reais, racionais, inteiros e naturais. Denotaremos por I (ou id) End(V ) a função identidade do espaço

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Patricia Couto Gonçalves Mauro. Os Teoremas de Kuiper e Atiyah - Jänich

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Patricia Couto Gonçalves Mauro. Os Teoremas de Kuiper e Atiyah - Jänich Universidade Federal do Rio de Janeiro Patricia Couto Gonçalves Mauro Os Teoremas de Kuiper e Atiyah - Jänich Rio de Janeiro 010 Patricia Couto Gonçalves Mauro OS TEOREMAS DE KUIPER E ATIYAH - JÄNICH 1

Leia mais

Espaço Dual, Transposta e Adjunta (nota da álgebra linear 2)

Espaço Dual, Transposta e Adjunta (nota da álgebra linear 2) Espaço Dual, Transposta e Adjunta nota da álgebra linear 2) Sadao Massago Outubro de 2009 1 Espaço Dual Dado um espaço vetorial V sobre o corpo F, o espaço dual V é o espaço de todas transformações lineares

Leia mais

Álgebra Linear e Geometria Anaĺıtica. Espaços Vetoriais Reais

Álgebra Linear e Geometria Anaĺıtica. Espaços Vetoriais Reais universidade de aveiro departamento de matemática Álgebra Linear e Geometria Anaĺıtica Agrupamento IV (ECT, EET, EI) Capítulo 4 Espaços Vetoriais Reais Definição de espaço vetorial real [4 01] O conjunto

Leia mais

Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes

Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes 6 Livro: Introdução à Álgebra Linear Autores: Abramo Hefez Cecília de Souza Fernandez Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes Sumário 1 Matriz de uma Transformação Linear....... 151 2 Operações

Leia mais

Anéis quocientes k[x]/i

Anéis quocientes k[x]/i META: Determinar as possíveis estruturas definidas sobre o conjunto das classes residuais do quociente entre o anel de polinômios e seus ideais. OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de:

Leia mais

= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 )

= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 ) 6 a aula, 26-04-2007 Formas Quadráticas Suponhamos que 0 é um ponto crítico duma função suave f : U R definida sobre um aberto U R n. O desenvolvimento de Taylor de segunda ordem da função f em 0 permite-nos

Leia mais

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero.

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. Lista 1 - Teoria de Anéis - 2013 Professor: Marcelo M.S. Alves Data: 03/09/2013 obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. 1. Os conjuntos

Leia mais

UMA INTRODUÇÃO À EXTENSÕES DE CORPOS FINITAS E ALGÉBRICAS

UMA INTRODUÇÃO À EXTENSÕES DE CORPOS FINITAS E ALGÉBRICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS VI - POETA PINTO DO MONTEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EXATAS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA JÚLIO FERNANDES DA SILVA UMA INTRODUÇÃO À EXTENSÕES DE

Leia mais

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função UMA INTRODUÇÃO A ÁLGEBRAS TIAGO MACEDO Resumo. Neste seminário vamos introduzir uma nova estrutura algébrica, álgebras. Começaremos recapitulando estruturas definidas em seminários anteriores. Em seguida,

Leia mais

Álgebra linear A Primeira lista de exercícios

Álgebra linear A Primeira lista de exercícios Álgebra linear A Primeira lista de exercícios Prof. Edivaldo L. dos Santos (1) Verifique, em cada um dos itens abaixo, se o conjunto V com as operações indicadas é um espaço vetorial sobre R. {[ ] a b

Leia mais

Lista 8 de Análise Funcional - Doutorado 2018

Lista 8 de Análise Funcional - Doutorado 2018 Lista 8 de Análise Funcional - Doutorado 2018 Professor Marcos Leandro 17 de Junho de 2018 1. Sejam M um subespaço de um espaço de Hilbert H e f M. Mostre que f admite uma única extensão para H preservando

Leia mais

A forma canônica de Jordan

A forma canônica de Jordan A forma canônica de Jordan 1 Matrizes e espaços vetoriais Definição: Sejam A e B matrizes quadradas de orden n sobre um corpo arbitrário X. Dizemos que A é semelhante a B em X (A B) se existe uma matriz

Leia mais

Lista permanente de exercícios - parte de Grupos. As resoluções se encontram nas notas de aula A1, A2, A3.

