CENÁRIO GLOBAL DE GRÃOS. Leonardo Sologuren Céleres Julho de 2009
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- Laís Ventura Gabeira
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1 CENÁRIO GLOBAL DE GRÃOS Leonardo Sologuren Céleres Julho de 2009
2 Alguns prováveis veis efeitos da crise financeira sobre o setor agropecuário rio
3 A conjuntura atual Os fundamentos de oferta e demanda deixaram de ser o principal direcionador para a formação dos preços. O mercado passa a acompanhar de perto os movimentos do mercado financeiro; A demanda é existente, porém, a queda na oferta de crédito limita as ações dos importadores; A crise afeta alguns setores com mais intensidade, como o setor sucroalcooleiro e o de carnes bovinas; Acentua-se os processos de fusão como uma saída para enfrentar a crise; Apesar de um cenário mais delicado, os preços das commodities agrícolas voltaram a se recuperar após o estouro da crise.
4 O impacto das crises no consumo de alimentos Em 48 anos, a maior retração na demanda de alimentos foi de 3,5% Fonte: FAO/USDA/FMI/Céleres Elaboração: Céleres Alimentos incluem os principais grãos e oleaginosas
5 Crescimento médio m do consumo de proteína animal nos últimos 10 anos Antiga URSS 38% América do Norte 11% UE-27 54% 18% Ásia Oriental América Central 32% 62% Oriente Médio 52% Sudeste Asiático 36% África Subsaariana América do Sul 15% Oceania
6 Projeções do Consumo Mundial de Etanol em bilhões de litros Fonte: OECD, RFA, ITC, JJ&A, EPE, MME, Wood Mackenzie, Céleres. Elaboração: Céleres.
7 Projeções do Consumo Mundial de Biodiesel em bilhões de litros Fonte: OECD, EIA, NBB, EBB, Wood Mackenzie, Céleres, Fapri. Elaboração: Céleres.
8 A relação estoque/consumo de grãos no mundo está ligeiramente abaixo de sua média m histórica 40% 32% Média histórica: 24% 24% 16% 8% 0% Fonte: USDA Elaboração: Céleres
9 MILHO
10 A conjuntura atual Os altos estoques de passagem provenientes da safra 2007/08 impediram a sustentação dos preços verificadas em janeiro; As altas dos preços observadas em janeiro estimularam o investimento no milho safrinha. A queda na área plantada foi muito mais tênue do que as expectativas iniciais. Perda significativa de produção na 2ª safra; As expectativas referentes as exportações são boas, porém, os resultados ainda não apareceram; As vendas externas irão ditar o rumo do mercado.
11 A relação estoque/consumo de milho no mundo está bem abaixo de sua média m histórica 50% 40% Média histórica: 24,1% 30% 20% 10% 0% Fonte: USDA Elaboração: Céleres
12 Oferta e demanda de milho no mundo 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 CAGR Área colhida (milhões ha) 145,4 149,2 159,9 156,4 157,3 2,0% Oferta (milhões ton) Estoque inicial 131,5 124,2 109,0 130,7 143,8 2,3% Produção 698,8 712,2 791,7 788,6 789,8 3,1% Importação 79,3 90,8 98,4 76,9 79,9 0,2% Oferta total 909,6 927,2 999,0 996, ,6 2,7% Demanda (milhões ton) Exportação 81,0 93,9 98,6 78,7 81,8 0,2% Uso animal 477,4 477,7 496,5 479,4 483,3 0,3% Outros usos 227,0 246,5 273,1 294,4 309,4 8,1% Demanda total 785,4 818,2 868,3 852,5 874,4 2,7% Estoque final 124,2 109,0 130,7 143,8 139,2 2,9% Estoque/consumo 17,6% 15,1% 17,0% 18,6% 17,6% Fonte: USDA Elaboração: Céleres
13 Oferta e demanda de milho nos EUA 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 CAGR Área colhida (milhões ha) 30,4 28,6 35,0 31,8 32,4 1,6% Oferta (milhões ton) Estoque inicial 53,7 50,0 33,1 41,3 45,0-4,3% Produção 282,3 267,5 331,2 307,4 312,2 2,6% Importação 0,2 0,3 0,5 0,4 0,4 14,2% Oferta total 336,2 317,8 364,8 349,0 357,5 1,6% Demanda (milhões ton) Exportação 54,2 54,0 61,9 45,7 49,5-2,2% Uso animal 156,3 142,0 150,8 133,4 132,1-4,1% Outros usos 75,7 88,7 110,8 125,0 136,5 15,9% Demanda total 286,2 284,7 323,5 304,1 318,1 2,7% Estoque final 50,0 33,1 41,3 45,0 39,4-5,8% Estoque/consumo 17,5% 11,6% 12,8% 14,8% 12,4% Fonte: USDA Elaboração: Céleres
14 O volume de exportação cai sensivelmente na Argentina Fonte: USDA Elaboração: Céleres
15 Mas o trading global também m será menor ,9 98, ,8 74,6 76,7 77,3 77,6 81,0 78,7 81,8 Milhões de toneladas /01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 Fonte: USDA Elaboração: Céleres
