cimeira mundial sobre a sociedade de informação
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- Carmem Carneiro César
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1 cimeira mundial sbre a sciedade de infrmaçã Genebra 2003 Túnis 2005 a) Quadr da Cimeira É essencial que a Cimeira tenha um âmbit geral e, cm afirma a Resluçã da Assembleia Geral da ONU (56/183), se debruce sbre td cnjunt de questões pertinentes relacinadas cm a sciedade da infrmaçã. Em primeir lugar, será necessári elabrar uma visã da sciedade da infrmaçã que ns permita prever e integrar s benefícis pssíveis que trará. Entre as questões que se inscrevem nesta categria figuram as seguintes: a. Abrir as prtas: Alcançar acess universal e equitativ à sciedade da infrmaçã Satisfazer as necessidades d mund em desenvlviment A infrmaçã cm um bem públic cmum e cm um instrument da gvernaçã. b. Elabrar um quadr: O papel d gvern, d sectr privad e da sciedade civil n que se refere a dar frma à sciedade de infrmaçã Liberdade de expressã Direits de prpriedade intelectual Plíticas tarifárias das telecmunicações e da Internet As TIC e cmérci Em segund lugar, a Cimeira deverá centrar-se na questã d acess. Deve elabrar um plan de acçã para transfrmar fss digital numa prtunidade digital. Ist implicará abrdar as necessidades ds utilizadres, nmeadamente: a. Cnstruir a infra-estrutura: O papel das telecmunicações na criaçã da infra-estrutura da sciedade da infrmaçã e na eliminaçã d fss digital b. As necessidades d utilizadr: Prtecçã d cnsumidr, da privacidade e da segurança Cnteúd relevante, que reflicta a diversidade cultural e direit de cmunicar Ética da sciedade de infrmaçã Frmaçã d utilizadr Prtecçã ds trabalhadres e da privacidade n lcal de trabalh
2 - 2 - Em terceir lugar, a Cimeira deve ir além da tecnlgia e centrar-se nas aplicações. Deve também abrdar a questã de cm as TIC pdem ser usadas para alcançar bjectivs sciais e ecnómics mais gerais, cm a erradicaçã da pbreza, e para criar um mund mais just, mais prósper e pacífic. Serã, assim, abrangids tópics cm: a. Serviçs e aplicações: As repercussões da sciedade da infrmaçã n desenvlviment ecnómic, scial e cultural As repercussões da sciedade da infrmaçã na cultura As repercussões das TIC ns cuidads de saúde b. TIC e educaçã: As TIC cm factr de mudança na esfera da educaçã O ambiente em que decrre a aprendizagem: TIC, prfessres, aluns e cnteúds b) A Cimeira: rigem, preparaçã e resultads Origem A Cimeira Mundial sbre a Sciedade da Infrmaçã cmeçu cm uma iniciativa da Cnferência Pleniptenciária da Uniã Internacinal das Telecmunicações (UIT), em 1998, que recnheceu que fss entre s que tinham acess à infrmaçã e s que nã tinham estava a aumentar, a mesm temp que as telecmunicações estavam a desempenhar um papel imprtante a nível plític, scial e cultural. As Nações Unidas recnheceram a necessidade de estabelecer uma cperaçã entre as várias iniciativas nacinais e glbais que visam prmver as TIC e aprvu uma resluçã que encarregava a UIT de assumir papel principal na preparaçã da Cimeira. A Cimeira prmverá acess de tds s países à infrmaçã, a cnheciment e às TIC para desenvlviment. Devend realizar-se em duas fases, a primeira, em Genebra, em 2003 e a segunda, na Tunísia, em 2005, a Cimeira será cnvcada sb alt patrcíni d Secretári-Geral da ONU, Kfi