A CONTRIBUIÇÃO DO DESIGN PARA A INOVAÇÃO SOCIAL SUSTENTÁVEL

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1 A CONTRIBUIÇÃO DO DESIGN PARA A INOVAÇÃO SOCIAL SUSTENTÁVEL Mariana Hugo Uniritter Laureate International Universities mariana.hugo@gmail.com Heloisa Moura Uniritter Laureate International Universities moura@id.iit.edu Resumo: O trabalho trata da necessidade de uma descontinuidade sistêmica e de um processo de aprendizagem social na busca por uma sociedade sustentável, apresentando a inovação social como uma ferramenta para o desenvolvimento deste processo. O artigo aborda exemplos de metodologias desenvolvidas pelo design para a criação de soluções inovadoras que solucionem problemas sociais. Adicionalmente, apresenta diferentes metodologias desenvolvidas para a solução de problemas complexos e alguns casos onde metodologias similares foram aplicadas. Problemas sociais envolvem muitas pessoas e interesses diferenciados, e, muitas vezes, até mesmo divergentes. Chegar a uma idéia que solucione a questão por diversos pontos de vista é bastante complexo. O trabalho conclui que o design pode contribuir para esse processo de mudança através do desenvolvimento de sistemas facilitadores para a inovação social que possam ser utilizados e aplicados por profissionais da área com a participação da população em geral ou até mesmo diretamente pela população. O envolvimento da população no processo é fundamental, não somente para uma melhor efetividade na identificação e interpretação do problema, mas também pela facilidade para a implantação dos novos sistemas 1 Introdução Há algum tempo a questão da sustentabilidade vem sendo discutida, porém muitas ações práticas ainda precisam ser concretizadas. Diversos comportamentos e maneiras de pensar da sociedade vêm sendo comprovados insustentáveis em seus valores básicos. Torna-se necessário, portanto, um processo de aprendizagem social, onde os conceitos de bem estar e qualidade de vida sejam revisitados e alterados, deixando de estar diretamente ligados ao consumo. A inovação social pode ser vista como uma ferramenta nesse processo. Através da participação de forma horizontal de diferentes setores da sociedade em projetos com objetivos próprios. Assim, aos poucos, novos valores podem ser implementados ao XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq 19 a 23 de outubro de 2015

2 pensamento social. Para um processo de inovação social é necessário diagnosticar um problema social relevante e suas causas, além de gerar ideias de como solucioná-lo de maneira viável economicamente, promovendo, simultaneamente, uma mudança sistêmica. Normalmente, os problemas sociais são complexos e sua solução envolve diversos setores que devem trabalhar juntos, e é isso que torna este processo complicado. O design vem contribuindo há algum tempo na elaboração de projetos de sistemas que resultam em soluções inovadoras para problemas usuais. Muitos desses projetos visam solucionar problemas sociais complexos. Ainda dentro desse contexto, vem utilizando diversas metodologias específicas. O objetivo deste trabalho, por conseguinte, é discutir o papel do design na inovação social sustentável, buscando compreender como sua abordagem projetual pode facilitar as inovações sociais e quais metodologias, métodos e técnicas podem ser empregadas. Nesse intuito, o artigo se desenvolve através de revisão bibliográfica, levantando diferentes conceitos de inovação social e metodologias para inovação social, com base no processo projetual do design. Também são observados casos de inovação social e como esses apóiam uma mudança sistêmica. 