Unidade III. Unidade III. Objetivo

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1 Unidade III PROCESSOS DE DISTRIBUIÇÃO Objetivo Unidade III O objetivo desta unidade é mostrar-lhes como são realizadas as atividades e as formas de distribuição de uma mercadoria, desde o momento em que sai de uma central, passando pelas várias formas de tratamento da mercadoria e chegando ao cliente final. 15 PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO O processo de distribuição está associado à movimentação física de materiais, normalmente de um fornecedor para um cliente. Esse processo envolve atividades internas e externas, acompanhadas de documentos legais 4. Ele pode ser dividido em funções diretas, como recebimento e armazenagem, controle de estoques, administração de frotas e fretes, separação de produtos, cargas de veículos, transportes, devoluções de materiais, entre outras A distribuição varia de produto para produto A distribuição não parece ser algo global? O Brasil apresenta numerosos polos de produção e de consumo dispersos em sua imensidão territorial, o que gera uma gigantesca movimentação de mercadorias. O transporte rodoviário é um dos principais meios de transporte de cargas do país, representando 60% de tudo o que é movimentado. 4 Disponível em: Acesso em 22/12/

2 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO A distribuição tem recebido especial atenção nos últimos anos e é um processo de extrema importância dentro da cadeia logística de empresas privadas e públicas devido ao seu alto custo operacional e às possibilidades de redução desses custos Distribuição física A logística de distribuição, atualmente, é definida e formada por um único canal de distribuição, denominado de canal de um nível, isto é, entre quem fabrica e quem irá distribuir existe um único intermediário, nesse caso, o varejista. Ao definirmos os canais de distribuição, é necessário detalhar todo o processo logístico que definirá o mercado selecionado. Os desafios da logística são vários. Determinar que o produto adquirido pelo consumidor esteja no lugar certo, no momento em que o cliente necessita, no local ideal e com o nível de serviço desejado ao menor custo possível parece ser algo impossível ao compararmos as necessidades atuais de nossas atividades em relação às melhorias em nossos sistemas, bem como os elevados custos de transportar essa mercadoria, armazená-la e estocá-la. A logística moderna passa por um processo, o qual abandonar conceitos antes associados à cadeia de valor em que a empresa pensa no seu problema, leva-nos a pensar em atividades como a cadeia de suprimentos e sua forma de gerenciamento, no qual o foco principal passa a ser o sistema de distribuição e suas atividades como um todo. (...) a distribuição física cobre os segmentos que vão desde a saída do produto na fábrica até sua entrega final ao consumidor, algumas vezes, o produto é despachado da fábrica para o depósito de um atacadista ou o produto é transportado do fabricante para o Centro de Distribuição (CD) do varejista 5. 5 Disponível em: Acesso em 23/12/

3 Unidade III São também comuns os casos em que o fabricante abastece diretamente a loja de varejo. Na prática, podem também ocorrer outros esquemas de distribuição física, mas os mencionados são os mais comuns. A distribuição física consiste basicamente em três elementos fundamentais: recebimento, armazenagem e distribuição Recebimento de produtos Antes de iniciar o assunto sobre como são todas as atividades de recebimento, vamos aqui tratar de uma atividade chamada recebimento de mercadorias. Essa função se inicia quando o veículo está totalmente liberado para descarregamento de seu material, seja no armazém, ou até mesmo em um Centro de Distribuição (CD). A forma como o produto é transportado será a mesma forma como será descarregado. Essa mercadoria poderá ser contada ou pesada e, analisando os documentos de transporte, poderemos fazer uma análise de qualidade, vide contrato e tipo de produto. A análise de qualidade obrigatoriamente é realizada antes da descarga da mercadoria. O recebimento de mercadorias deverá obedecer a alguns critérios inicialmente associados à sua origem, não importando se o produto em questão é importado, se está sendo transferido de uma fábrica, armazém ou CD, se é de terceiros ou até mesmo devolução de produtos Armazenagem de produtos Após o processo de análise, passamos à etapa de recebimento de mercadorias, as quais deverão ser acondicionadas em locais designados e característicos. Elas também podem ser armazenadas em prateleiras, estantes, tanques, paletes ou até 72

4 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO mesmo em solo, por exemplo, produto que será despachado em períodos curtos. Com determinados produtos, ao serem acondicionados em solo, deve-se ter um cuidado especial para se evitarem umidades e/ou ações que prejudiquem sua vida útil e suas características Expedição de produtos Chegamos ao momento que todos os operadores logísticos, bem como as indústrias de transformação, desejam: expedir a mercadoria. Vejam que essa atividade corresponde exatamente ao processo de separar os itens que estão armazenados e/ou acondicionados em locais predeterminados, faremos essa movimentação para outro local com o objetivo de atender à demanda. O processo de expedição pode ser o envio do produto a um cliente, ou a terceiros, objetivando agregar valor ao produto. A atividade de expedição é realizada por meio de carregamento e pesagem do caminhão, emissão de documentos e liberação do veículo que fará o transporte dessa mercadoria. 16 PROCESSO DE RECEBIMENTO Esse processo consiste em recebimento físico do produto ou material, passando pela inspeção de qualidade para, finalmente, ser armazenado em local adequado. O recebimento de produto em um CD pressupõe procedimentos de alimentação de estoques baseados normalmente em ponto de pedido ou demanda firme, dependendo dos tipos de produção e distribuição adotados. Existem dois modelos na manufatura que influenciam diretamente a alimentação dos estoques: empurrar ou puxar o produto. Empurrar produtos O conceito de empurrar produtos está associado, quase sempre, a um ponto de pedido. Em função da demanda, o estoque 73