16 Ápós dois anos de importações crescentes,, a UE-27 retoma sua normalidade Fonte: USDA
17 As exportações iniciaram em ritmo forte no primeiro bimestre do ano, porém m perderam força a nos dois últimos meses Jan a Abr de 2008: 2,57 milhões de t Jan a Abr de 2009: 3,38 milhões de t Milhões de t jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Fonte: SECEX Elaboração: Céleres
18 Historicamente o Brasil exporta mais no segundo semestre Mediana 1º sem: 42,9% 2º sem: 57,1% Fonte: SECEX Elaboração: Céleres
19 A Ásia se tornou a maior importadora do milho brasileiro Milhões de t Irã Colômbia Malásia Coreia do Sul Fonte: SECEX Elaboração: Céleres
20 Após s a queda dos preços com o estouro da crise, as cotações voltam a se recuperar na Bolsa de Chicago Preços do milho na CBOT 1º vencimento US$ /bushel jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 Fonte: CBOT Elaboração: Céleres
21 Os altos estoques de passagem pressionaram os preços no Brasil 28 Preços do milho no MT 35 Preços do milho em SC R$/saca de 60 kg jan mar mai jul set nov R$/saca de 60 kg jan mar mai jul set nov Preços do milho em GO 35 Preços do milho no PR R$/saca de 60 kg jan mar mai jul set nov R$/saca de 60 kg jan mar mai jul set nov Fonte: Céleres
22 Balanço o de Oferta e Demanda de Milho no Brasil Oferta 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 (A) 08/09 (B) Estoque inicial Produção total Produção 1ª Safra Produção 2ª Safra Importação Oferta Total Demanda Consumo animal Consumo industrial Não comercial Perdas Sementes Exportação Demanda Total Estoque Final Estoque/Consumo 17,2% 7,1% 9,4% 5,9% 19,3% 7,1% 9,2% Fonte: Céleres Obs.: em milhões de toneladas
23 Estratégias FATORES ALTISTAS Instabilidade climática na 2ª safra Instabilidade climática na safra norte-americana de milho Crescimento das exportações FATORES BAIXISTAS Má desempenho das vendas externas ESTRATÉGIAS Participação contínua no mercado (estipular margem como objetivo) Aproveitar as oscilações de preços do mercado futuro para efetuar vendas a preços remuneradores Acompanhar de perto as exportações para o delineamento das estratégias de venda Excesso de produção na 2ª safra Redução do consumo pelo segmento produtivo de carnes
24 SOJA
25 I A conjuntura atual A desvalorização do real minimiza o impacto do recuo dos preços na Bolsa de Chicago e colabora para manter as margens do produtor Mas existe um claro descompasso entre os custos efetivos da safra 2008/09 e a receita obtida na colheita Condições climáticas irregulares comprometem bons níveis de produtividade O desafio de atravessar o ano de 2009 A retomada do crescimento requererá uma melhor visão estratégica por parte do produtor de soja brasileiro
26 Produção sobre consumo doméstico de soja em grão Percentual do consumo estimado para 2008/09 155% UE-27 5% 29% América do Norte 8% Ásia Oriental 2% Oriente Médio 98% Sul da Ásia 139% 27% Sudeste Asiático América do Sul Norte da África Fonte: USDA Elaboração: Céleres As regiões selecionadas representam 98,2% do consumo estimado para 2008/09
27 Produção sobre consumo doméstico de farelo de soja Percentual do consumo estimado para 2008/09 113% UE-27 31% 92% América do Norte 47% Ásia Oriental 42% Oriente Médio 241% Sul da Ásia 304% 13% Sudeste Asiático América do Sul Norte da África Fonte: USDA Elaboração: Céleres As regiões selecionadas representam 95,2% do consumo estimado para 2008/09
28 Produção sobre consumo doméstico de óleo de soja Percentual do consumo estimado para 2008/09 UE-27 79% América do Norte 106% 48% 76% Ásia Oriental 20% Oriente Médio 60% Sul da Ásia Norte da África América do Sul 206% 14% 27% Sudeste Asiático África Sub saahariana Fonte: USDA Elaboração: Céleres As regiões selecionadas representam 98,2% do consumo estimado para 2008/09