2 Desenvolvimento Para compreender a questão como um todo, é necessário fazer uma reflexão sobre o que é sustentabilidade e inovação social, além de como o design pode contribuir para que iniciativas deste tipo se concretizem Sustentabilidade e inovação social Em 1987, o Relatório Brundtland, apresentou o conceito de desenvolvimento sustentável, definindo-o como aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (UNITED NATIONS, 1987, p.16, tradução própria). O relatório evidencia a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes. A sugestão levantada pelo documento não é a de estagnação do crescimento econômico, mas sim de como mantê-lo, ao mesmo tempo que contemplando as questões ambientais e sociais. Conforme apontado no referido Relatório, as mudanças tecnológicas e o crescimento econômico que ocorreu desde a revolução industrial veio acompanhado de miséria e degradação ambiental, gerando um enorme desequilíbrio ambiental. Assim, definiu diversas medidas a serem tomadas por diferentes países, abrangendo questões ambientais e sociais, além das econômicas, em busca de retomar o equilíbrio em torno dos três pilares da sustentabilidade. Entre elas: 2

3 Limitação do crescimento populacional; Garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) no longo prazo; Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis; Aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas; Controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores; e Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia). Infelizmente, apesar das reflexões trazidas pelo Relatório, o sistema continuou, e segue até o momento, funcionando, de forma predominante, com o mesmo modelo. Em conseqüência, a sociedade se dirige cada vez mais à insustentabilidade. Tal mudança nos padrões comportamentais é de extrema necessidade; porém, não como vem acontecendo atualmente, mas como uma mudança profunda de rumo. O desenvolvimento, tal como conhecido até então, tem-se demonstrado insustentável por diversos fatores: o consumo dos recursos não renováveis, a emissão de substancias nocivas no meio ambiente além dos problemas sociais como pobreza, a falta de saúde e educação para todos, para citar alguns dos inúmeros itens. Conforme Manzini (2008, p. 26), Para ser sustentável, um sistema de produção, uso e consumo tem que ir ao encontro das demandas da sociedade por produtos e serviços sem perturbar os ciclos naturais e sem empobrecer o capital natural. Ainda segundo o autor, existe a necessidade da criação de novos conceitos de estilo de vida, produção e consumo. Desde a industrialização, a idéia de bem estar coletiva é associada ao acesso a produtos e serviços, em parâmetros exacerbados. Hoje, sabe-se que esse conceito de bem estar, caso estendido em escala mundial, torna-se insustentável, tanto em termos ecológicos, por meio do consumo de capital natural, quanto em termos sociais, pela falta de acesso da maior parte da população aos produtos que caracterizam a felicidade. O autor propõe que os esforços em busca de uma maior sustentabilidade do sistema, estiveram, no passado, concentrados na preservação do meio ambiente e na busca por produtos mais leves. Porém, não basta que os produtos sejam menos agressivos ambientalmente; o que precisa ser revisto é o modelo de consumo. O que precisa ser quebrado é o modelo onde mais produtos equivalem a mais bem estar. Em suas palavras: O que tem que acontecer, e, na prática, já está acontecendo, é uma descontinuidade sistêmica: uma forma de mudança em cujo final o sistema em questão será diferente, estruturalmente diferente, daquilo que tivemos conhecimento até hoje (MANZINI, 2008, p.27). Para alcançar essa descontinuidade sistêmica, entretanto, é necessário um processo de aprendizagem social, lento e profundo, onde serão revistos os valores e o conceito de 3

4 bem estar. Para Manzini, a sociedade precisa passar por esse processo de aprendizagem, utilizando-se de criatividade, conhecimento e capacidades organizacionais. Tal processo terá muitas idas e vindas; será um jogo de erros e acertos. Para que essa fluidez ocorra, o modelo deve ser aberto e flexível. Nele, todos os hábitos relacionados com os modos de ser e de fazer podem e devem ser questionados. Uma forma de proporcionar e experimentar o processo de aprendizagem social rumo à sustentabilidade é através das inovações sociais. Manzini define inovação social como mudanças no modo como indivíduos ou comunidades agem para resolver seus problemas ou criar novas oportunidades. Inovações sociais