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Rev Brs Agrometeorologi, v 14, n 1, p 5363, 2006 Rev Brs Agrometeorologi, v 14, n 1, p 5363, 2006 Receido pr pulicção em 22/11/05 Aprovdo em 1/04/06 53 ISSN 0104134 Relção entre tempertur mínim do r medid no rigo meteorológico e n relv no Estdo do Rio Grnde do Sul Reltionship etween meteorologicl shelter nd grss minimum temperture, in the Stte of Rio Grnde do Sul, Brzil Cmil Cossetin Ferreir 1, enise Cyis Fontn 2 e Mocir Antonio Berlto 3 Resumo: Os prejuízos cusdos pel ged n gricultur têm reforçdo importânci d tempertur mínim d superfície do solo, que está diretmente ssocid este fenômeno Entretnto, est é um vriável medid em poucs estções meteorológics Neste trlho form vlids s diferençs entre tempertur mínim do r medid no rigo meteorológico (Tr) e tempertur mínim do r n relv (Trel), e justds funções de estimtiv d Trel prtir d Tr Form utilizdos ddos diários d Tr e d Trel do período de 1980, pr oito locliddes do Estdo do Rio Grnde do Sul A prtir destes ddos foi clculd série de diferençs entre Tr e Trel pr tods s locliddes e meses do no r est nov série form clculds s esttístics ásics (médi e vriânci) e form feitos os histogrms ds distriuições de freqüêncis Após, com uso ds séries originis, form justds equções de regressão liner entre Tr e Trel Os resultdos mostrrm que s menores diferençs médis entre Tr e Trel ocorrem nos meses de verão e ns locliddes de mior ltitude, e que tempertur mínim de relv pode ser estimd com dequd precisão prtir d tempertur mínim do r lvrschve: Tempertur mínim do r, tempertur mínim de relv, regressão liner Astrct: The losses cused for the frost in griculture hve strengthened the importnce of the grss minimum temperture, which is directly ssocited with this phenomenon owever, this is vrile mesured in few meteorologicl sttions In this work the differences etween ir minimum temperture (Tr) nd grss minimum temperture (Trel) hd een evluted Functions of estimte of the grss minimum temperture from the ir minimum temperture mesured in the meteorologicl shelter hd een djusted ily Tr nd Trel dt from 1980 to ws used from eight meteorologicl sttions locted in the Rio Grnde do Sul Stte, Brzil ily Tr nd Trel difference series were clculted, for ll meteorologicl sttions, for the entire period Bsic sttistics dt were clculted (verge nd vrince), nd frequency histogrms were mde After, using the originl dt series of Tr nd Trel, the liner regression etween Tr nd Trel ws djusted The results showed smller differences etween Tr nd Trel in the summer months nd in plces with higher ltitudes The grss minimum temperture cn e estimted with dequte precision using the ir minimum temperture Key words: Air minimum temperture, grss minimum temperture, liner regression 1 Meteorologist, ccossetin@gmil com, 2 Eng Agr, rof outor, dfontn@ufrgs r 3 Eng Agr, rof outor, mocir erlto@ufrgs r

54 FERREIRA, C C, et l Relção entre tempertur mínim do r medid no rigo meteorológico e n relv no Estdo do RS Introdução No contexto gronômico, o conhecimento d tempertur do solo e do r é extremmente útil, visto que de um mneir gerl, s plnts têm exigêncis própris qunto vrições destes elementos, requerendo um fix ótim, dentro d qul o crescimento e o desenvolvimento ocorrem normlmente A tempertur mínim d superfície do solo é muito importnte por estr ssocid o fenômeno ged, que cus perds n gricultur do Estdo Entretnto, é um vriável medid em poucs estções meteorológics A tempertur do r é determind pelo fluxo de clor sensível entre superfície do solo e tmosfer urnte o di, há quecimento do r prtir d superfície, fluxo de clor sensível positivo À