Ambiente externo e interno. Prof. Doutora Maria José Sousa

Documentos relacionados
Planeamento e Marketing Estratégico em Turismo

Planejamento Estratégico

ENSINO SECUNDÁRIO / PROFISSIONAL ANÁLISE SWOT

Unidade 3 Prof. Wagner Veloso

Manual de Ecodesign InEDIC

ANÁLISE SWOT. Strengths (forças) Weaknesses (fraquezas) Opportunities (oportunidades) Threats (ameaças)

Gestão Estratégica A BATALHA DE KURSK. Aula 6 Estratégia Competitiva. Prof. Dr. Marco Antonio Pereira

AULA 6 ASSUNTO: VALORES ORGANIZACIONAIS. AMBIENTE ORGANIZACIONAL ANÁLISE SWOT

Ensinando Estratégia utilizando um Estudo de Caso

Gestão Estratégica. Aula 5 Estratégia Competitiva. Prof. Dr. Marco Antonio Pereira

Universidade Veiga de Almeida. Estratégia Empresarial. Análise SWOT

O que é planejamento estratégico?

Introdução. Sucesso organizacional + Ambiente de Mudança. Adotar uma ESTRATÉGIA. Criar vantagem competitiva sustentada

Capítulo 13 - A Análise SWOT

ANÁLISE DO AMBIENTE: METODOLOGIA DE FORMULAÇÃO

Vantagem competitiva e Sistemas de Informação

ANEXO I MODELO DE PLANO DE NEGÓCIOS

As Estratégias de Competição consistem nas intenções de uma empresa, divisão ou unidade estratégica de negócios (UEN) para competir nos domínios de

04/05/2017. Aula 9 Planejamento e Estratégia. Conceitos de Estratégia. Planejar ou Administrar? Capítulo 15 Modelo de Negócios e Estratégia

Modelagem de Processos

AULA 2. Analise do ambiente. Planejamento estratégico

mprendedorismo Prof. Antonio Celso Duarte Empreendedorismo mprendedorismo Prof. Antonio Celso Duarte FATEC-SP 2011 Prof. Antonio Celso Duarte

Planejamento Estratégico

ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS MICHAEL PORTER. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E EMPRESARIAL AULA 10 Prof. João Maurício G. Boaventura

Os papéis estratégicos dos sistemas de informação

Estratégia de Negócios em TI

Gestão de Negócios (4)

Administração. Análise SWOT. Professor Rafael Ravazolo.

IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE MERCADO. Planejamento e Marketing Estratégico

ESTRATÉGIA COMPETITIVA APLICADA EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DE BELÉM: UM ESTUDO DE CASO A PARTIR DAS PERCEPÇÕES DOS PDIs

Visão: Onde a empresa quer chegar daí a um tempo. Pode ser no médio ou longo prazo, em 5 ou 10 anos. Não confundir com os objetivos específicos.

CONTINUAÇÃO DA CONSULTORIA ORGANIZACIONAL PARA O HRPA

Três Níveis de Planejamento (Estratégico)

Estudo da concorrência: Análise das 5 forças de PORTER

Curso Avançado em Gestão da Formação de Julho

PLANO SUCINTO DE NEGÓCIO

Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém

Gestão de Micro e Pequenas Empresas

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Gestão Estratégica. Estratégias Competitivas de Porter Parte 1. Prof.ª Karen Estefan Dutra

AMBIENTE COMPETITIVO

FORÇAS COMPETITIVAS DE PORTER

Resumo Aula-tema 08: O Panorama Econômico e Social e Indicadores Quantitativos e Qualitativos

Palestra Virtual Como Fazer um Planejamento Estratégico. Maicon Putti Consultor Empresarial CRA/PR 19270

Administração e Planejamento Estratégico: Uma introdução

Aula 5 Análise SWOT Professor MSc. Ariel da Silva Dias Complexo Educacional FMU

Unidade II EMPREENDEDORISMO E ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS. Profª. Claudia Leão

PCP Planejamento de Controle da Produção. Aula 04 14/3/2011. Planejamento Estratégico da Produção. Planejamento Estratégico da Produção

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO 2013

Fundamentos de Gestão

Gestão de Micro e Pequenas Empresas

Ambiente das organizações

Transformando a informação em inteligência. O sistema de IC GILDA MASSARI COELHO INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA

Aula 3- Forças Competitivas

FEA USP. EAD376 - Economia da Estratégia. Análise de Ambiente Interno e Posicionamento para a Vantagem Competitiva

Marketing no Desporto

Eco new farmers. Módulo 1 - Introdução á agricultura biológica. Sessão 7 Marketing de produtos biológicos

