Concessão de Aeroportos
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- Danilo Aveiro Belém
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1 Concessão de Aeroportos estudo de caso brasileiro Who? Gustavo Lôpo Andrade When? May 15, 2012
2 Porque privatizar aeroportos? A maior eficiência do agente privado em comparação ao setor público Aumento de receita bruta Redução de custos Aumento da qualidade dos serviços Oum et al (2006) relatam a escassa evidência empírica sobre eficiência das privatizações em geral e apresentam resultados controversos
3 Porque privatizar aeroportos? 1 Ganhos de eficiência do setor privado: regras de compras mais flexiveis, facilidade de remunerar pessoal por desempenho, flexibilidade para contratar e demitir Novas receitas de operação: lojas, hotéis, novas idéias de cortes de custos e realinhamento de tarifas Melhoria das amenidades aos clientes: melhoria do mix de lojas a preços competitivos; maior contribuição das receitas para cobrir custos Decisões pautadas em critérios econômico-financeiros: construção e dimensionamento de novos aeroportos ou terminais sem interesses poĺıticos. Evita-se os luxuosos elefantes brancos comuns na poĺıtica. Receitas de aluguel para o poder concedente. 1 Poole (1994)
4 Porque privatizar aeroportos? O caso Brasileiro Recente crise no setor aeroportuário (2006). Aeroportos deficitários. Má gestão.
5 Cronologia 8/10/2008 e 28/6/2011: o presidente do Conselho Nacional de Desestatização(CND) recomenda a inclusão dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos no Programa Nacional de Desestatização(PND) 21/7/2011: o Governo Federal devide pela concessão dos referidos aeroportos à iniciativa privada, sendo a Anac responsável pelo processo de desestatização 22/6/2011: Anac abre chamamento público com vistas a selecionar estudos para subsidiar a modelagem das concessões - os quais incluem análise de mercado, avaliações técnicas e econômico-financeiras e levantamentos preliminares ambientais e de engenharia.
6 Cronologia 30/9/2011: minutas do edital de licitação e dos contratos de concessão dos aeroportos em tela, e respectivos anexos disponibilizados em 15/12/2011: ANAC publicou o Edital do Leilão 6/2/2012: enfim, o leilão
7 Leilões Primeiro-preço, envelope fechado: Each bidder submits a sealed bid to the seller. The highest bidder wins and pays his bid for the good. Segundo-preço, envelope fechado: Each bidder submits a sealed bid to the seller. The highest bidder wins and pays the second-highest bid for the good. Leilão Holandês: The seller begins with a very high price and begins to reduce it. The first bidder to raise his hand wins the object at the current price. Leilão Inglês: The seller begins with very low price (perhaps zero) and begins to increase it. Each bidder signals when he wishes to drop out of the auction. Once a bidder has dropped out, he cannot resume bidding later. When only one bidder remains, he is the winner and pays the current price.
8 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado i I; I := conjunto dos participantes do leilão v i U(0,1); v i := valoração do i-ésimo indivíduo v i é independente l i := lance do i-ésimo indivíduo π i := pay-off do i-ésimo indivíduo #I := n
9 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado l (v) = N 1 F N 1 (v) v xf (x)f N 1 (x)d(x) 0 l i = v i n 1 n é um eq. de nash Bayesiano simétrico
10 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado E[π i ] = (v i l i )Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) para j i, Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) = Pr(l i > l j ) n 1
11 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado E[π i ] = (v i l i )Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) para j i, Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) = Pr(l i > l j ) n 1 n 1 l j = v j n para j i
12 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado E[π i ] = (v i l i )Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) para j i, Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) = Pr(l i > l j ) n 1 n 1 l j = v j n para j i E[π i ] = (v i l i )Pr ( ) n 1 n 1 l i > v j n para j i
13 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado E[π i ] = (v i l i )Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) para j i, Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) = Pr(l i > l j ) n 1 n 1 l j = v j n para j i E[π i ] = (v i l i )Pr ( ) n 1 n 1 l i > v j n para j i n 1 Pr(l i > v j n )n 1 n = Pr(l i n 1 > v j) n 1 = (l i n n 1 )n 1