noite, ocorre resfrimento do r, fluxo de clor sensível negtivo O perfil típico de tempertur em noite de intenso resfrimento do r se crcteriz por forte inversão térmic, ou sej, umento de tempertur à medid que se fst d superfície N região sul do Brsil diferenç entre tempertur mínim do r no rigo (Tr) e tempertur mínim do r n relv (Trel) tem sido discutid, devido s freqüentes perds cusds pels geds em diverss culturs Est discussão é procedente, já que s temperturs no nível do solo podem diferir considervelmente dos vlores oservdos no rigo meteorológico Em noites de intens irrdição diferenç entre Tr e Trel pode chegr 5 C (BOOTSMA, 196 e 1980) As diferençs entre tempertur mínim do r no rigo e n relv dependem ds condições tmosférics, d topogrfi e ds crcterístics d superfície As miores diferençs ocorrem em noites sem neulosidde, com ventos frcos e ix umidde do r, o que possiilit um intens emissão de rdição pel superfície, fvorecendo inversão térmic BOOTSMA (196) correlcionou vários elementos meteorológicos com s diferençs entre s temperturs mínims do r no rigo e n relv, utilizndo ddos do Cndá e verificou que s vriáveis de mior significânci n regressão form neulosidde e velocidde do vento, explicndo cerc de 4% ds vrições ds diferençs Em São ulo, SENTELAS et l (1995) verificrm que 8% d vrição ds diferençs entre s temperturs mínims do r no rigo e n relv foi explicd pel velocidde do vento FIGEIROLA MAZZEO (199) desenvolverm um modelo de previsão do perfil de tempertur ns cmds mis ixs d tmosfer prtir d tempertur mínim no rigo; o coeficiente de correlção entre os ddos estimdos pelo modelo e os oservdos foi 0,9 ELLA MAGGIORA et l (199) relcionrm s temperturs mínims no rigo meteorológico ( m de ltur) com s temperturs mínims 0,05 e 0,5 metros de ltur, n loclidde de Blcrce, Argentin Esses utores otiverm coeficientes de determinção de, pr mos os csos Comprndo os vlores estimdos pelos modelos com os oservdos, os índices de concordânci (d) otidos form de e pr s lturs de 0,05 e 0,5 metros de ltur, respectivmente OLIVEIRA (199) fez um estudo pr o Estdo do Rio Grnde do Sul e concluiu que s miores freqüêncis de ocorrênci ds diferençs entre tempertur mínim do r no rigo e n relv estão entre e 4,0 C ELEIN et l (1988) verificrm que s diferençs térmics médis entre o rigo e relv, em Snt Mri (RS), vrirm de C em fevereiro 3,4 C em ril Em vist d necessidde de disponiilizr informções sore tempertur d relv, mis detlhd espcil e temporlmente no Rio Grnde do Sul, o presente trlho teve como ojetivo vlir s diferençs entre Tr e Trel ns diverss regiões climátics do Estdo, em como justr funções pr estimtiv d Trel prtir d Tr Mteril e Métodos Form utilizdos 11 nos (1980/) de ddos diários d tempertur mínim do r e d tempertur mínim do r n relv, que form otidos do termômetro de mínim (álcool etílico) instldo m d superfície (rigo meteorológico) e 0,05m do solo grmdo, respectivmente Os ddos coletdos, provenientes d Fundção Estdul de esquis Agropecuári (FEAGRO/

Rev Brs Agrometeorologi, v 14, n 1, p 5363, 2006 55 RS), form de 8 locliddes distriuíds por todo o Estdo (Tel 1 e Figur 1) A prtir do conjunto de ddos otidos ns estções meteorológics foi clculd série de diferençs entre Tr e Trel pr tods s locliddes e meses do no r est nov série form clculds s esttístics ásics (médi e vriânci) e form feitos os histogrms ds distriuições de freqüêncis, dotndo intervlos de clsse de 1 o C Após, com uso ds séries originis, form justds equções de regressão liner entre Tr e Trel trvés do método dos mínimos qudrdos, pr s locliddes individulmente e tmém pr o conjunto totl de ddos, em todos os meses do no O gru de juste ds equções