Grupo Técnico de Auditoria em Saúde

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Grupo Técnico de Auditoria em Saúde"

Transcrição

1 Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 33/2009 Belo Horizonte Novembro de 2009 Tema: Quimioembolização de Tumores Hepáticos (primário ou metastático).

2 Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Autores: Lélia Maria de Almeida Carvalho Christiane Guilherme Bretas Izabel Cristina Alves Mendonça Marcos de Bastos Silvana Márcia Bruschi Kelles Bibliotecária: Instituições parceiras: Associação dos Hospitais de Minas Gerais AHMG Associação Médica de Minas Gerais AMMG Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais IPSEMG Federação Interfederativa das Unimeds do Estado de Minas Gerais Federação Nacional das Cooperativas Médicas FENCOM Contato:

3 Grupo Técnico de Auditoria em Saúde RESUMO Embolização seletiva é um procedimento minimamente invasivo feito por acesso percutâneo à árvore vascular, seguido por cateterismo seletivo e embolização do órgão-alvo. Permite tratar hemorragias de diversas causas, tumores benignos e malignos, plaquetopenia, além de facilitar intervenções cirúrgicas quando indicado. Como vantagem, possui baixo risco de complicações e recuperação mais rápida se comparado à intervenção cirúrgica. Na quimioembolização (TACE) geralmente é utilizada a associação de doxorrubicina, mitomicina e cisplatina. Na Embolização Arterial Transcateter (TAE) é utilizado contraste de etiodol sem quimioterápico seguido por administração de microesferas de partículas de polivinilalcoólicas (PVA). De maneira geral, a quimioembolização está indicada em pacientes com neoplasia, seja metastática ou Hepatocarcinoma (HCC), com grande comprometimento hepático, não candidatos à ressecção cirúrgica curativa. Para serem candidatos à quimioembolização esses pacientes necessitam estar com a cirrose compensada. Indivíduos que apresentam apenas um tumor (< 5 cm) ou pequenos tumores (até três < 3 cm) podem ser considerados para terapia ablativa percutânea isoladamente ou em combinação com a quimioembolização. A escolha sobre a melhor forma terapêutica deve estar baseada na localização, número e tamanho dos tumores e deve ser considerada caso a caso. Contra indicações absolutas: Ausência de fluxo sanguíneo hepático (trombose da veia porta); Encefalopatia; Obstrução biliar. Contra indicações relativas: Bilirrubina sérica > 2 mg/dl; Desidrogenase lática > 425 U/L; Aspartato aminotransferase > 100 U/L; Tumor envolvendo > 50% do fígado; Insuficiência cardíaca ou renal;

4 Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Ascite, recente sangramento de varizes ou trombocitopenia significativa. OBS: As Embolizações Percutâneas são procedimentos que constam no ROL da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Por existir uma regulamentação sobre a liberação dos códigos, não fizemos avaliação de eficácia e efetividade. Esta revisão teve como objetivo exclusivo estabelecer critérios de indicação para estes procedimentos. Fica a ressalva que os estudos encontrados para estabelecimento destes critérios foram, em sua maioria, trabalhos de fraca evidência científica: relatos de casos, série de casos, revisões narrativas e opinião de especialistas em forma de protocolos de utilização.

5 Grupo Técnico de Auditoria em Saúde SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Questão clínica Aspectos epidemiológicos Descrição do medicamento avaliado e alternativas terapêuticas MÉTODO Bases de dados e estratégia de busca RESULTADOS CONSIDERAÇÕES RECOMENDAÇÕES...11 REFERÊNCIAS...12 ANEXOS...13

6 5 1 INTRODUÇÃO 1.1 Questão clínica Critérios de Quimioembolização Arterial Transhepática, Embolização, e Infusão de quimioterápicos para Malignidades Hepáticas. 1.2 Aspectos Epidemiológicos e clínicos Embolização seletiva é um procedimento minimamente invasivo feito por acesso percutâneo à árvore vascular, seguido por cateterismo seletivo e embolização do órgão-alvo. Permite tratar hemorragias de diversas causas, tumores benignos e malignos, plaquetopenia, além de facilitar intervenções cirúrgicas quando indicado. Como vantagem possui baixo risco de complicações com rápida recuperação se comparado à intervenção cirúrgica. Desde o início de sua utilização no início da década de 1980, a Embolização Arterial Transcateter (TAE) e a Quimioembolização (TACE), têm aumentado como modalidade terapêutica regional no tratamento de malignidades hepáticas irressecáveis 1. O procedimento é realizado por via arterial transcutânea por técnica angiográfica. É realizada sedação e infiltração de anestésico local por via femoral (técnica de Seldinger). Após o mapeamento angiográfico, é realizada embolização seletiva da vascularização distal do tumor. Na quimioembolização (TACE) geralmente é utilizado associação de doxorrubicina, mitomicina e cisplatina emulsificados em 15 ml de etiodol, seguida imediatamente por embolização de partículas de polivinilálcool (PVA). Na Embolização Arterial Transcateter (TAE) é inicialmente injetado contraste de etiodol, sem quimioterápico, seguido por administração de microesferas de partículas de PVA 1. 2 MÉTODO 2.1 Base de dados e estratégia de busca Guideline da Society of Interventional Radiology (SIR) 2. Site da UpToDate. Biblioteca Cochrane 1 Resumo Estruturado de Revisão Sistemática e 1 Resumo Estruturado de Metanálise da Cochrane.

7 6 3 RESULTADOS Segundo o guideline da Society of Interventional Radiology (SIR) 2 cerca de 500 mil pacientes, ao redor do mundo, são diagnosticados anualmente com quadro de Carcinoma Hepatocelular (HCC). Sua incidência nos Estados Unidos tem aumentado dramaticamente. A maioria dos pacientes com HCC não são candidatos ao tratamento cirúrgico. Radioterapia e quimioterapia sistêmica não são efetivas em prolongar a sobrevida e o transplante permanece como única possibilidade de cura. O fígado é órgão alvo de metástases de vários tipos de tumores, incluindo câncer coloretal, tumores neuroendócrinos e melanoma. Menos de 20% dos pacientes com doença metastática são candidatos à ressecção cirúrgica curativa. Pacientes que não são canditados à cirurgia e portadores de doença disseminada são canditados à quimioembolização. Este guideline foi escrito para ser usado em avaliação dos programas de qualidade onde é realizada a quimioembolização. Os indicadores de medida para este procedimento são os índices de sucesso e de complicações. Quimioembolização é definida como a infusão de uma mistura de agentes quimioterápicos com ou sem Etiodol, seguida pela embolização com partículas de PVA ou gelfoam. Embolização é definida como o bloqueio de fluxo da artéria somente com partículas polivinilalcoólica ou gelfoam. Infusão quimioterápica da artéria hepática é definida como a injeção de quimioterapia com ou sem Etiodol na artéria hepática sem embolização. A avaliação pré-procedimento inclui exames laboratoriais como hemograma completo; atividade de protrombina; provas de função hepática; provas de função renal. Os critérios de exclusão propostos são: Fígado com mais de 50% de infiltração tumoral; Bilirrubina > 2mg/dl; Desidrogenase lática > 425 mg/dl; Aspartato aminotransferase > 100 IU/L. Sobre e efetividade da quimioembolização versus embolização, ensaios clínicos randomizados para tratamento de HCC comparando protocolos com ou sem

8 7 quimioterápicos são limitados. Uma metanálise não encontrou nenhum benefício da adição de quimioterápico à embolização. Não existe padrão ouro sobre a inclusão ou não de quimioterápicos à embolização entre os ensaios clínicos, assim como a identificação do agente quimioterápico ideal. Hepatocarcinoma: No hepatocarcinoma como conseqüência de cirrose, menos de 20% de pacientes portadores são candidatos à ressecção cirúrgica. Transplante hepático permanece como única possibilidade de cura para pacientes portadores de HCC e indivíduos com doença limitada (um tumor < 5 cm ou três tumores < 3 cm cada) devem ser avaliados para o transplante durante o atendimento, como parte de esforços multidisciplinares. Para serem candidatos à quimioembolização esses pacientes necessitam estar com a cirrose compensada, apresentar apenas um tumor ou vários pequenos tumores (até três), diagnosticado por método de imagem. Pacientes com pequenos tumores podem ser considerados para terapia ablativa percutânea isoladamente ou em combinação com a quimioembolização. A escolha sobre a melhor forma terapêutica deve estar baseada na localização, número e tamanho dos tumores. Tumores neuroendócrinos: Os sintomas devem ser inicialmente controlados em curto ou longo prazo por somatostatinas; A presença de metástases difusas limita o número de pacientes candidatos à terapia percutânea ablativa. Vários pacientes com metástases hepáticas hormonalmente ativas apresentam doença extra-hepática na ocasião do diagnóstico. A quimioembolização para reduzir os sintomas, pode ser indicada nestes pacientes. Carcinoma colorretal: A quimioembolização em caso de metástases hepáticas deve ser considerada como terapia de resgate, quando não houve resposta à quimioterapia sistêmica.

