1 Doutoranda em Letras Linguística na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bolsista CAPES.

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1 Marcadores de subjetividade linguística em artigos de opinião: para além do eu Makeli Aldrovandi 1 Introdução O presente estudo busca subsídios na Teoria Enunciativa de Benveniste para esclarecer a noção de subjetividade linguística e para buscar as marcas de subjetividade em textos do gênero artigo de opinião. Tem-se como objetivo principal da pesquisa analisar os índices específicos e os procedimentos acessórios utilizados pelo locutor para se marcar em seu discurso. Essas marcas vão muito além do uso do pronome pessoal eu e de expressões como penso e acredito. Importa identificar tais marcas, pois elas trazem implícita em si a posição do locutor frente a sua enunciação, isto é, elas são subsídios para a construção do sentido do dizer do locutor. Para isso, buscar-se-á determinar quais são os índices específicos e os procedimentos acessórios para marcação da subjetividade linguística de que fala Benveniste e como o locutor se utiliza desses elementos para marcar-se em seu discurso. Benveniste diferencia, em seu texto O aparelho formal da enunciação (1970), o emprego das formas e o emprego da língua. Por emprego das formas, entendem-se as questões de sintaxe, morfologia etc. O emprego da língua é o enunciar. É o apropriar-se da língua. O locutor se apropria da língua para enunciar e, então, se torna sujeito. É na enunciação que o locutor passa a ser sujeito. Por esse ponto, justifica-se a escolha pela Teoria Enunciativa de Benveniste para embasar este trabalho: se a leitura for vista pela perspectiva enunciativa, o leitor colocar-se-á como interlocutor do autor do texto e perceberá que o locutor é um sujeito sócio-histórico, que enuncia a partir de um lugar em um tempo determinado, manifestando-se a um tu também sócio-histórico e que deixa marcas de sua subjetividade em sua enunciação, enquanto dá sentido para seu discurso. Já dizia Benveniste: A linguagem significa, tal é seu caráter, sua vocação original que transcende e explica todas as funções que ela assegura no meio humano (BENVENISTE, 2006, p. 222). Isso implica 1 Doutoranda em Letras Linguística na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bolsista CAPES. makeli.aldrovandi@gmail.com. 436

2 que criar sentido é o que o locutor faz ao apropriar-se da língua, dos índices específicos e dos procedimentos acessórios por ela oferecidos, ou seja, ao enunciar. O artigo apresenta, na primeira seção, a fundamentação teórica que abordará os conceitos essenciais para a análise, os quais são: subjetividade, pessoa, sujeito, índices específicos e procedimentos acessórios. Na seção seguinte, apresenta-se o roteiro de análise que desenvolveremos. A análise é feita na terceira seção e tem como objeto o artigo de opinião intitulado A economia da redundância, de Gustavo Cerbasi. 1 Fundamentação teórica É importante ressaltar que a obra de Émile Benveniste é significativamente extensa e aborda muitos aspectos além dos enunciativos tais como sociedade, cultura etc. Assim, se faz necessário fazer um recorte de um corpus textual para a pesquisa, que selecione as obras que abordam os temas fundamentais para este trabalho. Fazem parte do corpus literário: Estrutura das relações de pessoa no verbo (1946), A natureza dos pronomes (1956), Da subjetividade na linguagem (1958), As relações do tempo no verbo francês (1959), A linguagem e a experiência humana (1965), e Estrutura da Língua estrutura da sociedade (1968), todos presentes nos dois volumes de Problemas de Linguística Geral. Esses textos são os que abordam as questões relativas à subjetividade, e serão chamados a lançarem luz sobre esse conceito. Por linguagem, Benveniste compreende uma propriedade que está na natureza própria do homem. Ele diz que é na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito (p.286, 2005). Essa visão vai contra a concepção de sua época, segundo a qual a linguagem era tida como instrumento. Segundo Benveniste, um instrumento é criado pelo homem com um propósito, mas a linguagem não foi fabricada por ele. Ele afirma que é um homem falando que encontramos no mundo, um homem falando com outro homem, e a linguagem ensina a própria definição de homem (p. 285, idem). Se a linguagem é parte constitutiva do homem, é a língua que mantém juntos os homens, o fundamento de todas as relações que por seu turno fundamentam a sociedade (BENVENISTE, 2006, p. 63). Benveniste, em Semiologia da língua (2006, p.63), afirma que falar é sempre falar-de. 437

