CUSTOS DE PRODUÇÃO. Profª Graciela Cristine Oyamada
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1 CUSTOS DE PRODUÇÃO Profª Graciela Cristine Oyamada
2 Curva de Oferta Teoria da Firma Teoria da Produção (relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados) Teoria dos Custos de produção (inclui os preços dos insumos)
3 Produção Conceitos Básicos Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. Insumos Mão-de-obra Capital Físico Área, Terra Matériasprimas Processo de Produção Produtos Bens & Serviços Finais Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de insumo; Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de produção.
4 Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do produto (q) em determinado período de tempo. onde: q f N, K, M N = mão-de-obra utilizada / tempo K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo M = matéria-prima utilizada / tempo Observação: função de produção função de oferta Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção. Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos fatores de produção.
5 Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a produção varia. Ex: o capital físico e as instalações da empresa Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade produzida varia. Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo; Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis.
6 Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. PT Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. PMeN PT (produtividade média da mdo) N PMeK PT (produtividade média do capital) K q
7 Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo. PMg PMe N K PT q dq = ou (produtividade marginal da mdo) N N dn PT q dq = ou (produtividade marginal do capital) K K dk
8 produtividade média do fator: resultado do quociente da quantidade total produzida pela quantidade utilizada desse fator. a) produtividade média da mão-de-obra= quantidade de produtos sobre/número de trabalhadores b) produtividade média do capital= quantidade de produto/quantidade de máquinas produtividade marginal: a) Produtividade marginal de mão-de-obra= variação de produto/acréscimo de 1 unidade de capital b) Produtividade marginal do capital= variação de produto/acréscimo de 1 unidade de capital
9 No caso da agricultura: c) produtividade média da terra = quantidade produzida/área cultivada d) produtividade marginal da terra = variação de produto/acréscimo de 1 unidade de área cultivada Lei dos rendimentos decrescentes: elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará a taxas crescentes; e depois de certa quantidade do fator variável, continuará a crescer, mas a taxas decrescentes; continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção total chegará a um máximo, para então decrescer.
10 K N PT Pme N PMg N OBS: PMe PMg PT N N 6 PT N O formato das curvas PMg N e PMe N dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes. 0 6 PMe N N PMg N
11 Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa. Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada). Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo).
12 Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho, demandando mais fatores de produção. Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um aumento de mais de 10% na produção; Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor; Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção, neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes.
13 CUSTOS DE PRODUÇÃO O objetivo básico de uma firma é maximizar os resultados quanto da realização da atividade produtiva, podendo ser conseguida quando for alcançada a: maximização da produção para um dado custo total; ou maximização do custo total para um dado nível de produção. Equilíbrio da firma: situação de maximização dos resultados.
14 Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa. Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem (automóvel); Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa). Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade, derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa. Externalidades positivas Externalidades negativas
15 Diferenças entre a visão econômica e a visão contábil-financeira dos custos de produção: Custos de oportunidade versus custos contábeis: custos contábeis: custos explícitos, que envolvem dispêndio monetário; custos de oportunidade: custos implícitos, relativos aos insumos que pertencem à empresa e que não envolvem desembolso monetário.
16 Custos versus despesas Custos: gastos associados ao processo de fabricação de produtos. custos diretos: custos variáveis; custos indiretos: custos fixos. Despesas: associadas ao exercício social e alocadas para o resulta do geral do período. Conceito fixos também engloba as despesas financeiras, comerciais e administrativas. Exceção: teoria da organização industrial.
17 Custos totais de produção: total das despesas realizadas pela firma a partir da combinação mais econômica dos fatores que resultará em determinada quantidade de produto. custos variáveis totais (CVT): parcela dos custos totais, que dependem da produção e por isso muda com a variação do volume de produção. Representam as despesas realizadas com os fatores variáveis de produção (custos diretos). custos fixos totais (CFT): parcela dos custos totais que independe da produção, decorrentes dos gastos com fatores fixos de produção (custos indiretos).
18 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia. Ex.: Aluguéis, depreciação, etc. Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida. Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matériasprimas, etc. CVT f q Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total. CT CVT CFT
19 Custos Totais ($) CT CVT CFT CVT CFT q
20 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custo Fixo Médio (CFMe): CFMe CFT q Custo Variável Médio (CVMe): CVMe CVT q Custo Médio (CMe ou CTMe): CTMe CT q CTMe = CVMe + CFMe
21 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custos Médios ($) CTMe CVMe O formato de U das curvas CTMe e CVMe a curto prazo também se deve à lei dos rendimentos decrescentes, ou lei dos custos crescentes. CFMe q Custos médios declinantes: Pouca mão-de-obra p/ grande capital. Vantajoso absorver mão-deobra e aumentar a produção, pois o custo médio cai. Em certo ponto, satura-se a utilização do capital (que é fixo) e a admissão de mais mão-de-obra não trará aumentos proporcionais de produção (custos médios ou unitários começam a elevar-se).
22 Custos de Produção: Custos a Longo Prazo No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos são variáveis, sendo assim, um agente econômico: 1. Opera no curto prazo e; 2. Planeja no longo prazo. Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que podem escolher.
23 Maximização dos Lucros Maximização do lucro total: no curto ou no médio prazo. Lucro total= receita total de vendas custo total de produção Maximização do lucro em um nível de produção que: RMg da última unidade produzida = CMg da última unidade produzida Conceitos de lucro normal e lucro extraordinário: ganho alternativo que os proprietários aufeririam se empregassem o capital em outra atividade ou aplicação.
24 Conceitos: lucro contábil: diferença entre receita e custos efetivamente incorridos; lucro normal: custo de oportunidade de capital; lucro extraordinário: diferença entre receita e total dos custos contábeis e custos de oportunidade. O conceito de break-even point: ponto de equilíbrio representa o nível de produção em que a receita total é igual ao custo total e a partir do qual a empresa passa a gerar lucros.
25 K - Terra (fator fixo) (alqueires) N - mão-de-obra (fator variável) (em milhares de trabalhadores) PT - produto total (toneladas) PMeN=PT/N (produtividade média da mão-de-obra = toneladas por mil trabalhadores) PMgN=ΔPT/ΔN (produtividade marginal da mão-de-obra = toneladas por mil trabalhadores) =3:2 5=variação em 3/variação em , , , ,7-2
26 Verifica-se que no início podem ocorrer rendimentos crescentes, isto é, os acréscimos de utilização do fator variável provocam incrementos na produção. A partir da quarta unidade de mão-de-obra incluída no processo produtivo, começam a surgir os rendimentos decrescentes. A oitava unidade, associada a 10 unidades do fator fixo terra, maximiza o produto (44 toneladas). A produtividade marginal dessa oitava unidade é nula. (ZERO) Daí por diante, cada unidade do fator variável mão-deobra, associada às 10 unidades do fator fixo terra, passará a ser ineficiente, ou seja, sua produtividade marginal torna-se negativa.
27 Produção total (Q/dia) 1 Custo fixo total (CFT) R$ 2 Custo variável total (CVT) R$ 3 Custo total (CT) R$ 4 = 2+3 Custo fixo médio (CFMe) R$ 5=2:1 Custo variável médio (CVMe) R$ por produto 6=3:1 Custo médio (Cme) R$ por produto 7=4:1 Custo Marginal (CMg) R$ por produto 8=variação em 4/variação em , , , ,5 2,75 5, ,6 4, , , , , , , ,25 3,125 4, , , , ,8 4, , , ,
Ponto de partida para o estudo da organização industrial. CT determinante das tomadas de decisões das empresas.
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