14 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado E[π i ] = (v i l i )Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) para j i, Pr(l i > l 1, l i > l 2,..., l i > l n ) = Pr(l i > l j ) n 1 n 1 l j = v j n para j i E[π i ] = (v i l i )Pr ( ) n 1 n 1 l i > v j n para j i n 1 Pr(l i > v j n )n 1 n = Pr(l i n 1 > v j) n 1 = (l i n n 1 )n 1
15 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado max l i E[π i ] = max l i ln E[π i ] ln E[π i ] = ln v i l i + (n 1)(ln l i + ln n n 1 )
16 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado max l i E[π i ] = max l i ln E[π i ] ln E[π i ] = ln v i l i + (n 1)(ln l i + ln n n 1 ) CPO: [l i ] ln E[π i ] = ln v i l i + (n 1)(ln l i + ln n n 1 )
17 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado max l i E[π i ] = max l i ln E[π i ] ln E[π i ] = ln v i l i + (n 1)(ln l i + ln n n 1 ) CPO: [l i ] ln E[π i ] = ln v i l i + (n 1)(ln l i + ln n n 1 ) 1 v i l i + C + n 1 l i = 0
18 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado max l i E[π i ] = max l i ln E[π i ] ln E[π i ] = ln v i l i + (n 1)(ln l i + ln n n 1 ) CPO: [l i ] ln E[π i ] = ln v i l i + (n 1)(ln l i + ln n n 1 ) 1 v i l i + C + n 1 l i = 0 l i = n 1 n v i
19 Exemplo leilão de primeiro preço, envelope fechado max l i E[π i ] = max l i ln E[π i ] ln E[π i ] = ln v i l i + (n 1)(ln l i + ln n n 1 ) CPO: [l i ] ln E[π i ] = ln v i l i + (n 1)(ln l i + ln n n 1 ) 1 v i l i + C + n 1 l i = 0 l i = n 1 n v i
20 Regulação Airports are often referred to as a municipal utility, like electricity, gas, telephones, or water. Although an airport is very capital-intensive, like those utilities, the key question is whether or not it possesses monopoly power. If it does, then the issue becomes the most appropriate way of dealing with that power. 2 2 Poole(1994)
21 Regulação A alocação eficiente dos recursos possibilita maior oferta dos serviços de transporte aéreo, o que, sob a égide dos apropriados instrumentos regulatórios, resulta na ampliação da concorrência. A maior concorrência, por sua vez, ao incentivar maiores níveis de qualidade e menores preços, age no sentido de agregar novos usuários ao modal de transporte aéreo. Exemplo: alocação de slots: filas ou cotas?
22 Regulação Anac Promover o crescimento do setor por meio da regulação eficiente do mercado, de estímulos a investimentos privados e do incentivo à concorrência, visando coibir práticas anticoncorrenciais e assegurar a prestação adequada de serviços, a modicidade dos preços e a garantia dos direitos dos usuários. Aprimorar o marco regulatório da aviação civil que promova, estimule e incentive a competição.
23 Regulação Mercado relevante Numa rota, entre malhas, por infraestrutura, entre pontos de acesso ou egresso. Delimitar áreas de influência ou de alcance (catchment) com base em tempos de acesso ao aeroporto. Por este método, busca-se uma área que englobe entre 70 e 90% dos passageiros que utilizam aquele aeroporto. Fatores principais a escolha do aeroporto: tempo de acesso (mormente a executivos), frequência de vôos diretos nos períodos de pico, experiência pessoal em relação ao aeroporto.
24 Regulação O caso Brasileiro Fator X: está associado a ganhos de eficiencia. Fator Q: está associado a qualidade do serviço prestado. Uma forma a criar incentivos a reproduzir um cenário de concorrência.
25 Regulação Exemplo: caso de Viracopos Construção de ferrovia ligando Guarulhos e Viracopos. Regulação tarifária. Não se prevê regulação quanto aos valores a serem cobrados pela exploração das áreas destinadas ao abastecimento das aeronaves. Anac: preço praticado pelo usufruto das referidas áreas é de livre formação pelo mercado, ante a presença de competitividade entre as firmas distribuidoras de combustível. Eventuais infringências caberão ao Cade investigar. TCU: a área para fornecimento de combustíveis pode ser arrendada para mais de uma distribuidora. Inviabilidade operacional de abastecimento em outros aeroportos. Incorporar as áreas destinadas ao abastecimento de combustível de aviação no rol de áreas essenciais.
26 Bibliografia Jehle, Geoffrey. Advanced microeconomic theory. Harlow New York: Financial Times/Prentice Hall, Gibbons, Robert. Game theory for applied economists. Princeton, N.J: Princeton University Press, FIUZA, Eduardo P. S. ; PIONER, Heleno Martins. Estudo Econômico Sobre Regulação e Concorrência no Setor de Aeroportos. Rio de Janeiro: ANAC, 2009 (Documento de Trabalho). POOLE, R.W., Jr. (1994). Guidelines for airport privatization. Reason Public Policy Foundation. (How-to-guide No. 13). Disponível em: Relatórios de acompanhamento do TCU. Disponíveis em: www2.anac.gov.br/transparencia/audienciaspublicasencerradas2011.asp
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