9 8 O sucesso clínico é definido como necrose total do tumor resultando em efeito paliativo, que é tumor dependente. O desfecho deve ser avaliado caso a caso e o médico assistente deve comparar os resultados com aqueles estabelecidos pela literatura. A tabela 1 mostra o limiar para média de sobrevida após quimioembolização do HCC e metástases hepáticas. Tabela 1: limite para média de sobrevida após quimioembolização do HCC e metástases hepáticas. Doença Média de sobrevida (em meses) Limiar (%) HCC Carcinoma coloretal Tumores neuroendócrinos A revisão da UpToDate 3 sobre terapias não cirúrgicas para CHH descreve que a TACE geralmente é indicada para o tratamento de HCC extensos e irressecáveis, que não respondem a outros tratamentos. Sua utilização como terapia ponte para o transplante hepático não está bem definida e freqüentemente é realizada fora de protocolo. A embolização com partículas de PVC isoladamente (TAE), isto é, sem quimioterapia também tem sido utilizada tanto tem HCC irressecável quanto recorrente. As contra indicações absolutas descritas na revisão 3 são a ausência de fluxo sanguíneo hepático (trombose de veia porta, encefalopatia e obstrução biliar. Como contra-indicações relativas estão a bilirrubina sérica >2mg/dl, desidrogenase lática >425 U/L, aspartato aminotransferase >100 U/L, tumor envolvendo mais de 50% da área do fígado, insuficiência cardíaca ou renal e ascite, sangramento recente de varizes ou trombocitopenia significativa. Contra indicações relativas:

10 9 Estudos Cammac C Tipo de Estudo População Resumo estruturado de metanálise da Cochrane de ensaios clínicos randomizados. Foram incluídos 18 ensaios clínicos randomizados (ECR). N= pacientes portadores de Carcinoma Hepatocelular (HCC) irressecável. Desfechos Redução da mortalidade global após 2 anos. (Cinco ECR com 424 participantes). Redução da mortalidade global comparando embolização transarterial com quimioembolização Resultados Quimioembolização comparada com ausência de tratamento reduziu a mortalidade após 2 anos. OR 0,54, 95%IC: 0,33 0,89, P=0,015. A mortalidade global foi menor em pacientes tratados com embolização transarterial comparada com quimioembolização OR 0,72, 95%IC: 0,53 0,98, P=0,039. Efetividade da quimioembolização comparada com embolização transarterial. Não houve evidência que a quimioembolização tenha sido mais efetiva que a embolização transarterial. OR1,007 95%IC:0,79 1,27, P=0,95. Resposta completa e parcial avaliadas em 14 ECRs. 9 ECRs não houve resposta completa, enquanto nos 5 restantes as taxas de resposta completa variaram de 0,007 até 30% (média de 6%). A taxa de reposta parcial foi de 32,7% (variando entre 5 a 68%). Complicações mais freqüentes da quimioembolização. Falência hepática, sepsis e sangramento gastrointestinal. A taxa média de efeitos adversos graves após tratamento foi de 5,6% (variando de 0 até 50%). Porcentagem de Variou entre 0 até 10%. óbitos relacionados ao tratamento em 30 dias. Comentários do autor: Para a prática clínica os autores concluíram que os agentes quimioterápicos atualmente utilizados para quimioembolização não são mais efetivos quando comparados com a embolização transarterial isoladamente. Como implicações para pesquisa, os autores concluíram que são necessários mais ECRs comparando quimioembolização versus ausência de tratamento. É importante assegurar medidas documentadas sobre a adesão ao tratamento, incluir os participantes de acordo com a classe Child-Pugh, número e tamanho das lesões e presença de trombose da veia porta. Finalmente o autor concluiu que para pacientes portadores de HCC irressecável, a quimioembolização melhora a sobrevida global em 2 anos comparada com o não tratamento, mas o tamanho do benefício é relativamente pequeno.

11 10 Estudos Tipo de Estudo População Desfechos Resultados Reidy DL Resumo estruturado de revisão sistemática da Cochrane de ensaios clínicos randomizados sobre terapia em casos de HCC irressecável. Sobrevida com TACE. Maior sobrevida, particularmente naqueles pacientes com função hepática preservada. Um número limitado de estudos sugeriu que TACE é mais efetivo que TAE. Foram incluídos 18 ECRs. N=2.618 pacientes. Situações nas quais a TACE pode potencialmente causar dano. Pacientes com trombose da veia porta, disfunção hepática Child- Pugh classe C e tumor difuso. Comentários do autor: Não ficou esclarecido com esta revisão, qual o melhor material utilizado para embolização, esquema de tratamento e dose ideal de quimioterápicos. 4 CONSIDERAÇÕES Tanto o guideline 2 quanto o artigo de revisão 3 consideram que pacientes graves que não respondem à terapia habitual e portadores de tumores irressecáveis, são canditados à quimioembolização. Os resumos estruturados de Metanálise 4 e Revisão Sistemática da Cochrane 5 mostraram maior sobrevida em pacientes submetidos à embolização, apesar de reconhecerem que ainda são necessários mais estudos que estabeleçam o melhor material utilizado para embolização, esquema de tratamento e dose ideal de quimioterápicos. O guideline 2, a revisão narrativa 3 e a revisão sistemática 5 estabelecem critérios de contra-indicações absolutas e relativas. Nessas situações os danos com o procedimento superam a expectativa de benefício. Os trabalhos encontrados mostram ganho de sobrevida para pacientes sem condições para ressecção operatória de tumores hepáticos tanto com a embolização quanto com a quimioembolização comparada com a ausência de tratamento. Os pacientes tratados com embolização tiveram maior sobrevida que aqueles que utilizaram quimioembolização. O procedimento mostrou-se relativamente seguro, com taxa de óbitos até 30 dias de até 10%.

12 11 5. RECOMENDAÇÕES De maneira geral a quimioembolização está indicada em pacientes com neoplasia, seja metastática ou HCC, com grande comprometimento hepático, não candidatos à ressecção cirúrgica curativa. Para serem candidatos à quimioembolização esses pacientes necessitam estar com a cirrose compensada. Indivíduos que apresentam apenas um tumor (< 5 cm) ou pequenos tumores (até três < 3 cm) podem ser considerados para terapia ablativa percutânea isoladamente ou em combinação com a quimioembolização. A escolha sobre a melhor forma terapêutica deve estar baseada na localização, número e tamanho dos tumores e avaliada caso a caso. As contra-indicações absolutas para os procedimentos endovasculares seriam a ausência de fluxo sanguíneo hepático (trombose de veia porta), encefalopatia e obstrução biliar. As contra-indicações relativas são bilirrubina sérica >2mg/dl, desidrogenase lática >425 U/L, aspartato aminotransferase >100 U/L, tumor envolvendo mais de 50% da área do fígado, insuficiência cardíaca ou renal e ascite, sangramento recente de varizes ou trombocitopenia significativa. OBS: As Embolizações Percutâneas são procedimentos que constam no ROL da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Por existir uma regulamentação sobre a liberação dos códigos, não fizemos avaliação de eficácia e efetividade. Esta revisão teve como objetivo exclusivo estabelecer critérios de indicação para estes procedimentos. Fica a ressalva que os estudos encontrados para estabelecimento destes critérios foram, em sua maioria, trabalhos de fraca evidência científica: relatos de casos, série de casos, revisões narrativas e opinião de especialistas em forma de protocolos de utilização.

13 12 REFERÊNCIAS 1. Artinyan A et al. Treatment response to transcatheter arterial embolization and chemoembolization in primary and metastatic tumors of the liver. HPB, 2008; 10: Brown DB et al. Quality Improvement Guidelines for Transhepatic Arterial Chemoembolization, Embolization, and Chemotherapeutic Infusion for Hepatic Malignancy. J Vasc Interv Radiol 2009; 20:S219-S Abdalla EK et al. Overview of treatment approaches for hepatocellular carcinoma. Versão 17.2 de maio de Disponível em Último acesso em 16/11/ Cammac C et al. Transarterial chemoembolization for unresectable hepatocellular carcinoma: meta-analysis of randomized controlled trials (Structured abstract). Meta-analysis of randomized controlled trials. Radiology 2002; 224 (1): Reidy DL et al. Therapy for unresectable hepatocelullar carcinoma: review of the randomized clinical trials I: hepatic arterial embolization and embolization-based therapies in unresectable hepatocellular carcinoma (Structured abstract). Anti-Cancer Drugs 2004; 15 (5):

14 13 ANEXO 1 Resumo do Processo de Solicitação: Tecnologias: Quimioembolização de tumores hepáticos. Indicações: Permite tratar algumas lesões malignas primárias e secundárias do fígado (hepatocarcinoma, carcinoma neuroendócrino, melanoma, por exemplo). Caracterização da tecnologia Embolização seletiva é um procedimento minimamente invasivo, feito por acesso percutâneo à árvore vascular, seguido por cateterismo seletivo e embolização do órgão-alvo permitindo tratar hemorragias de diversas causas, tumores benignos e malignos, plaquetopenia, além de facilitar intervenções cirúrgicas quando indicado. Como, vantagem possui baixo risco de complicações, sendo mais rápida a recuperação do paciente se comparado à intervenção cirúrgica. Dados do processo Solicitante Dr. Gustavo de Moraes Ramalho em 07/04/2009 sob o protocolo Hemodinamicista do Hospital Monte Sinai de Juiz de Fora.

15 14 ANEXO 2 LEITURA COMPLEMENTAR - AGENTES EMBÓLICOS Autor: Nestor Hugo Kisilevzky Especialista em Radiologia Intervencionista drnestor@embolution.com.br De forma geral, qualquer material que seja biocompatível e biotolerável pode ser utilizado como agente embólico. Ao longo dos anos varias empresas de produtos médicos produziram numerosos tipos de insumos para serem utilizados como agentes embólicos. Os embolizantes podem ser agrupados de várias maneiras: pelas suas características físicas, pelo tempo de duração da oclusão que provocam, pelo nível de oclusão que provocam (proximal ou distal), pela facilidade do seu manuseio, pelo tipo de condutor que requerem (cateter regular ou microcateter), pelo seu custo e disponibilidade. Características físicas: Agentes particulados (gelfoam, Polivinil-Alcool PVA, microesferas); Espirais metálicas (de aço inox, de platina, de tungstênio) com ou sem fibras, com controle de liberação ou de liberação livre; Fluidos (álcool, histoacryl, Onyx, Glubran, outros esclerosantes); Balões destacáveis e cateteres com balão de oclusão (tipo Fogarty). Com exceção dos fluidos esclerosantes, os agentes embólicos agem provocando obstrução mecânica e a ativação da agregação das plaquetas e dos mecanismos de coagulação próprios do paciente. Portanto, há que se considerar que as alterações da coagulação bem como a trombocitopenia podem sempre comprometer a eficácia da embolização. Tempo de oclusão: Existem agentes que provocam oclusão temporária (cateter com balão de oclusão), agentes reabsorvíveis que provocam uma oclusão de curta duração (partículas de gelfoam) e agentes que provocam oclusão permanente (PVA, coils, balões, fluidos e esclerosantes em geral, etc.). Nível de oclusão: Este é um aspecto fundamental da emboloterapia e é um dos