Podemos concluir que, em última análise, todas elas se reduzem a dois factores essenciais:

O Papel do Macroambiente

Análise do Ambiente Externo: Macroambiente e Modelo de Porter Ampliado. Prof. Moacir Miranda

VANTAGEM COMPETITIVA

Fórum de Custos. Planejamento Estratégico: Diretrizes Essenciais pa Sucesso Organizacional. Jader Pires

Aspectos Gerais do Planejamento

Conquistando Vantagem Competitiva com os Sistemas de Informação

Processo de Planejamento

Índice de mortalidade de médias e pequenas empresas. Brasil: 70% USA: 50% Pesquisa Small Business Administrator: 98% falta ou falha de planejamento.

Estratégia e Organizações. Introdução à Engenharia de Produção

Processo Organizacional

Avaliação de Empresas EAC0570

Aula Mercado para as MPE s. Prof. M.Sc. Aécio Flávio de Paula Filho

UNEMAT GESTÃO ESTRATÉGICA

LLM Marketing de serviços jurídicos

Estratégia Empresarial Análise Estratégica

Prof. Alessandra Miranda

CEA439 - Gestão da Tecnologia da Informação

AULA 5 Dia 10 de abril. PODC, Ciclo PDCA e Análise SWOT

Definição de Metas. Princípios Fundamentais

Alexandre Feustel Baehr

GUIA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIO

Índice CONCEITOS E FUNDAMENTOS. Parte I. Capítulo 1 A natureza do problema estratégico 21

ANÁLISE ESTRATÉGICA. Análise SWOT

Formulação, Implementação e Gerenciamento das Estratégias da Organização. Ana Paula Penido

Piero Garcia

Gestão Estratégica de Pessoas

João Mesquita Marketing [ANÁLISE SWOT]

ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA II

AMBIENTE E TERRITÓRIO 10 ª aula

Universidade Cruzeiro do Sul. Campus Virtual Unidade I: Unidade: Estratégias de Competição

AVAL DESEMP - INMETRO

Fundamentos de Gestão

João Mesquita Marketing [ANÁLISE SWOT]

Capítulo 9 Estratégia em Portugal

Planejamento da Produção. Prof. Dr. Edgar G. F. de Beauclair

FREDERICO GIFFONI DE C. DUTRA Métodos e instrumentos para implementação e maximização de valor compartilhado

MEIO ENVOLVENTE TRANSACCIONAL. O meio envolvente transaccional é constituído pelos elementos que interagem directamente com a indústria.

AULA 3 ADMINISTRAÇÃO

Administração Mercadológica II

Modelagem de Processos de Negócio Aula 8 Avaliação de AS-IS. Andréa Magalhães Magdaleno

PLANO DE NEGÓCIOS Faça você mesmo

Professor: Sergio Enabe. 2o. Semestre Estratégia

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES CURSO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS E CIÊNCIAS CONTÁBEIS. DISCIPLINA PLANEJAMENTO DE CARREIRAS. PROFESSOR ANGELO PERES.

Transcrição:

Ambiente externo e interno 1 Prof. Doutora Maria José Sousa

Ambiente Externo e Interno A estratégia global de uma empresa deve ponderar a interacção entre a envolvente externa (macro-ambiente e ambiente competitivo) e interna (vantagens competitivas e sua sustentabilidade). Elementos da análise estratégica: 1.Definição da missão e objetivos estratégicos da empresa: determinar os parâmetros de orientação dos esforços a exercer para atingir os objetivos pretendidos. 2.Análise externa: analisar quais as oportunidades e as ameaças que as forças do ambiente representam para a empresa e como é que a empresa pode aproveitar essas oportunidades e minimizar as ameaças; 3.Análise interna: implica a determinação das competências da empresa, que em certas circunstâncias se traduzem em pontos fortes (em comparação com os concorrentes) e a definição dos seus pontos fracos que limitam as suas hipóteses de tirar partido das oportunidades existentes no ambiente; 2

Ambiente Externo e Interno (Cont.) 4.Análise SWOT: esta análise examina como se alinham as vantagens de desvantagens internas (forças e fraquezas) com os factores externos positivos ou negativos (oportunidades e ameaças), no sentido de gerar valor; 5.Estratégia de negócio: pretende definir como ter sucesso em relação à concorrência, ao longo do tempo, através da liderança de custos (mais baixos que a concorrência), diferenciação (obtenção de produtos de valor superior ao da concorrência) e foco (selecção de um segmento limitado de clientes); 6.Implementação: colocar em ação as estratégias desenvolvidas para obter os benefícios da realização da análise estratégica. 3

