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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA O Direito Ambiental e a Biodiversidade Brasilieira: o caso das plantas medicinais Patricia Conceição Costa Teixeira Orientador Prof. Jander Leal DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL Rio de Janeiro, 2015

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA "O DIREITO AMBIENTAL E A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA - O CASO DAS PLANTAS MEDICINAIS" Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito Ambiental. Por: Patricia Conceição Costa Teixeira

3 3 AGRADECIMENTOS Nos agradecimentos, não posso deixar de citar os meu colegas de turma que me acompanharam em mais essa jornada como o Vinicius, a Vânia, o Roberto, a Ana Gusmão, a Thulani, a Raphaela e a Roberta. E também a turma que entrou depois, da Secretaria de Ambiente do município de são Gonçalo, todos com suas experiências práticas da aplicação da legislação e da fiscalização, contribuíram com o curso e com meu conhecimento. Agradeço aos professores, que se dedicaram com suas aulas e troca de experiência que muito enriquecem este curso. Ao professor Francisco Carrera como representante de todos eles. Agradeço a Rosane Abreu pela força e incentivo, sempre querendo saber se eu estava gostando dos novos conhecimento e aprendizados. Por fim, mas não por último agradeço a Deus pela força em seguir adiante, sem desistir mesmo depois da aprovação em um curso de mestrado depois de iniciada a pós graduação em Direito Ambiental.

4 4 Dedico este trabalho ao meu companheiro de todas as horas e assuntos, Carlos Frederico dos Santos.

5 5 RESUMO Este trabalho pretende analisar à luz do Direito Ambiental através de seus princípios, a legislação pertinente ao uso das plantas medicinais, o acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado. A pesquisa se dá exatamente no momento onde a flexibilização da Medida Provisória de 2001, que regula o Acesso ao Patrimônio Genético e ao Conhecimento Tradicional Associado, que se dará através do projeto de Lei de autoria do senador Álvaro Rêgo, foi votado na Câmara dos Deputados em Brasília, e seguirá para avaliação e sansão da então presidente Dilma Roussef. Tal Projeto de lei tem apoio da comunidade científica, das empresas do ramo e de comunidades tradicionais, e ainda envolve os Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente. Identifica-se assim, como a legislação pode ser útil na proteção do Ambiente e seus principais biomas. Apresenta-se essa discussão sobre o panorama de pesquisa e desenvolvimento de plantas medicinais no Brasil e suas vantagens e desvantagens no que tange ao seu marco regulatório. Por fim, propõe-se a Agroecologia como alternativa de sustentabilidade ambiental e geração de trabalho e renda.

6 6 METODOLOGIA Trata-se de estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado através de levantamento bibliográfico relacionado ao tema: "O direito ambiental e a biodiversidade brasileira - o caso das plantas medicinais". Os palavras-chave utilizados durante toda a análise foram fitoterapia, medicamentos fitoterápicos, fitoterapia no SUS, planta medicinal, legislação, regulação, dano ecológico e direito ambiental e seus princípios. O trabalho foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas levantadas, site oficiais, artigos e periódicos.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...8 CAPÍTULO I - Plantas Medicinais no Brasil Farmácias Vivas Pesquisa e Desenvolvimento de plantas medicinais P&D no Brasil...16 CAPÍTULO II - A Legislação a cerca do Patrimônio Genético O Patrimônio Genético O Conselho do Patrimônio Genético CGEN A Convenção da Diversidade Brasileira A Medida Provisória 2186/ A Lei de Biossegurança...24 Capitulo III Os princípios do Direito Ambiental Princípio da Precaução Princípio da Prevenção Princípio da Responsabilidade Princípio do Poluidor Pagador...30 Capitulo IV - A preservação e a conservação da biodiversidade Sistemas Agroflorestais: uma proposta de preservação e conservação dos ecossistemas...31 Conclusão...36 Bibliografia...37

8 8 INTRODUÇÃO O Brasil possui grande diversidade em sua flora, o que significa vantagem competitiva no desenvolvimento de fitomedicamentos. A biodiversidade existente em seus vários biomas (Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Amazônia e Pampa) permite que o país desenvolva ciência e tecnologia na produção de medicamentos de origem vegetal. Através da vontade política o Estado brasileiro assume o desafio de produzir tecnologia a partir de sua biodiversidade. Com este objetivo foi criada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) pelo Decreto nº de 22 de Junho de 2006, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estabelece diretrizes e linhas prioritárias para o desenvolvimento de ações pelos diversos parceiros em torno de objetivos comuns voltados à garantia do acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos em nosso país. O desenvolvimento de tecnologias e inovações, assim como o fortalecimento das cadeias e dos arranjos produtivos, o uso sustentável da biodiversidade brasileira. Como objetivo principal pretende-se identificar como as plantas medicinais poderão contribuir como proposta de conservação e preservação dos ecossistemas. Como a regulamentação do uso das plantas medicinais devem prestigiar os princípios da prevenção e da precaução. A partir do cenário político que será apresentado no capítulo 1, haverá uma breve contextualização sobre a necessidade de se realizar esse projeto de pesquisa com enfoque nas plantas medicinais, numa abordagem sobre seus usos e a farmácia viva que tem origem num modelo implantado de forma pioneira no Ceará pelo professor Matos para atender ao Sistema Único de Saúde (SUS). No capítulo 2 a abordagem será sobre a legislação ambiental, como a MP 2186/2001, que regulamenta o acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional, bem como a Lei de Biossegurança, que aborda as questões de soberania nacional. Visando analisar o marco regulatório que

9 9 surgiu com o protocolo de Nagoya e com a Convenção de Diversidade Biológica, numa abordagem sobre o meio ambiente e suas interações com o homem. No último capítulo, apresenta-se uma proposta de conservação da biodiversidade a partir da Agroecologia e suas possibilidades, como tema inserido em uma rede de saúde, cujo fio condutor é a inovação de medicamentos da biodiversidade, seja ele de origem vegetal ou animal. Aqui detém-se aos medicamentos de origem vegetal para um melhor recorte e entendimento.