5 Unidade III vai sofrendo um decréscimo e quando atinge uma quantidade predefinida efetua-se o reabastecimento. O cálculo do ponto de pedido considera variáveis importantes, como tempo de transporte, tempo de produção e estoque de segurança. Puxar produtos Esse conceito está associado à demanda real. O estoque será abastecido e os produtos serão produzidos com base na necessidade ditada pelo consumo. Técnicas como Just in Time e kanban são aplicadas com o objetivo de abastecer o estoque no momento em que realmente é necessário. Recebimento de produtos Essa atividade corresponde ao recebimento de um produto proveniente de transferência de um centro produtivo, de um centro de retrabalho de produto de terceiros, de importação ou de compra no mercado interno para um CD. O recebimento de produtos exerce papel fundamental na atualização dos estoques. Análise de qualidade e checagem de quantidades Essa atividade é de extrema importância dentro da atividade de recebimento, uma vez que essa mercadoria pode ser oriunda de fornecedores externos. Naturalmente, se a mercadoria for de uma planta própria, a tratativa será outra, já que existe um departamento de qualidade dentro da empresa. Descarregar veículos A descarga do veículo, normalmente, ocorre depois de aprovados os procedimentos rotineiros, como: solicitação ou necessidades da empresa; 74

6 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO qualidade de acordo com os parâmetros solicitados; quantidade dentro dos padrões e limites de tolerância aceitável. Armazenagem dos produtos Concluídas as etapas anteriores, o produto é, então, preparado para armazenagem, processo no qual várias técnicas são aplicadas. Os produtos podem ser recebidos e diretamente disponibilizados para transporte sem a necessidade de armazenagem, ou seja, utilizar a técnica de cross-docking. Outra técnica utilizada é a flow through ou armazenagem temporária, em que os produtos vão atender a uma demanda de vários pedidos. 17 PROCESSO DE ARMAZENAGEM O processo de armazenagem ocorre quando algo é guardado para uso presente ou futuro. Corresponde a retirar o produto da zona de recebimento, que podem ser docas ou plataformas, e transferi-lo para local apropriado, mantendo-o armazenado até que seja demandado. Vamos ver algumas funções que estão relacionadas ao processo de armazenagem. Lembre-se As atividades citadas são características sugeridas, ou seja, a particularidade de cada empresa e/ ou produto vai determinar a melhor aplicação na atividade de recebimento. Lembre-se Caro aluno, agora que você já recebeu sua mercadoria, que tal armazenála? Estamos tratando de atividades sensíveis no que se refere aos produtos que serão comercializados futuramente, ou seja, a base de lucro de sua empresa. Vamos em frente! Definir local Ao receber o produto, deve-se especificar o local físico em que ele deverá ser armazenado. As empresas utilizam recursos de tecnologia aliados ao controle de estoques para definir uma melhor localização para acondicionamento dessa mercadoria. Algumas estratégias são adotadas, como o conceito de PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai). O armazenamento de mercadorias depende do produto, da empresa e até mesmo dos sistemas utilizados. Unitização O conceito de carga unitizada está associado à consolidação de vários volumes pequenos em outros maiores, de tipos e 75

7 Unidade III formatos padronizados, possibilitando que sejam movimentados mecanicamente ao longo da cadeia de abastecimento, evitando manuseio desnecessário de cargas fracionadas. Um exemplo prático de unitização é o palete. Uma situação que deve ser observada é a distância a ser percorrida com a carga. Lembre-se de que movimentação é diferente de transporte. Movimentação Corresponde à movimentação do produto recebido até o local final de armazenagem, onde será posicionado ou acomodado. Essa movimentação pode estar relacionada a itens que estejam em estado líquido, sólido ou gasoso 6. O deslocamento de um material para o seu destino final pode ser por meio de empilhadeiras, guindastes, tubulações, pontes rolantes ou ainda por carrinhos hidráulicos. Acomodação Após a movimentação do produto, ele é acomodado em seu local específico. As partes de movimentação e acomodação podem eventualmente estar fundidas em uma só. Alguns cuidados deverão ser tomados em relação ao tipo de matériaprima, ou produto final, por exemplo, acomodar produtos líquidos requer um cuidado diferente de uma carga seca. Controle de estoques Uma vez realizadas as atividades citadas, chegamos ao nosso velho e famoso controle de estoques uma atividade dentro da cadeia logística que requer habilidade, conhecimento do sistema e, principalmente, dos produtos. Os estoques são vistos como estratégia dentro de uma empresa e como tal devem ser tratados. Após todas as atividades anteriores serem encerradas, passamos então a definir o melhor local e de fácil acesso para o pessoal de separação de mercadorias. 6 Disponível em: download/23t.pdf. Acesso em 23/12/

8 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO Os estoques de produtos ao longo do processo, associados ao custo do capital dos produtos acabados que permanecem estocados no depósito da fábrica, nos CDs dos atacadistas, nos distribuidores e varejistas, nas lojas de varejo e nos veículos de transporte, passaram a ser um encargo elevado para as empresas. Isso porque a oferta de produtos se abriu num leque de opções muito grande, com variedade de tipos, capacidade, acabamento e cores nunca vistos, ocasionando um acréscimo expressivo nos níveis de estoque. A competição entre as empresas e os níveis de juros praticados no mercado financeiro, por outro lado, fizeram com que o custo do capital de giro influísse significativamente na disputa pelo mercado. Como consequência, hoje se nota uma busca constante na redução de estoques, seja na manufatura, com MRP, MRPII, ERP e JIT, seja no varejo, com ECR e Quick Response. 18 PROCESSO DE EXPEDIÇÃO Muito bem, os produtos estão armazenados, conferidos, estoques em ordem. Vamos expedi-los. Os elementos de processo que compõem a distribuição podem ser divididos em várias etapas, desde o momento da entrada do pedido até a sua saída. A expedição varia de acordo com o tipo de produto, o modo de distribuição, o tamanho da empresa e o uso de tecnologia adotada pela empresa. Vamos a seguir apresentar-lhes as atividades relacionadas à expedição de mercadorias. Recebimento de pedidos A atividade de recebimento de pedidos está ligada à administração ou departamento de vendas. Assim que o pedido está aprovado, o passo seguinte fica a critério da distribuição, departamento responsável por fazer com que a mercadoria siga ao seu destino final. 77

