Aula 01 ÉTICA GERAL. Caro (a) aluno (a) A disciplina de ética será trabalhado em 8 aulas dividida no 1º e 2º bimestre.

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1 Aula 01 ÉTICA GERAL Caro (a) aluno (a) A disciplina de ética será trabalhado em 8 aulas dividida no 1º e 2º bimestre. Conceito de ética geral; Moral X Virtudes; Ética e bioética; Deontologia; Postura; Profissionalismo; Regulamentação da profissão; Aspectos legais para pesquisa científica com seres humanos. A metodologia utilizado será: 2 atividades online no valor de 1,5 cada; Valores iguais para 1º e 2º 1 avaliação institucional no valor de 7,0 bimestres. As provas serão realizadas no modelo presencial. O aluno tem o espaço onde deverá publicar e receber seus recados. É importante salientar que o envio das atividades deve ser dentro do prazo estipulado. As demais orientações serão durante a aula presencial agendada.. 11

2 Esta disciplina busca introduzir os conceitos éticos que fornecem o suporte ao processo de tomada de decisão no campo das profissões. A discussão se pauta nos principais aspectos sobre os quais as pessoas envolvidas profissionalmente na ética geral, bem como na ética profissional e deontologia. Outro aspecto relevante na disciplina que é de suma importância é a ética na pesquisa com seres humano. A ética sem entendimento do contexto histórico e legal faz pouco sentido. Por isso, esse módulo deverá ser trabalhado no contexto histórico para fundamentação com uma breve história da ética, direcionado para as varias abordagens. INTRODUÇÃO A palavra Ética vem do grego = Ethos que tem como significado a morada do homem contemplando os aspectos: do modo de ser, do caráter e dos costumes. A ética é o abrigo que confere proteção e segurança aos indivíduos-cidadãos, ou ser vivente, aqueles responsáveis pelos destinos da pólis, ou seja, da cidade. No âmbito geral entende-se que a ética deve ser pautada nas leis, nos costumes; nos hábitos e nas virtudes. Já a ética Sofista foi utilizada para designar o artesão experiente em qualquer atividade profissional, sendo que sofista vem de sophia que quer dizer perícia, ou seja, sabedoria, ainda se tem por classificação ou significado como: mestre ou sábio. Para Aristóteles Protágoras era um dos principais sofistas da época, fazendo se converter em mais forte o argumento débil. Os sofistas tiveram importância para a história da política, na arte de falar e discursar persuasivamente, foi indispensável para a consolidação da democracia ateniense da segunda metade do século V. Os sofistas, de qualquer modo, a partir do século V, passou a designar os mestres em retórica, pois muitos deles ensinavam outras disciplinas. Retorica: É a arte de falar, expressar e argumentar com clareza o que era de suma importância para a antiguidade O antagonismo dos filósofos aos sofistas se deve sobretudo ao relativismo, pois segundo Protágoras (491/481-a/c.), para cada argumento há de haver um contrário de uma mesma força. O que é bom para um é mal para outro, o que é injusto conforme certas circunstâncias é justo em outras. Ainda Protágoras afirma que o homem é a medida de todas as coisas, que são e que não são. Neste sentido entende-se que a realidade exterior não existe, por que o sujeito não tem acesso a ela, isso é se existir independente, pois a mesma só existe quando e enquanto a percebemos. Tendo em vista que o ser humano faz do mundo o que ele é para si mesmo. 12

3 Na Grécia o homem é o próprio deus, e não os deuses, é ele mesmo cria as condições de existência humana. Há uma absoluta desmistificação. Neste sentido o grande sofista, Górgias, compartilhava da tese de que não há um saber universal, necessário e objetivo, pois, como tudo é subjetivo, o sujeito pode apenas emitir opiniões, o sábio atenta para aspectos de que: Nada existe; Se algo existe, não pode ser conhecido; Se pode ser conhecido, tal conhecimento não pode ser comunicado. A sofística consiste mais em uma atitude mental, permeada de interpretações retóricas do que uma teoria filosófica. A filosofia dos sofistas é bem interessante, bem mais pelas questões colocadas do que pelas teses elaboradas. Estas questões procurarão responder por toda história da filosofia, e devido às quais se desenvolverá a filosofia ética sistemática. Saber a respeito do homem ético, político e jurídico não ambiciona o conhecimento especulativo, mas deve ser uma discussão moral, como por exemplo: Os sábios que ensinam a arte de convencer, ou retórica; Ensinam a arte de expor, argumentar ou discutir; Cobram para ensinar; Colocam em dúvida não só a tradição, mas a existência de verdades e normas universalmente válidas. Na visão filosófica não existe verdade ou erro, e as normas são transitórias por serem humanas. Tudo é relativo ao sujeito. "homem, é a medida de todas as coisas. ORIGEM DA ÉTICA A ética originou da filosofia a partir de estudos, observações e investigações teóricomoral como sobre as propriedades do caráter, dessas propriedades observa-se que o caráter apresenta características boas e más que também são classificadas como vícios e virtudes. 13