10 10 CAPÍTULO I Plantas Medicinais no Brasil A legitimação da Fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) deu-se pela aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), mediante a Portaria MS Nº 971, de 03/05/2006, que preveem diretrizes a serem atendidas com a finalidade de garantir à população o acesso a plantas medicinais e fitoterápicas seguros, eficazes e de qualidade (BRASIL, 2006a). Nesta portaria estão incluídos também os sistemas médicos complexos 1 Homeopatia e Medicina Tradicional Chinesa e os recursos terapêuticos Acupuntura e Termalismo 2 Social e Crenoterapia3. Em seqüência, foi aprovada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) pelo Decreto Nº 5.813, em 22/06/2006, com o objetivo de garantir a população o acesso e o uso sustentável da biodiversidade brasileira, além da promoção e reconhecimento das práticas populares de uso das plantas medicinais e remédios caseiros, sob a égide do uso racional das plantas medicinais e dos fitoterápicos (BRASIL, 2006b). O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos - PNPMF foi aprovado em 09/12/2008 mediante a Portaria Interministerial nº 2.960, e instituído o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (BRASIL, 2008). A planta medicinal espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos está regulamentada no Brasil sob diferentes aspectos, com níveis tecnológicos de obtenção distintos (RIO DE JANEIRO, 2001; BRASIL, 2010a; BRASIL, 2010b): No Brasil, a planta medicinal fresca utilizada pela população é comercializada em feiras livres e mercados, e não sofre controle de qualidade e procedência, estando sujeita ao controle sanitário pela Vigilância Sanitária Municipal. A origem das espécies vegetais, utilizadas para fins medicinais, vai variar de acordo com o tipo de plantio e coleta horto medicinal, cultivo agroflorestal ou se obtida por extrativismo. A produção e o cultivo de plantas medicinais bem como o controle da comercialização de mudas e 2 sementes

11 11 são da competência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA (BRASIL, 2008). A planta medicinal poderá ser beneficiada até seu estado seco e comercializada como droga vegetal, porém a comercialização com alegação terapêutica está sujeita a notificação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA, segundo a Resolução RDC nº 10, de 2010, que indica 66 espécies. Estas poderão ser apresentadas íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas (BRASIL, 2010a). A lista de espécies medicinais que constam da Resolução RDC nº10. Os medicamentos fitoterápicos são aqueles obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais (BRASIL, 2010b). O medicamento fitoterápico poderá ser industrializado ou manipulado em farmácia. O medicamento fitoterápico industrializado é fabricado em uma indústria farmacêutica e possui registro na ANVISA/Ministério da Saúde para ser comercializado, regulamentado pela RDC nº 14/2010, enquanto o medicamento fitoterápico manipulado consiste numa preparação magistral e/ou oficinal, regulamentado pela RDC nº 67/2007 (BRASIL, 2007). Em ambos os casos, o preparo segue as boas práticas de fabricação ou manipulação, que irão garantir a qualidade e segurança de uso. O diferencial dos dois tipos de medicamentos fitoterápicos está na possibilidade de produção individual e personalizada, podendo ser obtidos em concentrações distintas daqueles disponíveis comercialmente. O medicamento fitoterápico magistral é preparado a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. O medicamento fitoterápico oficinal possui fórmula inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA (PORTAL DA SAÚDE, 2012). O medicamento oficinal passou a ser denominado farmacopéico, de acordo com a última edição do formulário nacional (BRASIL, 2005). 3

12 12 O uso e o valor econômico, social e farmacêutico-clínico da planta medicinal no Brasil têm assumido proporções relevantes a ponto de se estabelecer políticas públicas: PNPIC e PNPMF, oficializadas no âmbito nacional. A partir da PNPMF passou a ser levado em consideração o interesse popular, reconhecendo a importância do conhecimento tradicional que é complementado pelo conhecimento científico. Todo movimento no país em torno da regulamentação da Fitoterapia foi então oficializado no âmbito nacional com a publicação da PNPIC e da PNPMF. No entanto, não bastou a instituição das políticas públicas, pois a sua implantação requer o estabelecimento de metas e ações que garantam o acesso da população de forma segura. No sentido de propiciar o acesso aos fitoterápicos no SUS, o Ministério da Saúde aprova as normas de execução e de financiamento da assistência farmacêutica na atenção básica em saúde e inclui dois medicamentos fitoterápicos (Mikania glomerata e Maytenus ilicifolia) no elenco de referência de medicamentos e insumos complementares (BRASIL, 2007). Em 2009, a norma de execução e de financiamento da assistência farmacêutica na atenção básica é atualizada e inclui mais seis medicamentos fitoterápicos (Cynara scolimus, Schinus terebenthifolius, Rhamnus purshiana, Harpagophytum procumbens, Glycine max e Uncaria tomentosa) no elenco de referência de medicamentos e insumos complementares, através da Portaria MS Nº (BRASIL, 2009). Em 2012, com a publicação da Portaria MS/GM nº 533, são inseridos quatro novos fitoterápicos (Aloe vera, Mentha x piperita, Plantago ovata e Salix Alba) no elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais RENAME (BRASIL, 2012). Diante do exposto sabe-se que os benefícios da fitoterapia para o Sistema Público de Saúde são inúmeros. No ocidente, considera-se a Alemanha como primeiro e maior incentivador das terapias naturais, notadamente a Fitoterapia, uma vez que no receituário alemão os produtos florais chegam a ocupar cerca de 40% das prescrições. Há também países como a França, Bélgica, Suécia, Suíça, Japão e Estados Unidos onde se enfatiza a técnica fitoterápica e onde os trabalhos científicos sobre o tema são

13 13 publicados. A China é campeã na utilização de medicamentos naturais. Naquele País só se recorre à alopatia quando não se encontra um substituto de tal medicamento na flora chinesa (Leão & Ribeiro, 1999). Visando a eficácia e o baixo custo operacional da utilização de plantas medicinais nos programas de atenção primária à saúde, pode-se considerar uma integrativa terapêutica muito útil e importante. A facilidade para adquirir essas plantas e a compatibilidade cultural são fatores de extrema relevância para o progresso dessa medicina, principalmente no Nordeste brasileiro onde na cultura é comum o uso das mesmas na preparação de remédios caseiros para tratar varias enfermidades. Além disso, o fato de plantas medicinais poderem ser usadas através de formulações caseiras, de fácil preparo, se reveste de grande importância, pois ela pode suprir a crônica falta de medicamentos nos serviços de saúde (Matos, 1998). Essa idéia vem sendo desenvolvida já algum tempo. Segundo Boas e Gadelha (2007), o relatório final da 10ª Conferência Nacional de Saúde, em 1998, determina que os gestores do SUS devam estimular e ampliar pesquisas realizadas em parceria com universidades públicas, promovendo ao lado de outras terapias complementares a fitoterapia. No Brasil, diretrizes do Ministério da Saúde determinaram prioridades na investigação das plantas medicinais e implantando a fitoterapia como prática oficial da medicina, orientando as Comissões Interinstitucionais de Saúde (CIS) a buscarem sua inclusão no SUS. Para que essa inclusão ocorra é essencial que os profissionais da área de saúde conheçam as atividades farmacológicas e a toxicidade das plantas medicinais de cada bioma brasileiro, de acordo com os costumes, tradições e condição sócio-econômica da população. A seguir se apresenta uma das alternativas de produção de fitoterápicos, nas farmácias vivas, uma prática que já se dá em alguns Estados brasileiros, como Ceará e DF.