16 15 fatores que mais influencia a escolha do agente embólico. O objetivo pode ser embolizar o vaso a nível capilar, como acontece em geral com os tumores, malformações arteriovenosas (MAVs) ou fístulas AV ou pode-se pretender uma embolização de ramos principais como no trauma de lesões arteriais. É necessário que se tenha sempre em mente que a utilização de fluidos ou partículas muito pequenas pode provocar duas complicações que devem ser evitadas: a isquemia e necrose de tecidos fora do alvo da embolização e a passagem do agente embólico para o sistema venoso com conseqüente embolização pulmonar. Tipo de condutor: Os microcateteres são um exemplo da evolução tecnológica que a indústria promoveu na área de emboloterapia. Na atualidade, há mais de 40 tipos diferentes de microcateteres. A vantagem dessa ferramenta é que os cateteres permitem alcançar áreas cada vez mais distantes da anatomia vascular humana. Isto tem sido desenvolvido principalmente na área de neurorradiologia em virtude da extensa rede vascular do sistema nervoso central que condiciona a necessidade de chegar bem próximo da lesão (cateterismo superseletivo) com intuito de se evitar a embolização fora do alvo. Os microcateteres são fundamentais para acesso por tortuosidades acentuadas e irregularidades dos vasos e para lidar com variações anatômicas. Por terem um diâmetro, em relação aos cateteres regulares, eles ocupam menos espaço dentro da luz vascular, portanto, possibilitam um fluxo maior nesta área o que deve ser considerado na escolha do agente embólico. Pode-se dizer que, em geral, os microcateteres provocam menos espasmo em alguns territórios vasculares quando comparados aos cateteres angiográficos regulares. Muitos casos de embolização não poderiam ser realizados sem os microcateteres. Há agentes embólicos para serem utilizados com cateteres regulares e outros específicos para serem usados somente com microcateteres. Facilidade para manuseio: alguns agentes são de utilização muitos simples, principalmente quando o objetivo é fazer uma embolização não seletiva; é o caso dos cateteres com balão de oclusão, do gelfoam ou alguns tipos de espirais. Há outros agentes que requerem um manuseio mais cuidadoso como, por exemplo, a utilização de histoacryl, onyx, álcool, balões destacáveis e espirais do tipo GDC, hidrocoils ou similares.

17 16 Tipos de Agentes Embólicos Gelfoam: É uma esponja gelatinosa, não tóxica, comumente utilizada para hemostasia em cirurgias. Este material funciona ativando a agregação plaquetária e a cascada da coagulação. Adicionalmente, induz a inflamação da parede vascular. O Gelfoam é vendido na forma de placas de diferentes tamanhos e espessuras; como embolizante pode ser utilizado com várias técnicas: injetado através do cateter, em partículas ou fragmentos cortados com tesoura com tamanho de 1 ou 2mm que são misturados numa solução com contraste e injetados através do cateter pela força hidrostática gerada por uma seringa pequena (1 3cc); em tampones ou torpedos de dimensões maiores que são colocados no bico da seringa ou no próprio cateter para sua injeção; ou fragmentos maiores misturados com contraste através de um sistema de duas seringas e uma chave de três vias até se obter uma pasta homogênea. É um agente re-absorvível que provoca oclusão temporária, possibilitando a re-canalização ao redor 3-6 semanas. Isto tem vantagem em situações onde se requer uma oclusão vascular temporária com preservação da vascularização original. É o caso de situações como o trauma pélvico, a hemorragia pós-parto, o priapismo ou hemorragia digestiva decorrente de doença péptica. A injeção de Gelfoam deve ser realizada sob pressão constante para evitar que aja refluxo e eventualmente, migração do material para vasos que não sejam o alvo. Embora o Gelfoam seja injetado comumente através de cateteres regulares 4 ou 5F, pode também ser injetado através de microcateteres. Isto requer a preparação adequada de fragmentos bem pequenos e tempo mais prolongado para a injeção. Fragmentos de Esponja Hemostática Gelfoam (Figura1)

18 17 Polivinil-Alcool (PVA): é um polímero derivado do petróleo parecido com o PVC, que produz oclusão vascular permanente. O PVA causa obstrução mecânica direta e induz uma reação de tipo corpo estranho e formação de tecido de granulação. Embora considerado com um agente que provoca embolização permanente sabe-se que com o tempo (meses ou anos) existe recanalização de vasos embolizados com PVA. É comercializado em forma de partículas secas com tamanho de 50 a 2000 mícra, o que permite a sua adequação para diferentes situações clínicas. Este agente é injetado através de cateter em forma de suspensão. As partículas são misturadas com solução salina e contraste numa cuba ou através de duas seringas e uma chave de três vias. O PVA clássico é obtido raspando placas ou blocos de material plástico inerte. O material resultante é passado por diversas peneiras para separação das partículas por tamanho. As partículas de PVA assim obtidas têm forma irregular e tendência de flocular em solução. Por isto costumam provocar acúmulos ou grumos nos vasos e como conseqüência, obstrução mais proximal do que o desejado. Pode também provocar entupimento de cateteres, principalmente de microcateteres com diâmetro interno reduzido (0,018 0,021). Para evitar isto é aconselhável que antes de injetar pelo cateter, o PVA seja agitado em sua suspensão para se obter uma solução uniforme. Como qualquer material particulado, quanto maior sua diluição, maior será a facilidade de injeção. O PVA é mais utilizado para embolização de tumores (fígado, rim, mioma, meningiomas, glomus, etc), lesões brônquicas, epistaxe ou para devascularização pré-operatória de outras lesões. Recentemente algumas companhias como a Boston Scientific e a Terumo lançaram no mercado um PVA esférico que tem as mesmas propriedades do PVA clássico, mas com a vantagem de ter uma forma regular. Partículas de PVA (Figura 2)

19 18 Embosferas de gelatina: são esferas calibradas com precisão, hidrofílicas, não reabsorvíveis fabricadas de um co-polímero acrílico conectado de forma cruzada com gelatina. Isto outorga à partícula uma importante característica: sua compressibilidade e recuperação da forma; isto é, pode ser injetada através de microcateteres adquirindo uma forma cilíndrica e quando liberada na luz vascular recupera rapidamente a sua forma esférica. As esferas são comercializadas no Brasil em vidros contendo 2cc de esferas diluídas em 3cc de solução salina e com calibres variáveis de 150 a 1200 mícra. Há recomendação para diluir cada vidro de esferas com 3 a 5cc de contraste. As esferas devem permanecer pelo menos 5 minutos em contato com o contraste para aumentar o seu poder de flutuação. Por suas características físicas (forma regular e compressibilidade) a esfera consegue tamponar distalmente o leito vascular, portanto, uma boa escolha do tamanho é fundamental para evitar uma embolização fora do alvo. Outra característica que deve ser considerada é que a esfera costuma sofrer uma re-distribuição após obstruir o leito vascular. Assim, antes de dar por concluída uma embolização com esferas calibradas recomenda-se esperar 5 minutos e fazer um novo controle angiográfico para verificar se o nível da embolização ficou mantido. As embosferas são utilizadas para embolizar mioma uterino, tumores de fígado e tumores hipervascularizados em geral. Esferas calibradas de gelatina (Figura 3) Espirais Metálicas: conhecidas também como coils, foram idealizadas na década de 70 por Gianturco, Anderson e Wallace. Consistem em fragmentos de fio guia de aço inox ao qual foi adicionado fibras de lã. Ao longo dos anos sofreram numerosas modificações sendo que na atualidade há coils construídos de diversos metais e

20 19 quase todos os tamanhos de 2 a 30 mm e com fibras de seda, poliéster ou dacron tecidas ao coil para aumentar sua trombogenicidade. Os coils são comercializados dentro de estojos ou bainhas metálicas cilíndricas que se adaptam ao extremo do cateter. Há várias configurações: cilíndrica, cônica, espiralada, etc. Os coils produzem oclusão focal e permanente mantendo integra a porção distal do vaso. A oclusão provocada pelo coil se assemelha à produzida por uma ligadura cirúrgica. O tamanho da espiral deve corresponder, com precisão, ao tamanho do vaso que será embolizado; isto porque uma espiral de tamanho menor irá migrar distalmente e uma espiral de tamanho maior provocará a retração do cateter com liberação do coil fora da área desejada. Os coils de tamanho maior que o vaso não poderão também adquirir a sua configuração pré-determinada, reduzindo assim sua eficácia trombogênica. Em geral existem coils para serem introduzidos através de cateteres regulares com luz interna de 0,035 ou 0,038 polegadas e outros produzidos para se utilizar com microcateteres e com diâmetro do fio de 0,018 polegadas. Os coils podem ser introduzidos através de dois sistemas diferentes: empurrados por um fio guia de diâmetro similar (0,035 ou 0,018) ou empurrados pela força hidrostática de uma seringa. A utilização de espirais implica necessariamente que a ponta do cateter esteja posicionada exatamente no local onde se deseja interromper o fluxo. Uma desvantagem dos coils é a possível recanalização do vaso embolizado. Para evitar isto é recomendável a colocação de vários tamanhos diferentes de coils na forma de ninho e assim produzir um êmbolo compacto. Alguns coils como os Nester e Tornado (ambos da Cook) podem ajudar neste sentido. Esses coils têm uma configuração espiralada (Nester ) ou helicoidal (Tornado ) que permitem um tamponamento denso de vários outros coils introduzidos na seqüência. Coils compatíveis com microcateteres têm sido disponibilizado por varias empresas. Além dos Tornado (Cook), existem os Vortx (Boston Scientific) que são mais duros e geralmente mais úteis como primeiro coil. Também existem os Trufill (Cordis). A necessidade da segurança nas embolizações de neurorradiologia trouxe ao mercado os coils com controle de liberação. Estes coils estão unidos a uma guia introdutora e somente se separam desta através de um mecanismo de liberação acionado pelo operador quando estão na posição correta. Na atualidade existem também, espirais metálicas com controle de liberação mecânica para utilização no território periférico. Essas espirais são fabricadas e comercializadas no Brasil pela empresa Braile Biomédica. As espirais metálicas são freqüentemente utilizadas para ocluir lesões