foi vlido pelo coeficiente de determinção ( ) e significânci dos coeficientes de determinção foi verificd pelo teste F Tel 1 Estções meteorológics do Rio Grnde do Sul selecionds pr o estudo Loclidde Altitude (m) Ltitude Longitude Cruz Alt 42 28º38 53º36 Encruzilhd do Sul 42 º32 52º31 Mquiné 32 29º40 50º13 Rio Grnde 2 32º01 52º05 Snt Ros 360 2º51' 54º25' São Griel 124 º10 54º19 ruguin 62 29º45 5º05 Vernópolis 05 28º56 51º33 Fonte: Mp ipsométrico do Rio Grnde do Sul 1966 Elorção: FRGS/CESRM SC/ELAN 05/2004 Figur 1 Loclizção ds estções meteorológics selecionds pr o estudo, em mp hipsométrico

56 FERREIRA, C C, et l Relção entre tempertur mínim do r medid no rigo meteorológico e n relv no Estdo do RS As equções justds pr cd loclidde, ssim como pr todo Estdo, form testds usndo um novo grupo de ddos d Tr e d Trel, pr s locliddes de Encruzilhd, São Griel, ruguin, Vernópolis e Tquri Resultdos e iscussão N Tel 2 são presentds s esttístics (médi e vriânci) d diferenç entre tempertur mínim do r no rigo e n relv pr os doze meses do no As diferençs encontrds entre Tr e Trel form, gerlmente, positivs Isto é esperdo, já que, devido o fenômeno de inversão térmic que ocorre normlmente durnte noite, tempertur oservd próximo à superfície é menor do que quel m de ltur A médi nul ds diferençs vriou de C (Cruz Alt) 3,0 C (São Griel), sendo C diferenç médi considerndo tods s locliddes nlisds Estes resultdos são próximos os encontrdos por OLIVEIRA (199) que oservou diferençs médis vrindo de 3, o C, em dez locliddes do Estdo do Rio Grnde do Sul SILVA SENTELAS (2001) oservrm um diferenç médi de C em oito locliddes de Snt Ctrin e GROZKI et l (1996) otiverm diferençs médis de 3,8 C no Estdo do rná As menores diferençs médis ocorrerm, em gerl, nos meses de verão, principlmente em fevereiro, enqunto s miores diferençs estão normlmente relcionds os meses de inverno e primver ELEIN et l (1988), tmém verificrm que em Snt Mri s diferençs form mis elevds no semestre frio, o que foi triuído o número mior de dis com ocorrênci de inversão térmic nest époc, noites mis longs e umidde específic do r menor Em Rio Grnde, foi oservdo um pdrão distinto ds outrs locliddes, sendo menor diferenç médi, por exemplo, oservd em junho e mior em setemro e dezemro A vriânci, nest Tel 2 Esttístics d diferenç entre tempertur mínim do r no rigo e n relv em estções meteorológics loclizds no Estdo do Rio Grnde do Sul, período 1980 Esttístic Jn Fev Mr Ar Mi Jun Jul Ago Set Out Nov ez Ano GRO 1 GRO 2 GRO 3 Médi Vriânci Médi Vriânci Médi Vriânci Médi Vriânci Médi Vriânci Médi Vriânci Médi Vriânci Médi Vriânci 0,9 0,8 9,3 1,9 1,0 1,0 1,9 1, 0,6 9,8 2,9 3, 1,0, 0,8 8,9 5,1 1,0 Cruz Alt 3,6 Encruzilhd do Sul Vernópolis 1,0 Rio Grnde 10,1 Snt Ros 4,6 3,4 ruguin 4,1 Mquiné 6, 4, São Griel 2,9 8, 1,9,1 1, 4,9 3,6 3,8 5,9 3,1 8 4,0 4,1 3,4 8,6 3,8,0 3,0 3,1 3,5 0,9 6,8 3,4 3,1 1, 6,3 0, 8,4 4, 2,9 3,1 1, 1,0 8,0 1,9 3,4 3,0 1,

Rev Brs Agrometeorologi, v 14, n 1, p 5363, 2006 5 Figur 2 istogrms ds distriuições de freqüênci reltiv d diferenç entre Tr e Trel, pr s locliddes de Encruzilhd do Sul (Grupo 1), Rio Grnde (Grupo 2) e São Griel (Grupo 3), em julho loclidde foi muito mior que oservd ns demis m possível explicção pr isso pode estr relciond à lt umidde do r, que é um elemento meteorológico que tem influênci ns diferençs entre Tr e Trel, como foi mostrdo por BOOTSMA (196), ELEIN et l (1988) e SENTELAS et l (1996) Comprndo s diferençs médis oservds o longo do no entre s locliddes estudds, verificse que em Mquiné e São Griel s diferençs form superiores às demis locliddes Oservse, ind, um tendênci ds diferençs serem menores ns