14 Farmácias Vivas O projeto Farmácias-Vivas funciona como um programa de assistência social farmacêutica que fornece plantas realmente medicinais e orientação para seu reconhecimento, a maneira de fazer preparações simples de forma farmacotécnica ou artesanal e como empregá-las corretamente, objetivando substituir gradativamente, no nordeste do Brasil, as práticas caseiras ineficazes e prejudiciais, usando para isso unidades operacionais descentralizadas, constituídas de uma pequena horta medicinal e um laboratório de manipulação com pessoal treinado. As preparações farmacêuticas que obedecem a orientação do projeto têm se mostrado tão ou mais eficazes e seguras que os fitoterápicos de origem industrial. O modelo criado é compatível com as normas da política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos, aprovada pelo Governo Federal e com sua adoção pelo SUS e poderá ser aproveitado para sua implantação em todos os Estados. O projeto Farmácias-Vivas nasceu como resultado da busca por uma metodologia que permitisse integrar a medicina tradicional com o uso científico de plantas disponíveis na região, selecionadas por sua eficácia e segurança terapêuticas, determinadas cientificamente. Seu objetivo é induzir o emprego de plantas, selecionadas cientificamente por sua eficácia e segurança, em substituição do uso empírico de plantas da medicina popular, obedecendo a as sugestões da Organização Mundial da Saúde, cumprindo etapas até certo ponto semelhantes às seguidas pela indústria. Seu planejamento foi direcionado para uso no nordeste do Brasil, região com 50 milhões de habitantes, na qual a pobreza e a insuficiência de cuidados primários de saúde deixam como opção quase única para grande parte dessa população, o tratamento das enfermidades com o uso das práticas de medicina caseira, em que se utilizam, empiricamente, folhas, cascas e raízes oferecidas pelos vendedores populares de ervas. Para alcançar esta meta foram selecionadas, de início, 20 espécies em ocorrência na região de baixa ou nula toxicidade cuja atividade atribuída foi confirmada cientificamente (hoje são mais de 100). (MATOS, 2006.)

15 15 O autor ainda enquadra as Farmácias Vivas instaladas nas comunidades como apenas um tipo de horta medicinal, aparentando uma horta caseira ou comunitária, embora seja instalada de acordo com normas rígidas de base científica. As pessoas encarregadas dessas hortas desenvolvem também atividades de pesquisa, como experimentação de outras plantas medicinais, o trabalho agronômico de coleta, adaptação e cultivo das plantas selecionadas, a preparação e distribuição de mudas para novas farmácias vivas e consultoria técnico-científica às comunidades que tenham optado pela fitoterapia como alternativa terapêutica. Os resultados deste trabalho permitem considerá-lo como uma tecnologia social eficaz como exemplo de uma ideia que deu certo. Entre eles merecem destaque os seguintes: a) elaboração de um guia de orientação do emprego de plantas medicinais para o Centro de Estadual de Fitoterapia do Ceará; b) verificação prática da maior importância de dez espécies do elenco do projeto, em razão de seu emprego correto permitir controlar cerca de 80% dos casos das doenças mais comuns numa comunidade, compreendendo especialmente males da pele e das mucosas, problemas dos aparelhos respiratório e digestivo, dores reumáticas, microparasitoses intestinais e os casos de herpes labial e genital. c) o progressivo crescimento do número de médicos que passaram a prescrever plantas medicinais ou seus produtos na clínica, especialmente aqueles que exercem sua atividade no programa saúde da família; d) o melhoramento do conceito do medicamento fitoterápico do elenco recomendado pelo Projeto Farmácias-Vivas quanto à sua eficiência e qualidade; e) a economia com gastos na aquisição de medicamentos, especialmente nas unidades instaladas em Secretarias Municipais de Saúde f) a maior eficácia e segurança do fitoterápicos da farmácia-viva quando comparados com as garrafadas e outras preparações similares ou mesmo com alguns produtos industrializados, preparados com plantas dotadas de

16 16 propriedades bronco-dilatadora e expectorante, entre elas o chambá (Justicia pectoralis var. stenophylla Leon). g) maior acessibilidade, boa eficácia e menores efeitos secundários dos produtos usados contra microparasitoses intestinais (ameba e giardia) preparados com a Hortelã rasteira (Mentha x villosa Huds., e como anti-séptico para a pele e mucosas preparado com as folhas do alecrim-pimenta (Lippia sidoides Cham). Diante dessa constatação do professor Matos, o projeto Farmácia Viva pode ser multiplicado nos Estados brasileiros, como alternativa de saúde para a população. O interessante é que tem que estar vinculado ao SUS, que adquire a matéria prima produzida e faz a dispensação dos fiteterápicos através da prescrição médica nas unidades de saúde pública. Além dessa produção oficinal nas farmácias vivas, também será abordada a produção industrial, quando o extrato seco ou acquoso é transformado em medicamento, a partir de pesquisa e desenvolvimento. O P&D brasileiro possui muitas vantagens que obterá o Brasil se conseguir avançar nas pesquisas com plantas medicinais. Essa será a abordagem do capítulo a seguir. 1.3 Pesquisa e Desenvolvimento de plantas medicinais no Brasil P&D No Brasil, o uso de plantas medicinais pela população indígena foi descrito pelos portugueses logo em sua chegada ao continente sul-americano. Já no século XIX, algumas plantas passaram a compor as farmacopéias alopáticas e homeopáticas. Com o desenvolvimento da química orgânica, no período da revolução industrial, possibilitou-se o uso de substâncias sintetizadas quimicamente que passaram a ganhar espaço nas escolhas terapêuticas. Assim, os extratos vegetais foram substituídos por fármacos sintéticos, produzidos por grandes conglomerados a partir de vultosos investimentos em P&D. O Brasil tem enorme potencial de biodiversidade, dessa potencialidade surge uma vantagem competitiva possibilitando a industria farmacêutica a