21 20 vasculares decorrentes de traumas, aneurismas, fístulas AV pulmonar, etc. Diferentes tipos de espirais Metálicas (Figura 4) Balões: Os balões destacáveis de Serbinenko e Debrun são minúsculas bolsas de látex, que são adaptadas à ponta de um microcatéter próprio. Estas bolsas, ainda vazias, são levadas até o local a ser ocluído na ponta do seu cateter, por dentro de um cateter guia geralmente de calibre 6 ou 7F.. São, então, insufladas com contraste, e, a seguir, destacadas por outro catéter telescopado que desliza sobre o primeiro (técnica de Debrun). O balão tem uma válvula que impede a sua deflação quando se desprende. Balões causam oclusão mecânica com formação de trombos proximal e distalmente ao balão. As vantagens deste material incluem sua precisão para liberação e a possibilidade de retirada. A desvantagem é que o balão pode se desprender acidentalmente causando embolização fora do alvo. Esses balões são os dispositivos mais adequados para o fechamento das fístulas AV com alto fluxo. Balão Destacável de Látex (Figura 5) Cateteres de oclusão: são cateteres de dupla via que têm um balão de látex no seu extremo, portanto, diferentes dos cateteres para angioplastia. A sua via central facilita a correta e rápida colocação sob fio guia. São muito úteis para testes de

22 21 oclusão sem risco de desprendimento acidental do balão. Também podem ser salvadores como tamponamento temporário em situações de hemorragias agudas como no trauma acidental, perfuração de vasos durante procedimentos endovasculares, durante o parto em pacientes com alterações placentárias (placenta prévia), etc. Outra utilidade é o seu uso para evitar refluxo de substanciais quimioterápicas ou esclerosantes. Cateteres com balão de oclusão (Fig. 6) Substâncias esclerosantes: o Álcool absoluto é o esclerosante mais utilizado como agente embólico. O álcool age por desnaturação e precipitação de proteínas e destruição do endotélio o que resulta em trombose e oclusão vascular definitiva. A oclusão vascular ocorre desde a artéria principal até o capilar. Em geral os esclerosantes são extremamente tóxicos e devem ser usados com cuidado. O grande desafio quando se utiliza este fluído é controlar a sua difusão. A sua injeção pode ser feita através de um balão de oclusão para evitar refluxo para o vaso portador. O álcool absoluto tem sido muito usado para produzir ablação renal em pacientes com tumores ou hipertensão, em programa de hemodiálise. Outra aplicação que tem ganhado muitos adeptos é o tratamento de malformações AV. Outras substancias esclerosantes incluem: sotradecol (tetradecil sulfato de sódio) glicose hipertônica, contraste quente, oleato de etanolamina e etilene vinil álcool. A ação da glicose hipertônica a 50% se deve à sua hipertonicidade em relação ao território vascular, onde é injetada. A eficácia dos esclerosantes é maior no sistema venoso, por isso são preferidos no tratamento das varizes esofagianas e das microvarizes periféricas. O etilene-vinil álcool (Onyx ) é um novo esclerosante fluido que consiste num polímero misturado com metrizimide ou tântalo em uma base de dimetil sufoxide (DMSO). O material pode ser injetado através do cateter e em contato com o sangue o DMSO difunde para fora da solução permitindo que o polímero de etilene-vinil álcool precipite com formação de uma massa esponjosa que

23 22 age com embolo compacto provocando oclusão mecânica direta. Uma vantagem do Onyx é que, por não ser uma substancia adesiva, não há risco de colar o cateter. O seu uso esta restrito a embolização de aneurismas cerebrais e malformações. Formação da massa de Ônix quando injetado através do cateter (Fig. 7) Substâncias adesivas: A mais utilizada é o Histoacryl (B. Braun). Trata-se de substância que é injetada sob a forma líquida e se polimeriza e endurece quando entra em contato com soluções iônicas (soro, sangue) Para retardar o tempo de polimerização, o Histoacryl é misturado com lipiodol em concentrações variáveis de 1:2 (1 de histoacryl 2 de Lipiodol = 33%) até 1:5. O tempo de polimerização depende da concentração desta mistura. A utilização de histoacryl demanda numerosos cuidados. Para começar, nenhum material como agulhas, seringas ou torneiras que tenham estado em contato com soro devem ficar no campo de trabalho para evitar que aja polimerização precoce. O cateter por onde será injetada a mistura deve ser intensamente lavado com solução de glicose 5 ou 10 %. A distancia que o histoacryl irá alcançar dentro da circulação após injetado é um evento complexo que depende a concentração e viscosidade da mistura com lipiodol, da velocidade do fluxo do vaso e da técnica de injeção. O histoacryl tem sido bastante utilizado para embolizar malformações AV, pseudoaneurismas, arcadas vasculares e varizes esofagianas. Outra substancia adesiva utilizada para embolização é o Glubran (Ciclomed). É um monômero derivado do cyanoacrilato, com características adesivas semelhantes ao Histoacryl, porém mais homogêneo e com capacidade de difusão mais compacta. A maneira de usá-la é semelhante ao Histoacryl.

24 23 Tubo contendo 0,5 ml de Histoacryl (azul) e ampola de Lipiodol para diluição (Fig.8) Condutores de Agentes Embólicos Para a correta técnica de embolização, além da escolha do agente embólico, há o cuidado com a decisão do tipo de cateter que irá conduzir e liberar este agente. Existem basicamente dois tipos de cateteres: os regulares para realizar angiografias e os microcateteres. A diferença entre eles é o seu calibre. Os cateteres regulares se apresentam com calibre superior a 4F (3F = 1mm) enquanto os microcateteres apresentam diâmetro igual ou inferior a 3F (1mm). Os cateteres regulares de angiografia podem ser construídos de diferentes tipos de material plástico e podem apresentar várias formas, tamanhos e configurações para se adequar à anatomia vascular de cada região. Diferentes configurações dos cateteres regulares de angiografia (9) É importante a certeza de que o agente embólico escolhido será depositado no

25 24 ponto alvo através do cateter que se pretende utilizar. Partículas grandes de Gelfoam ou PVA podem rapidamente ocluir a luz reduzida de alguns microcateteres. Quando se pretende usar espirais (coils) metálicas deve-se lembrar de não devem ser usados cateteres com furo distal lateral para evitar que a espiral saia pelo lado ou fique preso ao cateter. Cateteres de poliuretana são em geral incompatíveis com o uso de espirais metálicas já que o coeficiente de ficção é muito alto e a espiral pode ficar presa dentro do cateter. Cateteres hidrofílicos e microcateteres devem ser permanentemente lavados com soro para minimizar a fricção tanto quanto possível. A lavagem irá também diminuir a chance de oclusão do cateter por material embólico. Quando se pretende usar coils, é importante inicialmente passar a guia que ira empurrar os coils para comprovar a assertividade da configuração do cateter. Se o cateter não estiver numa posição estável poderá se deslocar durante a passagem do coil podendo provocar a sua migração ou embolização fora do alvo. O mesmo deve ser considerado quando se pretende a injeção de micro coils através de microcateteres em posição instável. É importante sempre usar introdutores vasculares quando se realiza uma embolização. Assim, se houver entupimento, o cateter poderá ser retirado sem perder o acesso vascular. Quando se comprova entupimento do cateter o mesmo deve ser retirado do vaso. A tentativa de desentupimento brusco de um cateter com material embólico no seu interior torna imprevisível o destino deste material. A obstrução da luz de alguns microcateteres no seu extremo distal pode provocar certa dilatação quando se injeta sob pressão para tentar desobstruí-lo. Isto pode ser causa de lesão vascular indesejada. Os microcateteres e microguias são ferramentas que a evolução tecnológica produziu para emboloterapia e profissionais que empregam estas técnicas devem ter intimidade absoluta com o seu uso e manuseio. De forma geral existem dois tipos de microcacteteres: o fluxo dependente e os hidrofílicos de baixo perfil. Os microcateteres fluxo dependente são de uso quase exclusivo da neurorradiologia. Estes microcateteres são construídos com um corpo trançado com arame (braided) e uma ponta mole sem trançado (unbraided) de cumprimento variável. Isto permite que sejam conduzidos dentro de vasos com calibre reduzido e com tortuosidade acentuada. O seu diâmetro interno é também reduzido geralmente variando entre 0,011 e 0,013 polegadas ( mícra) que pode colapsar quando o cateter passa por curvaturas acentuadas. Estes microcateteres podem ser empregados para injetar partículas menores de 300 mícra (bem diluídas) e fluídos (histoacryl ).

26 25 Exemplos de cateteres fluxo dependente são: Spinnaker Elite 1,5 e 1,8 (Target/Boston Scientific), UltraFlow HPC (MTI) e Magic 1,8 1,5 e 1,2 (Balt). Os microcateteres hidrofílicos de baixo perfil são mais úteis para embolização no território extra-craniano. Construídos em material hidrofílico, têm um trançado de arame (brained) em todo o seu cumprimento. Isto lhes confere maior navegabilidade dentro dos vasos evitando a redução da sua luz em curvaturas e tortuosidades abruptas. O extremo distal do microcateter varia de 2,4 a 3 F (<1mm) o que os torna passíveis de serem introduzidos por dentro de cateteres regulares 5F. O seu diâmetro interno pode variar de 0,015 a 0,028 polegadas. (veja quadro) O diâmetro interno é um grande diferencial, não somente para facilitar a liberação de material embólico, mas também para possibilitar a injeção de contraste em suficiente quantidade, ritmo e pressão para realizar um estudo angiográfico. Exemplos de microcateteres hidrofílicos são: Turbo Tracker, Renegade, Excelsior, Excel (Target/Boston Scientific) Transit, Rapid Transit, Prowler (Cordis), Microferr (Cook), Embocath (Biosphere Medical), Reabar (MTI). Alguns Microcateteres disponíveis Microcateter para emboloterapia (10)

27 26 Referência: Último acesso em 11/01/2010.