9 Unidade III Consolidação de pedidos É o processo de análise e agrupamento de pedidos com base nas características do produto, rotas de entrega, datas e localização dos clientes, com o objetivo de reduzir custos, melhorar o serviço, aproveitar melhor o sistema de transporte e as atividades operacionais dentro de um CD. O conceito de consolidação de cargas é bastante abrangente e vai muito além de se separar um pedido. Uma prática bastante comum está associada à indústria de bens de consumo, na qual o pedido do cliente é composto por produtos diferentes, sua consolidação pode ser efetuada de várias maneiras, por exemplo, por meio de clientes, por tipo de produtos e, principalmente, pelos custos do frete. 19 TRANSPORTE O transporte requer muita sensibilidade do responsável por despachar a mercadoria até o cliente. É uma atividade dentro da cadeia logística que visa selecionar o melhor e mais eficaz modo de transportar, seja por meio de caminhão, trem, navio ou até mesmo por avião. A formação da carga depende, principalmente, da definição dos roteiros de transporte, sua consolidação e o prazo para ser entregue, uma modalidade de transporte bem definida é parte estratégica da empresa em busca de suas reduções de custos. As variáveis como distância a ser percorrida, roteiros, capacidades e características dos produtos são fundamentais na programação de transportes. Os tipos e modalidades de transportes serão detalhados mais adiante ainda nesta unidade. Outros fatores que devem ser levados em consideração ao definir a melhor maneira de levar o produto ao cliente são os estabelecimentos de rotas de transporte e a seleção da empresa de transporte. 78

10 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO Os tópicos citados anteriormente são de fundamental importância no cenário logístico atual por tratarem-se, muitas vezes, de empresas terceirizadas e, assim, devemos ter uma atuação sempre visando à melhoria das atividades dessas empresas. Separação dos produtos A separação dos produtos consiste em uma série de atividades que vai desde a retirada dos produtos em estoque até sua colocação em local para que seja efetuado o carregamento do veículo. A separação de mercadorias necessita de pessoal especializado e que tenha um vasto conhecimento do local de trabalho, principalmente se os produtos forem armazenados em porta-paletes. Carregamento do veículo É uma etapa no processo que consiste basicamente em colocar a mercadoria no veículo que irá transportá-la. Alguns fatores devem ser considerados ao carregar a mercadoria: Característica do material a natureza do material a ser carregado influencia diretamente no tipo de transporte e na forma de carregamento; Infraestrutura para carregamento essa atividade é estratégica dentro da empresa, é responsável por selecionar os equipamentos de movimentação automáticos para agilizar o carregamento de forma eficaz. As instalações fixas fornecem os espaços destinados a abrigar as mercadorias até que sejam transferidas para as lojas ou entregues aos clientes. São também providas de facilidade para descarga dos produtos, transporte interno e carregamento dos veículos de distribuição (plataformas de carga/descarga, carrinhos, empilhadeiras, transelevadores etc.); 79

11 Unidade III Característica do veículo está associada ao tipo de material que será transportado. Algumas modalidades de transporte precisam de uma tratativa especial, principalmente ao manusear cargas em aviões, trens ou navios. Os veículos são parte da cadeia. Uma vez que os produtos são normalmente comercializados em pontos diversos dos locais de fabricação, sua distribuição implica o deslocamento espacial das mercadorias, requerendo veículos para efetuá-lo (Novaes, 2007). Na transferência de produto do fabricante até o CD do varejista ou depósito do atacadista, são geralmente empregados veículos maiores, com lotação plena. Já no abastecimento das lojas, normalmente são empregados veículos menores, pois as condições de trânsito e de manobras nas regiões urbanas não permitem o uso de caminhões de grande porte. Outro condicionamento é a necessidade de maior frequência nas entregas de produtos às lojas, o que favorece a escolha de veículos menores. Geração de documentos para transportar Consiste na emissão de documentos de transportes para atender às exigências governamentais, do cliente e da empresa responsável pelo transporte da mercadoria. A geração da documentação é atividade necessária. No entanto, as empresas devem reduzir o nível de burocracia, revendo seus processos e direcionando seus esforços em atividades que gerem valor agregado ao negócio. Entrega do produto ao cliente Entregar a mercadoria ao cliente não significa apenas levála e deixá-la no local combinado, deve-se levar em consideração aspectos como: quantidade, qualidade, prazo, preço, tipo de 80

12 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO transporte adequado à mercadoria, validade do produto, além de solicitar ao cliente a conferência dos documentos e estar disposto a rever e orientar a melhor maneira de acondicionamento dessa mercadoria. 20 INSTALAÇÃO DO PRODUTO Lembre-se O cliente não compra apenas para suprir as suas necessidades. Compra pensando em suprir as suas expectativas. Alguns produtos, além de serem transportados e entregues, são também instalados no cliente ou consumidor. Casos específicos como equipamentos de informática e produtos orientados por projetos exigem instalação no cliente. Outros produtos, como resfriados, devem ser entregues e dispostos para consumo direto, como queijos e sorvetes. Sugerir modificações e melhor disposição dos produtos no ponto de venda é uma estratégia que deve ser adotada pela empresa prestadora de serviços. 21 FATURA E RECEBIMENTO DE PAGAMENTO Uma vez que o produto seja entregue ao cliente, o departamento de contas a receber é acionado. Inicia-se o processo de cobrança com a emissão da nota fiscal e prazos determinados no ato da negociação. O ciclo de um pedido é encerrado no momento em que a fatura é liquidada. Fatores como renegociação de prazos devem ser considerados, bem como antecipação de pagamentos. A flexibilidade e a sensibilidade, quando envolvem a parte financeira, fazem parte de uma estratégia bem definida. 22 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO UMA PARA UM Muito embora possa ocorrer, na prática, um número razoável de situações diversas na distribuição física de produtos, podemos resumi-las em duas configurações básicas. O sistema de distribuição um para um é uma atividade que está associada à distribuição de produtos e funciona a partir 81