locliddes de mior ltitude como Cruz Alt, Encruzilhd do Sul e Vernópolis SILVA e SENTELAS (2001) oservrm um comportmento contrário em Snt Ctrin, sendo que s miores diferençs médis ocorrerm ns miores ltitudes, com um coeficiente de determinção de 0,42 pr regressão liner entre s diferençs de tempertur e ltitude Os resultdos, em princípio contrditórios, otidos neste trlho, possivelmente sejm conseqüênci d tenttiv de estelecer um modelo simples (somente ltitude) pr explicr um processo complexo, onde diversos outros ftores contriuem pr definição d diferenç de tempertur entre superfície e o r Os histogrms ds distriuições de freqüênci reltiv d série de diferençs entre Tr e Trel, permitem visulizr distriuição dos ddos, fornecendo, portnto, mis detlhes d série do que somente o vlor médio A nálise dos histogrms permite identificr três grupos com resposts distints, seleciondos pels semelhnçs n form ds sus distriuições de freqüênci e pel proximidde de sus médis A título de ilustrção, n Figur 1 são presentdos os histogrms pr um loclidde de cd um destes grupos pr o mês de julho, que é o mês mis crítico em termos de ixs temperturs no Estdo

58 FERREIRA, C C, et l Relção entre tempertur mínim do r medid no rigo meteorológico e n relv no Estdo do RS Figur 3 istogrms ds distriuições de freqüênci reltiv d diferenç entre Tr e Trel, pr os meses de jneiro, ril, julho e outuro pr o Estdo do Rio Grnde do Sul (1980) N primeir figur é mostrdo o histogrm pr Encruzilhd do Sul, representndo o grupo 1 Este grupo é crcterizdo pels menores diferençs médis, s quis vrirm de 1,0 C (Cruz Alt, fevereiro) C (Cruz Alt, junho) (Tel 2) e por distriuições de freqüênci semelhntes no decorrer do no É importnte slientr que s locliddes selecionds pr esse grupo, Cruz Alt, Encruzilhd do Sul e Vernópolis, têm outr crcterístic em comum, que é mior ltitude O segundo grupo, representdo por Rio Grnde (Figur 2), é composto pels locliddes de Rio Grnde, Snt Ros e ruguin Neste grupo, form oservds diferençs médis um pouco miores do que s do primeiro (Tel 2) e os seus histogrms se distinguem ds demis por presentrem um distriuição reltivmente uniforme pr quse tods s clsses O terceiro grupo seleciondo, do qul fzem prte São Griel (Figur 2) e Mquiné, se crcteriz pels miores diferençs médis (Tel 2), s quis vrirm de C em Mquiné no mês de jneiro C em São Griel no mês de junho, e pels menores ltitudes Neste grupo s miores freqüêncis de ocorrênci estão ns clsses com miores diferençs; clsse com mior freqüênci n miori dos meses é de 3 4 C Os histogrms ds distriuições de freqüênci levndo em cont tods s locliddes do Estdo (Figur 3) têm distriuição homogêne entre s clsses, sendo difícil distinguir um clsse que persist em todos os meses com mior freqüênci de ocorrênci N Tel 3 são presentdos o coeficiente ngulr, o intercepto e o coeficiente de determinção ds equções de regressão liner justds entre tempertur mínim do r no rigo e n relv, pr cd loclidde e pr seu conjunto em todos os meses do no O juste dests equções tornse interessnte e útil porque num grnde número de

Rev Brs Agrometeorologi, v 14, n 1, p 5363, 2006 59 Tel 3 Coeficientes e e coeficientes de determinção ds equções de regressão liner entre tempertur mínim do r medid no rigo e tempertur mínim do r n relv durnte o no pr cd loclidde estudd e pr o seu conjunto (1980) GRO 1 Meses Jn 0,85 5 1,08 4 1,01 3 3,4 0,60 Fev 8 0,2 5 0,9 0,49 Mr 0,04 0,1 3 2 0,63 0,50 Ar 1,08 0,82 6 1,0 0 4 0,5 Mi 6 0,85 0,63 0,65 Jun Jul Cruz Alt 5 0,49 0,85 Encruzilhd do Sul 1,03 1 1,95 1,01 1,0 Vernópolis 0 1,91 Rio Grnde 0,9 0, 0,60 0,68 Ago 0,81 9 3 3 0,0 Set 1,03 1,01 2 1,0 3 1,96 0,60 Out 0,1 0,80 