17 17 desenvolver pesquisa e desenvolvimento de produtos, como medicamentos, cosméticos, corantes, chás e nutracêuticos suplementos alimentares. Para CALIXTO (2003), em comparação ao desenvolvimento de um novo medicamento sintético, que envolve vultosas somas de recursos (cerca de US$ 350 milhões a US$ 800 milhões e cerca de 10 a 15 anos de pesquisa), o desenvolvimento de um fitomedicamento requer muito menos recursos, e também menor tempo de pesquisa. Com base no vasto conhecimento popular já existente para o uso de muitas plantas medicinais, estima-se que os custos para o desenvolvimento de um fitomedicamento não devem ultrapassar 2 a 3 % daquele previsto para o desenvolvimento de um novo medicamento sintético. Esses valores são compatíveis com o atual estágio de desenvolvimento das indústrias farmacêuticas nacionais. O tempo para fabricação de um medicamento fitoterápico chega a 12 anos se tudo der muito certo, sem que o processo de pedido de registro e/ou patente caia em exigência e contando com uma boa colheita da espécie vegetal, que depende de condições climáticas e do solo. As etapas de pesquisa e produção são as seguintes: descoberta da molécula e do princípio ativo da planta, testes clínicos e pré-clínicos, fabricação, marketing e comercialização. A seguir alguns casos de sucesso e de produtos que ainda estão sendo pesquisados. Em 2001, o Laboratório Farmacêutico Aché encontrou o princípio ativo da Cordia Verbenácea, nome científico da planta que serviu de base para o remédio o Acheflan, lançado em O primeiro medicamento 100% nacional, totalmente pesquisado e desenvolvido no país. O antiinflamatório Acheflan foi desenvolvido a partir de sete anos de estudos em parceria com universidades nacionais, com um investimento de R$ 15 milhões, que pode ser considerado baixo frente aos investimentos em novas drogas realizados pelos grandes laboratórios internacionais. Ao todo o laboratório possui sete fitomedicamentos no mercado, que são o Soyfemme (lançado em 2003), a base de isoflavonas da soja, para tratamento dos sintomas do climatério; o Remilev (2006), composto de Valeriana officinalis e Humulus lupulus para o tratamento de distúrbios do

18 18 sono; o Remotiv (2005), a base de Hypericum perforatum e indicado para o tratamento de depressão leve a moderada; o Antilerg (2006) feito a partir de Petasites hybridus e utilizado no tratamento da rinite alérgica; o Dinaton (2000), a base de Gingko biloba, para problemas vasculares-cerebrais e o Kamillosan (lançado em 1996), a base de camomila, para tratamento de dermatites. O Centro de P&D do Aché visa a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos inovadores, com estudos próprios e em parceria com universidades brasileiras. O Aché conta hoje com 90 patentes e 1126 marcas registradas. Além do Acheflan cita-se outros produtos como o Sintocalm Passiflora, do Laboratório Centroflora, o Xarope de Guaco, Herbarium e a Espinheira Santa, Herbarium. Cita-se ainda, exemplos de plantas medicinais e seus usos tradicionais, como: Mão de Deus Anti tabagismo e alcoolismo. Pata de vaca hipoglicêmico; Romã anti inflamatório; Copaíba anti inflamatório; Crajiru Anti câncer, anti inflamatório; Ipecacuanha; Erva cidreira calmante; Hortelã, calmante; Espinheira santa - indicada como auxiliar no tratamento de úlceras e gastrites, entre outros. A esses faltam algumas etapas de pesquisa dos seus princípios ativos e os testes em animais e nos humanos. Pode-se dizer que a Indústria Farmacêutica é classificada como de alto risco por se tratar de um setor altamente dependente de renda e emprego; risco cambial em função da forte dependência de importações de fármacos; maior concorrência a partir da introdução dos remédios genéricos; a elevada necessidade de investimentos em P&D; elevados gastos com publicidade (principalmente à voltada para médicos); grande interferência governamental no que se refere ao controle de preços; controle de qualidade de medicamentos; barreira à entrada de novas empresas (licença da ANVISA) e consumo de medicamentos por meio de programas do Ministério da Saúde; setor regulamentado em todo o mundo, sofrendo fortes pressões internacionais.

19 19 ( dress/farmaceutica%5b19550%5d.pdf). Existem no território brasileiro inúmeras universidades e empresas de P&D e algumas conseguem cumprir as exigências regulatórias da Agência Nacional de vigilância Sanitária (ANVISA), que é responsável por legislar a cerca da produção e registro de medicamentos e cosméticos, por exemplo. Os nutracêuticos e chás estão a cargo do Ministério da Agricultura (MAPA). No próximo capítulo, veremos que para produzir um medicamento é necessário cumprir as exigências da MP /2001, sobre acesso ao Patrimônio Genético e ao conhecimento tradicional, caso contrário o pesquisador estará praticando um crime ambiental, por acessar a biodiversidade sem a autorização do órgão competente, neste caso o Ministério do Meio Ambiente (MMA), através do Conselho de Patrimônio Genético (CGEN). Capitulo 2 A Legislação a cerca do Patrimônio Genético Acerca da legislação sobre o acesso ao patrimônio genético temos que, medidas são necessárias como, implementação da Convenção de Diversidade Biológica e o Protocolo Nagoya. Repartição de benefícios; Direito de soberania dos países sobre os recursos genéticos existentes no seu território; Direito de regular o acesso e a remessa de recurso genético. No Brasil, o dono do patrimônio genético (PG) é o titular da área onde ele foi coletado beneficiário da repartição de benefícios. O Conhecimento Tradicional Associado é detido pelas comunidades indígenas ou locais. Entende-se aqui como comunidades tradicionais, os grupo humanos, incluindo remanescentes de comunidades de quilombos, distintos por suas condições culturais, que se organiza, tradicionalmente, por gerações sucessivas e costumes próprios, e que conserva suas instituições sociais e econômicas. O Decreto nº 6.040, 07/02/07, define como comunidades tradicionais os seguintes grupos: Quilombolas, Ribeirinhos, Extrativistas, Quebradeiras-de-Coco-Babaçú, Pescadores Artesanais, Seringueiros,

