Edwards Education A HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DO STENT
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- Sabrina Bastos Bicalho
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1 Edwards Education A HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DO STENT
2 História da utilização do Stent Edwards Lifesciences, Edwards e o logo estilizado E são marcas registradas por Edwards Lifesciences Corporation e estão registradas no Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos Edwards Lifesiences LLC Todos os direitos reservados 2 Edwards Lifesciences Treinamento global Para uso exclusivamente interno REV A 4/11/07
3 História da Utilização do Stent Introdução O conceito de cateter balão surgiu, no começo da década de sessenta, do desejo de reduzir as complicações na retirada de coágulos de artérias periféricas. Em 1963, depois de rejeitado por quatro conceituados jornais, o Surgery, Gynecology and Obstetrics publicou os resultados dos primeiros casos clínicos do Dr. Thomas Fogarty utilizando seu inovador Cateter de Embolectomia Fogarty, o primeiro produto de terapia endovascular para tratamento de doenças vasculares. Em 1969, a patente do produto foi baseada neste simples conceito. Dois anos depois o Laboratório Edwards (hoje Edwards Lifesciences), fabricante da válvula cardíaca artificial Starr Edwards, concordou em produzir o cateter. Apesar das controvérsias, esta tecnologia de balões foi rapidamente aplicada de várias formas. Cada uma das tecnologias relacionadas a cateteres e técnicas, listadas abaixo recebeu o mesmo tipo de investigação inicial e foram inicialmente vistas como tendo limitações clinicas. Hoje em dia, são alicerces da medicina intervencionista. Dotter: Fez a primeira dilatação periférica usando um cateter balão Gruentzig: usou um cateter balão com volume pré-estabelecido para realizar uma angioplastia coronária Palmaz: empregou um sistema com cateter balão para levar um stent arterial até a posição correta na artéria Simpson: utilizou um cateter balão para otimizar uma aterectomia direcional Parodi: levou um stent graft até a posição correta na artéria e o colocou utilizando um sistema de cateter balão Uma Breve História No começo da década de sessenta, o Dr. Charles Dotter atravessou uma estenose ilíaca inadvertidamente com o seu cateter diagnóstico. Este erro marcou o começo da radiologia intervencionista, quando ele começa um experimento em animais para tentar recanalizar artérias obstruídas. Em 1964, ele propôs o uso de dispositivos prostéticos introduzidos por via percutânea para manter a integridade do lúmen em doenças de vasos sanguíneos, especulando que o que o uso temporário de um pino silástico endovascular poderia ajudar a manter o lúmen aberto depois da criação de um caminho de passagem em um vaso obstruído. Dotter e seus colegas também foram considerados os primeiros a aplicar o termo stent para implantes vasculares ao descreverem uma técnica experimental de intervenções não-cirúrgicas para colocação de um graft tubular do tipo coil nas artérias femorais e poplíteas de cachorros. A etimologia da palavra stent não é clara, mas neste caso sua utilização é associada com um aparelho desenvolvido por Charles Thomas Stent ( ), um dentista inglês que desenvolveu um dispositivo para fazer impressões do dente e da cavidade bucal. Quando aplicado a dispositivos endovasculares de suporte pode REV A 4/11/07 Edwards Lifesciences Treinamento global Para uso exclusivamente interno 3
4 História da utilização do Stent também ser originado do verbo em inglês to stint, o que significa conter com certa limitação. Figura 1: Charles T. Dotter, M.D. ( ) Marcos na Implantação do Stent 1983 Dois preliminares artigos de Dotter e Cragg mostraram a viabilidade de enxertos arteriais via cateter o que reacendeu o interesse na colocação não cirúrgica da prótese endovascular. Usando stents de fios espiralados feitos de nitinol, eles descreveram resultados encorajadores com cateteres transluminais em artérias caninas. Este trabalho estabeleceu o potencial de uso deste dispositivo em tratamentos não cirúrgicos de doenças vasculares e foi o passo inicial para a continuação do seu desenvolvimento e de pesquisas. Os primeiros stents utilizados por Dotter foram montados coaxialmente no fio guia e posicionados com um cateter introdutor. Apesar destes primeiros stents poderem ser propriamente posicionados, eles tinham um considerável ponto negativo; as dimensões do stent pré-implantado eram idênticas às dimensões do stent pós-implantado. Os diâmetros utilizáveis ficaram limitados pelo tamanho da artéria escolhida, significando que apenas pequenas espirais poderiam passar por via percutânea. Como resultado disto, deslocações do stent eram comuns ou um significativo estreitamento ocorria no segmento implantado, minando o entusiasmo de que este realmente poderia ser dispositivo aplicável clinicamente no tratamento de doenças vasculares Maass reportou seu resultados com implantações de molas expansíveis de aço tanto em aorta quanto em veia cava de cães e bezerros. Estes resultados obtidos foram repletos de desafios relacionados à trombose, e a estenoses e a largura do diâmetro do aplicador. 4 Edwards Lifesciences Treinamento global Para uso exclusivamente interno REV A 4/11/07
5 História da Utilização do Stent Gianturco publicou os primeiros resultados de implantação de stents de mola auto-expansível em cães. Estes dados mostraram a importância do tamanho do stent ser maior do que o tamanho do vaso no qual ele será implantado, para prevenir uma posterior migração do stent Palmaz descreveu os primeiros resultados da implantação de uma malha de aço inoxidável expansível por balão em artérias periféricas caninas, introduzindo a idéia de um stent montado em balão, que pode simultaneamente dilatar o vaso e levar o stent para o local de implantação Palmaz publicou estudos mais aprofundados de implantações em cachorros, feitas em artérias femoral, renal, mesentérica e carótida em um tamanho maior de amostra com stent expansível por balão. Oclusões trombóticas no primeiro grupo de animais tratados ajudaram a detectar a necessidade do uso de terapias antitrombótica e antiagregante na hora do posicionamento do stent. Eles perceberam que o tratamento com heparina não era capaz de prevenir oclusões posteriores em segmentos implantados com stent e baixo fluxo sanguíneo, perceberam também que os melhores resultados foram apresentados nos vasos sem nenhum tipo de registro do fluxo. O contínuo refinamento dos equipamentos e técnicas nas décadas seguintes melhorou resultados e aumentou as aplicações, alcançando vasos cada vez menores e anatomias mais desafiadoras e expandindo as fronteiras da tecnologia de stent. REV A 4/11/07 Edwards Lifesciences Treinamento global Para uso exclusivamente interno 5
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