1,02 6 1,0 8 0,61 Nov 0,64 0,8 0, 1,03 1,9 2 0,61 ez 0,85 0,58 9 1,02 1,91 0,5 GRO 2 GRO 3 0,86 1,01 1,0 0,80 1,08 0,46 0,21 0,1 0,62 0,4 0,8 5, 0, 0, 1 0,68 5 0,85 0,68 1,08 3,63 0,8 0,80 0,6 3,45 0,58 3 0,2 0,1 1,08 0 4 1, 0,65 1,03 3,42 4 0,6 6 4,23 1,02 4 8 0,80 0 4,36 Snt Ros 0 ruguin 2,96 Mquiné 1,0 2 São Griel 3,81 6 1,03 3,12 3,55 Rio Grnde do Sul 5 1,01 5 6 4 4 3,09 1,03 3,45 8 0,86 1,02 0 0 0,85 9 3,0 1,95 5 0,9 0,52 0,64 0 2 0,8 0,4 0,6 3 8 0,85 0,53 0, 0,85 0,0 0,39 0,60 0,64 0,8 0,0 0,6 0,38 estções meteorológics medid d tempertur mínim de relv não é feit e por meio do seu uso é possível estimál prtir d tempertur mínim do r, que é um medid otid comumente Os vlores de, inclinção d equção de regressão, em tods s locliddes, ficrm em torno de 1, mostrndo que vrições n tempertur do r m de ltur ocorrem em respost vrições n tempertur próximo superfície Já os vlores de, (intercepto) form mis vriáveis, ficndo compreendidos entre 5,0 e 6,0, sendo que n miori ds locliddes esses vlores form negtivos Os coeficientes de determinção presentrm vlores ltos e todos significtivos 95% de proilidde, o que demonstr um om juste dos ddos Os vlores de vrirm de 0,49 em Rio Grnde, no mês de fevereiro, em Vernópolis, no mês julho O mês de mrço foi o que presentou com mior freqüênci os menores coeficientes de determinção Já o mês de julho, freqüentemente, presentou os miores vlores Os coeficientes ds equções justds são muito próximos dos verificdos por ELEIN (1988), em Snt Mri, que oteve vlores de vrindo de 0,80

60 FERREIRA, C C, et l Relção entre tempertur mínim do r medid no rigo meteorológico e n relv no Estdo do RS QKR$ )YLR% G S 20 10 10 y = 53x 05 = 9 0 10 0 10 20 SGR G S 20 10 0 y = 03x + 03 = 0,4898 0 10 20 SGR Figur 4 Regressão liner entre tempertur mínim do r medid no rigo e tempertur mínim do r n relv, pr o mês de junho em Vernópolis (A) e fevereiro em Rio Grnde (B) Novmente, Rio Grnde foi à únic loclidde que se diferenciou Ness estção meteorológic houve um mior dispersão dos ddos, conseqüentemente, os vlores dos coeficientes de determinção form mis ixos, vrindo de 0,49 em fevereiro 0,0 em gosto OLIVEIRA (199), tmém oteve pior correlção entre Tr e Trel pr est loclidde N Figur 4 oservmse os gráficos de dispersão entre tempertur mínim do r no rigo e mínim do r n relv, ns locliddes que otiverm o melhor e o pior coeficiente de determinção, Vernópolis em julho () e Rio Grnde em fevereiro (0,49) sndo tods s estções estudds o coeficiente de determinção ds equções justds entre tempertur mínim do r medid no rigo e n relv vriou de 0,68 em fevereiro em julho e os vlores de e ficrm próximos dos oservdos pr cd loclidde seprdmente N Figur 5, como exemplo, são presentdos os digrms de dispersão e s equções pr os meses centris de cd estção do no (jneiro, ril, julho e outuro) O teste ds equções de estimtiv d Trel prtir d Tr usndo ddos independentes (Tel 4) mostrou coeficientes de correlção tmém ltos e significtivos Os testes form relizdos utilizndo tnto s equções especifics de cd mês qunto utilizndo s equções representtivs de cd estção e os resultdos otidos form os mesmos Nos testes com s equções pr o conjunto de tods s locliddes e com s equções pr cd loclidde tmém form encontrdos os mesmos coeficientes de correlção Em Tquri, que não prticipou d estimtiv ds equções, o teste foi feito prtir ds equções pr o conjunto de tods s locliddes correlção entre tempertur estimd e oservd foi significtiv Conclusões A mgnitude ds diferençs entre tempertur mínim do r e tempertur mínim de relv, que em médi é de 2 C, sofre influênci d époc do no As menores diferençs médis ocorrem nos meses de verão, principlmente fevereiro, enqunto s miores diferençs estão relcionds os meses de inverno e primver Os coeficientes de determinção ds equções de regressão liner entre Tr e Trel presentrm vlores ltos e significtivos 95% de proilidde Em usênci d tempertur mínim de relv, est pode ser estimd trvés ds equções de regressão liner justds neste trlho