Lista permanente de exercícios - parte de Grupos. As resoluções se encontram nas notas de aula A1, A2, A3. Lista permanente de exercícios - parte de Grupos. As resoluções se encontram nas notas de aula A1, A2, A3. 1. Seja x um elemento de ordem 24. Calcule a ordem de x 22, x 201, x 402, x 611 e x 1000. 2. Faça

Leia mais

Capítulo 7: Espaços com Produto Interno

Capítulo 7: Espaços com Produto Interno 7 Livro: Introdução à Álgebra Linear Autores: Abramo Hefez Cecília de Souza Fernandez Capítulo 7: Espaços com Produto Interno Sumário 1 Produto Interno.................... 178 2 Ângulos entre Vetores e

Leia mais

Notações e revisão de álgebra linear

Notações e revisão de álgebra linear Notações e revisão de álgebra linear Marina Andretta ICMC-USP 17 de agosto de 2016 Baseado no livro Introduction to Linear Optimization, de D. Bertsimas e J. N. Tsitsiklis. Marina Andretta (ICMC-USP) sme0211

Leia mais

Parte 2 N Z Q R C. Não faremos a construção axiomática dos números naturais, usaremos apenas as noções intuitivas.

Parte 2 N Z Q R C. Não faremos a construção axiomática dos números naturais, usaremos apenas as noções intuitivas. Parte 2 Anéis A Matemática faz parte do nosso cotidiano e, em particular, recorremos aos números para descrever diversas situações do dia a dia. Contamos com os números naturais, repartimos um bolo usando

Leia mais

OPERAÇÕES - LEIS DE COMPOSIÇÃO INTERNA

OPERAÇÕES - LEIS DE COMPOSIÇÃO INTERNA Professora: Elisandra Figueiredo OPERAÇÕES - LEIS DE COMPOSIÇÃO INTERNA DEFINIÇÃO 1 Sendo E um conjunto não vazio, toda aplicação f : E E E recebe o nome de operação sobre E (ou em E) ou lei de composição

Leia mais

Alguns exercícios amais para vocês (as resoluções dos exercícios anteriores começam na próxima pagina):

Alguns exercícios amais para vocês (as resoluções dos exercícios anteriores começam na próxima pagina): Alguns exercícios amais para vocês (as resoluções dos exercícios anteriores começam na próxima pagina): Seja A um domínio. Mostre que se A[X] é Euclidiano então A é um corpo (considere o ideal (a, X) onde

Leia mais

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais:

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: Espaços Euclidianos Espaços R n O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: R n = {(x 1,..., x n ) : x 1,..., x n R}. R 1 é simplesmente o conjunto R dos números

Leia mais

2 Espaços Vetoriais. 2.1 Espaços Vetoriais Euclidianos

2 Espaços Vetoriais. 2.1 Espaços Vetoriais Euclidianos 2 Espaços Vetoriais 2.1 Espaços Vetoriais Euclidianos Definição: Dado n N, considere-se o conjunto de todos os n-uplos ordenados de elementos reais, isto é o conjunto de elementos da forma x = (x 1,, x

Leia mais

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a Exemplo (U(n)) Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a multiplicação módulo n é uma operação binária

Leia mais

Notas para o Curso de Algebra Linear Il Dayse Haime Pastore 20 de fevereiro de 2009

Notas para o Curso de Algebra Linear Il Dayse Haime Pastore 20 de fevereiro de 2009 Notas para o Curso de Álgebra Linear Il Dayse Haime Pastore 20 de fevereiro de 2009 2 Sumário 1 Matrizes e Sistemas Lineares 5 11 Matrizes 6 12 Sistemas Lineares 11 121 Eliminação Gaussiana 12 122 Resolução

Leia mais

Elisângela Valéria de Jesus. Módulos e Grupos Abelianos Finitamente Gerados

Elisângela Valéria de Jesus. Módulos e Grupos Abelianos Finitamente Gerados Elisângela Valéria de Jesus Módulos e Grupos Abelianos Finitamente Gerados Itabaiana Maio de 2017 Elisângela Valéria de Jesus Módulos e Grupos Abelianos Finitamente Gerados Dissertação submetida ao Corpo

