Aspectos Institucionais e Tendências da Regulação
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- Mariana de Vieira Carrilho
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1 PRO-REG/IBI PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM REGULAÇÃO Aspectos Institucionais e Tendências da Regulação Pedro Farias Especialista Lider em Modernização do Estado Banco Interamericano de Desenvolvimento Sebastian Lopez Azumendi Consultor em Governo e Regulação Banco Mundial Washington, DC 30 de junho de 2010
2 Estrutura Temática: 1 Evolução da Regulação 2 Determinantes Institucionais 3 Experiência Internacional e Perspectivas Países OCDE Países da América Latina Brasil
3 Regulação: origem e evolução Início do século XX: combate às imperfeições do mercado (EUA). Crescimento e difusão das independent agencies (busca de estabilidade de regras). Anos 80: privatizações e deregulation. Anos 90: ênfase na qualidade e efetividade da regulação; modelo de agências independentes chega aos países emergentes; criação das primeiras agências reguladoras no Brasil.
4 Evolução: a experiência recente Séc. XXI: política regulatória como tema de governança (organizações e instrumentos para a qualidade regulatória). Crise Financeira e o Pós crise: Qual foi o papel da regulação na geração da crise? Caminhamos para uma Regulação Global?
5 A Difusão dos Reguladores : Europa e América Latina Não há distinções significativas no ritmo de difusão dos órgãos reguladores entre Europa e AL. (Faur and Jordana, University of Manchester)
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7 A Institucionalidade da Regulação Construindo o modelo institucional de cada país: onde alocar competências? Como exercêlas? Formulação versus implementação de políticas: solução de consenso ou simplificação? Quem responde às perguntas básicas: O que? Quanto? Como regular?
8 Os Diferentes Modelos Eterno Dilema: como equilibrar Autonomia, Responsabilização e Desempenho. Poder Ministerial: exercício discricionário ou controlado. Agências Autônomas: diferentes graus e formas da autonomia e prestação de contas (Congresso, Executivo, sociedade civil). Modelo Neo Zelandês: funções dispersas e Poder Judiciário como árbitro.
9 Agências Autônomas O modelo da Agência Autônoma busca construir um equilíbrio estável entre diferentes agentes, mas não é imune às disfunções e doenças institucionais. Burocracia Técnica Mercado Regulado Agentes Políticos Agências Reguladoras Agentes Econômico s
10 Desenho Institucional: doenças e remédios Doenças: ingerência política; captura econômica. insulamento burocrático; Remédios: mandatos fixos; aprovação de Diretores pelo Congresso; forte accountability; audiências públicas; processo decisório colegiado.
11 A busca do modelo ideal: indo além do mainstream Modelo Institucional é meio, e não fim. Objetivo: regulação de qualidade. Requisitos: processo decisório autônomo; transparência; accountability; desempenho. Contexto Institucional: cultura política; papel do Congresso e do Judiciário; tradição administrativa burocrática; capacidade intitucional.
12 A Experiência Internacional: Regulação em países da OCDE: Amplo consenso sobre os beneficios da regulação. O Governo ou a gestão regulatória como segunda fase de reformas. Regulacão integrada ao proceso de tomada de decisões públicas. Análises de impacto regulatório como ferramenta de elaboração regulatória. Atual ênfase na gestão regulatória e no risco regulatório.
13 Os desafios da regulação em ambiente de crise Aparentes tensões entre as políticas fiscalistas e as regulatórias. Bancos centrais autônomos mas coordenados com formuladores de política económica. Aposta do México e da Coréia na regulação depois da crise.
14 Tendências: Efeitos da crise sobre a Regulação: mais regulação financeira; smart regulation na infra estrutura; mais articulação e coordenação entre reguladores e formuladores de políticas. Demandas por regulação internacional (finanças, meio ambiente, fluxo de pessoas e mercadorias): a crise ajuda ou atrapalha? (protecionismo; custos de transiçã0).
15 Tendências (cont.) Aperfeiçoamento das ferramentas de análise regulatória (i.e. custo beneficio). Pressão por redução de encargos administrativos (exemplo: UE). Consolidação da melhora regulatória como área de política pública institucional.
16 América Latina: progressos y desafios Aceleração do processo de 1991 a Setores financeiro e de telecomunicações na vanguarda do processo. Desafio da extensão a outros setores (ex: saúde). Maiores progresos em países que acompanharam reformas de mercado (ainda que hajam casos de regulação do público). Mexico, Brasil e Peru como os grandes reformadores. Tendêcia a adaptar a regulação aos contextos nacionais.
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19 Reforma Regulatória: os desafios na América Latina. Importância das reformas setoriales na consolidação da regulação. Contextualizar a experiência internacional. Relevância de conceitualizar a regulação tanto do ponto de vista legal como político. Superar os gargalos de capacidade institucional do Estado. Extensão da regulação a outras áreas diferentes da regulação econômica (exemplo: saúde).
20 Desafios para AL (cont.) Fortalecimento da autonomia decisória. Introduzir considerações de impacto regulatório e referentes a custos da ausência de regulação. Consolidar credibilidade como maior patrimônio.
21 Considerações para o Brasil Objetivos: atração de investimentos, melhoria de serviços e desregulamentação dos emprendimentos produtivos para aumentar a competitividade. Sociedade civil: cidadãos como agentes da melhoria regulatória ( construir capital social para gerar demanda permanente ). Envolver o Congresso e o Poder Judiciário no debate. Considerar todas as dimensões da qualidade da regulação (dos insumos para as políticas setoriais até indicadores de qualidade da regulação ).
22 Brasil (cont.) Desenvolver capacidades e consolidar práticas de análise de impacto, gestão de riscos e monitoramento de mercados. Agências Reguladoras como fontes de inovação e liderança na administração pública (ex: compras e contratos de gestão). Gestão de RH deve buscar novos paradigmas (recrutamento, terceirização, capacitação). Consolidar mecanismos de coordenação entre formuladores de políticas e reguladores ( vetores de mudança são os formuladores de políticas, não os reguladores).
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24 Fontes das Reformas Ritmo das Reformas diminuiu nos anos mais recentes. Mudanças foram mais fortes nos setores de Energia e Comunicações.
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