Rev Brs Agrometeorologi, v 14, n 1, p 5363, 2006 61 QLR $ELO G S 20 10 0 y = 34x 0,2104 = 0,144 0 10 20 SGR G S 20 10 10 y = 89x 415 = 0,595 0 0 10 20 SGR OKR 2ER y = 4x 632 = 42 20 G 10 S 0 10 0 10 20 10 SGR G S 20 10 10 y = 34x 215 = 0,842 0 0 10 20 SGR Figur 5 Regressão liner entre tempertur mínim do r medid no rigo e tempertur mínim do r n relv, pr os meses de jneiro, ril, julho e outuro, pr o Estdo do Rio Grnde do Sul (1980)

62 FERREIRA, C C, et l Relção entre tempertur mínim do r medid no rigo meteorológico e n relv no Estdo do RS Tel 4 Coeficientes de correlção entre os vlores d tempertur mínim de relv estimdos e os vlores oservdos, utilizndo s equções pr cd loclidde (r) e pr o estdo inteiro (r/est) Ano Meses r r/est Encruzilhd do Sul Jneiro Mrço Aril Mio Setemro Jneiro Mrço Aril Mio São Griel Jneiro Mrço Aril Mio Setemro Outuro Novemro ezemro Jneiro Mrço Aril Mio 0, 0, Ano Meses r r/est ruguin Jneiro Outuro Novemro ezemro Jneiro Mrço Aril Mio Setemro Jneiro Vernópolis Mrço Aril Mio 0,1 Tquri 0,1 Jneiro Mrço Aril Mio Setemro Outuro Novemro ezemro Outuro Novemro ezemro

Rev Brs Agrometeorologi, v 14, n 1, p 5363, 2006 63 Referêncis Biliográfics BOOSTMA, A Estimting grss minimum tempertures from screen minimum vlues nd other climtologicl prmeters Agriculturl Meteorology, Amsterdm, v 16, p 103113, 196 BOOSTMA, A Estimting minimum temperture nd climtologicl freeze risk in hilly terrin Agriculturl Meteorology, Amsterdm, v 16, p 425443, 196 BOOSTMA, A Frost risk survey of rince Edwrd Islnd Otw, Cndá: E I eprtment of Agriculture nd Forestry, 1980 ELLA MAGGIORA, A I, IRIGEN E, GARIOL, J M et l Estimción de temperturs mínims en l loclidd de Blcrce In: RENIÓN ARGENTINA E AGROMETEOROLOGIA,, 199, Buenos Aires Acts Buenos Aires: Associcón Argentin de Agrometeorologi, 199, p 12 FIGEIROLA, I, MAZZEO, N A isminución nocturn de l tempertur l ltur de l csill meteorológic In: RENIÓN ARGENTINA E AGROMETEOROLOGIA,, 199, Buenos Aires Acts Buenos Aires: Associcón Argentin de Agrometeorologi, 199, p 3334 GROZKI, L, CARAMORI, A, BOOTSMA A et l Riscos de ocorrênci de ged no Estdo do rná Revist Brsileir de Agrometeorologi, Snt Mri, v 4, n 1, p 213220, 1996 ELEIN, A B, ESTEFANEL, V, MANFRON, A et l Análise ds temperturs mínims do r registrds em Snt Mri, RS I Estimtiv ds temperturs mínims do r 5cm do solo relvdo e solo desnudo Ciênci Rurl, Snt Mri, v 18, n 3, p 314, 1988 OLIVEIRA, T Climtologi ds temperturs mínims e proilidde de ocorrênci de ged no Estdo do Rio Grnde do Sul orto Alegre: FRGS, 199 issertção (Mestrdo em Fitotecni), rogrm de ósgrdução em Agronomi, niversidde Federl do Rio Grnde do Sul, 199 SENTELAS, C, ORTOLANI, A A, EZZOANE, J R M iferenç de tempertur entre o rigo e relv, em noites de ged, no Estdo de São ulo Brgnti, Cmpins, v 54, n 2, p 43445, 1995 SENTELAS, C, ORTOLANI, A A, EZZOANE, J R M Estimtiv d tempertur mínim de relv e d diferenç entre o rigo e relv em noites de ged no Estdo de São ulo In: Congresso Brsileiro de Meteorologi, 9, 1996, Cmpos do Jordão Anis Rio de Jneiro: Sociedde Brsileir de Meteorologi, 1996 p 228 231 SILVA, J G, SENTELAS, C iferenç de tempertur mínim do r no rigo e n relv e proilidde de su ocorrênci em eventos de ged no Estdo de Snt Ctrin Revist Brsileir de Agrometeorologi, Snt Mri v 9, p 915, 2001