3 Assim, têm-se quem fala e aquilo de quê se fala. Aqui está a distinção entre pessoa e não-pessoa introduzida pelo linguista. É em A natureza dos pronomes (p. 277, 2005) que surge essa diferenciação. Segundo Benveniste, quando EU enuncia, instaura a existência de um TU. Isso significa que EU e TU pertencem à realidade discursiva: eles fazem referência ao próprio discurso. Por outro lado, ELE vai remeter a uma situação objetiva. O linguista diz que o diferencial entre a não-pessoa e a pessoa é sua natureza e sua função. Para ele (idem, p. 283) a não-pessoa pode ser combinada com qualquer referência de objeto, nunca se refere e si própria, ou à instância do discurso, como EU e TU. EU e TU não são apenas formas, eles representam posições na enunciação: o EU está na posição de quem enuncia, enquanto TU está na posição de para quem se enuncia. Essas posições são reversíveis. O que foi explicitado no parágrafo anterior corresponde à correlação de pessoalidade: EU e TU são pessoas, enquanto ELE é não-pessoa. Porém, entre as pessoas, há também uma distinção. Trata-se da noção de subjetividade. O EU atualiza a língua ao enunciar, ao entrar no sistema, isso acontece, pois, ao designar-se como EU, o locutor cria uma nova instância de discurso, ou seja, um novo uso do sistema formal da língua, determinados por um tempo e espaço únicos. Em cada instância de discurso criada pelo sujeito, toda a língua se atualiza, pois o EU passa a ser o ponto de referência. Em Da subjetividade na linguagem, Benveniste diz que os elementos que organizam as relações espaciais e temporais, como os demonstrativos, por exemplo, têm em comum o traço de se definirem somente com relação à instância de discurso na qual são produzidos, isto é, sob a dependência do eu que aí se enuncia (BENVENISTE, 2005, p. 288). A apropriação pelo EU do sistema da língua lhe confere o status de sujeito, porque, ao atualizar o sistema, o sujeito marca-se em seus enunciados, não somente ao dizer eu, mas de outras maneiras: por outros dêiticos, como aqui, agora, etc., pelos modalizadores, tais como deveria, poderia, talvez etc., dentre outras formas. O EU passa a ser o ponto de referência dos elementos outrora considerados vazios de referências (os dêiticos, por exemplo). Benveniste (idem, p. 286) diz que a subjetividade [...] é a capacidade do locutor para se propor como sujeito. O TU, por sua vez, não é sujeito, pois não pode marcar-se a si mesmo no discurso enquanto TU. Da noção de subjetividade, surge a de intersubjetividade. A base da enunciação é a intersubjetividade, porque um EU sempre fala para um TU, ou seja, trata-se de uma condição para a enunciação: só há 438

4 pessoa subjetiva porque há uma pessoa não subjetiva. Benveniste afirma que eu não emprego eu a não ser dirigindo-me a alguém, que será na minha alocução um tu. Afirma também que eu propõe outra pessoa, aquela que, sendo embora exterior a mim, torna-se o meu eco ao qual eu digo tu e que me diz tu (2005, p. 286). Assim, entende-se por intersubjetividade a complementaridade que existe entre EU e TU. Um não pode ser concebido sem o outro dentro da enunciação. Quanto à marcação da subjetividade, Benveniste (2005, p.84) afirma haver duas maneiras pelas quais o locutor se marca em seu discurso e transforma-se, assim, em sujeito. São elas: os índices específicos e os procedimentos acessórios. Os índices específicos seriam: os pronomes pessoais, os demonstrativos e dêiticos, e as formas temporais. Segundo Knack (2012), a separação entre índices específicos e procedimentos acessórios é apenas metodológica: os índices só são possíveis pelos procedimentos que são constituídos pelos índices. Mello (2012) diz que os procedimentos acessórios são a operacionalização da língua, ou seja, sua semantização. Ainda segundo Knack (2012, p. 173) Os procedimentos acessórios operacionalizam o aparelho formal e, devido a isso, configuram marcas ou rastros que o locutor, ao promover os arranjos entre forma e sentido, imprime no texto. Aresi, em concordância com Knack e Mello, aponta os índices específicos como as formas, os elementos do texto, enquanto os procedimentos são mais relativos à organização do texto. Afirma Aresi: [...] acredito que a noção de índice remete à noção de unidade, de elemento formal indicador tal como este último termo figura nos textos benvenistianos, enquanto que a noção de procedimento está mais relacionada à noção de processo, de modo de organização das unidades, de agenciamento. Trata-se, com efeito, de dois conceitos complementares e constitutivos do aparelho formal da enunciação, mas ainda assim distintos. (ARESI, 2011, p ) As marcas de subjetividade linguística, tanto as referentes aos índices específicos quanto as referentes aos procedimentos acessórios serão analisadas na seção a seguir. Metodologia Selecionamos um discurso do gênero artigo de opinião para esta análise, pois se trata de um 439

