Perspectivas 2014 Brasil e Mundo



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Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Transcrição:

1 Perspectivas 2014 Brasil e Mundo

2 Agenda EUA: Fim dos estímulos em 2013? China: Hard landing? Zona do Euro: Crescimento econômico? Brasil: Deixamos de ser rumo de investimentos?

EUA Manutenção de estímulos e problema fiscal 8,3 Taxa de Desemprego (%) 7,3 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 Gatilho do QE3 é taxa de desemprego em 6,5% Fonte: United States Department of labor - Bureau of Labor Statistics

4 Histórico embate entre Democratas e Republicanos entrava a tomada de decisões Problema do teto do endividamento adiado para Fevereiro de 2014

5 86,0 Confiança do Consumidor (nº índice 1985=100) 76,0 71,2 66,0 56,0 46,0 36,0 26,0 16,0 6,0 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 Fonte: The Conference Board EUA deve engrenar recuperação por conta da solidez financeira do setor privado e melhorias das condições de consumo das famílias Evolução do PIB dos EUA 2,8 2,6 2,5 1,8 1,6 2,9 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* Fonte: The Conference Board Projeção: LCA Consultores

China Hard landing menos provável, mas desaceleração é certa Evolução do PIB (% a.a.) 10,4 Mesmo em desaceleração China crescerá bem acima da média mundial 9,1 8,5 9,3 7,8 7,5 6,8 7,0 Evolução da Inflação (% a.a.) 4,50 3,20 2008 2009 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* Fonte: National Bureau of Statistics of China * Projeções LCA Consultores Linha de tendência jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 Fonte: National Bureau of Statistics of China * Projeções LCA Consultores Inflação não preocupa

7 CRB Alimentos (média anual) 481,47 439,48 372,78 182,89 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: Commodity Research Bureau (CRB) / Reuters CRB Commodities metálicas (média anual) 796,49 993,74 878,47 Mesmo crescendo em menor ritmo, China ainda representará grande mercado consumidor para o Brasil nesta década 234,26 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: Commodity Research Bureau (CRB) / Reuters

Zona do Euro Manutenção de estímulos e baixo crescimento Evolução PIB 0,3 1,9 1,6-0,6-0,5 1,1 2,0 Menor juros da história do bloco (0,25% a.a.); Risco de ruptura do bloco cada vez mais afastado; -4,4 Crescimento para a próxima década está comprometido; 2008 2009 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* Fonte: Eurostat * Projeções LCA Consultores Pior ficou para trás.

9 Taxa de Desemprego na Zona do Euro (%) 12,2 Ainda que alguns países sejam contrários, as frágeis condições do bloco incitam medidas de estímulo 10,7 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 Fonte: Eurostat Taxa de Juros na Zona do Euro (%) Em novembro o BCE diminuiu os juros para o menor valor da história do bloco 1,5 1,25 1 1,25 1,5 1,25 1 0,75 0,5 0,25 mar/09abr/09 mai/09 abr/11 jul/11 nov/11 dez/11 jul/12 mai/13 nov/13 Fonte: Eurostat

10 Expectativas macroeconômicas 2014 Recuperação dos principais parceiros comercias do Brasil EUA China Zona do Euro PIB 2,6% 6,8% 1,1% Inflação 2,4% 3,2% 1,3% Juros 3,0% 6% 0,25% Câmbio 2,30 0,38 2,88 R$/US$ R$/Iene R$/Euro

11 Cenário Internacional Pior já passou mas crescimento deve ser lento por um bom tempo 6 Crescimento do PIB mundial, em % a.a 5 4 3 2 1 0 5,2 5,3 2,7-0,4 5,2 3,9 3,2 2,9 3,6 4 4,1 4,1 4,1-1 *Projeções FMI Fonte: FMI

12 Brasil Fora do foco mas sem perda de brilho 2009......2013...

13 Consumo ou Indústria? Condicionantes internos continuam positivos, mas oferta é foco 6,5 Taxa de Desemprego VS Rendimento Médio Real 1.917,30 1.940,00 1.920,00 6,0 1.900,00 5,5 1.880,00 1.860,00 5,0 5,20 1.840,00 1.820,00 4,5 1.800,00 1.780,00 4,0 1.760,00 Taxa de Desemprego Rendimento Médio Real Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego

14 130,0 125,0 Índice de Confiança do Consumidor (índice Set/05=100) 125,7 Crescimento amparado no consumo das famílias deve ter menor contribuição no PIB 120,0 115,5 115,0 Índice de Confiança da Indústria (%) 110,0 112,0 0,8 105,0 Média (últimos 5 anos) Média Móvel ICC 105,8 0,7 100,0 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13-1,1-0,2-0,6-1 Fonte: FGV Desempenho da indústria tende a apresentar maior impacto na atividade econômica, vide incentivos Fonte: Ibre/FGV -4

15 Programa de concessões em infraestrutura Projetos devem se traduzir em maior dinamismo da atividade Fonte: Ministério da Fazenda valores em R$ bilhões

16 Pessimismo exagerado Mesmo com novo cenário mais complexo Brasil deve crescer 7,5 Evolução PIB (% a.a.) Investimento / PIB 21,1 21,3 21,0 20,7 5,2 19,8 20,1 19,7 19,9 19,5 19,3 2,7 2,6 2,9 3,0 18,1 0,9-0,3 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019* 2020* 2008 2009 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* Fonte: IBGE * Projeções LCA Consultores Fonte: IBGE * Projeções LCA Consultores

17 Tripé Macroeconômico Maior aceitação à inflação, câmbio nem tão flutuante e fragilidade fiscal Regime de câmbio flutuante (Faixa informal de 2,20 a 2,35) Metas de Inflação (Centro da Meta inatingível ) Responsabilidade Fiscal (Superávit primário de 2,3% do PIB?)

18 Taxa de câmbio (R$/ US$ - fim do período) 2,30 2,25 2,04 2,42 Diminuição dos estímulos nos EUA e melhoria no cenário externo tendem a manter a desvalorização do real 1,88 1,67 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* Fonte: Banco Central * Projeções LCA Consultores Real desvalorizado confere competitividade às exportações brasileiras

19 Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - %) 6,5 10,75 11,00 Taxa SELIC 5,9 5,8 5,8 5,7 10,00 10,25 10,00 5,6 7,25 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* Fonte: Banco Central * Projeções LCA Consultores 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* Fonte: Banco Central * Projeções LCA Consultores 10,8 12,6 12,7 11,6 Juro Real (Deflacionado pelo IPCA) 9,2 6,2 8,2 7,2 6,3 5,4 4,9 4,3 4,3 3,9 2,5 2,4 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015*

20 Atualmente Brasil está classificado como Grau de Investimento por todas as agências; Risco de downgrade é real. 3,4 Superávit Primário (% do PIB) 3,1 2,7 2,4 2,3 2,0 1,8 1,8 2008 2009 2010 2011 2012 2013* 2014* 2015* Fonte: Banco Central * Projeções LCA Consultores

21 Eleições para o executivo em 2014 Dilma continua com elevado nível de aprovação mesmo após protestos Aprovam Desaprovam Fonte: Ibope, Eurasia Group (Christopher Garman)

22 Eleições para o executivo em 2014 Retrato das pesquisas de intenção de voto

23 Cenário mais provável Risco de downgradeajuda a criar ajustes incrementais; Maior atenção ao setor privado em logística de infraestrutura e petróleo e gás; Ajustes serão maiores no póseleição mas não dramáticos, podendo haver mudança na equipe econômica e sinalização de melhora fiscal no médio prazo.

24 Perspectivas Macro nos próximos anos Pessimismo exagerado com relação ao Brasil 2013* 2014* 2015* PIB 2,6% 2,9% 3,0% Inflação 5,9% 5,7% 5,6% Juros 10,0% 10,25% 10,0% Câmbio 2,25 2,30 2,42 *Projeções LCA

25 Riscos Vagarosidade na aplicação de reformas econômicas; Maior deterioração da política fiscal; Fim do ciclo de estímulos nos EUA e rebaixamento de rating no Brasil; Manutenção da inflação próxima ao teto da meta; Crescimento econômico abaixo do potencial.

26...2014? Obrigado! Marco Aurélio Barbosa