4 A Ética é o estudo geral do que é: Ética e Biossegurança em Radiologia - Débora Teixeira - UNIGRAN Bom ou mau; Correto ou incorreto; Justo ou injusto; Adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é buscar justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Embora sejam diferentes para ambos, essas não estabelecem regras, mas busca uma reflexão sobre a ação humana que é caracterizada como ação, ou seja, Ética. O NASCIMENTO DA ÉTICA Para Sócrates a frase importante é "Só sei que nada sei". ele foi um opositor a ideia sofistas deixando uma polêmica ocidental, Socrates não deixou escritos, este foi um dos motivos que questionavam a sua inexistência, mas foi configurado como personagem supostamente nas alucinações dos seus discípulos: Platão e Xenofonte. Foi, então, principalmente por meio dos escritos desses dois seus alunos, que o legado de Sócrates não pereceu. Convivendo na Era de Péricles (século V a.c.), de apogeu da Grécia, junto ao povo nas praças públicas da pólis (cidade) de Atenas, Sócrates situou sua doutrina na natureza humana e seus desdobramentos ético-sociais visando uma ética na educação cidadã, buscando prudentemente a virtude essencial para sociedade. Outro método utilizado por Sócrates era a ironia e maiêutica. Na primeira fase do método, a ironia, Sócrates diante de outra pessoa que dizia conhecer um assunto dizia que nada sabia. Ele só fazia perguntas, até desmontar o outro, que acabava por demonstrar, na verdade, sua ignorância. Na segunda fase, a maiêutica que quer dizer parto intelectual, Sócrates dava luz às novas idéias, construindo novos conceitos, mesmo que não se chegasse a conclusões definitivas. Indagava sobre o sentido dos costumes e as disposições de caráter dos atenienses, dirigindo-se à sociedade e ao indivíduo. Para Chauí (1997) acredita que as questões socráticas nunca terminavam com uma resposta e deixavam sempre por revelar que os atenienses respondiam sem pensar no que diziam. Repetiam e interpretavam da forma em que lhes fora ensinado desde a infância, era comum quando os grupos se reuniam para conversar com o filósofo, as respostas recebidas eram contraditórias e diferentes das perguntas direcionadas. Neste contexto as pessoas tinham duas alternativas: zangar-se com a impertinência do filósofo indagador e ir embora irritado, ou reconhecer que não sabia o que imaginava saber, foi neste sentido que Sócrates buscou a filosofia da virtude e do bem. Frente a essas questões entende se que essa atitude, angariavam seguidores, mas também um acentuado número de inimigos, que forjaram politicamente a condenação e 14

5 morte de Sócrates com apoio da sociedade, ressaltando que o mesmo negava a as divindades criando outras, e corromper a juventude. Sócrates desafiou as ordens vigentes nos círculos sociais da sua época, questionou o relativismo dos sofistas influenciando outros pensadores filosóficos como, por exemplo: o platonismo, o aristotelismo e o estoicismo. Bittar e Almeida (2005) entenderam que para Sócrates, erro é fruto da ignorância, e toda virtude é conhecimento. O filósofo, assim, tinha como ânsia "parir" o descobrir o que está dentro das pessoas. "Daí a importância de reconhecer que a maior luta humana deve ser pela educação (paidéia), e que a maior das virtudes (areté) é a de saber que nada se sabe". De acordo com a literatura Sócrates deu origem à ética, ou seja, à filosofia moral, tendo como ponto de partida a consciência do agente moral. O filosofo destacou que o sujeito ético ou moral é somente aquele que: Sabe o que faz, Compreende as causas e o fim da sua ação; Conhece o significado de suas intenções; Reconhece suas atitudes; Atenta para essência dos valores morais. Analogismo: é um processo cognitivo de transferência de informação ou significado de um sujeito particular. A ética de Sócrates reside no conhecimento e na felicidade. Como assim conhecimento? Depois de dotado de conhecimento como retratava o filósofo Conhece a ti mesmo faz com que o indivíduo valorize também o outro, ou seja, compreende o valor do bem e do mal. Já o sujeito que pratica o mal acredita em algo que o leve à felicidade, ou a vantagens sobre a sua ação, esta concepção distorce simplesmente por instituir-se no analogismo ter seu juízo enganado por meros "achismos". Entende-se de acordo com os autores que o coletivo era relevante perante o individual, é a expressão dos mais fortes era melhor ser injustiçado que cometê-la. A filosofia, de acordo com Sócrates, buscou aperfeiçoar nas questões da vida ou morte. Contudo Sócrates entendeu que era necessária as suas leis dentro de uma sociedade para responder às exigências da natureza humana. A obediência às leis da cidade é sempre um dever para toda a sociedade. Foi acreditando nessa filosofia que Sócrates submeteu-se à condenação da cidade, mesmo reconhecendo a injustiça de que era vítima. Para os autores Bittar e Almeida (2005) entende-se que a ética socrática não se atrela simplesmente ao contexto que diz somente ao respeito à lei e ao respeito dos deveres 15