5 gênero que permite maior marcação do seu locutor em termos de subjetividade. O discurso será analisado de acordo com o seguinte roteiro: Determinar a tese defendida pelo locutor; Determinar o público alvo para quem o autor do texto se dirige, e como isso pode ser evidenciado no texto; Apontar as palavras pelas quais o locutor se refere a si mesmo em seu texto de forma direta. Apontar as palavras, ou expressões, pelas quais o locutor marca seu ponto de vista ou opinião de forma indireta em seu texto. Análise Nesta seção, apresentaremos a análise do texto A economia da redundância, de Gustavo Cerbasi. O texto está disponível no site de uma revista de grande circulação no país. Buscaremos evidenciar quais são os índices específicos e os procedimentos acessórios dos quais o locutor fez uso em sua enunciação para marcar a subjetividade linguística em seu discurso e apontaremos as implicações no sentido obtidas por meio das escolhas do locutor. Texto: A economia da redundância (Gustavo Cerbasi) Pagar impostos deveria ser uma troca social em que contribuintes cooperam para que o Estado se organize e, dessa forma, possa promover uma sociedade com serviços adequados à capacidade contributiva de seus cidadãos. O pagamento de impostos só faz sentido, do ponto de vista de quem paga, se o Estado retribuir com serviços públicos minimamente adequados. A reflexão que quero levantar não é sobre ausência e ineficiência de serviços públicos disso todos já estão cientes. O problema é quanto custa para a economia o esforço para suprir serviços que faltam. Quem paga impostos vive, no Brasil, a economia da redundância. Quem tem automóvel paga impostos sobre a compra, sobre o combustível, sobre a manutenção e também sobre a propriedade (o IPVA). Em troca, o Estado deveria prover transportes públicos para quem não tem automóvel e também condições viárias adequadas para quem contribui. Mas a realidade é que os donos de automóvel são obrigados a gastar mais com reparos de danos causados por vias mal pavimentadas, ou por uso de combustível adulterado e não fiscalizado, ou pelo 440

6 desgaste excessivo causado pelas horas gastas no trânsito mal planejado. O trânsito que desgasta os automóveis também afeta a saúde, cujos serviços públicos deveriam ser excepcionais diante de nosso nível de arrecadação. A realidade é que quem pode paga planos de saúde caros. Quem não pode perde mais saúde na espera, na ansiedade e no sofrimento. Essa dinâmica reduz ainda mais a produtividade dessas pessoas e sua capacidade de contribuir para a economia. Pagamos caro também para garantir a segurança de nossas moradias e a educação de nossos filhos. Perdemos muito tempo e dinheiro para driblar a burocracia insana dos serviços públicos. Tudo isso ocorre no âmbito das famílias. Na realidade empresarial, temos o trabalhador que custa para a empresa o dobro do que ele recebe, os gastos com segurança que o Estado não garante, o alto custo da logística feita em vias mal planejadas e o preço para se adequar ou para driblar a fiscalização corrupta. A ineficiência do Estado em transformar em serviços o que arrecada nos obriga a pagar por tudo em dobro. Pagar por uma educação que já foi paga, custear bens que se depreciam pela má gestão pública e gastar em dobro com a saúde torna nossas empresas e nosso trabalho menos competitivos. Encarece o que já é caro e joga pelo ralo o discurso de que o país está evoluindo. Estamos em alta velocidade na contramão do desenvolvimento. É possível mudar com investimento maciço em educação, planejamento e eficiência. A questão é: há interesse em mudar? No segundo parágrafo de seu texto, Gustavo Cerbasi já deixa clara qual a tese que defende. No enunciado O problema é quanto custa para a economia o esforço para suprir serviços que faltam, ele evidencia que seu discurso visa argumentar sobre o quanto a economia da redundância, ou seja, a necessidade de pagar por serviços particulares além de pagar os impostos em dia, causa problemas econômicos e nos põe, segundo suas palavras, na contramão do desenvolvimento. Além disso, ao afirmar que todos já estão cientes da ineficiência dos serviços públicos, nas linhas 5 e 6, o locutor antecipar um possível ponto de vista do interlocutor sobre seu discurso e o rechaça: ou seja, seu discurso não versa sobre a má qualidade dos serviços públicos. Ainda nesse parágrafo, o locutor utiliza-se da 3ª pessoa do singular no presente do indicativo em: Quem paga impostos vive, no Brasil, a economia da redundância, na linha 7. Segundo Castilho (2014, p. 433), o uso do 441

