Universidade Cruzeiro do Sul. Campus Virtual Unidade I: Unidade: Estratégias de Competição

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Transcrição:

Universidade Cruzeiro do Sul Campus Virtual Unidade I: Unidade: Estratégias de Competição 2010 0

A Intenção Estratégica consiste na alavancagem dos recursos internos, capacidades e competências essenciais de uma empresa, visando ao cumprimento de suas metas no ambiente competitivo. Por competências essenciais, podemos afirmar que se tratam dos diferenciais de mercado que uma empresa tem e a sua concorrência ainda não as têm ou imagina ser muito complexo conseguí-las em determinado momento da sua vida empresarial. A Missão Estratégica é a declaração do propósito e do alcance único da empresa em termos de produto e de mercado. Em outras palavras, a missão é a razão de ser da própria empresa. Os Stakeholders são os indivíduos e grupos capazes de afetar e de serem afetados pelos resultados estratégicos alcançados e que possuam reinvidicações aplicáveis e vigentes a respeito do desempenho da empresa. Cabe ao gestor estratégico identificar formas de isolar a organização das demandas dos Stakeholders e do controle de recursos críticos. Os Stakeholders são divididos em 3 grupos básicos, conforme segue: Mercado de Produto: Mercado de Setor Organizacional: Clientes Capitais: Empregados Fornecedores Acionistas Gerentes Comunidade Mercado Não-Gerentes Sindicatos Financeiro Pessoal Governo Opinião Pública Universidades Agentes Financeiros Terceirizado Fonte: Lima, J. L. S. Reengenharia. PUC: 1997. 22

A atitude mental globalizada consiste na capacidade que um gestor de relações com os Stakeholders tem de apreciar as crenças, valores, comportamentos e práticas comerciais individualizadas e de organizações de uma variedade de regiões de culturas. A figura 3 apresenta uma visão institucionalizada dos Stakeholders. Os Gestores da Alta Direção da organização desempenham um papel crítico nos esforços da empresa para alcançarem os resultados estratégicos desejados. O fracasso organizacional é freqüentemente atribuído aos responsáveis pela qualidade e eficácia das decisões e ações da empresa. Comunidade Govern o Acionistas Opinião Pública Clientes Universidades EMPRESA Sindicatos Fornecedores Intermediários Terceirizados Colaboradore s Fonte: Lima, 1996. Figura 3 A Visão Institucionalizada dos Stakeholders A Cultura Organizacional diz respeito ao conjunto complexo de ideologias, símbolos e valores centrais, que é compartilhado em toda a empresa e capaz de influenciar a forma pela qual ela conduz os seus negócios. Além do estabelecimento da Intenção Estratégica, da elaboração da Missão da Organização, do 23

reconhecimento da importância dos Stakeholders e da manutenção de uma Cultura Organizacional salutar, é necessário para a implementação da Estratégia de Competição efetuar a Análise Ambiental. A Análise Ambiental consiste na prática da organização rastrear as mudanças externas que podem afetar os mercados, incluindo demanda por bens e serviços e envolve o estudo dos seguintes ambientes: Ambiente Geral (Externo); Ambiente Operacional; Ambiente Interno O Ambiente Geral, também chamado de Ambiente Externo, envolve a análise do ambiente constituído pelos seguintes componentes: Componente Definição Competitivo Composto por todas as organizações que poderiam potencialmente criar valor para um determinado mercado. Econômico A economia em geral, incluindo ciclos de negócios, renda do consumidor e padrões de gastos. Natural Os recursos naturais disponíveis para a organização como um todo ou por ela afetados. Político As leis, regulamentações e pressões políticas que afetam as decisões dos Administradores. Social As pessoas de uma sociedade e seus valores, crenças e comportamentos. Tecnológico O conhecimento científico, pesquisa, invenções e inovações que resultam em bens e serviços novos ou aperfeiçoados. Fonte: Lima, J. L. S. Gestão Estratégica. PUC: 2003. 24

O Ambiente Operacional consiste na análise efetuada sobre a organização, constituído pelos seguintes Componentes: Componente Definição Cliente Composto por todos os clientes diretos e/ou indiretos (consumidores finais) que a organização possui. Concorrência Composto pela intensidade da relação da organização com os seus concorrentes existentes nos mercados local, regional, nacional e internacional. Mão-de-Obra Composto por todos os colaboradores diretos e/ou indiretos que a organização possui. Fornecedor Composto pelos fornecedores parceiros e, também, por aqueles fornecedores eventuais. Mercado Internacional Mercado externo de atuação da organização, o qual segue regras bem definidas envolvendo o marketing e a logística internacional. Fonte: Lima, J.L.S. Gestão Estratégica. PUC: 2003. O Ambiente Interno, de um ponto de vista gerencial mais específico, envolve o planejamento, a organização, a direção e o controle sobre a empresa. No Ambiente Interno, o Administrador Estratégico deve levar em conta os seguintes pontos básicos: a) Poder das Marcas que a empresa possui; b) A qualidade dos Recursos Humanos disponíveis; c) A Capacidade Tecnológica da organização; d) Os Sistemas de Informação disponíveis; e) A Flexibilidade Organizacional; f) A Estrutura Organizacional. g) Área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A Formulação Estratégica consiste no processo de determinação dos cursos de ação adequados para 25

