1 Crise Financeira Impactos sobre o Brasil e Resposta do Governo Nelson Barbosa Novembro de 20 1
2 Impactos da Crise Financeira nas Economias Avançadas Primeiro impacto: grandes perdas patrimoniais, crise de liquidez e perda de confiança no sistema financeiro. Resposta dos Governos: redução das taxas de juros, assistência de liquidez e injeção de capital em instituições financeiras Segunda fase: redução nas vendas, desaceleração do crescimento e queda nos preços das commodities. 2 Resposta dos Governos: política macroeconômica anti-recessiva em 2009.
TAXAS INTERNACIONAIS DE JUROS (%aa) 3 5,0 4,5 TED Spread: Libor - Treasury (3 meses) 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 jan fev mar abr jul ago nov dez jan fev mar abr jul ago nov 3 Fonte: Fed e Reuters Elaboração: MF/SPE
TAXAS INTERNACIONAIS DE JUROS (%aa) 4 7,0 6,0 Fed Fund Libor (em US$) - 3 meses 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 jan fev mar abr jul ago nov dez jan fev mar abr jul ago nov 4 Fonte: Fed e Reuters Elaboração: MF/SPE
1.000 Ministério da Fazenda EVOLUÇÃO NO RISCO-PAÍS Pontos Base 5 900 800 700 600 500 400 300 200 100 EMBI+ Brasil EMBI+ total 0 jan fev mar abr jul ago nov dez jan fev mar abr jul ago nov 5 Fonte: JP Morgan Elaboração: MF/SPE
120 Ministério da Fazenda ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR DA UNIVERSIDADE DE MICHIGAN 6 110 100 90 80 70 60 50 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 6 Fonte: Universidade de Michigan Elaboração: MF/SPE
7 Principais Impactos da Crise Financeira sobre o Brasil Redução da oferta de crédito e aumento das taxas de juro: problemas de capital de giro em ores intensivos em crédito Depreciação da taxa de câmbio: mudança de patamar tem impacto temporário sobre a inflação. Aumento da incerteza sobre o desempenho macroeconômico: moderação do crescimento em 2009 7
8 Resposta do Governo Medidas de curto prazo para atenuar os problemas de liquidez dos ores s intensivos em crédito. Mercado interbancário, agricultura, exportações, construção civil, bens de consumo duráveis, bens de capital, MPMEs, e infra-estrutura. Medidas de médio prazo: política anti-cíclica para viabilizar moderação do crescimento e redução da inflação em 2009. 8
9 Medidas Adotadas Mercado Interbancário Redução do compulsório (R$ 100 bilhões) e agilização das operações de redesconto. Mercado Cambial e Exportações Leilões de dólares em moeda e mercado futuro (swaps). Swaps de moeda com ros bancos centrais (US$ 30 bilhões com o Fed). 9 Leilão de US$ direcionado para o financiamento de ACCs
10 Medidas Adotadas Financiamento da Agricultura Antecipação de desembolsos BB. Recursos adicionais de vários fundos (R$ 5 bilhões). Aumento do crédito direcionado (exigibilidade) com compulsório (R$ 5,5 bilhões). Aumento da poupança rural de 65% para 70% (R$ 2,5 bilhões). 10
11 Medidas Adotadas Financiamento da Agricultura (continuação) Permissão para financiamento indireto de produtores via compra de CPR de agroindústrias e tradings. Linha de R$ 500 milhões para produtores do Centro-Oeste. Garantia de preço mínimo para a próxima safra: aquisição de produtos (formação de estoques), subvenção aos produtores (diferença entre preços de mercado e preço mínimo) e créditos para a comercialização. 11
12 Medidas Adotadas Financiamento do Investimento e da Produção Manutenção da meta de R$ 90 bilhões do BNDES. Manutenção da TJLP em 6,25%. Fundo da Marinha Mercante (s R$ 10 bilhões). 2ª Fase do Programa Revitaliza (R$ 4 bilhões). Mais R$ 10 bi para capital de giro, préembarque de exportações e empréstimos ponte. 12
13 Medidas Adotadas Financiamento da Construção Civil Linha de Capital de Giro de R$ 3 bilhões, na Caixa Econômica Federal, com recursos da poupança habitacional. Permite utilizar até 5%, nas operações de capital de giro, do limite de 65% dos depósitos de poupança que são direcionados ao financiamento de habitação pelo SBPE. 13