Modelo das 5 forças de Porter A caracterização de uma indústria, do ponto de vista estratégico, efectua-se pela identificação e descrição dos fatores de competitividade determinantes da estrutura dessa indústria, da sua evolução e das relações que se estabelecem entre eles. Porter aponta 5 factores, a que chama as 5 forças competitivas : a rivalidade entre empresas concorrentes; o poder negocial dos fornecedores; o poder negocial dos clientes; a ameaça de entrada de novos concorrentes; e a ameaça do aparecimento de produtos ou serviços substitutos. 4

5 Modelo de 5 forças de Porter

Análise Swot Esta análise foi desenvolvida por Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois professores da Harvard Business School. O termo SWOT resulta da conjugação das iniciais das palavras Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). A análise SWOT corresponde à identificação por parte de uma organização e de forma integrada dos principais aspetos que caracterizam a sua posição estratégica num determinado momento, tanto a nível interno como externo. 6

Análise Swot A análise externa no âmbito da análise SWOT, tem como objetivo a identificação das principais oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) que num determinado momento se colocam perante a organização. A avaliação do ambiente externo divide-se em duas partes: Ambiente geral ou Macroambiente: nível exterior que afecta todas as indústrias, embora de modo diferenciado; Ambiente da indústria ou Competitivo: que diz respeito a todos os intervenientes próximos e é tratado na análise de Porter. As mudanças que estão totalmente fora do controle da organização podem afetar (positiva ou negativamente) o seu desempenho e sua forma de atuação. 7

Análise Swot Em termos de análise interna, a análise SWOT propõe a identificação dos principais pontos fortes (Strengths) e pontos fracos (Weaknesses) caracterizadores da organização num determinado momento. A identificação das suas forças e fraquezas dá à organização elementos importantes no que se refere à sua orientação estratégica, que tenderá naturalmente a tirar o maior partido possível das forças e a minorar ao máximo as fraquezas. 8

Análise Swot Matriz de Análise SWOT 9

Estratégias Genéricas Estratégias Genéricas designa os tipos de estratégias que uma empresa pode seguir de forma a obter vantagens competitivas sobre os seus concorrentes. Existem três tipos de estratégicas genéricas que uma empresa pode seguir: Liderança nos custos: Segundo esta estratégia a organização procura ser o produtor com menores custos em todo o setor. O seu âmbito de atuação é alargado, procurando chegar a diversos segmentos em simultâneo, geralmente com um produto standard e sem grande aposta nos serviços não essenciais como a embalagem, o design, a publicidade, etc. As fontes de vantagens de custo, embora variáveis de setor para setor, são, geralmente, as economias de escala e de experiência, o aproveitamento de sinergias comerciais ou tecnológicas, a tecnologia patenteada, a localização e facilidade de acesso aos fatores produtivos e aos mercados dos clientes, entre outros. 10

Estratégias Genéricas (Cont.) Diferenciação: Optando pela estratégia da diferenciação, a organização deve procurar ser única no seu setor no que respeita a algumas áreas do produto/serviço mais valorizadas pelos consumidores. Dependendo do setor em que a organização atua, estas áreas poderão ser as características do próprio produto, o design utilizado, os prazos de entrega, as garantias, as condições de pagamento, a imagem, a variedade e qualidade dos serviços associados, a inovação, a proximidade em relação aos clientes, entre outras. Esta estratégia permite à organização praticar um preço superior ou obter uma maior lealdade dos consumidores. 11

Estratégias Genéricas (Cont.) Enfoque: Através da estratégia de enfoque, a organização procura obter uma vantagem competitiva num segmento ou num grupo de segmentos de mercado pelos quais optou, excluindo os restantes segmentos. A estratégia de enfoque pode ser dividida em enfoque: no custo (quando a organização procura uma vantagem de custo no seu segmento alvo); e em na diferenciação (quando a organização procura a diferenciação no seu segmento alvo). A questão base desta estratégia é a seleção de segmentos específicos de mercado onde a concorrência tenha dificuldade em satisfazer eficazmente as necessidades dos consumidores. 12

Cadeia de Valor Segundo Porter a cadeia de valor, representa as atividades básicas da organização (investigação e desenvolvimento, produção, comercialização e serviço) o que facilita a identificação das fontes de vantagem competitiva. O modelo da cadeia de valor é uma forma de análise sistemática de todas as atividades executadas por uma empresa, e o modo como elas estão ligadas entre si ou às atividades de outras empresas. A empresa é dividida nas suas atividades de relevância estratégica, para a compreensão dos custos e das fontes existentes ou potenciais de diferenciação. 13