7 presente pode representar verdades eternas. No discurso, a opção por esse tempo verbal indica uma verdade que o locutor propõe como inquestionável. O mesmo fato acontece em Mas a realidade é que, no terceiro parágrafo, linha 11; em Tudo isso ocorre no âmbito das famílias, no quinto parágrafo, na linha 22; e nas outras afirmações feitas no presente do indicativo. Todas elas indicam sua certeza frente aos fatos que apresenta. O público alvo, ou seja, o TU discursivo a quem o EU sujeito se dirige pode ser determinado por dois fatores: pelo tema do texto, isto é, questões econômicas e seu impacto para as famílias e para o Estado; e pelas escolhas lexicais do locutor. Trata-se de um público que se preocupa com questões econômicas e que está envolvido de alguma forma nesta economia da redundância, uma vez que o locutor se utiliza da primeira pessoa do plural para conjugar alguns verbos como pagamos, na linha 20, e perdemos, na linha 21. Isso pode ser um indicador de que o locutor pretende se aproximar do seu interlocutor, falando em nome dele. Ademais, a expressão disso todos já estão cientes, nas linhas 5 e 6, delimita o público àqueles que estão cientes das dificuldades que o país enfrenta em transformar os impostos em serviços públicos de qualidade. Na linha 6, o locutor usa quero, na primeira pessoa do singular para referir-se a si próprio. Ele usa um índice específico de pessoa que se explicita na desinência verbal, marcando sua presença de locutor no texto. Além disso, nas linhas 20, 21, 23 e 31 há, respectivamente, pagamos, perdemos, temos e estamos, todos conjugados na primeira pessoa do plural. O locutor marca-se diretamente nessas expressões, pois ele parece querer fazer parte do nós que pagamos, perdemos e temos, diferentemente das linhas 10 e 14, em que o locutor utiliza a terceira pessoa do singular e do plural (ou seja, a não-pessoa) em tem e são para evidenciar o tema de sua enunciação: as pessoas que vivem na economia da redundância. O uso da primeira pessoa do plural indica uma tentativa do locutor de aproximar-se do seu interlocutor, colocando-se na mesma situação problema em que este se encontra. Ainda, o locutor mostra sua presença no seu texto ao utilizar outros índices específicos: os pronomes possessivos nossas e nosso, nas linhas 28 e 29, respectivamente. O locutor utiliza o termo deveria três vezes ao longo de seu discurso (linhas 1, 9 e 16, respectivamente). O uso do futuro do pretérito neste caso indica o que Castilho (2014) chama de futuro do pretérito metafórico. Trata-se do uso de um tempo em lugar de outro. Neste caso, há a substituição do presente do indicativo. Para Castilho, trata-se da manifestação de opinião de modo 442

8 reservado ou de atenuação ou polidez (CASTILHO, 2014, p. 434). Ou seja, o locutor optou por amenizar sua afirmação sobre a existência de um dever. No sétimo parágrafo, o locutor afirma que a economia da redundância, além de todos os outros malefícios, encarece a mão de obra e os custos das empresas, e joga pelo ralo o discurso de que o país está evoluindo, nas linhas 29 e 30. Com esse enunciado, o locutor explicita que existe, no país, um discurso que defenda que há evolução. No entanto, ele rechaça esse discurso e o faz de forma bastante forte. A expressão joga pelo ralo tem cunho bastante coloquial e parece querer evidenciar, sem meias palavras, o quanto esse discurso é enganoso para o locutor. Se contrapusermos essa expressão aos deveria, anteriormente analisados, podemos perceber que aqui não há uma preocupação, por parte do locutor, em modalizar sua fala. Trata-se de uma reprovação clara do discurso alheio. Ao encerrar seu texto com uma questão em A questão é: há interesse em mudar?, o locutor não está simplesmente questionando seu interlocutor sobre haver ou não interesse na mudança. O agenciamento de sua opinião em forma de pergunta sinaliza, embora indiretamente, que ele não crê que haja tal interesse por parte das pessoas envolvidas, ou seja, os governantes. Essa possibilidade surge a partir do excerto adequar ou para driblar a fiscalização corrupta, ou seja, em sua opinião, a fiscalização em nosso país é corrupta e as pessoas precisam adequar-se a ela ou driblá-la. Sendo corrupta, a fiscalização que é feita pelos governantes tende a ser beneficiada com a situação atual e não receberia vantagens fazendo investimento maciço em educação, planejamento e demonstrando mais eficiência, que são os passos que o locutor sugere para que haja mudanças na economia da redundância. Considerações finais Tratamos, ao longo deste estudo, da questão das marcas de subjetividade linguística que o locutor, então sujeito de sua enunciação, deixa em seu discurso. Vimos que, de acordo com Benveniste, essas marcas podem ser de dois tipos: aquelas deixadas através dos índices específicos, isto é, os pronomes pessoais, possessivos, as desinências verbais de primeira pessoa (do singular ou plural) etc.; e através dos procedimentos acessórios que seriam aqueles relativos à organização das 443