14 Medidas Adotadas Setor automobilístico: R$ 4 bi do Banco do Brasil para Bancos de montadoras. Financiamento de motos Pequena e média empresa: Mais R$ 5 bi para capital de giro via Banco do Brasil. Política tributária Postergação do pagamento de impostos Aceleração da devolução de créditos. 14
15 O BRASIL está s preparado para enfrentar essa crise Equilíbrio fiscal: alto resultado primário, baixo déficit nominal e dívida pública em queda. Menor vulnerabilidade externa: câmbio flutuante, reservas internacionais e comércio diversificado. Inflação sob controle: metas de inflação realistas e compatíveis com o crescimento da economia. Potencial de crescimento: mercado interno em expansão e grandes projetos de investimento. 15
16 6 4 RESULTADO PRIMÁRIO E NOMINAL DO SETOR PÚBLICO (% do PIB) Jan Set/: 5,59% 2 3,89 4,18 4,35 3,86 3,97 4,60 16 0-2 -4-6 -4,65-2,43-2,96-3,00 PRIMÁRIO */ 12 meses encerrados em Setembro/. Fonte: BCB Elaboração: MF/SPE NOMINAL -2,26-1,32 Jan-Set/: - 0,33% 2003 2004 2005 20 20 20*
55 50 45 40 35 Ministério da Fazenda DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO 52,4 50,5 (% do PIB) 47,0 46,5 44,7 42,7 37,0 17 17 30 2002 2003 2004 2005 20 20 20* */ Previsão para Outubro/. Fonte: BCB Elaboração: MF/SPE
TAXA NOMINAL DE CÂMBIO 18 R$ / US$ 4,00 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 Taxa Ptax - média mensal Taxa de Câmbio Nominal correspondente à taxa real de cambio de /94 0,00 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 18 Fonte: BCB Elaboração: MF/SPE
19 230 210 190 170 150 130 110 90 70 50 30 nov 05 Ministério da Fazenda */Posição em 17/11/20. Fonte: BCB. RESERVAS INTERNACIONAIS (US$ bilhões) Liquidação da dívida to ao FMI Mar/ 59,8 fev Variação entre mar/ e nov/: 144,7 bilhões ago nov fev Elaboração: MF/SPE. ago nov fev ago Nov/ (*) 204,5 nov 19
CONTROLE DA INFLAÇÃO 20 Inflação acumulada nos últimos 12 meses - (IPCA) 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% Out/ 6,4% FOCUS - Expectativas de Mercado (14/11/20) dez/09 5,20% 0% dez 05 fev abr ago dez fev abr ago dez fev abr ago dez fev 09 abr 09 09 ago 09 09 dez 09 20 Fonte: BCB Elaboração: MF/SPE.
VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA var.% acumulada nos últimos 12 meses 21 16 14 12 Vendas no Comécio Varejista Ampliado * Vendas no Comércio 13,7 10 8 10,3 6 4 2 05 dez 05 mar 4,1 dez mar dez mar 21 (*) Inclui veículos, motos, partes e peças e materiais de construção. Fonte: IBGE. Elaboração: MF/SPE
22 CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO Var.% acumulada nos últimos 12 meses 10% 9% PAC 8% 6,8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 2,5% 1% 0% 04 jan 05 05 05 jan jan jan 22 Fonte: IBGE Elaboração: MF/SPE
23 23 24% 22% 20% 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE BENS DE CAPITAL 04 Fonte: IBGE jan 05 05 Var.% acumulada nos últimos 12 meses 05 jan Elaboração: MF/SPE jan PAC 5,7% jan 20,1%
24 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 INVESTIMENTOS DO GOVERNO CENTRAL conceito caixa (% do PIB) 0,31 0,47 0,48 0,65 PAC 0,75 1,00 24 0,0 */ Estimativas. Fonte: MF/STN 2003 2004 2005 20 20 20 * Elaboração: MF/SPE
Aumento da Taxa de Investimento (FBKF / PIB média móvel de 4 trimestres: valores correntes) 25 18,5% 18,0% 17,5% PAC 18,3% 17,0% 16,5% 16,5% 25 16,0% Fonte: IBGE. IV. I. II. III. IV. I. II. Elaboração: MF/SPE.
I.03 II.03 III.03 IV.03 I.04 II.04 III.04 IV.04 I.05 II.05 III.05 IV.05 I. II. III. IV. I. II. III. IV. I. II. III. Ministério da Fazenda CRESCIMENTO DO PIB (Variação trimestral em relação ao mesmo trimestre do ano anterior - %) 26 9 8 7 6,1 6 5 5,5 4 3 2 1-26 Fonte: IBGE Elaboração: MF/SPE
27 Política Anti-Cíclica: 2009 Política Monetária Redução do custo financeiro. Retomada da expansão do crédito. Política Fiscal Manutenção dos investimentos (PAC + Pré-Sal). Manutenção dos programas sociais. Contenção do crescimento do gasto de custeio. 27
CRESCIMENTO DO PIB 28 7 6 5 Cenário do PAC Crescimento do PIB 5,7 5,4 5,0 Previsão 20-10 5,0 4 4,0 4,0 3 2,7 3,2 2 PAC 1 1,1-2002 2003 2004 2005 20 20 20 2009 2010 28 Fonte: IBGE (até 20), MF/SPE (projeção 20-10). Elaboração: MF/SPE
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