Leia mais

Dependência linear e bases

Dependência linear e bases Dependência linear e bases Sadao Massago 2014 Sumário 1 Dependência linear 1 2 ases e coordenadas 3 3 Matriz mudança de base 5 Neste texto, introduziremos o que é uma base do plano ou do espaço 1 Dependência

Leia mais

1 a Lista de Exercícios MAT 3211 Álgebra Linear Prof. Vyacheslav Futorny

1 a Lista de Exercícios MAT 3211 Álgebra Linear Prof. Vyacheslav Futorny 1 a Lista de Exercícios MAT 3211 Álgebra Linear - 213 - Prof. Vyacheslav Futorny 1 a parte: Resolução de sistemas de equações lineares, matrizes inversíveis 1. Para cada um dos seguintes sistemas de equações

Leia mais

Notas de Algebra Linear. Eduardo Hernandez, Michelle Pierri

Notas de Algebra Linear. Eduardo Hernandez, Michelle Pierri Notas de Algebra Linear Eduardo Hernandez, Michelle Pierri Sumário 1 Espaços Vetoriais 4 11 Exercícios 8 12 Exercicios 10 121 Interseção e Soma de Subespaços vetoriais 10 13 Exercícios 13 131 Subespaços

Leia mais

MAT Resumo Teórico e Lista de

MAT Resumo Teórico e Lista de MAT 0132 - Resumo Teórico e Lista de Exercícios April 10, 2005 1 Vetores Geométricos Livres 1.1 Construção dos Vetores 1.2 Adição de Vetores 1.3 Multiplicação de um Vetor por um Número Real 2 Espaços Vetoriais

Leia mais

Versão Preliminar. Álgebra Comutativa. Notas de Aula. Maria Eugenia Martin. Universidade de São Paulo São Paulo, 23 de novembro de 2014

Versão Preliminar. Álgebra Comutativa. Notas de Aula. Maria Eugenia Martin. Universidade de São Paulo São Paulo, 23 de novembro de 2014 Álgebra Comutativa Notas de Aula Maria Eugenia Martin Universidade de São Paulo São Paulo, 23 de novembro de 2014 S U M Á R I O 1 anéis e ideais 2 1.1 Teorema Chinês dos Restos 12 1.2 Exercícios 14 2 variedades

Leia mais

GRUPOS CÍCLICOS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

GRUPOS CÍCLICOS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo GRUPOS CÍCLICOS Potências e Múltiplos DEFINIÇÃO 1 Seja G um grupo multiplicativo. Dado a G dene-se a potência m-ésima de a, para todo inteiro m, ˆ se m 0, por recorrência

Leia mais

uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando o conceito de espaço vetorial

uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando o conceito de espaço vetorial V Bienal da SBM Sociedade Brasileira de Matemática UFPB - Universidade Federal da Paraíba 18 a 22 de outubro de 2010 uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando

Leia mais

1 a Lista de Exercícios de MAT3458 Escola Politécnica 2 o semestre de 2016

1 a Lista de Exercícios de MAT3458 Escola Politécnica 2 o semestre de 2016 1 a Lista de Exercícios de MAT3458 Escola Politécnica o semestre de 16 1 Para que valores de t R a função definida por (x 1, x ), (y 1, y ) = x 1 y 1 + tx y é um produto interno em R? Para cada par de

Leia mais

1 Álgebra linear matricial

1 Álgebra linear matricial MTM510019 Métodos Computacionais de Otimização 2018.2 1 Álgebra linear matricial Revisão Um vetor x R n será representado por um vetor coluna x 1 x 2 x =., x n enquanto o transposto de x corresponde a

Leia mais

Notas de Algebra Linear. Eduardo Hernandez, Michelle Pierri

Notas de Algebra Linear. Eduardo Hernandez, Michelle Pierri Notas de Algebra Linear Eduardo Hernandez, Michelle Pierri Sumário 1 Espaços Vetoriais 3 11 Exercícios 7 12 Exercicios 9 121 Interseção e Soma de Subespaços vetoriais 9 13 Exercícios 11 131 Subespaços