29 A América do Sul passa a ser dominante no mercado internacional, pelo lado da oferta Argentina Custos de produção menores do que no Brasil Enfrenta a pior seca da história recente compromete a produção nesse ano A incerteza política deve potencializar os efeitos da seca Uma oportunidade para o Brasil de curto prazo Paraguai Enfrenta o mesmo problema de clima, vivido pelos Argentinos O risco político com o novo governo pode limitar o crescimento da produção nos próximos anos Bolívia A persistência da incerteza política limita o crescimento da produção de soja Uruguai Inexpressível até poucos anos, a produção local deve atingir este ano 1,0 milhão de toneladas
30 Quase 20 milhões de toneladas de soja deixaram de ser produzidas na América do Sul nesta safra Fonte: Céleres/USDA/SAGPyA Valores em milhões de toneladas Abril/2009
31 A produção na safra norte-americana de soja deverá crescer no ano agrícola 2009/10 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 CAGR Área colhida (milhões ha) 28,8 30,2 26,0 30,2 31,0 1,8% Oferta (milhões ton) Estoque inicial 7,0 12,2 15,6 5,6 3,0-19,1% Produção 83,5 87,0 72,9 80,5 88,7 1,5% Importação 0,1 0,2 0,3 0,4 0,3 31,1% Oferta total 90,6 99,5 88,7 86,5 92,0 0,4% Demanda (milhões ton) Exportação 25,6 30,4 31,6 34,3 34,7 7,9% Esmagamento 47,3 49,2 49,1 45,0 45,7-0,9% Outros usos 5,4 4,3 2,5 4,2 4,8 0,0% Demanda total 78,3 83,9 83,2 83,5 85,2 2,1% Estoque final 12,2 15,6 5,6 3,0 6,8-13,7% Estoque/consumo 15,6% 18,6% 6,7% 3,6% 8,0% Fonte: USDA Elaboração: Céleres
32 A expectativa é de recuperação nos níveis n dos estoques no ano agrícola 2009/10. Isto explica o mercado invertido 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 CAGR Área colhida (milhões ha) 92,9 94,2 91,0 96,4 98,8 1,5% Oferta (milhões ton) Estoque inicial 47,5 53,2 62,9 52,9 41,8-3,1% Produção 220,7 237,1 221,2 210,9 241,7 2,3% Importação 64,1 69,1 78,2 72,4 74,4 3,8% Oferta total 332,3 359,4 362,2 336,2 357,9 1,9% Demanda (milhões ton) Exportação 63,8 71,3 79,6 72,6 75,3 4,2% Esmagamento 185,2 195,7 201,9 192,3 201,0 2,1% Outros usos 30,1 29,5 27,8 29,5 30,5 0,4% Demanda total 279,1 296,5 309,3 294,3 306,9 2,4% Estoque final 53,2 62,9 52,9 41,8 51,0-1,0% Estoque/consumo 24,7% 27,9% 23,0% 18,9% 22,0% Fonte: USDA Elaboração: Céleres
33 Preços da soja buscam um novo patamar Mas é improvável vel o retorno aos padrões da década d de 80 e 90 Relação estoque/consumo mundial 19,6% 22,3% 19,9% 23,2% 24,7% 27,8% 23,2% 20,3% +42,7% -15% +45,4% Fonte: CBOT fechamento diário 1a posição Valores em US$/bushel (27,216 kg)
34 O ritmo de embarques no 1º 1 trimestre foi firme, com crescimento de 63% em relação ao mesmo período do ano passado Exportação Mensal (milhão t) ,7 24,5 81,5% 77,9% Fonte: SECEX Elaboração: Céleres Atualizado em Março/2009
35 Os preços da soja estão próximos ao do mesmo período do ano passado 60 Preços da soja em MT 60 Preços da soja em RS R$/saca de 60 kg jan mar mai jul set nov R$/saca de 60 kg jan mar mai jul set nov Preços da soja no GO 60 Preços da soja em PR R$/saca de 60 kg jan mar mai jul set nov R$/saca de 60 kg jan mar mai jul set nov Fonte: Céleres
36 A irregularidade climática frustra a produção de soja nessa safra, apesar da área plantada ter ficado estável 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 Var (%) Área colhida (mil ha) ,0% Produtividade (kg/ha) ,5% Produção (mil ton.) ,6% Oferta Estoque inicial ,7% Produção ,6% Importação ,0% Oferta total ,4% Demanda Esmagamento ,3% Exportação ,4% Sementes ,8% Outros usos ,0% Demanda total ,3% Estoque final Fonte: Céleres Valores em milhões toneladas Atualizado em Maio/2009
37 Estratégias FATORES ALTISTAS Quebra da produção norteamericana de soja Descolamento dos preços no Brasil em virtude da menor oferta regional Menor competição da Argentina FATORES BAIXISTAS Súbita desaceleração do consumo, em particular da China ESTRATÉGIAS Participação contínua no mercado (estipular margem como objetivo) Atenção no período do mercado do clima nos EUA Chance de forte volatilidade entre junho e começo de agosto Atenção ao ritmo de compra das indústrias e a possibilidade dos preços no Brasil se descolarem mais rápido de Chicago Alta produção na safra norteamericana de soja
38 Contato Endereço R. Eng. Hélvio Felice, 119 Uberlândia MG : (34) : (34) celeres@celeres.com.br Associada da Arcadia International (Bruxelas, Bélgica) B Membro do ISAAA
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