Annan. Fi criad um Cmité de alt nível respnsável pela rganizaçã da Cimeira, que fi encarregad de crdenar s esfrçs d sistema da ONU na preparaçã, rganizaçã e realizaçã da Cimeira. O Cmité é cmpst pr um Representante d Secretári-Geral das Nações Unidas e s Chefes Executivs ds seguintes rganisms especializads da ONU: Organizaçã para a Alimentaçã e a Agricultura (FAO), Agência Internacinal de Energia Atómica (AIEA), Organizaçã da Aviaçã Civil Internacinal (OACI), Organizaçã Internacinal d Trabalh (OIT), Organizaçã Marítima Internacinal (OMI), UIT, Cnferência das Nações Unidas sbre Cmérci e Desenvlviment (CNUCED), Prgrama das Nações Unidas para Desenvlviment (PNUD), Prgrama das Nações Unidas para Ambiente (PNUA), Organizaçã das Nações Unidas para a Educaçã, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Alt Cmissariad das Nações Unidas para s Refugiads (ACNUR), Organizaçã das Nações Unidas para Desenvlviment Industrial (ONUDI), Uniã Pstal Universal (UPU), Organizaçã Mundial de Saúde (OMS), Organizaçã Mundial para a Prpriedade Industrial (OMPI) e Organizaçã Meterlógica Mundial (OMM). Também
3 - 3 - integra Directr-Geral da Organizaçã Mundial de Cmérci (OMT), Directr Executiv d Institut das Nações Unidas para a Frmaçã e a Investigaçã (UNITAR), s Secretáris Executivs das Cmissões Ecnómicas Reginais das Nações Unidas e Presidente d Banc Mundial. O carg de Presidente d Cmité é desempenhad pel Secretári-Geral da Uniã Internacinal das Telecmunicações. Resultad A Cimeira prprcina uma prtunidade única de a cmunidade mundial reflectir, debater e dar frma a nss destin cmum, numa era em que s países e s pvs estã interligads cm nunca estiveram. Prevê-se que resultad da Cimeira seja a elabraçã de uma declaraçã clara de vntade plítica e um plan de acçã cncret para alcançar s bjectivs da sciedade da infrmaçã, que reflicta também ttalmente s diferentes interesses em jg. O âmbit e a natureza deste prject ambicis exigirá parcerias entre entidades públicas e privadas, pel que ns próxims meses se prcurará activamente estabelecer tais parcerias. Prcess Preparatóri A primeira fase da Cimeira, que decrrerá em Genebra (de 10 a 12 de Dezembr de 2003), será resultad de uma grande diversidade de cntributs, entre s quais figuram reuniões anterires, actuais Plans de Acçã ds diverss parceirs envlvids e s cntributs ds Cmités Preparatóris da Cimeira (PrepCms). Serã rganizadas reuniões temáticas e de perits, para se debruçarem sbre um assunt específic. Serã rganizadas cnferências reginais, que deverã abrdar as precupações, necessidades e priridades específicas das várias regiões. Os PrepCms cntarã cm a participaçã de representantes ds gverns e utras partes interessadas, nmeadamente representantes ds rganisms especializads da ONU, sectr privad, a sciedade civil e as ONG. c) Quem participará? Gverns Tds s Gverns têm um papel a desempenhar e pdem lucrar cm a sciedade da infrmaçã, independentemente d seu nível de rendiment nacinal u das suas infra- -estruturas. Os Gverns sã fundamentais para levar s benefícis da sciedade da infrmaçã a tds, pr mei da elabraçã de plíticas nacinais e mundiais e de quadrs que visem enfrentar cm êxit s desafis da sciedade da infrmaçã. Na prssecuçã d interesse públic, s gverns pdem actuar n dmíni da sensibilizaçã d públic, facilitar acess deste à infrmaçã e