13 Unidade III do momento em que um veículo está totalmente carregado podendo ser em um depósito da fábrica ou até mesmo em um CD do varejista. Ou seja, se a lotação está completa, a carga será transportada para outro ponto de destino, podendo ser um outro CD, uma loja ou outra instalação qualquer. O carregamento do veículo é realizado de uma forma que a sua lotação deverá estar completa. A carga deve ser acomodada utilizando os espaços disponíveis do caminhão, aproveitando, assim, o máximo de sua capacidade. Lembre-se de que uma distribuição benfeita é aquela em que o caminhão sai lotado e trata-se de transferência de mercadorias. Agora, no sistema de distribuição um para muitos ou, simplesmente, distribuição compartilhada, o processo acontece exatamente no momento em que esse veículo é carregado em um CD, na maioria das vezes do varejista, e essa mercadoria será destinada a diversas lojas ou clientes. O processo de entrega será realizado por um roteiro predeterminado. 23 ELEMENTOS BÁSICOS NA DISTRIBUIÇÃO Vamos trabalhar alguns fatores que influenciam a chamada distribuição um para um. Lembre-se de que são sugestões e como tal cada empresa e a forma como utilizar é você quem irá desenvolver nas suas atividades e como caracterizar a sua utilização ou não. Vamos a eles: Primeiro, analise a distância existente entre os pontos de origem e destino para a distribuição de sua mercadoria; Qual é a velocidade ideal para movimentação de sua mercadoria estando em um caminhão de transporte; Quanto tempo será necessário para que a mercadoria esteja em solo do cliente, ou seja, qual o tempo de carga e descarga; 82

14 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO Qual o tempo necessário se a distribuição for realizada porta a porta; Determine a quantidade e o volume do carregamento e quais as medidas a serem utilizadas em função do produto. Lembrando que as medidas podem ser em toneladas, metros cúbicos, paletes, enfim, varia em função do produto; Verifique se existe a possibilidade e a disponibilidade em caso de retorno da carga; Verifique se a carga a ser transportada tem características especiais como densidade; Observe as dimensões e as características dos produtos a serem transportados; Verifique se o valor unitário da mercadoria está de acordo com o contrato e se a quantidade confere com o valor de nota fiscal; Analise e verifique a forma como a carga será transportada, atentando, especialmente, à forma de acondicionamento; Verifique se a carga tem características de fragilidade, como transportar ovos; Verifique se a carga tem características de periculosidade, por exemplo, transporte de produtos tóxicos, combustíveis etc.; Analise e verifique a compatibilidade entre os produtos a serem transportados, por exemplo, produtos de higiene com alimentos não combinam muito; Por último, verifique o custo total das atividades e formas como serão transportadas as mercadorias. O fator custo é extremamente delicado por envolver valores e lucratividade da empresa. 83

15 Unidade III A distância é um dos elementos que mais influem nessa forma de transporte, pois condiciona a seleção do tipo de veículo, o dimensionamento da frota, o custo e o frete a ser cobrado do usuário. A velocidade da operação que será medida na transferência de mercadorias deverá levar em consideração a distância entre os pontos A e B. Deverá ser descontado o tempo de parada nos terminais de carga e descarga, assim como o tempo de espera para que o cliente receba a mercadoria. O fator tempo de carga e descarga considera alguns itens, como pesagem, conferência das mercadorias, emissão de documentos para transporte da mercadoria. Essa atividade eleva os custos do transporte em função, por exemplo, de transportar para clientes em que a distância é muito curta. Uma maneira de reduzir substancialmente o tempo de carga e descarga é utilizar outras formas de acondicionamento, principalmente a unitização, que, no transporte doméstico, é feita, normalmente, com o palete. Uma carreta, por exemplo, exige em torno de três horas para ser descarregada manualmente, utilizando, para isso, quatro funcionários. A mesma carreta pode ser descarregada em 25 minutos com o auxílio de uma empilhadeira e seu operador, caso a carga esteja acondicionada em paletes. O uso extensivo de paletes, no Brasil, depende, no entanto, de alguns fatores, como adoção de padrões uniformes, acordos de troca e, principalmente, uma visão de parceria entre os integrantes da cadeia de abastecimento. O tempo porta a porta é um dos fatores mais importantes para o usuário do serviço de transporte. De nada adianta uma empresa de transporte aéreo oferecer os jatos mais velozes para transferir produtos se a mercadoria sofrer retenções e atrasos excessivos no solo. No caso do transporte marítimo de 84

16 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO cabotagem, foi o tempo de porta a porta que acabou reduzindo quase a zero o transporte de produtos manufaturados ao longo da costa brasileira. O tempo gasto nos portos, ao longo da rota, aumenta muito o tempo porta a porta, tornando essa modalidade pouco utilizável por produtos de valor unitário mais elevado. A quantidade transportada é outro fator de grande importância na distribuição física de produtos. Quando os volumes transportados são elevados, a empresa pode optar por um serviço próprio de distribuição, operando com frota própria ou terceirizada, mas planejada e operada de acordo com suas especificações. É o caso, por exemplo, do sistema de distribuição da Coca-cola, que atende um número elevado de pequenos varejos, além de grandes clientes, como os supermercados. Quando os volumes não comportam um sistema especialmente implementado para tal, a empresa se vê obrigada ao serviço de transportadores autônomos ou de empresas transportadoras, compartilhando com outros clientes o uso de veículos e terminais. Nesses casos, o controle do nível de serviço é obviamente mais difícil, visto que as transportadoras são obrigadas a atender clientes diversos, com diferentes tipos de carga e com diferentes prioridades. Saiba mais Outro aspecto importante a considerar é a variação sazonal do volume transportado. Em alguns casos, em que a demanda por determinado tipo de produto aumenta apreciavelmente em certa época do ano (no Natal, por exemplo), a oferta de transporte muitas vezes se reduz de tal forma que a empresa se vê na contingência de buscar os serviços de transportadoras menos qualificadas, com níveis de desempenho abaixo do desejado. 85