Grupo Técnico de Auditoria em Saúde

Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 39/2009 Belo Horizonte Dezembro de 2009 Tema: Embolização da Artéria Brônquica para Tratamento de Hemoptise Maciça. Grupo

Leia mais

Grupo Técnico de Auditoria em Saúde

Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 35/2009 Belo Horizonte Novembro de 2009 Tema: Embolizações nas hemorragias digestivas altas e baixas. Grupo Técnico de

Leia mais

Grupo Técnico de Auditoria em Saúde

Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 36/2009 Belo Horizonte Dezembro de 2009 Tema: Embolização de Varizes Gástricas na Hipertensão Portal. Grupo Técnico de

Leia mais

Embolização nas Hemorragias Digestivas

Embolização nas Hemorragias Digestivas Embolização nas Hemorragias Digestivas Francisco Leonardo Galastri Cirurgião Endovascular e Radiologista Intervencionista Departamento de Radiologia Vascular Intervencionista do Hospital Israelita Albert

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Em relação ao hepatocarcinoma, julgue os itens a seguir. 41 A biopsia é sempre necessária para se iniciar um tratamento oncológico seguro. 42 O tratamento oncológico deve ser baseado exclusivamente no

Leia mais

Grupo Técnico de Auditoria em Saúde

Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Grupo Técnico de Auditoria em Saúde Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 38/2009 Belo Horizonte Dezembro de 2009 Tema: Embolização no Tratamento das Hematúrias. Grupo Técnico de Auditoria em

Leia mais

hqtace A próxima geração no tratamento do hepatocarcinoma

hqtace A próxima geração no tratamento do hepatocarcinoma HepaSphere Microspheres Qualidade Direcionado para o tumor Absorve o fármaco Adapta-se ao vaso Com eluição e embolização hqtace A próxima geração no tratamento do hepatocarcinoma TACE de qualidade hqtace

Leia mais

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 09/2007 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 09/2007 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS 1 HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 09/2007 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS PROCESSO SELETIVO 50 MÉDICO I (Radiologia Intervencionista) 01. C 11. D 21. B 02. A 12. C 22. E 03.

Leia mais

Com base no resultado da ata anterior o Pregoeiro considera DESERTOS os itens: Item Material/Servico Unid. Qtd medida licitada

Com base no resultado da ata anterior o Pregoeiro considera DESERTOS os itens: Item Material/Servico Unid. Qtd medida licitada PREGÃO ELETRÔNICO S.R.P N.º 083/2015 AQUISIÇÃO DE MATERIAIS PARA PROCEDIMENTOS ENDOVASCULARES NO SETOR DE HEMODINÂMICA - TABELA SIGTAP/SUS. ADJUDICAÇÃO Com base no resultado da ata anterior o Pregoeiro

Leia mais

Aortografia abdominal por punção translombar Angiografia por cateterismo não seletivo de grande vaso

Aortografia abdominal por punção translombar Angiografia por cateterismo não seletivo de grande vaso 40812006 PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS (MÉTODOS DIAGNOS 40812014 Aortografia abdominal por punção translombar 40812022 Angiografia por punção 40812030 Angiografia por cateterismo não seletivo

Leia mais

ANGIO-SEAL STS PLUS SELADOR DE PUNÇÃO VASCULAR

ANGIO-SEAL STS PLUS SELADOR DE PUNÇÃO VASCULAR ANGIO-SEAL STS PLUS SELADOR DE PUNÇÃO VASCULAR DESCRIÇÃO E INDICAÇÃO DO ANGIO-SEAL DESCRIÇÃO DO ANGIO-SEAL O dispositivo ANGIO-SEAL é composto por uma esponja de colágeno absorvível e por uma âncora especialmente

Leia mais

PEI e Quimioembolização no Rx CHC

PEI e Quimioembolização no Rx CHC PEI e Quimioembolização no Rx CHC R. PARANÁ Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Unidade de Gastro-Hepatologia Carcinoma Hepatocelular Tratamento 1.Tratamento potencialmente curativos -Transplante

Leia mais

TEMA: SORAFENIBE NO TRATAMENTO DO CÂNCER HEPATOCELULAR EM PACIENTE VIRGEM DE TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

TEMA: SORAFENIBE NO TRATAMENTO DO CÂNCER HEPATOCELULAR EM PACIENTE VIRGEM DE TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO NT 13/2013 Solicitante: Ilmo Dr Alyrio Ramos Desembargador da 8ª Câm. Cível - TJMG Numeração: 1.0000.13.008425-4/000 Data: 09/02/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA: SORAFENIBE NO TRATAMENTO

Leia mais

CATETERISMO CARDÍACO. Prof. Claudia Witzel

CATETERISMO CARDÍACO. Prof. Claudia Witzel CATETERISMO CARDÍACO CATETERISMO CARDÍACO Método diagnóstico invasivo É avaliada a presença ou não de estreitamentos nas artérias coronárias secundário às "placas de gordura" além do funcionamento das

Leia mais

Atualização em OPME Foco em Neurologia

Atualização em OPME Foco em Neurologia Atualização em OPME Foco em Neurologia Búzios 17 de junho 2011 Enfª Msc. Andrea Bergamini Unimed Mercosul Custos com OPME Unimed 2010 R$ 2,5 bilhões/ano Fonte: Revista Negócios Ano 4 / Maio 2011 / nº 51

Leia mais

DISFUNÇÕES HEMODINÂMICAS

DISFUNÇÕES HEMODINÂMICAS Cursos de Graduação em Farmácia e Enfermagem DISFUNÇÕES HEMODINÂMICAS PARTE 2 Disciplina: Patologia Geral http://lucinei.wikispaces.com Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira 2012 DISFUNÇÕES HEMODINÂMICAS

Leia mais

Radiologia Intervencionista no Transplante Hepático. Carlos Abath ANGIORAD REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DO RECIFE

Radiologia Intervencionista no Transplante Hepático. Carlos Abath ANGIORAD REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DO RECIFE Radiologia Intervencionista no Transplante Hepático Carlos Abath ANGIORAD REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DO RECIFE Conflitos de interesse Nenhum para este tópico Intervenção pós transplante hepático TÉCNICA CIRÚRGICA

Leia mais

ROBERTO MAX LOPES Hospital Biocor e Santa Casa de Belo Horizonte

ROBERTO MAX LOPES Hospital Biocor e Santa Casa de Belo Horizonte ROBERTO MAX LOPES Hospital Biocor e Santa Casa de Belo Horizonte Corresponde a 5 a 10 % das DCC Cardiopatia congênita mais encontrada no adulto Pode estar associada a patologia do sistema de condução em

Leia mais

AULA-7 PROCESSO DE HEMOSTASIA

AULA-7 PROCESSO DE HEMOSTASIA AULA-7 PROCESSO DE HEMOSTASIA Profª Tatiani UNISALESIANO PROCESSO DE HEMOSTASIA- COAGULAÇÃO DO SANGUE Toda vez que ocorre ferimento e extravasamento de sangue dos vasos, imediatamente são desencadeados

Leia mais

Com base no resultado da ata anterior o Pregoeiro considera DESERTOS os itens: Item Material/Serviço Unid. Qtd medida

Com base no resultado da ata anterior o Pregoeiro considera DESERTOS os itens: Item Material/Serviço Unid. Qtd medida PREGÃO ELETRÔNICO S.R.P N.º 012/2015 AQUISIÇÃO DE MATERIAIS PARA PROCEDIMENTOS ENDOVASCULARES REALIZADOS NO SETOR DE HEMODINÂMICA E PROTESES BILIARES PLASTICAS ADJUDICAÇÃO Com base no resultado da ata

Leia mais

1 Av. Paulista, 37 7 andar cj.71 São Paulo/SP CEP Telefone (11) Fax (11)

1 Av. Paulista, 37 7 andar cj.71 São Paulo/SP CEP Telefone (11) Fax (11) e Pelve: Tipos de concentração de Iodo: A concentração de Iodo comercialmente mais utilizada é de 300 mg/ml. Existem maiores concentrações disponíveis no mercado, que determinam uma maior densidade / contrastação

Leia mais

ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE Resolução Normativa - RN Nº 338, de 21 de outubro de 2013 e anexos

ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE Resolução Normativa - RN Nº 338, de 21 de outubro de 2013 e anexos ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE 2014 Resolução Normativa - RN Nº 338, de 21 de outubro de 2013 e anexos Atualizado em 25 de fevereiro de 2014 RADIOSCOPIA DIAGNÓSTICA AMB HCO HSO RADIOSCOPIA PARA

Leia mais

Catéteres, Bainhas, Fios-guia e Agulhas. Renato Sanchez Antonio

Catéteres, Bainhas, Fios-guia e Agulhas. Renato Sanchez Antonio Catéteres, Bainhas, Fios-guia e Agulhas Renato Sanchez Antonio Introdução Função do hemodinamicista: 1) Realizar procedimento com intuito de obter a informação necessária 2) Rápido e eficiente 3) Conhecer

Leia mais

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA Lesões Benignas do FígadoF Tumores Epiteliais Hepatocelular Hiperplasia nodular focal Hiperplasia

Leia mais

Transplante de Fígado em Tumores

Transplante de Fígado em Tumores Departamento de Cirurgia Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Transplante de Fígado em Tumores TRANSPLANTES - SANTA CASA TUMORES MALIGNOS DO FÍGADO Curativo TRATAMENTO - transplante - ressecção Paliativo

Leia mais

Avaliação de Tecnologias em Saúde. Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências

Avaliação de Tecnologias em Saúde. Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Avaliação de Tecnologias em Saúde Assunto: Habib 4X e Habib 4X Laparoscópico Dispositivos para ressecção bipolar Canoas, Julho de 2012. Câmara Técnica de

Leia mais

I Data: 03/05/05. II Grupo de Estudo: Dra. Silvana M. Bruschi Kelles Dra. Lélia de Almeida Carvalho Dra. Marta Alice Campos Dr. Adolfo Orsi Parenzi

I Data: 03/05/05. II Grupo de Estudo: Dra. Silvana M. Bruschi Kelles Dra. Lélia de Almeida Carvalho Dra. Marta Alice Campos Dr. Adolfo Orsi Parenzi Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 015/05 Tema: Drenagem percutânea de vias biliares I Data: 03/05/05 II Grupo de Estudo: Dra. Silvana M. Bruschi Kelles Dra. Lélia de Almeida Carvalho Dra.