lançar as bases necessárias para que tds s cidadãs beneficiem das tecnlgias da infrmaçã e cmunicaçã (TIC), cm reflexs numa melhr qualidade de vida, em serviçs sciais e n cresciment ecnómic. Sectr Privad O sectr privad também terá um papel activ, em cnjugaçã cm s gverns e a sciedade civil, prpnd mdels ecnmicamente viáveis para alcançar s bjectivs da agenda mundial. A cntribuiçã d sectr privad ajudará a criar as cndições físicas para assegurar acess universal à infrmaçã e a serviçs de TIC de valr acrescentad. A sua participaçã na Cimeira prmverá cresciment ecnómic e
4 - 4 - nvas parcerias que pssam incentivar as transferências de tecnlgias, sensibilizar para as nvas tecnlgias e mtivar a criaçã d desenvlviment de cnteúd lcal e prtunidades de empreg qualificad. A cntribuiçã d sectr privad para a Cimeira está a ser facilitada pel Cmité Crdenadr ds Interlcutres das Empresas (CCIE), presidid pela Câmara Internacinal de Cmérci (CIC). Sciedade Civil A sciedade civil está a desempenhar um papel activ na identificaçã das cnsequências sciais e culturais das tendências actuais e n que se refere a chamar a atençã para a necessidade de intrduzir dever demcrátic de prestar cntas sbre as pções estratégicas feitas a tds s níveis. A sua diversidade e, muitas vezes, a sua abrdagem directa das questões, fazem da sciedade civil um actr fundamental na parceria internacinal renvada pedida pel Secretári-Geral da ONU. Família das Nações Unidas A Cimeira prprcina uma prtunidade única de a cmunidade mundial reflectir, debater e dar frma a nss destin cmum numa era em que s países e s pvs estã interligads cm nunca estiveram. As rganizações da família da ONU servem cm catalisadres da mudança, juntand s gverns ds Estads, bem cm sectr privad, as instituições internacinais e a sciedade civil, na prssecuçã de bjectivs cmuns. O sistema das Nações Unidas e s seus rganisms especializads estarã prfundamente envlvids na rganizaçã e realizaçã da Cimeira, cabend à Uniã Internacinal das Telecmunicações (UIT) assumir papel principal. A Cimeira é também um mei eficaz de ajudar a ONU na cnsecuçã ds Objectivs de Desenvlviment d Miléni. d) A Cimeira: prquê agra? O Desafi A sciedade da infrmaçã glbal está a evluir a um ritm alucinante. A cnvergência cada vez mair entre telecmunicações, e tecnlgias ds multimédia e das tecnlgias da infrmaçã e cmunicaçã (TIC) está a impulsinar a criaçã de nvs prduts e serviçs, bem cm nvas maneiras de cnduzir as empresas e cmérci. A mesm temp, estã a expldir prtunidades cmerciais, sciais e prfissinais, à medida que nvs mercads se abrem à cncrrência, a investiment estrangeir e à participaçã. O mund mdern está a passar pr transfrmações fundamentais, numa altura em que a sciedade industrial que caracterizu sécul XX dá lugar à sciedade da infrmaçã d sécul XXI. Este prcess dinâmic prmete mudanças fundamentais em tds s aspects da nssa vida, nmeadamente na difusã de cnheciment, na interacçã scial, nas práticas ecnómicas e empresariais, na participaçã plítica, ns meis de cmunicaçã scial, na educaçã, na saúde, n lazer e nas diversões. Estams, de fact, n mei de uma revluçã, talvez a mair que a humanidade cnheceu. Para que a cmunidade mundial pssa beneficiar cm ela, cresciment bem sucedid e cntinuad desta nva dinâmica exige um debate glbal e uma harmnizaçã nas esferas aprpriadas.