9 formas da língua em função da expressão do sentido. No texto analisado, pode-se observar como o locutor deixa clara a tese de seu discurso sobre a economia da redundância, por meio de escolhas lexicais que evidenciam a necessidade de ser pagar duplamente por serviços, sejam eles de saúde, educação, transporte etc. A tese defendida pelo autor é o falar-de a que Benveniste (2006, p.63) se refere. Mais do que isso, há um TU para quem o EU, locutor e sujeito do discurso analisado, cria sentidos ao enunciar, porque o EU sempre se dirige a alguém, que é o eco do seu EU. O público alvo do locutor, ou seja, o TU a quem ele constitui como o interlocutor do seu EU, também pode ser evidenciado por meio de suas escolhas lexicais: trata-se de alguém que tenha interesse pelo tema e, ao mesmo tempo, que se veja envolvido pela economia da redundância, uma vez que o locutor opta por utilizar-se da primeira pessoa do singular em determinadas partes do discurso. São marcas mais claras da presença do locutor como sujeito enunciativo do texto os verbos conjugados em primeira pessoa: do plural, como acima mencionado, e do singular, como em quero, na linha 6. Porém, vimos que há marcas mais sutis, como a opção por usar o futuro do pretérito em deveria, para amenizar a afirmação e, também, no uso da forma interrogativa no enunciado final há interesse em mudar? O objetivo principal deste estudo foi analisar os índices específicos e os procedimentos acessórios utilizados pelo locutor para se marcar em seu discurso, além de destacar que as marcas de subjetividade linguística deixadas pelo sujeito vão além do uso da primeira pessoa do singular, seja no pronome EU, seja na desinência verbal, isto é, encontram-se em outras formas e, inclusive, no agenciamento que o locutor faz de seus enunciados. A análise nos permitiu alcançar esses objetivos, pois foi possível perceber nas escolhas lexicais do locutor, como o uso de joga pelo ralo ; pela opção por determinados tempos verbais, o presente do indicativo para enunciar verdades e fatos e o futuro do pretérito para amenizar as opiniões; a opção pela primeira pessoa do plural para aproximar o leitor, etc., as diversas maneiras pelas quais o locutor se colocou em seu texto e deixou clara sua posição frente ao tema de que tratou. Referências 444

10 BENVENISTE, Émile. Da subjetividade na linguagem. In:. Problemas de Linguística Geral I. Campinas: Pontes, A natureza dos pronomes. In:. Problemas de Linguística Geral I. Campinas: Pontes, A forma e o sentido na linguagem. In:. Problemas de Linguística Geral II. Campinas: Pontes, O aparelho formal da enunciação. In:. Problemas de Linguística Geral II. Campinas: Pontes, Semiologia da língua. In:. Problemas de Linguística Geral II. Campinas: Pontes, CASTILHO, Ataliba T. de. Nova gramática do português brasileiro. 1.ed., 3.reimpr. São Paulo: Contexto, CERBASI, Gustavo. A economia da redundância. Disponível em: < Acesso em: 22 out KNACK, Carolina. Texto e enunciação: as modalidades oral e escrita como instâncias de investigação. Dissertação (Mestrado em Letras) Instituto de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, MELLO, Vera Helena Dantee. A sintagmatização-semantização: uma proposta de análise de texto. Tese (Doutorado em Letras) Instituto de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,

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