Leia mais

5. Considere os seguintes subconjuntos do espaço vetorial F(R) das funções de R em R:

5. Considere os seguintes subconjuntos do espaço vetorial F(R) das funções de R em R: MAT3457 ÁLGEBRA LINEAR I 3 a Lista de Exercícios 1 o semestre de 2018 1. Verique se V = {(x, y) : x, y R} é um espaço vetorial sobre R com as operações de adição e de multiplicação por escalar dadas por:

Leia mais

Equação Geral do Segundo Grau em R 2

Equação Geral do Segundo Grau em R 2 8 Equação Geral do Segundo Grau em R Sumário 8.1 Introdução....................... 8. Autovalores e autovetores de uma matriz real 8.3 Rotação dos Eixos Coordenados........... 5 8.4 Formas Quadráticas..................

Leia mais

23 e 24. Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3. Sumário

23 e 24. Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3. Sumário 23 e 24 Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3 Sumário 23.1 Introdução....................... 2 23.2 Autovalores e Autovetores de uma matriz 3 3.. 2 23.3 Mudança de Coordenadas no Espaço........

Leia mais

Soluções dos trabalhos de 1 a 7

Soluções dos trabalhos de 1 a 7 Universidade Federal Rural do Semiárido-UFERSA Departamento de Ciências Exatas e Naturais Curso: Bacharelado em Ciência e Tecnologia e Computação Disciplina: Álgebra Linear Aluno(a): Soluções dos trabalhos

Leia mais

Introduzir os conceitos de base e dimensão de um espaço vetorial. distinguir entre espaços vetoriais de dimensão fnita e infinita;

Introduzir os conceitos de base e dimensão de um espaço vetorial. distinguir entre espaços vetoriais de dimensão fnita e infinita; META Introduzir os conceitos de base e dimensão de um espaço vetorial. OBJETIVOS Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de: distinguir entre espaços vetoriais de dimensão fnita e infinita; determinar

Leia mais

Notas de Aula de Algebra Avan cada ver ao de 2019

Notas de Aula de Algebra Avan cada ver ao de 2019 Notas de Aula de Álgebra Avançada verão de 2019 Sumário 1 Grupos 4 1.1 Definições e exemplos.......................................... 4 1.2 Subgrupos................................................. 5

Leia mais

Grupos: Resumo. Definição 1.1 Um grupo é um conjunto G juntamente com uma operação binária. G G G (a, b) a b. (a b) c = a (b c) a e = e a = a

Grupos: Resumo. Definição 1.1 Um grupo é um conjunto G juntamente com uma operação binária. G G G (a, b) a b. (a b) c = a (b c) a e = e a = a 1 Grupos: Resumo 1 Definições básicas Definição 1.1 Um grupo é um conjunto G juntamente com uma operação binária que satisfaz os seguintes três axiomas: 1. (Associatividade) Para quaisquer a, b, c G, G

Leia mais

3 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear IMPA - Verão e B =

3 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear IMPA - Verão e B = 3 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear IMPA - Verão 2008. (a) Ache os auto-valores e auto-vetores de A = 3 4 2 0 2 0 0 0 e B = 0 0 2 0 2 0 2 0 0 (b) Mostre que λ + λ 2 + λ 3 é igual ao

Leia mais

Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras. Silvia Gonçalves Santos

Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras. Silvia Gonçalves Santos Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras Silvia Gonçalves Santos Definição 1 Seja R um anel com unidade. O radical de Jacobson de R, denotado por J(R), é o ideal (à esquerda) dado pela

Leia mais

Topologia do espaço Euclidiano

Topologia do espaço Euclidiano Capítulo 1 Topologia do espaço Euclidiano 1 O espaço vetorial R n iguais a R: Seja n N. O espaço euclidiano n dimensional é o produto cartesiano de n fatores R n = R R R }{{} n cópias Os pontos de R n

Leia mais

Capítulo 3: Espaços Vetoriais

Capítulo 3: Espaços Vetoriais 3 Livro: Introdução à Álgebra Linear Autores: Abramo Hefez Cecília de Souza Fernandez Capítulo 3: Espaços Vetoriais Sumário 1 Subespaços Vetoriais................. 58 1.1 Caracterização dos Subespaços