20 20 Geraizeiros, Vazanteiros, Pantaneiros, Comunidades de Fundos de Pastos, Caiçaras e Faxinalenses. 2.1 O Patrimônio Genético Patrimônio Genético (PGEN) é a informação de origem genética, contida em amostras do todo ou de parte de espécime vegetal, fúngico, microbiano ou animal, na forma de moléculas e substâncias provenientes do metabolismo destes seres vivos e de extratos obtidos destes organismos vivos ou mortos, encontrados em condição in situ, inclusive domesticados, ou mantidos em condições ex situ, desde que coletados in situ no território nacional, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva (MP /2001). O patrimônio genético passou a receber tratamento jurídico a partir da Constituição Federal de 1988, conforme orienta o art. 225, 1º, II e IV. (Fiorillo, 2013). Nossa Constituição procurou destacar, a necessidade de preservar não só a biodiversidade brasileira e a integridade do patrimônio genético brasileiro, como também determinar incumbência constitucional destinada ao Poder Público, no sentido de fiscalizar as entidades que se dedicam à pesquisa e à manipulação de aludido material genético em nosso país. Assim, acessar o patrimônio genético requer pedidos de autorização através do preenchimento de formulários do CGEN, que explicam quais são os objetivos do acesso, pesquisa, reprodução de espécies vegetais, transformação de moléculas em medicamentos farmacêuticos, bancos de extratos. Seguir estas etapas pode ser uma forma de garantir a preservação e conservação do patrimônio genético brasileiro, evitando inclusive, a extinção de espécies vegetais e animais. Fazer cumprir estas leis cabe ao poder público, através de seus órgãos fiscalizadores como INEA e IBAMA, ações que podem contribuir no controle e no acesso da biodiversidade, bem como na sua preservação e proteção. Devido à imprecisão do termo obtenção de amostra, foi editada a Orientação Técnica n 1, que conceituou "obtenção de amostra de componente do patrimônio genético" como a atividade realizada sobre o

21 21 patrimônio genético com o objetivo de isolar, identificar ou utilizar informação de origem genética ou moléculas e substâncias provenientes do metabolismo dos seres vivos e de extratos obtidos destes organismos, para fins de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico ou bioprospecção, visando a sua aplicação industrial ou de outra natureza. A seguir apresenta-se o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético CGEN O Conselho de Gestão do Patrimônio Genético - CGEN O Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), órgão de caráter deliberativo e normativo criado pela MP de 2001, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, é integrado por representantes de diversos Ministérios (do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia, da Saúde, da Justiça, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Defesa, da Cultura, das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), órgãos e entidades da Administração Pública Federal IBAMA, Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, CNPq, Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Museu Paraense Emílio Goeldi, Embrapa, Fundação Oswaldo Cruz, Funai, Instituto Nacional de Propriedade Industrial, Fundação Cultural Palmares, com direito a voto e representantes da sociedade civil, com direito a voz Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência SBPC, Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais Abong, Associação Brasileira das Empresas de Biotecnologia Abrabi, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável Cebds, Comissão Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais e Quilombolas, Conselho Nacional de Seringueiros CNS e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia COIAB e Ministério Público. O CGEN é presidido pelo Ministério do Meio Ambiente, representado pelo Secretário de Biodiversidade e Florestas, e reúnem-se, ordinariamente, uma vez por mês, preferencialmente em Brasília, DF. O Departamento de

22 22 Patrimônio Genético DPG, da Secretaria de Biodiversidade e Florestas SBF, exerce a função de Secretaria-Executiva do CGEN. O CGEN possui cinco câmaras temáticas, de caráter técnico, que subsidiam as discussões do Conselho. São elas: Procedimentos Administrativos, Conhecimento Tradicional Associado, Repartição de Benefícios, Patrimônio Genético Mantido em Condições ex situ, Acesso à Tecnologia e Transferência de Tecnologia. Mas não tem fiscais o suficiente em cada câmara para atender a demanda de pedidos de autorização, deve-se pensar em outras entidades ou instituições que possam contribuir com tal demanda. Este conselho está apto a autorizar os pedidos de acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado. O que está em jogo é se o uso será para interesses pessoais e empresariais ou se vai virar produto biotecnológico ou farmacêutico que atenda a necessidade de saúde da população. 2.2 A Convenção da Diversidade Biológica - CDB A CDB tem como objetivos a serem cumpridos, de acordo com as disposições pertinentes, a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, o acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência adequada de tecnologias pertinentes, levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento adequado. Seu principal princípio é a soberania nacional: Os Estados, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e com os princípios de Direito internacional, têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos segundo suas políticas ambientais, e a responsabilidade de assegurar que atividades sob sua jurisdição ou controle não causem dano ao meio ambiente de outros Estados ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional.

23 A Medida Provisória 2186/2001 A MP 2186/2001 regulamenta o inciso II do 1o e o 4o do art. 225 da Constituição, os artigos. 1º, 8º, alínea "j", 10, alínea "c", 15 e 16, alíneas 3 e 4 da Convenção sobre Diversidade Biológica, dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso à tecnologia e transferência de tecnologia para sua conservação e utilização, e dá outras providências. BRASIL. O marco legal do acesso ao patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais associados foi instituído no Brasil com a publicação da Medida Provisória (MP) 2052, em 29 de junho de 2000 (BRASIL, 2000). A MP 2052 foi reedita por diversas vezes até agosto de 2001, quando a Emenda Constitucional nº32 estabeleceu as novas regras para a edição de Medidas Provisórias no Brasil, fazendo com que fosse publicada sua última reedição a MP , de 23 de agosto de 2001 (BRASIL, 2001). Assim, a MP estabeleceu regras de acesso ao patrimônio genético brasileiro. Essa MP vem sendo apontada como uma fonte de insegurança jurídica que ameaça o desenvolvimento da indústria farmacêutica e de biotecnologia no Brasil. No que diz respeito à repartição de benefícios as regras atuais impõem muitas dificuldades: identificar quem é o representante legal da comunidade local onde é feita a coleta da amostra e definição de alguma comunidade como provedora de conhecimento tradicional; firmar acordo de repartição de benefícios com a comunidade local incluindo diversos detalhamentos quanto à elaboração do contrato; ter o processo de desenvolvimento do produto obstado em decorrência de reivindicação de direitos por outras comunidades alheias ao local da coleta e do acesso ao conhecimento tradicional. (OLIVEIRA, 2013). Esse conjunto de exigências vem inviabilizado a pesquisa e o desenvolvimento no Brasil. O mapeamento das espécies vegetais e das comunidades tradicionais que deveria ser realizado por órgãos do governo como o MMA, não está completo, fica-se então sem ter certeza sobre a comunidade provedora do conhecimento tradicional.