atingir os objetivos organizacionais e, assim, concretizar a finalidade organizacional. Entre as ferramentas especiais que os gerentes podem se utilizar na Formulação da Estratégia está: Análise das Questões Fundamentais; Análise SWOT; Análise do Portfólio de Negócios; Modelo de Porter. ANÁLISE DAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS A Análise das Questões Fundamentais envolve a resposta, por parte do Administrador Estratégico, a estas quatro questões básicas: 1. Quais são as finalidades e objetivos da organização? 2. Para onde a organização está se dirigindo? 3. Em que tipo de ambiente a organização se insere atualmente? 4. O que pode ser feito para melhor alcançar os objetivos organizacionais no futuro? A resposta bem formulada às questões acima identificadas permite com que a empresa trace uma estratégica de atuação junto aos mercados pretendidos. Análise SWOT A Análise do SWOT fornece a informação que é útil para combinar os recursos e potencialidades da empresa ao ambiente em que se opera. Também é conhecida como FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). Uma varredura do ambiente interno e externo, também chamada de Análise Ambiental, é uma parte importante do processo de definição da estratégia. Os 26

fatores ambientais internos à empresa, geralmente podem ser classificados como as forças (s) ou as fraquezas (w), e aqueles externos à empresa podem ser classificados como as oportunidades (o) ou as ameaças (t). Tal análise do ambiente estratégico é classificada como a Análise do SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) ou Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. A Análise do SWOT fornece a informação que é útil para combinar os recursos e potencialidades da empresa ao ambiente em que se opera. O quadro seguinte mostra os ajustes necessários de uma Análise do SWOT em uma varredura ambiental: Componente Definição Força Fraqueza Oportunidade Ameaça Fator ou condição interna da empresa capaz de contribuir substancialmente e por longo tempo, para o bom desempenho organizacional em sua área de atuação. Fator ou condição interna da empresa capaz de dificultar substancialmente e por longo tempo, o bom desempenho organizacional em sua área de atuação. Fenômeno ou condição externa atual ou potencial, capaz de contribuir substancialmente e por longo tempo, para o bom desempenho da empresa em sua área de atuação. Fenômeno ou condição externa atual ou potencial, capaz de dificultar substancialmente e por longo tempo, para o bom desempenho da empresa em sua área de atuação. Fonte: Lima, J. L. S. Gestão Estratégica. PUC: 2003. 27

Na Análise SWOT, o Administrador Estratégico deve identificar a oportunidade que o mercado permite à empresa, na qual é representada por uma condição do ambiente geral que pode ajudar a empresa a alcançar a competitividade estratégica. Da mesma forma, deve ser identificada uma ameaça possível à empresa, representada por qualquer condição no ambiente geral que possa vir a prejudicar os esforços da empresa para alcançar a competitividade estratégica. ANÁLISE DO PORTFÓLIO DE NEGÓCIOS É uma técnica de formulação de estratégias organizacionais que se baseia na filosofia de que as organizações devem desenvolver estratégias da mesma maneira como elas lidam com a sua carteira de investimentos. Duas ferramentas de portfólio de empresa são as Matrizes de Crescimento e Participação de Mercado do BCG e as Matrizes de Multifatores da GE. A organização Boston Consulting Group (BCG), uma empresa de consultoria, desenvolveu e popularizou uma ferramenta de análise de portfólio que consiste na identificação das Unidades Estratégicas de Negócio (UEN) de uma organização. Depois que as UENs foram identificadas para uma determinada organização, o passo seguinte no uso da Matriz BCG é classificar cada UEN num dos quatro quadrantes da Matriz, definidos da seguinte forma: Estrela, Vacas Leiteiras, Crianças- Problema e Abacaxis. A Unidade Estratégica de Negócios (UEN) é uma unidade ou divisão da empresa responsável para desenvolver uma ou mais Áreas Estratégicas de Negócios (AEN). A AEN, por sua vez, é uma parte ou 28

segmento de mercado com a qual a empresa, por meio de suas UENs, se relaciona de maneira estratégica, ou seja, de forma otimizada. O Quadro a seguir, classifica os conceitos básicos da Matriz BCG, através dos seus quatro quadrantes básicos: Quadrante Estrela Vacas Leiteiras Crianças- Problema Abacaxis Definição As UENs que são as estrelas têm uma grande participação no mercado de alto crescimento e costumam precisar de grandes somas de dinheiro para apoiar o seu crescimento rápido e significativo. As UENs que são vacas leiteiras (Cash Cows) têm uma grande participação em um mercado que está crescendo ligeiramente. Naturalmente, elas fornecem à organização grandes somas em dinheiro, mas como seu mercado não está crescendo significativamente, o dinheiro geralmente é usado para atender as demandas financeiras da organização em outras áreas, como a expansão de uma UEN estrela. As UENs que são crianças-problema (Question Marks) têm uma pequena participação do mercado de alto crescimento. Recebem o apelido pontos de interrogação, porque não se sabe ao certo se a gerência deve investir mais nelas para ganhar uma participação maior no mercado ou diminuir os investimentos ou, ainda, eliminá-los. As UENs que são abacaxis (Dogs) têm uma participação relativamente pequena do mercado de baixo crescimento.. Fonte: Lima, J.L.S. Gestão Estratégica. PUC: 2003. 29