são novas idéias (produtos, serviços e modelos) que atendem simultaneamente às necessidades sociais e criam novas relações sociais ou colaborações. Em outras palavras, elas são inovações que são boas para a sociedade e aumentam a capacidade da sociedade de agir. (MURRAY; GRICE; MULGAN, 2010, p.3, tradução própria) Segundo Phills, Deiglmeier e Miller (2008), as pessoas envolvidas com o empreendedorismo social têm como objetivo final criar novos valores sociais. Essas inovações podem surgir de lugares e pessoas não ligadas a empreendimentos sociais, de grandes organizações sem fins lucrativos e até mesmo de governos, desde que, mesmo que paralelamente a outros objetivos, estejam agregando algum valor social. "Podemos definir valor social como a criação de benefícios ou a redução de custos para a sociedade através de esforços que encaminhem necessidades e problemas sociais, independentemente de ganhos privados e outros benefícios de mercado." (PHILLS, DEIGLMEIER e MILLER, 2008, p.39, tradução própria) Segundo os autores, a inovação social é criada, adotada e difundida em determinados períodos históricos. Entretanto, é importante entender que ela acontece e se difunde em contextos de crise. Foi discutido que os problemas sociais e ambientais que enfrentados atualmente são extremamente complexos, e a busca por soluções tem se mostrado uma constante e difícil atividade. A proposta do conceito de inovação social parte da união de forças de diversos setores governamentais, instituições sem fins lucrativos e negócios lucrativos. "As ações conjuntas dos três setores embasa três importantes mecanismos de inovação social: trocas de idéias e valores; mudanças em cargos e relacionamentos; a integração de capital privado e público; e apoio filantrópico." (PHILLS, DEIGLMEIER e MILLER, 2008, p.40). Essas trocas de papéis e relações são essenciais para a efetividade de inúmeras inovações sociais. De acordo com Murray, Grice e Mulgan (2010), muito dessa inovação está apontando em direção a um novo tipo de economia, que combine alguns elementos antigos e muitos novos. Na visão de Phills, Deiglmeier e Miller (2008), muitas inovações sociais envolvem a criação de novos modelos de negócio, que podem servir às necessidades de populações carentes com mais eficácia, podendo ser lucrativos ou pelo menos economicamente 4

5 sustentáveis. Isso é viável por terem estruturas de baixo custo e canais de entrega eficientes freqüentemente juntando visões de mercado e não de mercado. Para a viabilização e o florescimento das organizações colaborativas, é necessária a transição dos atuais instrumentos de governança (rígidos e hierárquicos), rumo a outros (flexíveis, abertos e horizontais). Para Manzini (2008), os modelos das redes sociais podem ser a tecnologia habilitante capaz de promover esse processo.na visão de Murray (2010), alianças e redes cada vez mais transformam-se como chave para a mudança bem sucedida. No campo social, a aliança deverá ser uma rede ampla, ligando o setor público, fornecedores e empreendedores. Por essa razão é que a inovação social se torna diferente da inovação nos demais campos. Somente agora, as implicações de colaborações desse tipo começaram a ser exploradas, e será necessário saber se, e como, tais sistemas de inovação altamente distribuídos e de apoio mútuo podem ser encorajados. Sendo assim, a mudança de comportamento e o modo de pensar são muito necessários para o desenvolvimento sustentável da sociedade. Uma maneira de atingir essa mudança é através de inovações sociais. Contudo, as inovações sociais são processos lentos e complexos, que envolvem muitos atores de diversas áreas, com um interesse em comum. A organização de um grupo de pessoas dessa natureza não é uma tarefa fácil e é ai que entra o papel do design, como uma ferramenta para auxiliar e favorecer o desenvolvimento de processos desse tipo. 2.2 O papel do design na inovação social sustentável É possível afirmar que as organizações colaborativas podem tornar-se mais acessíveis e eficazes através da aplicação de um processo de design. Projetar