24 24 Por outro aspecto, algumas opiniões são divergentes em relação ao conhecimento tradicional, visto que a difusão do uso de espécies vegetais já ocorre desde a colonização brasileira. Muitas espécies vinham de outras regiões e outras iam para outros países nos navios que aqui aportavam. Tanto, que em nosso território existem diversas espécies exóticas, como café, banana, alcachofra, Ginko biloba, cravo, canela, entre outras. Além da publicação de artigos científicos de inúmeros pesquisadores que contribuem para a difusão do conhecimento. Essa Medida Provisória está sendo analisada no Senado da Câmara através do PL 133/2013 liderado pela comunidade acadêmica, pelos institutos de pesquisa e por empresas nacionais, prevendo sua flexibilização e desburocratização de suas normas em benefício da pesquisa científica brasileira e também para que laboratórios públicos e privados tenham condições de cumpri-la, fomentando assim a produção de biotecnológicos e medicamentos da biodiversidade para a população brasileira. Se a MP não for alterada, ainda teremos que conviver com os problemas como a biopirataria que acontece todos os dias em nossas florestas, sem a repartição justa de benefícios, sem a valorização dos conhecimentos tradicionais que são explorados: povos indígenas, comunidades tradicionais, e se a biodiversidade é um patrimônio nacional a quem cabe os benefícios? Enquanto isso a MP é discutida a mais de dois anos e o desmatamento só aumenta. 2.4 A Lei de Biossegurança A lei de Biossegurança nº /2005 visa preservar a diversidade, bem como a integridade do patrimônio genético do Brasil, definindo critérios normativos destinados a estabelecer a incumbência constitucional indicada ao Poder Público no sentido de fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação do material genético, além de fixar as regras jurídicas destinadas a controlar a produção, a comercialização, assim como o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente. (art. 225, 1º, II e IV).

25 25 A legislação que visa à preservação ambiental é de extrema importância, para que não haja extrativismo predatório, acesso ao patrimônio genético para pesquisas irrelevantes para a sociedade, além da biopirataria. Dessa forma contribuindo com o meio natural, impedindo o dano ambiental e lesão às comunidades tradicionais e ao patrimônio genético. A partir dessas premissas podemos entender de onde vem e para onde vai a legislação brasileira, que é extremamente importante para a proteção do meio ambiente. Porém, sendo a mais rígida em todo o mundo, não conseguiremos atingir os níveis ideais de desenvolvimento econômico e social, com o cumprimento dessas normas e procedimentos. Entendemos ainda, que devemos defender a flexibilização e desburocratização dessas leis, pois de nada adianta todas elas, se não conseguirmos cumpri-las. O Brasil vem tentando ratificar os protocolos internacionais, como o de Nagoya, tem participado da conferência do clima, sediou no ano de 2012 a conferência do Rio, a Rio+20, porém, como se encontra na condição de país em desenvolvimento ainda não está praticando os protocolos estabelecidos nestes encontros. E também não conseguiu cumprir os objetivos para o Desenvolvimento do Milênio, definidos na Conferência do Milênio da ONU, com prazo final em As metas incluem o combate à fome, fortalecimento da educação, proteção ao meio ambiente e ações de saúde. Capitulo 3 Os princípios do direito ambiental e as plantas medicinais Princípio da Precaução O princípio da precaução estabelece a vedação de intervenções no meio ambiente, salvo se houver a certeza que as alterações não causaram reações adversas, já que nem sempre a ciência pode oferecer à sociedade respostas conclusivas sobre a inocuidade de determinados procedimentos. Graças a esse Princípio, a disponibilização de certos produtos é por muitas vezes criticada pelos vários segmentos sociais e o próprio Poder Público, como aconteceu no recente episódio dos transgêncios, já que não foi

26 26 feito o EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental), exigência constitucional que busca avaliar os efeitos e a viabilidade da implementação de determinado projeto que possa causar alguma implicação ambiental. No caso de projetos com plantas medicinais, são necessárias algumas observações a cerca deste princípio, sobre os possíveis impactos ou danos que poderão ser causados. Existe água disponível, ou haverá algum descarte que poderá ser poluente de mananciais ou do solo. O Estudo de Impacto Ambiental será propício no caso de instalação de fábrica, que vai demandar por mais água, por mais energia e se houver plantio de espécies vegetais não se admiti o uso de defensivos agrícolas ou veneno. Assim, essa é uma vantagem no caso de projetos como esses, tal dano ao ambiente não ocorrerá, como poluição causada por tais agentes químicos. Outro exemplo de dano nesses casos, pode-se dar se houver a atividade extrativista, por exemplo, do maracujá, do jaborandi ou da aroeira de onde se colhe a pimenta-rosa. Esse extrativismo pode ser predatório e assim caracterizar-se o dano ao ecossistema Princípio da Prevenção O princípio da prevenção revela-se o mais importante do Direito Ambiental, está previsto na CF de 1988, no art 225, foi discutido na Conferência de Estocolmo, em 1972, e tem sido objeto de extrema importância. Na conferência do Rio, em 1992, ele é o Princípio 15 da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: Para proteger o meio ambiente medidas de precaução devem ser largamente aplicadas pelos Estados segundo suas capacidades. Em caso de risco e danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica não deve servir de pretexto para procrastinar a adoção de medidas efetivas visando prevenir a degradação do meio ambiente. O ambiente natural é um bem de uso comum do povo, portando não pertence a uma ou algumas pessoas que exercem atividades econômicas que

