NO CLIMA DE PIRACICABA. RESUMO
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- Vitória Rodrigues de Mendonça
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1 1 ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS EL NIÑO E LA NIÑA NO CLIMA DE PIRACICABA. Fio Ricrdo MARIN 1, Pulo Cesr SENTELHAS 2, Nilson Augusto VILLA NOVA 3 RESUMO Anlisndo-se vrição d tempertur médi nul, e os totis nuis de chuv, evpotrnspirção potencil, deficiênci e excedente hídrico no período compreendido entre outuro de um no e setemro do no seguinte, d série históric de 81 nos de Pircic, em nos de e, verificou-se inexistênci de pdrão de vrição desses elementosn ocorrênci dos fenômenos climáticos. A tempertur médi em nos de esteve cim d médi norml em 56% dos eventos, e ixo del em 26% dos eventos. Com relção chuv, em nos de, houve um tendênci prente de ficrem cim do índice norml, superndo médi em 6% dos eventos. Análise semelhnte foi relizd pr evpotrnspirção potencil, que teve vrição idêntic d tempertur, e tmém pr os elementos do lnço hídrico, nos quis não se oservou tendênci clr em nos de ocorrênci dos fenômenos. PALAVRAS-CHAVE: Tempertur, clim, lnço hídrico. INTRODUÇÃO Em condições normis, vriilidde do clim em um região depende principlmente d vrição ngulr do sol, que determin o porte de energi pr determind região. Assim é que, em função d vrição ngulr do sol tem-se distriuição ds estções o longo do gloo. Outros ftores, como ltitude, ltitude, continentlidde, ocenidde, tmém modulm o clim. Em condições normis, o "input" de energi solr o longo do no é o principl ftor condicionnte do clim. No entnto, ção do homem, trvés d continud injeção de gás crônico, metno, clorofluorcrono n tmosfer, pode modificr o qudro de distriuição de energi provocndo, nomlis climátics que deverão ser sentids longo przo, pelo umento d tempertur médi do gloo. 1 Eng. Agr., Aluno do curso de pós-grdução em Agrometeorologi, Deprtmento de Ciêncis Exts, ESALQ/USP, C.P. 9, CEP , Pircic, SP, e-mil: frmrin@crp.cigri.usp.r 2 Dr., Professor Doutor. Deprtmento de Ciêncis Exts, ESALQ/USP, C.P. 9, CEP , Pircic, SP, e- mil: pcsentel@crp.cigri.usp.r 3 Dr., Professor Assocido, Deprtmento de Ciêncis Exts, ESALQ/USP, C.P. 9, CEP , Pircic, SP
2 Contudo, não rro, são oservds vrições curto przo, repentinmente, pós séries de nos normis, que encontrm explicção em diverss teoris, que se originm de fenômenos de circulção tmosféric devido à modificção dos grdientes de pressão, responsáveis pel formção dos ventos que lterm sensivelmente estrutur de circulção glol sore Améric do Sul, cusndo efeitos de diversos tipos. Dentre esses fenômenos, destcm-se o e. O primeiro se crcteriz como um quecimento norml d corrente de Humolt, enqunto que o segundo pelo resfrimento dess corrente, mis intenso que o norml. Esss vrições no quecimento/resfrimento ds águs do Oceno Pcífico, determinm no hemisfério Sul mudnçs nos grdientes de pressão, fzendo com que os ventos Alíseos de Sudeste percm forç, em nos de, e se intensifiquem, em nos de. Qundo ocorrênci é de El Niño, se-se que em lgums regiões s precipitções são intenss e em outrs susidênci de r quente e seco impedem o cminhmento norml ds frentes fris, cusndo loqueios n região Sul, que sofre com chuvs intenss, e condições de lts temperturs e sec em prte d região Sudeste, no Centro-Oeste e no Norte. Em nos de, região Sul sofre com sec, enqunto que em outrs regiões s chuvs se intensificm. É ovio que em função ds condições citds e d intensidde dos fenômenos, cd região é fetd de um mneir diferente. Esss flutuções climátics podem tmém fetr decisivmente o setor gropecuário, lterndo disponiilidde de mtéris prims e limentos (Riesme, 1988). No Rio Grnde do Sul, Fontn & Berlto (1996), verificrm que vriilidde d precipitção e, consequentemente, d produtividde de milho neste estdo é influencid pelo fenômeno. Nesse mesmo Estdo, Assis et l., (1997), concluírm que, em nos de ocorrênci dos fenômenos, hvi 6% de chnce de nomlis ds chuvs, sendo que em nos de, hvi excesso em relção à médi, e em nos de Lã Niñ, deficiênci. O presente trlho uscou verificr influênci desses fenômenos no clim de Pircic, prtir dos ddos d série históric de 81 nos d ESALQ/USP, nlisndo dispersão em relção à médi ns seguintes vriáveis climátics: tempertur médi, chuv, evpotrnspirção potencil, deficiênci e excedente hídrico, em nos de ocorrênci dos fenômenos climáticos e MATERIAL E MÉTODOS Pr vlir s lterções provocds, procedeu-se um nálise de dispersão em relção o vlor médio nul dos elementos climáticos. Form utilizdos tempertur médi nul e os totis de chuv, evpotrnspirção potencil, deficiênci hídric e excedente hídrico no período compreendido entre outuro de um no e setemro do no seguinte, período esse em que os