sistemas é um campo que está crescendo dentro das atividades dos designers. Esses profissionais também podem trabalhar como conectores de diferentes pessoas com interesses e habilidades específicas, a fim de colaborarem nos diversos setores necessários em uma atividade de inovação social. Segundo Manzini (2008) mesmo que as comunidades criativas não sejam totalmente planejáveis, por serem estruturas orgânicas e horizontais, através do design, é possível ajudá-las a nascer, bem como facilitar sua existência. Isso significa que intervenções de suporte podem ser concebidas em diferentes escalas e envolvendo diversos grupos de atores. Sistemas de produtos, serviços, comunicação e o que mais for necessário para implementar a acessibilidade, a eficácia e a replicabilidade de uma organização colaborativa, devem ser encarados pelos designers como oportunidades de trabalho. Para o autor os designers são chamados a colaborar com uma variedade de interlocutores, procedendo como especialistas e interagindo com os mais diversos atores que já planejam sem, todavia, possuir esta mesma especialização. designers têm a missão de facilitar a convergência dos diferentes parceiros em torno de idéias compartilhadas e potencias soluções. Esse tipo de atividade 5

6 requer uma série de novas habilidades de design: promover a colaboração entre diferentes atores sociais (comunidades locais e firmas, instituições e centros de pesquisa); participar na construção de visões e cenários compartilhados; e combinar produtos e serviços já existentes para suportar a específica comunidade criativa com a qual colaboram. (MANZINI, 2008, p.28). Em muitas áreas, os métodos e ferramentas de apoio à inovação são amplamente conhecidos e aceitos. No entanto, na área de inovação social, os processos não foram amplamente estudados e desenvolvidos, conforme apontam Cipolla e Moura (2013). Nessa área muitas pessoas estão trabalhando com seus conhecimentos em áreas diversas, sem contar com o apoio de uma metodologia específica para atingir os seus objetivos. Buscando facilitar e difundir iniciativas de inovação social, os autores Murray, Grice e Mulgan (2010) desenvolveram um método específico para a área, aqui denominado de métodos para a inovação social. O mesmo visa alcançar não só a organização para a concepção das idéias, mas facilitar todo o processo de desenvolvimento de uma idéia de inovação social, chegando a uma mudança sistêmica. Os autores dividem o processo em seis etapas: 1) Inspirações Levantamento e avaliação de questões que necessitam de inovações, que estão em crise. Essa etapa consiste não somente em detectar os problemas e seus sintomas, mas também as suas causas, para que estas possam ser combatidas. 2) Propostas Essa é a fase de geração de idéias, onde são sugeridos métodos de criatividade que podem ser aplicados para gerar diversas percepções e possibilidades. 3) Prototipagem Essa etapa é onde as idéias são testadas, devendo ser implantadas em pequena escala, avaliadas e reconfiguradas constantemente. 4) Sustentando Nesse estágio a idéia já esta em prática, e precisa ser mantida; então, é avaliado o fluxo de renda que deverá garantir a existência da empresa social. 5) Difundindo Nessa fase há uma série de estratégias para crescer e espalhar a idéia inovadora; tal crescimento em escala deve ser feito de maneira organizada e planejada. 6) Mudança Sistêmica Esse é o objetivo final da inovação social e, para atingir o mesmo, diversos fatores estão envolvidos, além de todas as questões sustentáveis da empresa social em si, que deve estar funcionando perfeitamente; também é necessária a adaptação de todo o seu entorno. Sendo assim, o processo para o surgimento de uma inovação social é lento e longo, envolvendo muitas esferas, e, normalmente, com o descobrimento de novos fatores ao longo do caminho, os quais forçam a equipe a retomar algumas questões de fases supostamente já definidas. Na Figura 1 fica claro que o foco principal dessa metodologia é atingir, em grande escala, a mudança sistêmica nas inovações sociais, reforçando um ponto de vista em que 6