27 27 podem ser danosas a ele. Não se quer inviabilizar tais atividades, porém alertar o poluidor que ainda não entendeu que os recursos naturais são escassos. O que fazer diante de uma espécie da fauna ou da flora que foi extinta? Não se pode permitir que pessoas ou atividades destruam ecossistemas inteiros. Aqui se inclui o desmatamento das florestas, a poluição dos recursos hídricos, dos solos e do ar. Concordando com FIORILLO (2013) a prevenção e a preservação devem ser concretizadas por meio de uma consciência ecológica, a qual deve ser desenvolvida através de uma política de educação ambiental. Entretanto a sociedade brasileira ainda não possui tal consciência ecológica de forma totalizada, assim são necessárias algumas medidas de combate ao evento danoso. Para isso existem alguns instrumentos como o estudo prévio de impacto ambiental (EIA/RIMA), o manejo ecológico, o tombamento, as liminares, a fiscalização, as sanções administrativas como as autorizações e a licenças ambientais, além do TAC, que é o Termo de Ajustamento de Conduta que podem auxiliar na prevenção do dano ambiental decorrente daquela atividade Princípio da Responsabilidade Civil Para a pesquisa a partir do patrimônio genético, se aplica o princípio da Responsabilidade Civil ambiental, que é diferente da responsabilidade civil no Direito comum, ela não necessita provar o elemento culpa porque é uma responsabilidade objetiva. Neste caso, para sua caracterização necessita-se apenas de dois elementos, que são a ocorrência de evento danoso e do nexo de causalidade. Todas as atividades humanas de alguma forma importam na utilização dos recursos ambientais, aqui tomados em sua maior extensão possível, sendo que estas atividades causam danos ao meio ambiente. Para o Direito Ambiental, importa mais os danos ambientais significativos, sendo estes entendidos como os que vão além dos limites de suportabilidade estabelecidos por lei e/ou em regulamentos.

28 28 Desta forma, o que importa para caracterização da obrigação de reparação do dano ecológico, quanto ao seu elemento dano, é a extensão do dano que foi efetivamente causado ao meio ambiente ou a terceiros. Para o Direito Ambiental não importa que o dano tenha origem em uma atividade lícita, ainda que esta tenha se constituído sob a égide da regulamentação estatal, pois não seria justo para com a sociedade que a regulamentação da exploração da atividade fosse entendida como uma licença para poluir e degradar livremente. Outro aspecto que deve ser levado em consideração é que, em muitos casos, a soma de um grande número de atividades, que isoladamente não causariam um grande impacto, geram, quando unidas, um grande volume de danos, que a partir daí já se tornaram relevantes para o Direito, pois em conjunto estas pequenas atividades são capazes de causar um grande impacto ambiental. Assim, como bem observa Milaré (2007, p. 902), a própria Lei nº 6.938/1981, não exige para a caracterização do dano a simples inobservância de normas ou padrões específicos, bastando, para tanto, a ocorrência da degradação da qualidade ambiental, que poderá derivar direta ou indiretamente das atividades que prejudicam a saúde, a segurança e o bem estar da população, ou que criam condições adversas às atividades sociais e econômicas, ou que afetam desfavoravelmente a biota ou as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente, bem como as que lançarem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. Por fim, como bem escreve Leite (2000 apud MILARÉ, 2007, p. 902), a caracterização do dano ambiental foge da órbita normativa da questão, estando fundamentalmente no plano fático, o que, por consequência, põe a caracterização do dano à livre interpretação da norma pelos agentes públicos em cada caso concreto. O segundo elemento para a caracterização da responsabilidade civil ambiental, trata-se do nexo de causalidade, pois, segundo este elemento, estará obrigado a reparar o dano aquele que lhe der causa. O objetivo desse

29 29 elemento é buscar a relação da causa e efeito entre o dano e a atividade dela oriunda. Entretanto, em se tratando de matéria ambiental, não é fácil a determinação correta do dano ambiental e do seu possível poluidor. A esse respeito dispõe Milaré (2007, p. 903): [ ] no entanto, em matéria de dano ambiental, a determinação segura do nexo causal, já que os fatos da poluição, por sua complexidade, permanecem muitas vezes camuflados não só pelo anonimato, como também pela multiplicidade de causas, das fontes e de comportamentos, seja por sua tardia consumação, seja pelas dificuldades técnicas e financeiras de sua aferição, seja enfim, pela longa distância entre a fonte emissora e o resultado lesivo, além de tantos outros fatores. Desta forma, dado o caráter objetivo da responsabilização pelo dano ambiental, parte da doutrina reconhece que, quando se fala em danos ecológicos, aplicar-se-á também a inversão do ônus da prova, pois uma vez ocorrido o dano ambiental e já existindo um possível responsável, este será, de forma imediata, responsável pelo dano, cabendo, assim, ao pretenso poluidor provar que não existe nexo de causalidade entre o exercício de sua atividade e o dano ambiental ocorrido. Pondera, também, parte da doutrina jurídica, que, quando se tratar de danos ambientais e forem estes de difícil comprovação, aplicar-se-á a presunção relativa de responsabilidade, devendo, para tanto, existir ao menos indícios de culpa, e que o possível poluidor não tenha produzido provas que induzam à sua inocência. Esta presunção pode decorrer de previsão legal ou pode ser baseada na livre convicção do juiz. O pesquisador deve ter conhecimento da sua responsabilidade quando coleta uma espécie vegetal ou animal, para não praticar um crime ambiental. Na aplicação deste princípio para as empresas, estas devem atentar para atividades que possam gerar poluição ambiental, como degetos da produção como bagaços, líquidos químicos e reagentes que podem ser lançados em rios ou em algum recurso hídrico, ou ainda evitar a poluição de solos. Pois, mesmo numa atividade lícita, autoriza por lei, pode causar alguma poluição ambiental.