Leia mais

Lesões de Tronco de Coronária Esquerda

Lesões de Tronco de Coronária Esquerda Lesões de Tronco de Coronária Esquerda Enfª Luanna Vivian Vieira Melo Coordenadora do Centro Especializado em Cardiologia Intervencionista de Campinas Centro Médico de Campinas SP NÃO HÁ CONFLITOS DE INTERESSE

Leia mais

VIAS DE ACESSO ARTERIAL: ANÁLISE COMPARATIVA E RECOMENDAÇÕES CUSTOMIZADAS PARA A ESCOLHA MAIS ADEQUADA

VIAS DE ACESSO ARTERIAL: ANÁLISE COMPARATIVA E RECOMENDAÇÕES CUSTOMIZADAS PARA A ESCOLHA MAIS ADEQUADA URSO ANUAL DE REVISÃO EM HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA/ SBHCI SÃO PAULO SP - 2009 VIAS DE ACESSO ARTERIAL: ANÁLISE COMPARATIVA E RECOMENDAÇÕES CUSTOMIZADAS PARA A ESCOLHA MAIS ADEQUADA ANDRÉ

Leia mais

Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso?

Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso? Abordagem diagnóstica de um nódulo hepático o que o cirurgião deve saber? Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso? Maria Fernanda Arruda Almeida Radiologia

Leia mais

Aterosclerose. Aterosclerose

Aterosclerose. Aterosclerose ATEROSCLEROSE TROMBOSE EMBOLIA Disciplinas ERM 0207/0212 Patologia Aplicada à Enfermagem Profa. Dra. Milena Flória-Santos Aterosclerose Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública Escola

Leia mais

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS. Leonardo Oliveira Moura

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS. Leonardo Oliveira Moura TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS Leonardo Oliveira Moura Dissecção da Aorta Emergência aórtica mais comum Pode ser aguda ou crônica, quando os sintomas duram mais que 2 semanas Cerca de 75%

Leia mais

ANEURISMA CEREBRAL M A R I A D A C O N C E I Ç Ã O M. R I B E I R O

ANEURISMA CEREBRAL M A R I A D A C O N C E I Ç Ã O M. R I B E I R O ANEURISMA CEREBRAL M A R I A D A C O N C E I Ç Ã O M. R I B E I R O O aneurisma intracraniano (cerebral) representa a dilatação das paredes de uma artéria cerebral, que se desenvolve como resultado da

Leia mais

RAFAEL HENRIQUE DOS SANTOS. Fortaleza, 02 de maio de 2016.

RAFAEL HENRIQUE DOS SANTOS. Fortaleza, 02 de maio de 2016. RAFAEL HENRIQUE DOS SANTOS Fortaleza, 02 de maio de 2016. HEPATÓCITOS EPITÉLIO DOS DUCTOS DILIARES TECIDO MESENQUIMAL HIPOTRANSPARENTE HIPERTRANSPARENTE HIPODENSA ISODENSA HIPERDENSA HIPOECOICA ISOECOICA

Leia mais

S U M Á R I O. Cateter Fogarty para Embolectomia Arterial Edwards Fogarty para Atrioseptostomia Edwards... 02

S U M Á R I O. Cateter Fogarty para Embolectomia Arterial Edwards Fogarty para Atrioseptostomia Edwards... 02 S U M Á R I O Cateter Fogarty para Embolectomia Arterial Edwards... 01 Fogarty para Atrioseptostomia Edwards... 02 Cateter para Embolectomia Duplo Lumen Fogarty... 03 Cateter Fogarty para Oclusão... 04

Leia mais

Tumores Neuroendócrino do Pâncreas - Tratamento cirúrgico dos insulinomas pancreáticos

Tumores Neuroendócrino do Pâncreas - Tratamento cirúrgico dos insulinomas pancreáticos Tumores Neuroendócrino do Pâncreas - Tratamento cirúrgico dos insulinomas pancreáticos Dr. José Jukemura Assistente Doutor da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo FMUSP Classificação WHO 2004 TEBD-PB

Leia mais

VII Congresso Norte-Nordeste Nordeste de Gastroenterologia Teresina, 6 a 9 de junho de 2007

VII Congresso Norte-Nordeste Nordeste de Gastroenterologia Teresina, 6 a 9 de junho de 2007 VII Congresso Norte-Nordeste Nordeste de Gastroenterologia Teresina, 6 a 9 de junho de 2007 Hipertensão Porta: Papel da cirurgia Orlando Jorge Martins Torres Núcleo de Estudos do Fígado - UFMA Cirurgia

Leia mais

Síndrome Coronariana Aguda no pós-operatório imediato de Cirurgia de Revascularização Miocárdica. Renato Sanchez Antonio

Síndrome Coronariana Aguda no pós-operatório imediato de Cirurgia de Revascularização Miocárdica. Renato Sanchez Antonio Síndrome Coronariana Aguda no pós-operatório imediato de Cirurgia de Revascularização Miocárdica Renato Sanchez Antonio Objetivo Isquemia perioperatória e infarto após CRM estão associados ao aumento

Leia mais

Perspectivas Médicas ISSN: Faculdade de Medicina de Jundiaí Brasil

Perspectivas Médicas ISSN: Faculdade de Medicina de Jundiaí Brasil Perspectivas Médicas ISSN: 0100-2929 perspectivasmedicas@fmj.br Faculdade de Medicina de Jundiaí Brasil Junqueira Possebon, Arabela; Morales, Caroline; Albanesi dos Santos, Thaisa; Cássio Fratezi, Ayrton

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 370/2014 Uso de Stent Farmacológico no Tratamento da Reestenose Intra-stent Convencional

RESPOSTA RÁPIDA 370/2014 Uso de Stent Farmacológico no Tratamento da Reestenose Intra-stent Convencional RESPOSTA RÁPIDA 370/2014 Uso de Stent Farmacológico no Tratamento da Reestenose Intra-stent Convencional SOLICITANTE Dr. Renato Luís Dresch Juiz da 4ª vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal de Belo

Leia mais

Assistência ao Paciente portador de Doença Renal Crônica que requer de Hemodiálise.

Assistência ao Paciente portador de Doença Renal Crônica que requer de Hemodiálise. Assistência ao Paciente portador de Doença Renal Crônica que requer de Hemodiálise. O Nosso protocolo assistencial tem como base as diretrizes e normas elaboradas pela Society of Interventional Radiology

Leia mais

Comparação de insuflação com dióxido de carbono e ar em endoscopia e colonoscopia: ensaio clínico prospectivo, duplo cego, randomizado - julho 2017

Comparação de insuflação com dióxido de carbono e ar em endoscopia e colonoscopia: ensaio clínico prospectivo, duplo cego, randomizado - julho 2017 A endoscopia terapêutica tem se tornado cada vez mais invasiva, realizando procedimentos que muito se assemelham a cirurgias, por sua complexidade, dificuldade técnica, tempo de execução e possibilidade

Leia mais

interventional & diagnostic medical competences Especialidades Cirúrgicas

interventional & diagnostic medical competences Especialidades Cirúrgicas interventional & diagnostic medical competences Especialidades Cirúrgicas APRESENTAÇÃO A Te l e R a d i o l o g y C l i n i c n a s c e u d a necessidade de assegurar uma resposta de telerradiologia de

Leia mais

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Doença de Kawasaki Versão de 2016 2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 2.1 Como é diagnosticada? A DK é uma doença de diagnóstico clínico ou de cabeceira. Isto significa

Leia mais

Centro Hospitalar de Hospital São João, EPE. João Rocha Neves Faculdade de Medicina da UP CH - Hospital São João EPE

Centro Hospitalar de Hospital São João, EPE. João Rocha Neves Faculdade de Medicina da UP CH - Hospital São João EPE Centro Hospitalar de Hospital São João, EPE João Rocha Neves Faculdade de Medicina da UP CH - Hospital São João EPE Doença carotídea Doença arterial periférica Isquemia aguda Estenose da artéria renal

Leia mais

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012 Radiologia do fígado Prof. Jorge Elias Jr Radiologia do fígado Revisão anatômica Métodos de imagem na avaliação do fígado Anatomia seccional hepática pelos métodos de imagem Exemplo da utilização dos métodos:

Leia mais

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Medicina Hospital São Lucas SERVIÇO DE CIRURGIA TORÁCICA José Antônio de Figueiredo Pinto DEFINIÇÃO Lesão arredondada, menor que 3.0 cm

Leia mais

ACESSOS VASCULARES PREVENÇÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE ENFª FRANCIELE TONIOLO ENFª LUIZA CASABURI

ACESSOS VASCULARES PREVENÇÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE ENFª FRANCIELE TONIOLO ENFª LUIZA CASABURI ACESSOS VASCULARES PREVENÇÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE ENFª FRANCIELE TONIOLO ENFª LUIZA CASABURI A inserção de CVP é atualmente uma prática indispensável

Leia mais

Distúrbios do Coração e dos Vasos Sangüíneos II

Distúrbios do Coração e dos Vasos Sangüíneos II Distúrbios do Coração e dos Vasos Sangüíneos II DEFINIÇÃO Hemostasia é o conjunto de mecanismos que o organismo emprega para coibir hemorragia. Para tal, é formado um trombo que obstrui a lesão na parede