7 não é relevante criar uma inovação que não seja sustentável no longo prazo e que não tenha grande abrangência. Figura 1 O Processo da Inovação Social. Tradução própria Fonte: Adaptado de MURRAY; GRICE e MULGAN (2010). Com referência às metodologias, métodos e técnicas, quatro organizações associadas IDEO, IDE, Heifer International, e ICRW criaram um kit de ferramentas, baseado no processo de inovação denominado design centrado no humano (human centered design, HCD). O manual (IDEO, 2009) foi criado para ajudar as pessoas a desenvolverem suas iniciativas de inovação social, descrevendo o processo de HCD e suas etapas, além de apresentar ferramentas, demonstradas através de exemplos, para alcançar os objetivos em cada etapa do processo de criação. O HCD organiza o processo de inovação em três grandes fases: Ouvir, Criar e Implementar. O nome do processo deriva justamente do fato de ser centrado no ser humano, utilizando este ponto de partida para tudo. Compreender e interpretar as pessoas ocorrem na fase inicial, chamada de Ouvir. Nela, são feitas pesquisas de campo, a fim de coletar histórias e inspirações. Na segunda fase do processo, Criar, a partir de tudo que foi ouvido dos usuários, são identificadas oportunidades e soluções. Na terceira e última etapa, Implementar, concentra-se na viabilidade econômica do protótipo criado na etapa anterior. Segundo os autores, o design centrado no humano pode ajudar qualquer organização a se relacionar melhor com as pessoas, por facilitar a interpretação e compreensão dos desejos mais profundos das mesmas. Desse modo, facilita a identificação de novas oportunidades e, através de seus métodos e ferramentas, colabora na implementação de ideias, como novas soluções viáveis. O processo citado alterna momentos concretos e abstratos. Na primeira etapa, 7

8 fundada na realidade, ouve-se, observa-se e busca-se identificar problemas e oportunidades, sendo, assim, concreta. Já na segunda etapa, onde ocorre a criação, surge a abstração, onde deve-se abrir o máximo possível para novas possibilidades ainda não pensadas anteriormente. Aí, portanto, a imaginação livre e abstrata é fundamental. Já a terceira fase retorna ao mundo concreto, avaliando a viabilidade e implantação das ideias inovadoras que surgiram na etapa anterior. Os dois métodos apresentados os métodos para a inovação social (MURRAY, GRICE e MULGAN, 2010) e HCD Toolkit (IDEO, 2009) foram concebidos com a finalidade de auxiliar na criação, desenvolvimento e aplicação de iniciativas de inovação social. Ambos contemplam fases de identificação de problemas e de necessidades, assim como de criação de propostas inovadoras e de aplicação e viabilização das soluções propostas. O primeiro processo apresentado é mais concentrado na aplicação e viabilização e difusão da inovação, pois somente tornando-se a mudança sistêmica, é possível concretizar a diferença na prática, para a solução do problema social em questão. Já o segundo processo apresentado, enfatiza a importância de se ouvir, interpretar e definir o problema a ser solucionado, a partir da necessidade, segundo o ponto de vista dos usuários. Os dois processos apresentados podem ser considerados processos de design. Os documentos que os apresentam foram montados e distribuídos gratuitamente, com o intuito de informar e ajudar as pessoas a desenvolverem suas ideias de inovação social de forma otimizada e eficiente. Nesses casos, é possível observar o papel do designer, não somente como criador dos processos e estratégias, mas também como comunicador destes métodos. Através da criação de documentos como esses, os designers e outros profissionais que atuam como designers, comunicam e disponibilizam seu conhecimento, que se torna um facilitador para a viabilização de processos de inovação social. 