Leia mais

Tópicos de Álgebra Linear Verão 2019 Lista 1: Espaços Vetoriais

Tópicos de Álgebra Linear Verão 2019 Lista 1: Espaços Vetoriais Universidade Federal do Paraná Centro Politécnico ET-DMAT Prof. Maria Eugênia Martin Tópicos de Álgebra Linear Verão 2019 Lista 1: Espaços Vetoriais Exercício 1. Determine se os seguintes conjuntos são

Leia mais

O espaço das Ordens de um Corpo

O espaço das Ordens de um Corpo O espaço das Ordens de um Corpo Clotilzio Moreira dos Santos Resumo O objetivo deste trabalho é exibir corpos com infinitas ordens e exibir uma estrutura topológica ao conjunto das ordens de um corpo.

Leia mais

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP Álgebra Linear AL Luiza Amalia Pinto Cantão Depto de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocabaunespbr Espaços Vetoriais 1 Definição; 2 Subespaços; 3 Combinação Linear, dependência

Leia mais

Unidade 5 - Subespaços vetoriais. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 10 de agosto de 2013

Unidade 5 - Subespaços vetoriais. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 10 de agosto de 2013 MA33 - Introdução à Álgebra Linear Unidade 5 - Subespaços vetoriais A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa PROFMAT - SBM 10 de agosto de 2013 Às vezes, é necessário detectar, dentro

Leia mais

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Matemática

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Matemática 1 Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Matemática 3 a Lista - MAT 137 - Introdução à Álgebra Linear 2017/II 1. Sejam u = ( 4 3) v = (2 5) e w = (a b).

Leia mais

Capítulo 1. Funções e grácos

Capítulo 1. Funções e grácos Capítulo 1 Funções e grácos Denição 1. Sejam X e Y dois subconjuntos não vazios do conjunto dos números reais. Uma função de X em Y ou simplesmente uma função é uma regra, lei ou convenção que associa

Leia mais

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação Álgebra (Ciência de Computadores) 2005/2006 Números inteiros 1. Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação (a) {inteiros positivos impares}; (b) {inteiros negativos pares};

Leia mais

SUMÁRIO. Álgebra I 3 1. Grupos Exercícios Subgrupos Exercícios Homomorfismo de Grupos e Aplicações 35 3.

SUMÁRIO. Álgebra I 3 1. Grupos Exercícios Subgrupos Exercícios Homomorfismo de Grupos e Aplicações 35 3. SUMÁRIO 3 1. Grupos 4 1.1 Exercícios 20 2. Subgrupos 23 2.1 Exercícios 31 3. Homomorfismo de Grupos e Aplicações 35 3.1 Exercícios 43 ÁLGEBRA I Grupos, Subgrupos e Homomorfismos de Grupos André Luiz Galdino

Leia mais

184 Instituto de Matemática UFF

184 Instituto de Matemática UFF 184 Instituto de Matemática UFF Capítulo 4 Aplicações diferenciáveis 1 Diferenciabilidade de uma aplicação Definição 1.1. Uma aplicação f : U R n, definida no aberto U R m, é diferenciável no ponto a U

Leia mais

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas - CCE Departamento de Matemática Primeira Lista de MAT641 - Análise no R n

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas - CCE Departamento de Matemática Primeira Lista de MAT641 - Análise no R n Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas - CCE Departamento de Matemática Primeira Lista de MAT641 - Análise no R n 1. Exercícios do livro Análise Real, volume 2, Elon Lages Lima, páginas

Leia mais

ALGEBRA I Maria L ucia Torres Villela Instituto de Matem atica Universidade Federal Fluminense Junho de 2007 Revis ao em Fevereiro de 2008

ALGEBRA I Maria L ucia Torres Villela Instituto de Matem atica Universidade Federal Fluminense Junho de 2007 Revis ao em Fevereiro de 2008 ÁLGEBRA I Maria Lúcia Torres Villela Instituto de Matemática Universidade Federal Fluminense Junho de 2007 Revisão em Fevereiro de 2008 Sumário Introdução... 3 Parte 1 - Preliminares... 5 Seção 1 - Noções

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR I - MAT Em cada item diga se a afirmação é verdadeira ou falsa. Justifiquei sua resposta.