6 humanos em si e por si. Mas sobrepõe a ética do porvir (post mortem), e acredita que o significado da verdade e a justiça devem ser buscadas com vista em um fim maior, o bem viver post mortem. Sem outra razão pela qual se deseje filosofar senão a de preparar-se para a morte. AS IDEIAS PLATONICAS E A HIERARQUIA SOCIAL Platão, foi o discípulo mais famoso de Sócrates. Com relação à sua doutrina, é interessante recorrer ao "mito da caverna", incluído no livro VII de "A República", a idealização de Platão era sobre uma caverna habitada por pessoas acorrentadas desde a infância, com dificuldade de avistar a sua entrada enxergando apenas o seu interior, pela projeção da luz de uma fogueira que emitia sombras dos objetos que transitam às suas costas. Se um desses indivíduos conseguisse se soltar das correntes para contemplar à luz do dia e contemplar os verdadeiros objetos, ao regressar relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esse o tomariam por louco e não acreditariam em suas palavras. O mito da caverna traz sentidos variados relacionando termos como: Conhecimento (epistemologia), fazendo uma fissão entre mundo sensível (dos fenômenos) e mundo inteligível (das ideias gerais). exemplo: Para tanto existe alguns aspectos relevantes que o mundo é sentindo como, por Ilusão; Multiplicidade; Imperfeição do verdadeiro. Por que tudo parece ser uma realidade???, Entretanto, é exatamente essa a razão que leva o indivíduo a incluir situações ilusórias daquilo em que acredita, onde a própria sombra aumenta e diminuem perante a visão deturpada, e quando apresenta a verdade essa é desmascarada. Foi a partir da teoria socrática que Platão criou a palavra ideia, visando à denominação das intuições intelectuais, superiores e sensíveis. Para Platão o mundo real era gerido pelas ideias do mundo das únicas verdades, que seria atingido pela contemplação e depuração dos enganos dos sentidos. Dialética é a arte do diálogo, a arte de debater. 16

7 Fazer o Bem é uma dialética das ideias gerais que está acima de todas as ações, Platão acreditava que essa ideia era a mais eficaz e perfeita, visto que neste sentido o Bem é supremo. Platão retrata que se houver realidade no mundo das ideias gerais, esta tona o mundo sensível, fazendo com haja igualdade na existência de uma justiça superior à justiça imposta e imperfeita dirigida pelos homens. No que tange essa justiça no mundo das ideias cabe ressaltar aspectos relevantes que destacam as mesmas, a saber: Compreensiva; Perfeita; Absoluta; Imutável; Para governar o corpo e torna-lo saudável é necessário contemplar essa justiça para extrair princípios e adequá-los ao fazer cumprir dos mesmos. Para tanto não se trata apenas de uma justiça humana, mas de outra que vai, além disso, que contemple a metafísica, presente no Hades, no qual a justiça universal se dá pela doutrina, que pune para o mal cometido, recompensa para o bem realizado. Sendo assim cabe ressaltar que a conduta ética e suas regras possuem raízes no Além (Hades), sem quer possam representar medidas de caráter, ou seja, se o sujeito é justo ou injusto. Os autores destacam que neste contexto as aparências se enganam, defendendo as ideias de que o que parece ser justo não é, e o injusto =não se deve tomar como verdade absoluta. 17

8 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS OLIVEIRA JUNIOR, J. C. de. Ética: um alicerce fundamental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, SÁ, A. L. de. Ética profissional. 8. ed. São Paulo: Atlas, MASTROENI, Marco Fabio. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2. ed. São Paulo: Atheneu, BARCHIFONTAINE,L.L C.P. de. Bioética e início da vida: Alguns desafios. Florianópolis: IDA & São Paulo: Idéias e Letras, RIOS, Terezinha Azerêdo. Ética e competência. 16. ed. São Paulo: Cortez, SOUZA de, S. R. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, BITTAR, Eduardo C.B. ALMEIDA, Guilherme de Assis. Curso de Filosofia do Direito. 4º edição. Atlas. São Paulo,