17 Unidade III A não existência de carga de retorno, que possa garantir o frete à transportadora quando o veículo volta ao ponto inicial, pode afetar o nível de serviço oferecido ao cliente. Isso porque em um ambiente de grande concorrência, o transportador autônomo, como também a empresa transportadora em alguns casos, pode negociar o frete admitindo que haja carga de retorno, de forma a cobrir parte de seus custos. Quando não consegue um frete de retorno satisfatório, o transportador pode lançar mão de expedientes tais como lotar o veículo com carga excedente, reter os lotes despachados no seu depósito para esperar carga de retorno, subcontratar o transporte com autônomos que oferecem preços mais baixos, mas operando com veículos velhos e inadequados etc. Assim, mesmo não sendo responsabilidade do embarcador, a questão da carga de retorno (sua disponibilidade ou não) pode afetar sensivelmente o nível de serviço logístico resultante. A densidade da carga afeta a escolha do tipo de veículo mais adequado ao serviço e, por consequência, tem impacto no custo de transporte. Mercadorias de baixa densidade acabam lotando o veículo por volume, e não por peso. Em alguns casos, em que a densidade média é muito baixa, é comum a escolha de carrocerias (baú) especiais, com maior volume. Por exemplo, os caminhões que transportam móveis produzidos na região de São Bento do Sul, Santa Catarina, apresentam carrocerias mais altas, que avançam por cima da cabine do motorista, visando, com isso, melhor aproveitamento volumétrico da capacidade do veículo. As dimensões e a morfologia da carga também afetam seu transporte. Há casos de mercadorias com dimensões muito diversas, como tubos e sofás longos. As formas da carga também afetam seu arranjo, o manuseio e o transporte. É o caso dos móveis citados anteriormente, que apresentam formas diversas, dificultando sua estivagem dentro do veículo e as operações de carga e descarga. 86

18 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO O valor unitário da carga pode implicar o uso de veículos especiais e a implantação de sistemas de segurança e de monitoramento adequados, muitas vezes caros. Por exemplo, o transporte de remédios e aparelhos eletrônicos, entre outros, vem sendo submetido a uma frequência constante de assaltos, obrigando as transportadoras a instalar sistemas de rastreamento de veículos e dispor de equipes de segurança permanente. Mesmo nos casos menos sensíveis, em decorrência da responsabilidade em relação à carga sob sua custódia, muitas vezes as transportadoras cobram um adicional (ad valorem) sobre o frete básico, que é uma taxa proporcional ao valor de carga. O grau de fragilidade da carga tem influência nos cuidados necessários no processo de embalagem do produto, no seu manuseio e no transporte. Um veículo de molas muito duras pode levar a perdas excessivas no transporte de ovos, por exemplo. O uso de paletes pode ficar limitado se o produto não permitir o seu empilhamento de forma a aproveitar todo o espaço do veículo, limitando assim seu uso. No caso de paletes, o grau de fragilidade da carga condiciona o número máximo de camadas empilhadas no depósito, ou CD. Assim, as formas de acondicionamento e de transporte de um determinado tipo de produto vão estar diretamente associadas ao seu grau de fragilidade. O grau de periculosidade da carga tem implicações severas na distribuição de produtos, principalmente nos países mais desenvolvidos. Por exemplo, a distribuição de gasolina na Europa exige veículos bastante sofisticados, com sistema de reaproveitamento dos vapores (para evitar que sejam lançados na atmosfera), controle de vazamento, válvulas de segurança etc. Essa preocupação com a ecologia e com a segurança acabará um dia chegando ao Brasil, ocasionada por pressões da sociedade. 87

19 Unidade III 24 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO COMPARTILHADA OU UM PARA MUITOS Nesse tipo de distribuição, o veículo é carregado no CD do varejista com mercadorias destinadas a diversas lojas ou clientes e executa um roteiro de entrega predeterminado. O veículo parte do depósito carregado e percorre uma distância d até o bolsão (ou zona) de entrega. Dentro do bolsão, o veículo realiza n visitas, atendendo diversos clientes e efetuado entregas ou coletas. Terminado o serviço, volta ao depósito, percorrendo novamente uma distância d Elementos básicos Sob o ponto de vista logístico existem vários fatores que podem influenciar a distribuição um para muitos. Vamos sinalizar alguns desses fatores: Divida a região a ser atendida por zona, que pode ser caracterizada por cliente, por volume, por importância, enfim, sempre leve em consideração o que representa atender esse cliente; Analise a distância existente entre o CD e o local de entrega da mercadoria; Leve em consideração a velocidade média da operação do transportador; Verifique qual o tempo de parada em cada cliente. Lembre-se de que uma distribuição efetiva é aquela que tem características de rapidez, mas não confunda com pressa; Pergunte-se qual o tempo do ciclo de entrega, ou seja, quanto tempo leva para o caminhão entregar a mercadoria e voltar ao ponto de partida; 88

20 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO Faça uma medição de frequência em que as visitas aos clientes ocorrem; Pergunte-se qual a quantidade de mercadoria que será entregue nas lojas ou clientes que estão no roteiro de entrega; Verifique se a carga tem característica de densidade; Analise as dimensões das unidades que serão transportadas a cada cliente; Pergunte-se qual o valor de cada item a ser transportado; Verifique como será transportada a carga, por exemplo, granel, paletizada etc. Verifique se a carga tem características de fragilidade; Verifique se a carga tem característica de periculosidade, como combustível; Analise também a sua compatibilidade: transporte de mercadorias de mesma natureza seria o ideal; Analise também todo o custo que envolve as operações. Lembre-se de que o custo tem que ser analisado globalmente, ou seja, em todas as atividades. 25 ESCOLHA DO VEÍCULO No caso da distribuição um para muitos, a escolha do tipo de veículo mais apropriado para um determinado serviço depende de vários fatores, destacando-se os seguintes: Distância do bolsão, ou zona de entrega, até o depósito, ou CD; Densidade espacial, medida em número de pontos visitados por km², no bolsão; Tempo médio de parada em cada cliente visitado; 89