ÁLGEBRA LINEAR I - MAT Em cada item diga se a afirmação é verdadeira ou falsa. Justifiquei sua resposta. UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e Da Natureza Centro Interdisciplinar de Ciências da Natureza ÁLGEBRA LINEAR I - MAT0032 2 a Lista de

Leia mais

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG 1 Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos Ana Cristina Vieira Departamento de Matemática - ICEx - UFMG - 2011 1. Representações de Grupos Finitos 1.1. Fatos iniciais Consideremos

Leia mais

Funções suaves e Variedades

Funções suaves e Variedades a aula, 5-03-2007 Funções suaves e Variedades Os objectos de estudo da Topologia Diferencial são as variedades e as aplicações suaves, onde suave significa ser de classe C. As variedades consideradas são

Leia mais

MA71B - Geometria Analítica e Álgebra Linear Profa. Dra. Diane Rizzotto Rossetto. LISTA 5 - Espaços Vetoriais

MA71B - Geometria Analítica e Álgebra Linear Profa. Dra. Diane Rizzotto Rossetto. LISTA 5 - Espaços Vetoriais Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Curitiba - DAMAT MA7B - Geometria Analítica e Álgebra Linear Profa. Dra. Diane Rizzotto Rossetto LISTA 5 - Espaços Vetoriais Desenvolvidas

Leia mais

MAT Álgebra Linear para Engenharia II - Poli 2 ō semestre de ā Lista de Exercícios

MAT Álgebra Linear para Engenharia II - Poli 2 ō semestre de ā Lista de Exercícios MAT 2458 - Álgebra Linear para Engenharia II - Poli 2 ō semestre de 2014 1 ā Lista de Exercícios 1. Verifique se V = {(x, y) x, y R} é um espaço vetorial sobre R com as operações de adição e de multiplicação

Leia mais

exercícios de álgebra linear 2016

exercícios de álgebra linear 2016 exercícios de álgebra linear 206 maria irene falcão :: maria joana soares Conteúdo Matrizes 2 Sistemas de equações lineares 7 3 Determinantes 3 4 Espaços vetoriais 9 5 Transformações lineares 27 6 Valores

Leia mais

7. Sejam U, W subespaços vetoriais de um espaço vetorial V sobre um corpo K. Prove que U W é um subespaço vetorial de V se e somente se U W ou W U.

7. Sejam U, W subespaços vetoriais de um espaço vetorial V sobre um corpo K. Prove que U W é um subespaço vetorial de V se e somente se U W ou W U. Lista de Álgebra Linear - Prof. Edson Iwaki 1. Quais dos subconjuntos são R subespaços vetoriais? Ache uma base para os que forem. (a) S = {(x, y, z) R 3 x 0} R 3 (b) S = {(x, y, z) R 3 x = 0} R 3 (c)

Leia mais

LISTA CLASSES LATERAIS, TEOREMA DE LAGRANGE 17. Seja G um grupo e sejam H e K subgrupos de G cujas ordens sejam relativamente primas.

LISTA CLASSES LATERAIS, TEOREMA DE LAGRANGE 17. Seja G um grupo e sejam H e K subgrupos de G cujas ordens sejam relativamente primas. MAT5728 - Álgebra 2o. semestre/2008 LISTA 1 1. GRUPOS 1. Seja G um grupo. Mostre que se ab 2 = a 2 b 2, para quaisquer a, b G, então G é abeliano. 2. a Se G é um grupo no qual ab i = a i b i, para três

Leia mais

1. Operações com vetores no espaço

1. Operações com vetores no espaço Capítulo 10 1. Operações com vetores no espaço Vamos definir agora as operações de adição de vetores no espaço e multiplicação de um vetor espacial por um número real. O processo é análogo ao efetuado

Leia mais

Reticulados e Álgebras de Boole

Reticulados e Álgebras de Boole Capítulo 3 Reticulados e Álgebras de Boole 3.1 Reticulados Recorde-se que uma relação de ordem parcial num conjunto X é uma relação reflexiva, anti-simétrica e transitiva em X. Um conjunto parcialmente

Leia mais

Produto interno e produto vetorial no espaço

Produto interno e produto vetorial no espaço 14 Produto interno e produto vetorial no espaço Sumário 14.1 Produto interno.................... 14. Produto vetorial.................... 5 14..1 Interpretação geométrica da norma do produto vetorial.......................