2.3 Cases com abordagem projetual Em diversas partes do mundo, são encontrados casos de inovação social sustentável. O conhecimento específico em design pode auxiliar muito na concepção, aplicação e sistematização desses sistemas inovadores. Alguns desses casos são divulgados por rede de portais eletrônicos do design for social innovation towards sustainability, ou design para a inovação social em direção à sustentabilidade, conhecidos como DESIS Network, vinculados a grupos de pesquisa localizados em diversos países. Um projeto de destaque, divulgado em um desses portais da Rede, foi desenvolvido no COPPE, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, com foco em design de serviços e direcionado para pessoas na terceira idade, situadas na cidade do Rio de Janeiro. Inicialmente, a equipe do projeto detectou um problema de mudança de paradigma no Brasil. A população de idosos no país vem crescendo e, por isso, muitos modelos de serviço público e privado precisam ser revistos. O objetivo do projeto é criar melhores maneiras de servir as pessoas de idade avançada, garantindo uma melhor qualidade de vida. Para o desenvolvimento desse projeto, foi aplicado um survey dirigido 8

9 para o público alvo e serviços voltados para este público, existentes na cidade. A partir dos dados gerados pela pesquisa de campo e através de processos criativos e demais ferramentas do design, foram concebidos e desenvolvidos serviços que permitem a maior autonomia das pessoas idosas, possibilitando que permaneçam em suas residências e comunidades locais. Outro exemplo divulgado pela DESIS Network foi desenvolvido no Japão: o projeto Nishiwaki. Esse projeto surgiu para regenerar uma área da cidade antiga. A indústria têxtil que ocupava a localidade, já não existia mais. Com o declínio da indústria local, as casas e galpões estavam ficando vazios. A revitalização de uma área central da cidade abandonada foi vista como uma necessidade. O projeto constituiu na renovação de dois edifícios. Assim, uma casa antiga foi transformada em uma loja, e um antigo pavilhão industrial, em um local para exibição de artesanatos locais. O papel do design foi o de promover novas atividades e revitalizar a indústria local através da interação entre produtores, investidores e a vizinhança local. Essas atividades foram promovidas através do resgate da cultura local. Em outro caso de inovação social divulgado, o problema a ser solucionado estava relacionado à crise na segurança da qualidade dos alimentos, devido à industrialização e urbanização muito desenvolvidas, em cidades dos Estados Unidos. Poucos alimentos produzidos por pequenos produtores chegavam às cidades grandes, que eram somente abastecidas por produtos industrializados. Essa situação prejudicava não somente os consumidores, que não tinham acesso a produtos de qualidade, como os produtores, que tinham dificuldades em distribuir seus produtos a custos competitivos. Em resposta, criouse, em Nova Iorque, a Just Food, uma organização sem fins lucrativos, ONG, que conecta as comunidades aos produtores locais. A instituiçâo criou mais de um programa para organizar a distribuição dos alimentos em rede. Um desses programas é nomeado comunidade de apoio à agricultura (Community Support Agriculture, CSA). Nesse sistema, é criado uma espécie de clube, onde os sócios contribuem mensalmente. O dinheiro é, então, usado pelos produtores, e, mais tarde, os investidores recebem os produtos orgânicos frescos. Os três casos apresentados resolvem problemas sociais específicos. Os processos utilizados para apoiar a inovação social iniciam-se com a detecção e compreensão das causas dos problemas em questão. A partir disso, buscam-se e desenvolvem-se soluções, considerando a viabilidade financeira para sua execução. Todos os casos resultm em situações de mudança sistêmica, onde a solução proposta tem viabilidade de longo termo, podendo, inclusive, ser replicada em outros contextos, uma vez adaptadas. Os referidos processos de inovação, com visto, são extremamente complexos e envolvem muitas pessoas. Portanto, uma metodologia organizada é necessária para que se consiga diagnosticar corretamente o problema e desenvolver a solução de maneira sustentável. É ai que o design pode contribuir, organizando o processo projetual e desenvolvendo sistemas que contemplem as três polaridades da sustentabilidade. 9