21 Unidade III Quantidade média de mercadorias entregue em cada visita; Velocidade média de percurso. Por outro lado, dependendo dos fatores de condicionamento e das características do veículo, o roteiro de distribuição num determinado bolsão pode ficar limitado pela capacidade do veículo ou pelo tempo disponível dentro da jornada de trabalho. Suponhamos, para exemplificar, que a empresa aloque um veículo de maior tonelagem, para fazer um determinado roteiro. Se o veículo for totalmente carregado no CD, provavelmente voltará ao depósito, no fim do dia, com uma parte da carga. Isso porque não haverá tempo suficiente para completar as entregas. Uma alternativa seria colocar menos carga no caminhão, mas então a empresa estaria desperdiçando um equipamento caro, visto que o veículo trafegaria com excesso de capacidade para aquela tarefa. O correto seria escolher outro veículo de menor capacidade, de menor custo operacional. Outra possibilidade seria a doação de um veículo de pequena capacidade de carga, para uma rota em que as entregas são feitas com certa rapidez. O veículo sairia lotado do CD, mas tenderia a voltar muito cedo para o depósito, já que o roteiro de entrega seria completado bem antes do fim do dia. Uma possibilidade de correção seria obrigar o veículo a realizar mais de uma viagem por dia, mas essa solução nem sempre é aceitável na prática. A situação ideal é aquela que leva a um equilíbrio entre os dois fatores. Isto é, o veículo é plenamente utilizado na sua capacidade, ao mesmo tempo em que trabalha durante todas as horas úteis do dia. Nem sempre se pode chegar a essa solução 90

22 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO ideal. Mas devemos buscar uma configuração que se aproxima ao máximo dela. No fundo, o que se está buscando é a solução que, atendendo às necessidades dos clientes, apresente o menor custo possível. 26 MODALIDADES DE TRANSPORTE NA DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS 26.1 Modos de transporte e flexibilidade Em alguns países da Europa, bem como nos Estados Unidos, a flexibilidade de utilização nos modais de transporte é grande. Existem malhas rodoviárias e ferroviárias à disposição, recursos tecnológicos e uma maior participação de governos no que tange ao aspecto de apoio aos transportadores. Infelizmente, a realidade em nosso país não é essa. A situação já melhorou muito ao longo dos anos, mas as nossas ferrovias ainda não conseguem atingir os mais distantes pontos e nossos portos passam por constantes reformas. O modal de transporte rodoviário é o mais utilizado no país, porém, é um meio de transporte vulnerável e caro em alguns momentos. O nosso transporte é multimodal, ou seja, utiliza mais de uma modalidade, como o transporte rodoviário e o marítimo. A seguir vamos demonstrar como são utilizados os meios de transporte nas operações de distribuição. Lembre-se de que o nosso objetivo não é direcionar nossos estudos em função do transporte, mas sim mostrar-lhes como funciona Transporte rodoviário de carga O transporte rodoviário de carga representa, hoje, no Brasil, 60% de toda a mercadoria que é transportada em nosso país. O seu custo é considerado alto em função dos custos que envolvem um transporte de mercadorias. As rodovias têm seus custos elevados em função do alto valor 91

23 Unidade III de pedágio, bem como os custos do seguro da carga. Os produtos podem ser transportados a granel, carga solta ou carga fracionada. Cada operação da logística associada ao meio de transporte tem suas particularidades demonstradas nos exemplos a seguir: Muitas vezes a carga tem de ser retirada no local do cliente; É necessário realizar o transporte de lote completo até o CD; Ao descarregar a mercadoria, faz-se necessária a verificação da carga, bem como as suas características e a forma como se encontra, ou seja, sem avarias; A transferência dessa mercadoria deverá ser realizada de forma que o cliente receba no local acordado; Outra etapa importante é exatamente o descarregamento dessa mercadoria no cliente final, analisando todas as etapas de transporte e garantindo que a mercadoria esteja correta. Distribuição local com entrega da mercadoria ao cliente final Segundo Novaes (2007), essas etapas podem envolver mais operações. Muitas empresas de transporte de carga possuem terminais intermediários de trânsito. Por exemplo, vamos imaginar que uma carga, ao ser transportada, passe por mais de uma cidade antes de chegar ao seu local de destino. Algumas atividades são realizadas nesse processo de transferência. A troca de caminhão pode ser necessária, ou seja, é preciso fazer a triagem e a verificação dessa carga. Lembre-se de que em atividades de transporte, como a sinalizada anteriormente, o custo desse transporte é elevado em função dessas atividades. 92

24 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO Se esse meio de distribuição se mostra complexo, qual a razão de sua utilização? A resposta pode ser simples: as exigências dos próprios clientes em reduzir os estoques e fazer com que a mercadoria esteja nos pontos de venda para atender de forma eficiente o cliente. Se o embarcador contratasse um veículo completo para levar a carga para uma determinada cidade (ou cidades próximas entre si), o custo do transporte por unidade transportada ficaria muito alto. E se, por outro lado, ele esperasse para formar uma lotação completa, a frequência entre as entregas para um mesmo destino ficaria prejudicada, fazendo com que o cliente recorresse a outro fornecedor. Na transferência de produtos entre a fábrica e um CD, seja ele da própria indústria, de um atacadista/distribuidor ou de um varejista, a escolha predominante é a da lotação completa. A razão é óbvia: as quantidades transportadas são maiores, favorecendo a seleção de um veículo maior, totalmente lotado. Há três ganhos principais de custo: 1. Analisar o aspecto como tamanho do veículo, o custo por ser reduzido por unidade a ser transportada; 2. A carga pode ser mais bem distribuída dentro do caminhão, ou seja, o aproveitamento do espaço total reduz assim o custo unitário; 3. A eliminação de operações intermediárias reduz significativamente os custos de movimentação de carga; Outra característica importante em relação ao transporte rodoviário de carga está relacionada com a estrutura e o 93