30 Princípio do Poluidor Pagador Este princípio não traz como indicativo pagar para poder poluir, poluir mediante pagamento ou pagar para evitar a contaminação. Para FIORILLO, 2013, não se podem buscar através dele formas de contornar a reparação do dano, estabelecendo-se uma legalidade para o ato poluidor como se alguém pudesse afirmar: poluo, mas pago. O seu conteúdo é bastante distinto. Impõe-se ao poluidor o dever de arcar com as despesas de prevenção dos danos ao meio ambiente que a sua atividade possa ocasionar. Cabe a ele o ônus de utilizar instrumentos necessários à prevenção dos danos. E, ainda, ocorrendo dano ao meio ambiente em razão da atividade desenvolvida, o poluidor será responsável por sua reparação. Para ilustrar esse princípio, existe exemplo interessante: numa determinada empresa de ativos e princípios farmacêuticos originados de um óleo da planta conhecida como candeia, árvore pioneira de porte médio de até 8 m quando adulta. Depois de processado, seu insumo gera resíduo sólido, bagaço. O proprietário transforma-o em energia para a própria fábrica. Ao invés de gerar um passivo ambiental para a empresa que poderia gerar despesas pelo dano causado, ele transforma o resíduo em energia. Os princípios descritos nos sub itens anteriores esclareceram como poderemos agir diante de atividades econômicas que são danosas ao meio ambiente, no caso em tela, citamos as plantas medicinais que podem estar consorciadas com espécies florestais arbóreas e frutíferas, sem demandar dano para o ambiente em que for introduzida e seu manejo pode ser o agroecológico, como veremos a seguir.

31 31 Capitulo 4 - A preservação e a conservação da biodiversidade 4.1 Sistemas Agroflorestais: uma proposta de preservação e conservação da biodiversidade A palavra biodiversidade de acordo com o dicionário significa a existência de uma grande variedade de espécies animais, vegetais e de microrganismos em determinado habitat natural (FERREIRA, 2001). Essa variedade de espécies colocou o Brasil no topo do ranking mundial de detentor de megadiversidade, cobiçada por muitos países e reconhecida por inúmeros especialistas. Biodiversidade é toda vida biológica no planeta, em toda sua diversidade de reinos, espécies e outras classificações da disciplina taxonômica e ainda, é a interdependência das múltiplas espécies, seja como componentes de cadeias alimentares, seja nas funções complementares cumpridas por umas espécies para outras. No Brasil existem seis grandes biomas (ilustrados na figura 1), que são: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, com expressiva diversidade de flora e fauna, rica em moléculas capazes de gerarem medicamentos no combate a inúmeras doenças.

32 32 Figura 1: Fonte: IBGE, Os projetos que elencam as plantas medicinais são indicados para contribuir com a preservação e a proteção da biodiversidade que estão presentes nos ecossistemas brasileiros. Indica-se assim, o cultivo nos sistemas agroflorestais ou agrossistemas. Nestes agrossistemas, o que se pretende á alcançar a manutenção dos biossistemas naturais, ou seja, naquele ambiente onde existem interações água solo fauna flora luz solar. Assim, atenderemos os princípios gerais da diversidade biológica que se dá através da gestão dos ecossistemas, buscando o equilíbrio apropriado entre a conservação e utilização sustentável da biodiversidade e os ecossistemas devem ser administrados dentro dos limites de seu funcionamento. O objetivo maior da agricultura sustentável que sustenta o enfoque agroecológico é a manutenção da produtividade agrícola com o mínimo possível de impactos ambientais e com retornos econômico-financeiros

33 33 adequados à meta de redução da pobreza, assim atendendo às necessidades sociais das populações rurais. A agroecologia fornece uma estrutura metodológica de trabalho para a compreensão mais profunda tanto da natureza dos agroecossistemas como dos princípios segundo os quais eles funcionam. Trata-se de uma nova abordagem que integra os princípios agronômicos, ecológicos e socioeconômicos à compreensão e avaliação do efeito das tecnologias sobre os sistemas agrícolas e a sociedade como um todo. Ela utiliza os agroecossistemas como unidade de estudo, ultrapassando a visão unidimensional genética e agronomia incluindo dimensões ecológicas, sociais e culturais. Uma abordagem agroecológica incentiva os pesquisadores a penetrar no conhecimento e nas técnicas dos agricultores e a desenvolver agroecossistemas com uma dependência mínima de insumos agroquímicos e energéticos externos. O objetivo é trabalhar com espécies alimentares em sistemas agrícolas complexos onde as interações ecológicas e sinergismos entre os componentes biológicos criem, eles próprios, a fertilidade do solo, a produtividade e a proteção das culturas (ALTIERI, 2004). Nessa perspectiva, inserir espécies vegetais em agrossistemas pode ser uma alternativa de produção sustentável com a manutenção dos sistemas naturais, ou ecossistemas, mantendo sua interação com a vegetação local existente, como o solo e os mananciais hídricos, garantindo sua preservação e proteção. Num outro aspecto, ainda é possível fomentar a economia local e a geração de trabalho e renda. Acredita-se, aqui, que o desenvolvimento nesse caso, vai além do modelo que prioriza a produção do conhecimento a partir de uma hélice tríplice envolvendo instituições acadêmicas, empresas e governo (MOURA, 2011), abarcando outro modo de produção do conhecimento que gere desenvolvimento e inovação como processo social, proporcionando inserção social e proteção e manutenção dos ecossistemas brasileiros. Apresenta-se a seguir um caso concreto de projeto de implantação de tal sistema, na região do Sul da Bahia, em parceria com instituição pública de

34 34 Saúde, de educação, com assentados do Movimento dos Sem Terra (MST) e com empresa local. Seus principais objetivos são: a inserção de plantas medicinais em sistemas produtivos agroflorestais; o fortalecimento do uso local das plantas medicinais de forma integrada às ações de saúde nos territórios envolvidos; a estruturação de uma Área Demonstrativa de Produção Agroecológica e Beneficiamento de Plantas Medicinais para a inovação em medicamentos da biodiversidade na região; realizar o monitoramento das condições de vida e saúde nos territórios alvos deste projeto (nove comunidades agrícolas nos municípios de Alcobaça, Prado, Teixeira de Freitas e Itamaraju, sendo sete destas pré assentamentos do MST) na região litoral sul do Estado da Bahia e também apoiar a integração das ações de saúde implementadas nestes territórios àquelas do Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS), nos níveis municipal e local. Outras questões foram resolvidas como passivo ambiental da empresa, que realiza compensação ambiental plantando eucalipto, matéria-prima base para produção, de forma sustentável, redução do uso de agrotóxicos nas culturas, geração de emprego e renda e fomento da gestão compartilhada e participativa entre os grupos envolvidos. Abaixo as figuras 1 e 2 ilustram o projeto.

35 35 Figura 1: Foto esquemática do sistema agroflorestal: Fonte: Figura 2: Gestor do projeto, professsor Kageyma, do laboratório de Reprodução Genética de Espécies Arbóreas (LARGEA) da USP e assentados MST.. Fonte:

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