10 3 Conclusão É urgente que a sociedade passe por um processo de aprendizagem, resultando em uma nova forma de pensar, em novos conceitos de bem estar e de qualidade de vida, não mais baseados no consumo exacerbado. Apesar dos esforços realizados, há décadas, por várias organizações, em âmbito global, nacional e local, todavia é necessária uma maior conscientização quanto à importância da redução das desigualdades sociais a vida sustentável no planeta. A inovação social é um dos caminhos que contempla esse processo transformador. No entanto, os problemas sociais são complexos por envolverem diferentes setores e pessoas. Para se chegar em inovações sociais, é preciso de muita criatividade e da capacidade de imaginar futuros alternativos, de vislumbrar mudanças em atividades cotidianas. Organizar e viabilizar tais sistemas complexos de formas inovadoras é um caminho rumo à sustentabilidade. Atualmente, a atividade profissional dos designers vêm sendo muito discutida e repensada, abandonando o limite antigo em projetos de produtos, interfaces gráficas ou moda. Dada a sua formação, as habilidades e competências dos designers permitem-lhes enquadrar e reenquadrar problemas de forma particular, e solucioná-los através de processo específico, dentro de uma visão sistêmica. Através de metodologias de pesquisa e apoio ao processo criativo, com a integração de pessoas com diferentes conhecimentos complementares, é possível chegar a ideias não imaginadas anteriormente. Além disso, os designers estão preparados para lidar com a comunicação de estratégias e sistemas de maneira gráfica, facilitando a compreensão do público em geral. A fim de facilitar inovações sociais, o design pode atuar em diferentes áreas, tanto com foco no projeto, metodologias, métodos e técnicas, como demonstrando os mesmos para que possam ser aplicados pelo público em geral. Os designers também podem facilitar a comunicação sobre esses sistemas, utilizando-se de recursos gráficos. Também podem atuar como conectores, tendo a noção do sistema como um todo e conectando as pessoas de acordo com seus interesses e vocações ao longo do processo. É fundamental o avanço nas pesquisas em inovação social, juntamente com as pesquisas em design, evoluindo como a articulação entre os dois conceitos pode ser realizada, de modo que, juntos, possam promover a mudança social em direção à sustentabilidade ampla social, ambiental e econômica. Referências BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: A transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,

11 BECK, Ulrich. Risk society. Londres: Sage Publications, CIPOLLA, Carla; MOURA, Heloisa. Social innovation in Brazil through design strategy. Design Management Journal. [S.I], v.6, n.1, p.40-51, Disponível em: Acesso em 22 jan., DESIGN FOR SOCIAL INNOVATION TOWARDS SUSTAINABILITY, DESIS. Desis showcase. Disponível em: Acesso em 22 jan., IDEO. Human Centered Design Toolkit, 2009 Disponível em: Acesso em 22 jan., JACOBI, Pedro Roberto. Meio ambiente e sustentabilidade. Publicado no Livro: Meio Ambiente e Sustentabilidade In: CEPAM. O Município no Século XXI. São Paulo: CEPAM, 1999, pp JUSTICE FROM THE GROUND UP, JUST FOOD. Webpage. Disponível em: Acesso em 2 abr., KRIPPENDORFF, Klaus. The semantic turn: a new foundation for design. New York: Taylor&Francis, CRC Press, 2006 MANZINI, Ezio. Design para a inovação social e sustentabilidade: comunidades criativas, organizações colaborativas e novas redes projetuais. Rio de Janeiro: E-papers, MANZINI, Ezio; VEZZOLI, Carlo. O desenvolvimento de produtos sustentáveis: os requisitos ambientais dos produtos industriais. São Paulo: EDUSP, MURRAY, Robin; GRICE, Julie Caulier; MULGAN, Geoff. The open book of social innovation. Londres, THACKARA, John. Plano B: o design e as alternativas viáveis em um mundo complexo. São Paulo: Saraiva; PHILLS, James A; DEIGLMEIER, Kriss; MILLER, Dale T. Rediscovering Social Innovation - Standford Social Innovation Review - Fall

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