25 Unidade III porte dos veículos. Atualmente, no Brasil, existe uma grande quantidade de frotas de veículos de transporte e a maioria é administrada por autônomos ou empresas prestadoras de serviço de transporte de carga. O transporte no país tem uma tendência de crescimento e desenvolvimento nesta modalidade. A forma de transporte está cada vez mais associada à forma como serão transportadas essas mercadorias, ou seja, quanto mais completo está o caminhão, maior o lucro do transportador. O crescimento das empresas produtoras e de transporte, associado ao aumento de compra do consumidor e ao crescimento expressivo do país, faz com que a área urbana aumente também o volume de carga transportada nesses locais. As empresas de transporte não são apenas especializadas em transporte de carga. Elas são verdadeiras empresas de negócios. Um transporte eficaz é aquele que sai com o caminhão completo e volta para a base completo, ou seja, transporta para outro cliente. Os desafios do transporte rodoviário de carga em nosso país são enormes. As soluções existem, mas falta aos nossos governantes olhar para essa modalidade e dar, principalmente, apoio e segurança para que nossas mercadorias possam circular com eficiência Transporte ferroviário de cargas O transporte ferroviário de cargas é uma modalidade de transporte que opera basicamente sobre trilhos, sua capacidade de carga é maior, assim como sua eficiência em termos de consumo de combustível e outros custos diretos. Contudo, os custos chamados de fixos são extremamente altos em função de suas vias terem uma manutenção permanente, 94

26 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO suas operações de carga e descarga serem em terminais exclusivos, haver necessidade de alimentação de energia quando sua via é eletrificada e faltar mão de obra especializada. Em operações de pequenas distâncias, é considerado ideal pelos operadores logísticos. Por isso, e pela falta de investimentos e interesse de empresas pelo transporte ferroviário de cargas, as empresas o consideram inviável para transportar determinadas mercadorias. Ele tem como característica o manuseio e o transporte de cargas, como produtos a granel, nesse caso, grãos, minérios, fertilizantes e combustíveis. Por falta de interesse do governo em promover essa modalidade de transporte, algumas empresas, principalmente do ramo de produtos característicos como os sinalizados, investem em vagões próprios, utilizando-a para transportar suas mercadorias, o que pelo modal rodoviário seria inviável. Outro problema característico dessa modalidade é a lentidão com que o trem faz o seu percurso. Essa é uma das grandes preocupações de empresas que utilizam o trem como forma de escoar suas mercadorias. Lembre-se de que, ao utilizar esse meio de transporte, a questão do tempo de transporte, principalmente ao transportar cargas fracionadas, de parada e descarga é elevado, o que com certeza irá prejudicar as suas atividades. A falta de vagões com características para determinados produtos é outro fator que o torna limitado. Por exemplo, como transportar matéria-prima para alimentos, como o trigo, no mesmo vagão que contém fertilizantes, uma vez que a logística nos mostra a questão estratégica quanto ao trato e o zelo com o produto? Esse é um fator que aumenta muito os custos com os fretes, bem como o custo total com o transporte. O processo de privatização das ferrovias brasileiras trouxe benefícios para essa modalidade de transporte. Percebemos 95

27 Unidade III constantes melhorias nos serviços ferroviários e alguns produtores agrícolas começam a sinalizar interesse por ela. Há uma necessidade muito grande de melhorias, principalmente especialistas que tornem as operações logísticas de trem uma realidade. O trem tem um potencial enorme, porém, ainda pouco explorado Transporte aquaviário de cargas O transporte aquaviário de cargas, como o próprio nome sinaliza, envolve basicamente todo o tipo de transporte efetuado sobre água. Existem basicamente duas denominações para essa modalidade: uma conhecida como transporte fluvial e lacustre, ou seja, transporte de mercadorias em rios; outra, conhecida como transporte marítimo de longo ou pequeno curso, é o transporte realizado sobre o mar, compreendendo o território nacional com outros países. Existem atualmente vários tipos de navios cargueiros. São influenciados pelos tipos de cargas e rota de viagem dessa mercadoria. Um navio cargueiro basicamente transporta mercadorias do tipo a granel. A carga a granel tem um custo elevado por necessitar de equipamentos de transbordo automático. Nesse caso, essa mercadoria é transportada em pequenas quantidades. Tomemos o exemplo do querosene, que pode ser transportado a granel se houver grandes lotes a despachar, mas é usualmente transportado em latas, que por sua vez vão acondicionadas em caixas ou paletes, quando são destinadas ao comércio varejista. Hoje, grande parte da carga geral, no transporte marítimo de longo curso, é deslocada em contêineres, que são caixas metálicas padronizadas de diversos tipos. Os contêineres-padrão mais comuns têm 12 pés de comprimento (cerca de 3,60 m) ou 24 pés. O termo carga geral representa qualquer produto que vai embalado ou, no caso de ir solto, que pode ser acomodado junto 96