Leia mais

V Workshop de Álgebra UFG-CAC. Só Funções. Francismar Ferreira Lima. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 09 de novembro de / 43

V Workshop de Álgebra UFG-CAC. Só Funções. Francismar Ferreira Lima. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 09 de novembro de / 43 V Workshop de Álgebra UFG-CAC Só Funções Francismar Ferreira Lima Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 09 de novembro de 2016 1 / 43 Planejamento da Apresentação 1 Produto Cartesiano 2 Relação

Leia mais

Transformações geométricas planas

Transformações geométricas planas 9 Transformações geométricas planas Sumário 9.1 Introdução....................... 2 9.2 Transformações no plano............... 2 9.3 Transformações lineares................ 5 9.4 Operações com transformações...........

Leia mais

Álgebra Linear Semana 05

Álgebra Linear Semana 05 Álgebra Linear Semana 5 Diego Marcon 4 de Abril de 7 Conteúdo Interpretações de sistemas lineares e de matrizes invertíveis Caracterizações de matrizes invertíveis 4 Espaços vetoriais 5 Subespaços vetoriais

Leia mais

Questão 1: Seja V o conjunto de todos os pares ordenados de números reais. Denamos a adição e a multiplicação por escalar em V por

Questão 1: Seja V o conjunto de todos os pares ordenados de números reais. Denamos a adição e a multiplicação por escalar em V por Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Curitiba - DAMAT MA7B - Geometria Analítica e Álgebra Linear Profa. Dra. Diane Rizzotto Rossetto LISTA 4 - Espaços Vetoriais Desenvolvidas

Leia mais

3x y R. v (x 0, y 0 ) em termos de f usando a denição de. = lim

3x y R. v (x 0, y 0 ) em termos de f usando a denição de. = lim RESOLUÇÃO DA LISTA DE EXERCÍCIOS 4 CÁLCULO V Para o estudo da terceira prova, recomendamos resolver os exercícios dos capítulos 5 Aplicações Diferenciais), 6 Aplicações Inversas e Implícitas) e partes

Leia mais

Um Curso de Nivelamento. Instituto de Matemática UFF

Um Curso de Nivelamento. Instituto de Matemática UFF Introdução à Álgebra Linear Um Curso de Nivelamento Jorge Delgado Depto. de Matemática Aplicada Katia Frensel Depto. de Geometria Instituto de Matemática UFF Março de 2005 J. Delgado - K. Frensel ii Instituto

Leia mais

Álgebra Linear Contra-Ataca

Álgebra Linear Contra-Ataca Contra-Ataca Prof Afonso Paiva Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação USP São Carlos Cálculo Numérico SME0104 Operações elementares Operações

Leia mais

ENFOQUE USANDO CORTES DE DEDEKIND

ENFOQUE USANDO CORTES DE DEDEKIND Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência c Publicação eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit CONSTRUÇÃO DOS REAIS: UM ENFOQUE

Leia mais

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO LEEC EXERCÍCIOS DE ÁLGEBRA

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO LEEC EXERCÍCIOS DE ÁLGEBRA FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO LEEC EXERCÍCIOS DE ÁLGEBRA Exercícios vários. Considere o conjunto C =, e a operação binária definida por a b = min(a, b). O conjunto C é, relativamente

Leia mais

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS.

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. SANDRO MARCOS GUZZO RESUMO. A construção dos conjuntos numéricos é um assunto clássico na matemática, bem como o estudo das propriedades das operações

Leia mais

Algebra Linear. 1. Espaços Vetoriais Lineares. 2. Coordenadas em Espaços Lineares. 3. Operadores Lineares. 4. Transformação de Similaridade

Algebra Linear. 1. Espaços Vetoriais Lineares. 2. Coordenadas em Espaços Lineares. 3. Operadores Lineares. 4. Transformação de Similaridade Algebra Linear 1 Espaços Vetoriais Lineares Coordenadas em Espaços Lineares 3 Operadores Lineares 4 Transformação de Similaridade Matriz como Operador Norma de Vetores e Produto Interno pag1 Teoria de