Leia mais

- termo utilizado para designar uma Dilatação Permanente de um. - Considerado aneurisma dilatação de mais de 50% num segmento vascular

- termo utilizado para designar uma Dilatação Permanente de um. - Considerado aneurisma dilatação de mais de 50% num segmento vascular Doenças Vasculares Aneurisma A palavra aneurisma é de origem grega e significa Alargamento. - termo utilizado para designar uma Dilatação Permanente de um segmento vascular. - Considerado aneurisma dilatação

Leia mais

Surecan Safety II. Agulhas tipo Huber com dispositivo de segurança para punção de cateteres de acesso totalmente implantáveis DEHP FREE E LATEX FREE

Surecan Safety II. Agulhas tipo Huber com dispositivo de segurança para punção de cateteres de acesso totalmente implantáveis DEHP FREE E LATEX FREE Surecan Safety II Agulhas tipo Huber com dispositivo de segurança para punção de cateteres de acesso totalmente implantáveis Access Ports Systems DEHP FREE E LATEX FREE Surecan Safety II Com baixo perfil,

Leia mais

APLICAÇÕES CARDIOVASCULARES EUA

APLICAÇÕES CARDIOVASCULARES EUA APLICAÇÕES CARDIOVASCULARES EUA nº total de implantes anual válvulas cardíacas (mecânicas e biológicas) - 52000 pacemakers - 144000 próteses vasculares 160000 Bypass (= oxigenadores ou cardiopulmonar bypass)

Leia mais

Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Integração e Regulação do Sistema

Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Integração e Regulação do Sistema PROTOCOLO DE ACESSO A EXAMES DE ANGIOGRAFIA RADIODIAGNÓSTICA GRUPO 13 SUBGRUPO DEZEMBRO 2007 1 A ANGIOGRAFIA RADIODIAGNÓSTICA CARACTERIZA-SE POR SER EXAME DE ALTA COMPLEXIDADE E ALTO CUSTO, PORTANTO DEVE

Leia mais

Aos cuidados de Ilustríssimo Senhor Ministro da Saúde Ricardo José Magalhães Barros em mãos

Aos cuidados de Ilustríssimo Senhor Ministro da Saúde Ricardo José Magalhães Barros em mãos Ofício 100/16 Origem: Diretoria Nacional da SBACV São Paulo, 15 de junho de 2016. Aos cuidados de Ilustríssimo Senhor Ministro da Saúde Ricardo José Magalhães Barros em mãos A SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA

Leia mais

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Turma Fisioterapia - 2º Termo Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Administração Absorção Fármaco na circulação sistêmica A absorção, a distribuição, o metabolismo e a excreção de um fármaco envolvem

Leia mais

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE NA OCLUSÃO DE DE VEIA RETINIANA CENTRAL

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE NA OCLUSÃO DE DE VEIA RETINIANA CENTRAL NOTA TÉCNICA 141/2014 Solicitante Emerson Chaves Motta Juíza de Direito - Comarca de Teófilo Otoni - MG. Processo número: 0686 14 010142-5 Data: 18/07/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura

Leia mais

CONSULTA DE ACESSOS VASCULARES. LUIS FREITAS Serviço de Nefrologia Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Centro de Acessos Vasculares - Sanfil

CONSULTA DE ACESSOS VASCULARES. LUIS FREITAS Serviço de Nefrologia Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Centro de Acessos Vasculares - Sanfil CONSULTA DE ACESSOS VASCULARES LUIS FREITAS Serviço de Nefrologia Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Centro de Acessos Vasculares - Sanfil IMPORTANCIA DO ACESSO VASCULAR EM HEMODIÁLISE Sem acesso

Leia mais

Treinamento para Novo Produto

Treinamento para Novo Produto Stent Vascular Revestido Expansível por Balão Treinamento para Novo Produto 1 DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO 2 Desenho Stent à base de aço inoxidável 316L (novo desenho) Encapsulamento completo com duas camadas

Leia mais

Tromboembolismo Pulmonar. Fernanda Queiroz

Tromboembolismo Pulmonar. Fernanda Queiroz Tromboembolismo Pulmonar Fernanda Queiroz EMBOLIA PULMONAR DEFINIÇÃO: É a obstrução de vasos da circulação arterial pulmonar causada pela impactação de particulas cujo diâmetro seja maior do que o do vaso

Leia mais

Avaliação de Tecnologias em Saúde

Avaliação de Tecnologias em Saúde Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Avaliação de Tecnologias em Saúde Assunto: Dispositivo de Proteção Cerebral MO.MA Canoas, março de 2006 Avaliação da Câmara Técnica de Medicina Baseada

Leia mais

A avaliação na ponta dos dedos

A avaliação na ponta dos dedos Reunião do Núcleo de Acessos Vasculares SPACV Mª TERESA VIEIRA Cirurgia Vascular Hospital Pulido Valente CHLN Guideline NKF K/DOQUI: Definição do termo, em relação ao acesso vascular Monitorização Exame

Leia mais

Doença Localizada. Radioterapia exclusiva em estádios iniciais: quando indicar? Robson Ferrigno

Doença Localizada. Radioterapia exclusiva em estádios iniciais: quando indicar? Robson Ferrigno Doença Localizada Radioterapia exclusiva em estádios iniciais: quando indicar? Robson Ferrigno Esta apresentação não tem qualquer conflito Esta apresentação não tem qualquer conflito de interesse Câncer

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE MAMA EM TRATAMENTO COM TRANSTUZUMABE EM HOSPITAL NO INTERIOR DE ALAGOAS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE MAMA EM TRATAMENTO COM TRANSTUZUMABE EM HOSPITAL NO INTERIOR DE ALAGOAS PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE MAMA EM TRATAMENTO COM TRANSTUZUMABE EM HOSPITAL NO INTERIOR DE ALAGOAS Andreia Herculano da Silva Casa de Saúde e Maternidade Afra Barbosa Andreiah.silva@hotmail.com

Leia mais

Diretrizes Assistenciais CARCINOMA HEPATOCELULAR (CHC)

Diretrizes Assistenciais CARCINOMA HEPATOCELULAR (CHC) Diretrizes Assistenciais CARCINOMA HEPATOCELULAR (CHC) Versão eletrônica atualizada em Março 2009 Relativamente raro (mas aumentando) em países desenvolvidos, o CHC é considerado epidêmico em partes do

Leia mais

DOSES OCUPACIONAIS EM PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS DE QUIMIOEMBOLIZAÇÃO HEPÁTICA

DOSES OCUPACIONAIS EM PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS DE QUIMIOEMBOLIZAÇÃO HEPÁTICA DOSES OCUPACIONAIS EM PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS DE QUIMIOEMBOLIZAÇÃO HEPÁTICA Castilho, Alvaro A.V.B., Murata, Camila. H., Szejnfeld, D., Fornazari, V., Moreira, A.C., Medeiros R.B. Medeiros 1 Departamento

Leia mais

Vasculite sistémica primária juvenil rara

Vasculite sistémica primária juvenil rara www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Vasculite sistémica primária juvenil rara Versão de 2016 2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 2.1 Quais são os tipos de vasculite? Como é a vasculite classificada?

Leia mais

VARIZES DE MEMBROS INFERIORES. Dr Otacilio Camargo Junior Dr George Kalil Ferreira

VARIZES DE MEMBROS INFERIORES. Dr Otacilio Camargo Junior Dr George Kalil Ferreira VARIZES DE MEMBROS INFERIORES Dr Otacilio Camargo Junior Dr George Kalil Ferreira Definição Dilatação, alongamento, tortuosidade com perda funcional, com insuficiência valvular Incidência: 3/1 sexo feminino;75%

Leia mais

Manejo clínico da ascite

Manejo clínico da ascite Manejo clínico da ascite Prof. Henrique Sérgio Moraes Coelho XX Workshop Internacional de Hepatites Virais Recife Pernambuco 2011 ASCITE PARACENTESE DIAGNÓSTICA INDICAÇÕES: ascite sem etiologia definida

Leia mais

CUIDADOS COM CATETERES E SONDAS

CUIDADOS COM CATETERES E SONDAS FACULDADE UNIGRAN CAPITAL TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA PRINCÍPIOS E TÉCNICAS DA ENFERMAGEM CUIDADOS COM CATETERES E SONDAS ACESSO VENOSO PERIFÉRICO Definido como acesso ao sistema venoso sistêmico por punção

Leia mais

O que preciso saber sobre meu acesso vascular? Cateter

O que preciso saber sobre meu acesso vascular? Cateter O que preciso saber sobre meu acesso vascular? Cateter Avitum Por que preciso de acesso vascular? Para a diálise funcionar adequadamente, ela precisa criar um caminho para tirar sangue de seu corpo, passá-lo

Leia mais

RETIRADA DE INTRODUTOR VASCULAR FEMURAL

RETIRADA DE INTRODUTOR VASCULAR FEMURAL 1 de 7 PROTOCOLO Data de Emissão: Histórico de Revisão / Versões Data Versão/Revisões Descrição Autor 1.00 Proposta inicial RN, JM 1 Objetivo: A realização da retirada do introdutor femoral realizada pelo

Leia mais

5 Observe a figura abaixo e responda.

5 Observe a figura abaixo e responda. 5 Nome: Data: UniDaDE 7 1 As artérias e veias apresentam morfologias e funções distintas. As artérias transportam o sangue do coração para os tecidos. Já as veias transportam o sangue dos tecidos até o

Leia mais

Está indicada no diagnóstico etiológico do hipotireoidismo congênito.