A Figura 4 a seguir, apresenta a configuração da Matriz BCG. Alta Taxa de crescim Baixa Alta Baixa Fonte: Lima, 2003. Figura 4 Matriz BCG A Matriz de Portfólio de Multifatores da empresa General Electric Company (GE) envolve o desenvolvimento de estratégias organizacionais baseadas fundamentalmente na atratividade de mercado e nas forças de negócio. A partir daí, a empresa decide no investimento ou desinvestimento do negócio. Cada um dos negócios ou UEN da organização é posto em um gráfico em uma matriz de duas dimensões: atratividade da indústria e força do negócio. Cada uma dessas duas dimensões na verdade é composta de uma variedade de fatores que cada empresa deve determinar para si, dada sua própria situação. A atratividade da indústria pode ser determinada por fatores como, por exemplo, o número de concorrentes, a taxa de crescimento do segmento e a fraqueza dos concorrentes dentro de uma indústria, enquanto as forças do negócio podem ser determinadas 30

por fatores como, por exemplo, a posição financeiramente sólida de uma empresa, sua boa posição de barganha com os fornecedores e o uso de tecnologia de alto nível. A Figura 5 apresenta a configuração da Matriz GE nos seus aspectos atratividade da indústria e força do negócio. Fonte: Certo, 2003. Figura 5 Matriz GE MODELO DE MICHAEL PORTER A ferramenta mais conhecida para formular estratégias é o Modelo desenvolvido por Michael Porter, um especialista de renome internacional em gerenciamento estratégico. Na análise do Modelo, o Administrador Estratégico deve levar em conta, a ameaça de novas empresas entrantes no mercado, o poder de barganha dos fornecedores, o poder de barganha dos compradores a intensidade da rivalidade da empresa com a sua concorrência e a possibilidade da entrada de produtos substitutos. A Figura 6 apresenta o Modelo de Michael Porter e as variáveis estratégicas a serem analisadas pelo Administrador Estratégico. 31

Ameaça de Novos Ingressantes Poder de Barganha dos Fornecedores Rivalidade entre os Concorrentes E i t t Poder de Barganha dos Compradores Ameaça de Produtos Substitutos Fonte: Lima, 2003. Figura 6 Modelo de Michael Porter CONSIDERAÇÕES FINAIS Vimos o quanto a Intenção Estratégica e a Missão da Empresa são decisivamente importantes para a estratégia de a organização alcançar seus objetivos e metas de mercado, assim como a análise dos Stakeholders e a Cultura Organizacional. Além do estabelecimento da Intenção Estratégica, da elaboração da Missão da Organização, do reconhecimento da importância dos Stakeholders e da manutenção de uma Cultura Organizacional salutar, é necessário para a implementação da Estratégia de Competição efetuar a Análise Ambiental. A Análise Ambiental consiste na prática da organização rastrear as mudanças externas que podem afetar os mercados, incluindo demanda por bens e serviços. 32

A Formulação Estratégica consiste no processo de determinação dos cursos de ação adequados para atingir os objetivos organizacionais e, assim, concretizar a finalidade organizacional. Entre as ferramentas especiais que os gerentes podem se utilizar na Formulação da Estratégia está: Análise das Questões Fundamentais; Análise SWOT; Análise do Portfólio de Negócios; Modelo de Porter. 33

Referências CHURCHILL JR, G. A. & PETER, J. P. Marketing Criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2003. CERTO, S. C. Administração Moderna. São Paulo: Pearson, 2003. DRUCKER, P. F. A Sociedade Pós-Capitalista. São Paulo: Pioneira, 1996. HITT, M. A. & Outros. Administração Estratégica. São Paulo: Thomson, 2004. KOTLER, P. Marketing. São Paulo: Atlas, 1988. KOTLER, P. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 2000. LIMA, J. S. L. Proposta Metodológica para a Implementação da Reengenharia de Processos em Empresas dos Segmentos Químico e Petroquímico Brasileiro. Dissertação de Mestrado defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 26 de agosto de 1996. LIMA, J. S. L. Tecnologia, Novas Formas de Gerenciamento e Desemprego Industrial. Tese de Doutorado defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 14 de maio de 2003. PEIXOTO, L. C. & Outros. Gestão de Vendas. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2004. SLACK, N. Vantagem Competitiva em Manufatura. São Paulo: Atlas, 1993. TURBAN, E. & Outros. Administração da Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro: Campus, 2006. WALLACE, T. F. Planejamento de Vendas e Operações S&OP. São Paulo: IMAN, 2005. 34

35 Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr. João Luiz de Souza Lima Profª Esp. Isabel Souza Lima Revisão Textual: Profª. Ms. Eliana Ribas www.cruzeirodosul.edu.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000