5 - 5 - A prtunidade A Cimeira Mundial sbre a Sciedade da Infrmaçã prprcinará uma prtunidade única para que tdas as principais partes interessadas se juntem numa reuniã de alt nível e adquiram uma melhr cmpreensã d que é a revluçã e d seu impacte na cmunidade internacinal. O papel ds váris parceirs (Estads Membrs, rganisms especializads da ONU, sectr privad e sciedade civil) n que se refere a assegurar uma ba crdenaçã da criaçã prática da sciedade da infrmaçã n mund inteir estará n cerne da Cimeira e da sua preparaçã. Esta visa reunir s Chefes de Estad, Chefes Executivs ds rganisms das Nações Unidas, s capitães da indústria, as rganizações nã gvernamentais, s representantes ds meis de cmunicaçã scial e a sciedade civil num únic acnteciment de alt nível. Quand e Onde? A Cimeira realizar-se-á cm alt patrcíni d Secretári-Geral das Nações Unidas, Kfi Annan, devend a Uniã Internacinal das Telecmunicações assumir papel principal, em cperaçã cm utrs rganisms da ONU interessads, e decrrerá em duas fases: em Genebra, em 2003, e em Túnis, em Genebra, 2003: Primeira Fase A primeira fase da Cimeira Mundial terá lugar em Genebra, de 10 a 12 de Dezembr de 2003, e terá cm anfitriã Gvern da Suíça. Debruçar-se-á sbre uma grande variedade de temas relacinads cm a sciedade da infrmaçã e aprvará uma Declaraçã de Princípis e um Plan de Acçã, s quais fcarã tdas as questões ligadas à sciedade da infrmaçã. Túnis, 2005: Segunda Fase A segunda fase da Cimeira Mundial decrrerá em Túnis, em 2005, e terá cm anfitriã Gvern da Tunísia. Os temas assciads a desenvlviment serã principal alv de atençã, nesta fase, durante a qual se prcederá à avaliaçã ds prgresss alcançads e se adptará um plan de acçã adicinal, que venha a ser necessári. e) Bamak, 2002 A Cnferência Reginal de África sbre a CMSI; África tma medidas para reduzir fss digital Cerca de 2000 participantes de 51 países africans reuniram-se em Bamak, n Mali, de 25 a 30 de Mai de 2002, para iniciar s preparativs de África para participar na Cimeira Mundial sbre a Sciedade da Infrmaçã, que se realizará em Genebra, em 2003, e em Túnis, em A aprveitar a prtunidade para rganizar a primeira cnferência preparatória a nível reginal, África intrduziu duas imprtantes invações. Uma cnsistiu em juntar representantes ds gverns, das empresas privadas e da sciedade civil. A utra fi criar cndições para um diálg genuín em pé de igualdade. Dessas duas maneiras, a Cnferência lançu um nv tip de parcerias n âmbit de uma cnferência internacinal e tds cncrdam em que mdel de Bamak tem tid um êxit estrnds.
6 - 6 - Um diálg frutus entre s decisres públics e privads e s que trabalham nesse camp transfrmu espírit deste tip de cnferência e deu um nv impuls, um tm enérgic e um clrid genuinamente african a debate. Os participantes, sem excepçã, apelaram a que s africans criassem um cnteúd na Web que utilizasse plenamente a diversidade cultural e linguística d cntinente e que aprveitasse a ampla variedade de cnheciments tradicinais, para já nã falar d géni criadr de tdas as partes interessadas da sciedade africana. Tmar a iniciativa de criar um cnteúd na Web e nvs serviçs é, pel mens, tã imprtante cm cnstruir uma infra-estrutura de cmunicações. Fi esta a piniã geral cm que se vei da Cnferência. A Cnferência de Bamak aprvu uma Declaraçã Final, que lançu as bases da futura participaçã ds africans na sciedade da infrmaçã. A Declaraçã atribuiu particular ênfase a cnteúd lcal, a estabeleciment de parcerias cm vista à cnstruçã da sciedade da infrmaçã glbal, especialmente integrand as pequenas e médias empresas n prcess de desenvlviment. O event definiu também s princípis que devem nrtear a realizaçã ds bjectivs da Declaraçã: É necessári dar a tds s cidadãs s meis para utilizar as redes de TIC cm um serviç públic Há que garantir a liberdade de expressã de tds s cidadãs, que devem ter acess prtegid à infrmaçã n dmíni públic glbal, cm um element d seu direit inalienável a acess à infrmaçã, que é patrimóni da humanidade Diversificaçã da ferta de tecnlgias pr mei da eliminaçã de bstáculs de carácter reguladr, plític e financeir à satisfaçã das necessidades ds cidadãs Prmver sftware gratuit para divulgar a tecnlgia a um cust mínim O text da Declaraçã bem cm as declarações ds participantes e s dcuments ds grups de trabalh estã dispníveis em:
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