3 fenômenos se mnifestm. Os nos de e utilizdos, são os presentdos por GALVANI & PEREIRA (1997) e que constm n Tel 1 Tel 1. s de ocorrênci dos fenômenos climáticos e, prtir de Adptdo de GALVANI & PEREIRA (1997). s de s de RESULTADOS E DISCUSSÃO Anlisndo-se vrição dos elementos meteorológicos e do lnço hídrico em nos de e, em Pircic (Figurs 1 5), verific-se que não existe um pdrão definido de vrição desses elementos, como s que se oservm n região Sul do Brsil, especilmente com relção à chuv (FONTANA & BERLATO, 1997). A tempertur médi em nos de (Figur 1), foi or cim d norml norml, em 56% dos eventos, or ixo, em 26% dos eventos, e em 18% deles igul o vlor norml, o que lev crer num tendênci de elevção ns temperturs em nos que o fenômeno ocorre, que pode, no entnto, estr relciondo outros ftores de vrição do clim. Os eventos que presentrm mior vrição d tempertur, em relção à médi, form os de e o de , respectivmente, com,9 e 1, o C cim do vlor norml, porém, médi ds temperturs dos nos com esse fenômeno, igul 21,6 o C, foi prticmente igul o vlor norml de 21,4 o C. Nos nos de (Figur 1), tendênci de vrição d tempertur é ind menos visível, hvendo 5 eventos (38%) em que s temperturs superrm o vlor norml, 4 eventos (31%) em que form inferiores esse vlor e 4 (31%) em que se igulou ele. A tempertur médi nos nos desse fenômeno foi de 21,3 o C. Com relção à chuv, oserv-se vrição semelhnte à verificd pr tempertur em nos de (Figur 2), com 1 eventos (45%) cim do vlor norml de chuv, 8 eventos (36%) ixo desse vlor, e 19% com vlores iguis à médi. Nesse período, o evento de que presentou mior vrição, em relção os vlores normis, foi o de , em que chuv chegou superr em mm o vlor norml. Em nos de (Figur 2) s chuvs tiverm prente tendênci de ficrem cim do índice norml, sendo que em mis de 6% dos eventos s chuvs superrm médi; nos eventos restntes 15% form iguis e 23% inferiores à
4 médi. O evento de foi o que proporcionou o mior desvio ds chuvs em relção à médi, d ordem de 485mm. Análise semelhnte foi relizd pr evpotrnspirção potencil (Figur 3 e ) que teve vrição idêntic à d tempertur, e tmém pr os elementos do lnço hídrico, deficiênci e excedente hídrico (Figur 4 e 5). Com relção esses dois últimos elementos, tmém não se oserv tendênci clr, hvendo grnde vriilidde nos vlores de deficiênci e excedente, em nos de, ssim como de. Ess usênci de tendênci definid de vrição n tempertur, n chuv, n ETP e nos elementos do lnço hídrico durnte ocorrênci de e, mostr que região de Pircic, ssim como todo o Plnlto Pulist, encontr-se num zon de trnsição, em que os efeitos desses fenômenos oscilm de cordo com su intensidde e vrição. Destc-se, no entnto, o fenômeno de em que foi oservdo umento excessivo ns chuvs, o que desencdeou redução ns deficiêncis e elevção nos excedente hídricos, porém, esse pdrão não se repetiu nos demis nos do fenômeno, dificultndo previsiilidde ds consequêncis pr gricultur pulist. Tempertur médi ( o C) 22,5 22, 21,5 21, 2,5 2, Tempertur médi ( o C) 22,5 22, 21,5 21, 2,5 2, Figur 1. Vrição d tempertur médi nul em nos de () e (), em Pircic, SP. A linh pontilhd refere-se o vlor médio d série históric ( ).
5 25 2 Chuv (mm) Chuv (mm) 15 5 Figur 2. Vrição d chuv nul em nos de () e (), em Pircic, SP. A linh pontilhd refere-se o vlor médio d série históric ( ) ETP (mm) ETP (mm) Figur 3. Vrição d ETP nul em nos de () e (), em Pircic, SP. A linh pontilhd refere-se o vlor médio d série históric ( ).
6 Deficiênci hídric (mm) Deficiênci hídric (mm) Figur 4. Vrição d deficiênci hídric nul em nos de () e (), em Pircic, SP. A linh pontilhd refere-se o vlor médio d série históric ( ). Excedente hídrico (mm) Excedente hídrico (mm) Figur 5. Vrição d deficiênci hídric nul em nos de () e (), em Pircic, SP. A linh pontilhd refere-se o vlor médio d série históric ( ).
7 CONCLUSÕES Anlisndo-se vrição dos elementos meteorológicos e do lnço hídrico, verificouse que não existe um pdrão definido de vrição desses elementos. A tempertur médi em nos de esteve cim d médi norml em 56% dos eventos, e ixo del em 26% dos eventos. Com relção chuv, em nos de, houve um tendênci prente de ficrem cim do índice norml, superndo médi em 6% dos eventos. Análise semelhnte foi relizd pr evpotrnspirção potencil, que teve vrição idêntic d tempertur, e tmém pr os elementos do lnço hídrico, nos quis não se oservou tendênci definid. BIBLIOGRAFIA ASSIS, F.N.; MARTINS, S.R.; MENDEZ, M.E.G. mlis pluviométrics ssocids ocorrênci de e de no Rio Grnde do Sul. In: Congresso Brsileiro de Agrometeorologi, 1, Pircic, Anis. Pircic: ESALQ/SBA, p FONTANA, D.C.; BERLATO, M.A. Influênci do oscilção sul sore precipitção pluvil no estdo do Rio Grnde do Sul. Revist Brsileir de Agrometeorologi, v.5, n.1, p , GALVANI, E.; PEREIRA, A.R. - oscilção sul (ENOS), quntificção e clssificção d intensidde do fenômeno. In: Congresso Brsileiro de Agrometeorologi, 1, Pircic, Anis. Pircic: ESALQ/SBA, p RIEBSAME, W.E. Assessing the socil implictions of climte fluctutions: guide to climte impct studies. Boulder: University of Colordo, 1988, 82 p.
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