28 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO com outras cargas. Por exemplo, produtos comestíveis enlatados são transportados geralmente em caixas, na forma paletizada ou não, e podem ser estivados (arrumados) nos porões ou cobertos no navio. Barras de aço, por outro lado, não são embaladas em recipientes, mas podem ser estivadas na embarcação junto com outros produtos. Na prática, há produtos que não podem ser estivados próximos, como produtos alimentícios juntamente com produtos químicos. Outro tipo de embarcação bastante utilizada é o navio graneleiro, voltado ao transporte de produtos sólidos a granel, como soja, milho, minério de ferro e carvão. Esse tipo de produto, em razão de suas características físicas e de valor unitário, não precisa ser acondicionado em recipientes. Tira-se vantagem dessa condição fazendo o carregamento do produto por meio da gravidade, o que agiliza e barateia as operações. Isso é feito utilizando-se dutos ou esteiras rolantes, que vão despejando a carga diretamente nos porões, sem necessidade do auxílio de guindastes. Na operação inversa, isto é, na descarga do produto, utilizamse grabs (caçambas que operam acopladas a guindastes, utilizadas para deslocar a mercadoria do navio para o caminhão) para o caso de minérios, carvão etc. e dutos sugadores para grãos. Há também os navios petroleiros, voltados a uma série de insumos e produtos a granel, como o óleo bruto e a gasolina, o álcool, o óleo diesel etc. Hoje também são comuns, no transporte marítimo, navios construídos especialmente para deslocar produtos específicos. Por exemplo, no transporte de bobinas de papel, automóveis etc., há um tipo de embarcação denominada box-shaped (com forma de caixa), em que o casco apresenta linhas mais retas, permitindo melhor estivagem da carga. É também dotada de 97

29 Unidade III rampas, dando condições para que os veículos e empilhadeiras entrem e saiam rolando. Em termos comerciais e econômicos, é muito importante distinguir dois tipos de transporte marítimo de longo curso. De um lado há o transporte conferenciado, formado pelas empresas regulares de navegação que oferecem transporte de carga geral convencional e de contêineres. O comércio marítimo realizado entre as nações tem sua origem em tempos remotos, o que fez surgir a necessidade de regras, algumas justas, outras nem tanto. Aqui cabe o bom senso e não o uso apenas do poder. O transporte marítimo tem como característica a liberdade dos mares, ou seja, qualquer navio, de qualquer nação, pode navegar tranquilamente, desde que respeitadas as regras de segurança. A princípio, navegar e transportar suas mercadorias por essa modalidade é algo tranquilo. Não existe uma regulamentação dos governos para implantar uma política de frete e regras mais rígidas para controlar essa modalidade de transporte. No caso do transporte marítimo regular (carga geral) não existe uma entidade internacional independente que regule o processo, como faz a IATA no caso do transporte aéreo. Algumas empresas de navegação realizam serviços regulares e atuam por meio de associações denominadas como conferências de fretes. Daí a expressão transporte marítimo conferenciado. O termo conferência, que vem do inglês conference, indica simplesmente uma associação com objetivos comuns. Fazem parte de uma determinada conferência de fretes as empresas de navegação que mantêm linhas de navegação atendendo uma mesma região geográfica ou rota mercante. As características básicas do serviço de transporte marítimo conferenciado são: 98

30 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, ESTRATÉGIAS E LOCALIZAÇÃO Empresas que realizam o transporte de carga conhecido como carga geral, ou seja, transporte de qualquer mercadoria com origem e destino nos portos; Os navios que têm a mesma conferência de fretes, normalmente determinam sua viagem, privilegiados por fazerem parte da conferência. Com isso, podem planejar o embarque e o desembarque de seus produtos; Normalmente, o frete dessa modalidade de transporte é tabelado, varia em função do tipo de mercadoria, o local de destino, bem como a quantidade que será transportada. Na modalidade de transporte via marítimo, o que nos chama a atenção é que os custos estão ligados diretamente ao valor da carga e menos aos custos para a realização do transporte. O embarcador, ao iniciar suas operações, será classificado e irá pagar uma taxa maior. Com o passar do tempo e com o aumento de suas atividades de importação e exportação de mercadorias, suas taxas poderão ser avaliadas, ou seja, com o tempo e a maior experiência é que começam a ser vantajosas essas operações. Para isso, o embarcador tem de preencher um formulário, em que fornece uma série de informações sobre o mercado, o valor da carga, as tonelagens previstas etc. Com essas informações, a empresa de navegação estima qual o nível máximo de taxa de frete que o usuário pode suportar sem invalidar o seu negócio. Com isso, pode-se demonstrar estatística e teoricamente que o frete, nesses casos, está fortemente correlacionado com o valor da carga. Essa é uma característica típica de serviços oligopolizados. Hoje, uma boa parte da carga geral é transportada em contêineres no longo curso, principalmente as mercadorias de maior valor agregado. Os navios de carga geral levam também contêineres. Mas existem navios que transportam exclusivamente esse tipo de caixa. São mais eficientes, principalmente porque o 99

31 Unidade III tempo despendido nos portos é bem menor. Mas sua utilização depende da existência de grandes fluxos de carga conteinerizada, destinados ou originados numa mesma rota. Mesmo sendo oligopolizado, o transporte marítimo conferenciado não deixa de ser importante para o país. De fato, grande parte de nossas importações e exportações envolvem muitas origens e muitos destinos, com quantidades de carga que não permitem o emprego de navios em lotação completa. Além disso, as frequências oferecidas por esse tipo de transporte marítimo são muito importantes para um adequado planejamento da produção. Mas há ocasiões em que a utilização de navios em lotação completa se aplica. É o caso dos navios afretados. Dependendo da carga e das quantidades envolvidas, pode ser mais vantajosa para o embarcador a utilização completa de um navio. Em alguns casos, a embarcação é de propriedade do embarcador, como ocorre com a frota da Petrobras, por exemplo. Noutros casos, lança-se mão do mercado de afretamento. Esse mercado, que se concentra numa bolsa de fretes localizada em Londres, é constituído por um grande número de armadores, que fazem a oferta de praça, e usuários, que constituem a demanda. Nos diversos cantos do globo operam os brokers, que intermedeiam as necessidades locais de praça marítima com a bolsa de afretamento em Londres. Uma vez acertadas as condições entre embarcador e armador, é estabelecido um contrato de afretamento. Os dois tipos mais comuns de contrato de afretamento são o contrato por viagem (voyage charter) e o contrato por tempo determinado (time charter). No primeiro caso, o contrato é ajustado para a realização de uma determinada viagem entre portos preestabelecidos, com a finalidade de transportar certo tipo de carga, carregando certa tonelagem. Esse tipo de contrato é muito utilizado para o transporte de granéis, sejam sólidos ou 100

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