Está indicada no diagnóstico etiológico do hipotireoidismo congênito. 108 Tireoide Debora L. Seguro Danilovic, Rosalinda Y Camargo, Suemi Marui 1. ULTRASSONOGRAFIA O melhor método de imagem para avaliação da glândula tireoide é a ultrassonografia. Ela está indicada para

Leia mais

Radioterapia de SNC no Câncer de Pulmão: Update Robson Ferrigno

Radioterapia de SNC no Câncer de Pulmão: Update Robson Ferrigno Situações especiais Radioterapia de SNC no Câncer de Pulmão: Update 2014 Robson Ferrigno Esta apresentação não tem qualquer Esta apresentação não tem qualquer conflito de interesse Metástases Cerebrais

Leia mais

Edwards Education A HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DO STENT

Edwards Education A HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DO STENT Edwards Education A HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DO STENT História da utilização do Stent Edwards Lifesciences, Edwards e o logo estilizado E são marcas registradas por Edwards Lifesciences Corporation e estão

Leia mais

REVASCULARIZAÇÃO FEMORO POPLITEA: COD Revascularização de Tronco Supra Aórtico

REVASCULARIZAÇÃO FEMORO POPLITEA: COD Revascularização de Tronco Supra Aórtico 2ª edição - 2015 REVASCULARIZAÇÃO DE TRONCO SUPRA AÓRTICO: R$5.500,00 REVASCULARIZAÇÃO AORTO BI ILÍACA: R$ 5.115,00 COD. 30906237 - Revascularização Aorto Bi Ilica REVASCULARIZAÇÃO AORTO ILÍACA: COD. 30906253

Leia mais

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA 2016 Sociedade de Anestesiologia do Distrito Federal 3ª ETAPA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA 2016 Sociedade de Anestesiologia do Distrito Federal 3ª ETAPA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA 2016 Sociedade de Anestesiologia do Distrito Federal 3ª ETAPA PROGRAMA - ME 1 (2/8/2016) PONTO 10 - Fisiologia do Sistema Respiratório I 10.1. Funções respiratórias e não

Leia mais

CHECK UP. Dr. Alisson Chianca Ginecologia Avançada. ATIVIDADE FÍSICA Previne o Câncer pg. 08. Sinônimo de Prevenção Contra o Câncer. pg.

CHECK UP. Dr. Alisson Chianca Ginecologia Avançada. ATIVIDADE FÍSICA Previne o Câncer pg. 08. Sinônimo de Prevenção Contra o Câncer. pg. CHECK UP Sinônimo de Prevenção Contra o Câncer pg. 05 Edição 02/2017 Eletronic Book ATIVIDADE FÍSICA Previne o Câncer pg. 08 Dr. Alisson Chianca Ginecologia Avançada 04 Infertilidade: Avaliação do Casal

Leia mais

Complicações da pancreatite crônica cursando com dor abdominal manejo endoscópico - agosto 2016

Complicações da pancreatite crônica cursando com dor abdominal manejo endoscópico - agosto 2016 Relatamos o caso de uma paciente feminina de 56 anos, com história de alcoolismo e tabagismo de longa data, cursando com dor abdominal por 12 meses, até ser internada na enfermaria de Gastroenterologia

Leia mais

SANGUE PLAQUETAS HEMOSTASIA

SANGUE PLAQUETAS HEMOSTASIA SANGUE PLAQUETAS HEMOSTASIA Fisiologia Molecular BCT 2S/2011 Universidade Federal de São Paulo EPM/UNIFESP DISTÚRBIOS RELACIONADOS ÀS HEMÁCEAS CASO 1: Paciente portador de úlcera péptica Diagnóstico: Anemia

Leia mais

CONTRASTE EM ULTRASSONOGRAFIA! Detecção e Caracterização de Lesões Hepáticas

CONTRASTE EM ULTRASSONOGRAFIA! Detecção e Caracterização de Lesões Hepáticas CONTRASTE EM ULTRASSONOGRAFIA! Detecção e Caracterização de Lesões Hepáticas Joana Carvalheiro! Dr. Eduardo Pereira Serviço de Gastrenterologia do Hospital Amato Lusitano! Director do Serviço: Dr. António

Leia mais

(modelo n o 2). com a identificação de suas diferentes porções. Figura 2 O stent totalmente expandido, em três diferentes tamanhos.

(modelo n o 2). com a identificação de suas diferentes porções. Figura 2 O stent totalmente expandido, em três diferentes tamanhos. Figura 1 Stent Braile (modelo n o 2). com a identificação de suas diferentes porções Figura 2 O stent totalmente expandido, em três diferentes tamanhos. Figura 3 Durante o exame diagnóstico, a realização

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 389/2013

RESPOSTA RÁPIDA 389/2013 RESPOSTA RÁPIDA 389/2013 SOLICITANTE NÚMERO DO PROCESSO 0335.13.2291.6 DATA 01/12/2013 Dra Herilene de Oliveira Andrade Juíza de Direito da Comarca de Itapecerica - MG SOLICITAÇÃO A Senhora Maria do Rosário

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER/ INCA/ RJ

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER/ INCA/ RJ DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Pesquisador: PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP Título da Pesquisa: ANÁLISE DO VOLUME DE SOLUÇÃO PARA MANUTENÇÃO DO CATETER VENOSO CENTRAL TOTALMENTE IMPLANTADO LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO

Leia mais

Importância dos. em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador

Importância dos. em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador Importância dos marcadores tumorais em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador Definição Macromoléculas (principalmente proteínas) Origem Gênese tumoral Resposta do organismo

Leia mais

CRIOTERAPIA. Prof. Msc. Carolina Vicentini

CRIOTERAPIA. Prof. Msc. Carolina Vicentini CRIOTERAPIA Prof. Msc. Carolina Vicentini MODALIDADE VERSÁTIL e BAIXO CUSTO TERAPIA POR RESFRIAMENTO SUPERFICIAL (CRIOTERAPIA) TERMÓLISE e DIMINUIÇÃO DO MOVIMENTO MOLECULAR CRIOTERAPIA (os benefícios terapêuticos

Leia mais

Embolia Pulmonar. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência

Embolia Pulmonar. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência Embolia Pulmonar Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência Embolia Pulmonar - Conceito Entre os agravos respiratórios que apresentam elevados índices de morbidade destaca-se

Leia mais

Indicações e passo-a-passo para realização de SBRT

Indicações e passo-a-passo para realização de SBRT Indicações e passo-a-passo para realização de SBRT Heloisa de Andrade Carvalho heloisa.carvalho@hc.fm.usp.br heloisa.carvalho@hsl.org.br SBRT O que é? Porquê? Para quê? Passo-a-passo SBRT O que é? Stereotactic

Leia mais

Monitorização hemodinâmica. Disciplina Urgência e Emergência Profª Janaína Santos Valente

Monitorização hemodinâmica. Disciplina Urgência e Emergência Profª Janaína Santos Valente Monitorização hemodinâmica Disciplina Urgência e Emergência Profª Janaína Santos Valente Oximetria de pulso Não- invasivo; Ocorre transmissão de luz vermelha e infravermelha através dos capilares; Calcula

Leia mais

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas. Data: 10/04/2013

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas. Data: 10/04/2013 Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem Setor Abdome Journal Club Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas Data: 10/04/2013

Leia mais

Hipertensão arterial, uma inimiga silenciosa e muito perigosa

Hipertensão arterial, uma inimiga silenciosa e muito perigosa Hipertensão arterial, uma inimiga silenciosa e muito perigosa A famosa pressão alta está associada a uma série de outras doenças, como o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca e morte súbita, entre

Leia mais

Pregão ATIVO COMPONENTE I PONTA FLEXÍVEL RADIOPACA, CARACTERÍSTICA ADICIONAL S/ EMENDAS, ESTERILIDADE ESTÉRIL, USO ÚNICO

Pregão ATIVO COMPONENTE I PONTA FLEXÍVEL RADIOPACA, CARACTERÍSTICA ADICIONAL S/ EMENDAS, ESTERILIDADE ESTÉRIL, USO ÚNICO Pregão 2016 Edital pregão eletrônico SRP nº 118/2016 Processo 23079.034999/2016-58 Objeto: Aquisição de Cateter para intervenção e outros, para atender o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/HUCFF,

Leia mais

HISTÓRICO Tratamento ganhou impulso no início da década de 90, com o desenvolvimento da técnica de angioplastia com balão sustentada por stent. Vamos

HISTÓRICO Tratamento ganhou impulso no início da década de 90, com o desenvolvimento da técnica de angioplastia com balão sustentada por stent. Vamos STENTS EM RAMOS PULMONARES Dr. César Franco HISTÓRICO Tratamento ganhou impulso no início da década de 90, com o desenvolvimento da técnica de angioplastia com balão sustentada por stent. Vamos comentar

Leia mais

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR Situação-Problema 1 A) Tromboembolismo Pulmonar Tromboembolismo Pulmonar maciço TEP TEP maciço

Leia mais

A obstrução colônica aguda é uma condição grave que traz risco de vida, e que requer tratamento cirúrgico imediato.

A obstrução colônica aguda é uma condição grave que traz risco de vida, e que requer tratamento cirúrgico imediato. INTRODUÇÃO: Cerca de 10 a 30% dos pacientes com câncer colorretal (CCR) vão apresentar obstrução colônica como apresentação inicial. A obstrução colônica aguda é uma condição grave que traz risco de vida,

Leia mais

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CURURGIA ENDOVASCULAR

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CURURGIA ENDOVASCULAR Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2017 PADRÃO DE RESPOSTAS ANGIORRADIOLOGIA E CURURGIA ENDOVASCULAR Situação-Problema 1 A) Tromboembolismo Pulmonar Tromboembolismo Pulmonar maciço B) Angiotomografia

Leia mais

Indicadores Estratégicos

Indicadores Estratégicos Indicadores Estratégicos DR. ALEXANDRE VIEIRA RIBEIRO DA SILVA INDICADORES ESTRATÉGICOS INDICADORES E AVALIAÇÃO ASSISTENCIAL Monitoramento da Informação Assistêncial Discussão dos resultados Padrões assistenciais

Leia mais

SISTEMA CARDIOVASCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I

SISTEMA CARDIOVASCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I SISTEMA CARDIOVASCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Sistema Cardiovascular Função da circulação: 1. Transportar nutrientes 2. Transportar produtos de excreção 3. Transportar

Leia mais