Leia mais

1 Espaços vetoriais. Bibliografia básica do curso: [3, 2, 1, 4] Autor: Leandro Fiorini Aurichi - Versão: 2008

1 Espaços vetoriais. Bibliografia básica do curso: [3, 2, 1, 4] Autor: Leandro Fiorini Aurichi - Versão: 2008 Bibliografia básica do curso: [3, 2, 1, 4] Autor: Leandro Fiorini Aurichi - laurichi@ime.usp.br Versão: 2008 1 Espaços vetoriais Comecemos com a definição de espaço vetorial. Definição 1.1. (V,, ) é dito

Leia mais

CARACTERÍSTICA DE UM ANEL

CARACTERÍSTICA DE UM ANEL Professora: Elisandra Bär de Figueiredo CARACTERÍSTICA DE UM ANEL PROPOSIÇÃO 1 Seja A um anel com unidade. Se m, n Z, então (mn)1 A = (m1 A )(n1 A ). Seja A um anel. Considere o seguinte subconjunto de

Leia mais

. (1) Se S é o espaço vetorial gerado pelos vetores 1 e,0,1

. (1) Se S é o espaço vetorial gerado pelos vetores 1 e,0,1 QUESTÕES ANPEC ÁLGEBRA LINEAR QUESTÃO 0 Assinale V (verdadeiro) ou F (falso): (0) Os vetores (,, ) (,,) e (, 0,) formam uma base de,, o espaço vetorial gerado por,, e,, passa pela origem na direção de,,

Leia mais

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Novembro de 2017

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Novembro de 2017 Análise I Notas de Aula 1 Alex Farah Pereira 2 3 22 de Novembro de 2017 1 Turma de Matemática. 2 Departamento de Análise-IME-UFF 3 http://alexfarah.weebly.com ii Conteúdo 1 Conjuntos 1 1.1 Números Naturais........................

Leia mais

Quinta lista de Exercícios - Análise Funcional, período Professor: João Marcos do Ó. { 0 se j = 1 y j = (j 1) 1 x j 1 se j 2.

Quinta lista de Exercícios - Análise Funcional, período Professor: João Marcos do Ó. { 0 se j = 1 y j = (j 1) 1 x j 1 se j 2. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA Quinta lista de Exercícios - Análise Funcional, período 2009.2. Professor:

Leia mais

Notas de Aula Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia. Álgebra Linear e Aplicações. Teólo Otoni, 02 de junho de 2019

Notas de Aula Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia. Álgebra Linear e Aplicações. Teólo Otoni, 02 de junho de 2019 Notas de Aula Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia Álgebra Linear e Aplicações Teólo Otoni, 0 de junho de 09 Sumário Conjuntos e Funções 8 Denição clássica de função 8 Conjuntos 3 O Produto Cartesiano

Leia mais

O Plano no Espaço. Sumário

O Plano no Espaço. Sumário 17 Sumário 17.1 Introdução....................... 2 17.2 Equações paramétricas do plano no espaço..... 2 17.3 Equação cartesiana do plano............. 15 17.4 Exercícios........................ 21 1 Unidade

Leia mais

Apontamentos III. Espaços euclidianos. Álgebra Linear aulas teóricas. Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico

Apontamentos III. Espaços euclidianos. Álgebra Linear aulas teóricas. Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico Apontamentos III Espaços euclidianos Álgebra Linear aulas teóricas 1 o semestre 2017/18 Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico Índice Índice i 1 Espaços euclidianos 1 1.1

Leia mais

MAT Álgebra Linear I Física - Diurno Exercícios para a 1ªProva

MAT Álgebra Linear I Física - Diurno Exercícios para a 1ªProva MAT - 122 - Álgebra Linear I Física - Diurno Exercícios para a 1ªProva Paulo F. Leite, com a colaboração de Jéssica C. Paixão Fevereiro de 2012 1 Espaços Vetoriais e Subespaço Vetoriais Denição 1 Dizemos

Leia mais

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003 Provas de 2006 - Análise Real - Noturno - 3MAT003 Matemática - Prof. Ulysses Sodré - Londrina-PR - provas2006.tex 1. Definir a operação ϕ entre os conjuntos A e B por ϕ(a, B) = (A B) (A B). (a) Demonstrar

Leia mais