Biofarmácia. Farmacotécnica

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1 Biofarmácia Prof. Luis Antonio Paludetti Agradecimentos especiais aos Professores Robson M. Gama e André Rolim Babii pela criação de parte das transparências desta apresentação 1/26 Farmacotécnica Disciplina das ciências farmacêuticas que envolve todas os requisitos necessários para transformar uma droga ou fármaco em um medicamento estável, seguro, eficaz e que possa ser utilizado pelo paciente de modo aceitável 2/26 Rx

2 Introdução Fármaco ou droga Fórmulas Farmacêuticas Adjuvantes Farmacotécnicos Inertes farmacologicamente Veículos ou excipientes Administração do fármaco para maior facilidade na aplicação e adesão ao tratamento pelo paciente Formas Farmacêuticas Vias de Administração Rx

3 Depende Efeito Terapêutico da capacidade da forma farmacêutica em disponibilizar o fármaco no local apropriado, em quantidade adequada. Ação Sistêmica a absorção é um pré requisito para a administração extra-vascular. Vias de Administração Enteral (uso interno) Oral Sublingual Retal Parenteral Diretas Endovenosa Intramuscular Subcutânea Intradérmica Intra-arterial Intracardíaca Intratecal Peridural Intra-articular Indiretas: Cutânea Respiratória Conjuntival Geniturinária Intracanal Rx

4 Vias de Administração Parenteral Rx

5 Oral Solução Xarope Comprimido, etc Respiratória Nebulizadores Aerossóis Retal Supositório Creme Soluções, etc Nasal Solução Inalações Tópica Parenteral Pasta Loções Aerossóis, etc Soluções Suspensões Injetáveis Ocular Auricular Solução Creme Pomada Solução Suspensão Creme FASE FARMACÊUTICA FASE FARMACOLÓGICA co Via Oral Sólido Via Oral Líquido cp ESTÔMAGO SANGUE FÍGADO FEZES Injetável OU INTESTINO PLASMA Tópico Via Retal PELE RINS URINA Rx

6 Velocidade de Absorção A velocidade de absorção no TGI varia: Soluções, Suspensões Pós Cápsulas* Comprimidos * Drágeas* *Preparações de liberação prolongada > absorção Rx

7 Etapas após a ingestão Liberação Fase Biofarmacêutica Dissolução Absorção Distribuição Fase Farmacocinética Biotransformação Excreção Ação farmacológica Fase Farmacodinâmica Resposta do organismo Via Oral Rx

8 Liberação de Fármacos CO MPRIMIDO RE VESTIDO COM PRIMIDO C ÁPSU LAS (a) (b) (c) SOLUÇÃO EMULSÃO O/A SUSPENSÃO (g) (f) (e) PÓ (d) F O R M A F A R M A C Ê U T I C A d e s i n t e g r a ç ã o G R Â N U L O S S O L U Ç Ã O d e s a g r e g a ç ã o P A R T Í C U L A S F I N A S Via Oral: Compirmido F F F F F F F F F F Rx

9 Fisiologia da absorção A absorção é definida como a passagem de um fármaco de seu local de administração para a corrente sanguínea. Biodisponibilidade Concentração ( mcg/ml ) Curvas de concentrações plasmáticas de um fármaco para diferentes formas farmacêuticas: ( t(h Rx

10 Bioequivalência Concentração plasmática (mcg/ml) CTM CME Tempo depois da administração do fármaco (horas) Fase Farmacêutica Características do Fármaco Solubilidade Tamanho e natureza da partícula Hidrofobia e hidrofilia Características dos veículos Hidrofobia e hidrofilia Capacidade dissolvente (uso externo e líquidos) Saturação (uso externo e líquidos) Coeficiente de partição O/A 20/26 Rx

11 Fármacos: Dissolução Dissolução do fármaco Camada de difusão Partícula do fármaco Difusão das moléculas do fármaco pelos conteúdos gástricos sangue Barreira gastrintestinal Solubilidade Terminologia Partes de solvente para dissolver 1 parte de soluto Muito solúvel menos que 1 Livremente solúvel 1 a 10 Solúvel 10 a 30 Levemente solúvel 30 a 100 Pouco Solúvel 100 a 1000 Muito pouco solúvel 1000 a Praticamente insolúvel ou insolúvel mais que /26 Rx

12 Solvatação Concentração plasmática após administração oral de suspensão com 250 mg de ampicilina anidra ( O ) (T), e trihidratada ( -1 ml Niveis sericos (µg ( horas ) Tempo Fármacos: Tamanho Área de superfície e tamanho de partícula Níveis sanguíneos de fenobarbital em função do tempo após injeção intramuscular de três apresentações diferentes Rx

13 Fármacos: Tamanho da Partícula Partículas uniformes Partículas de tamanho definido Pó Moderadamente grosso: Tamis Pó Semi-fino: Tamis 60 Pó fino: Tamis 100 Pó finíssimo: Tamis 150 ou superior Para cápsulas: entre 60 e 100 Peneiras? 25/26 Tamanho da Partícula: Trituração Redução do tamanho das partículas por meio de fricção Almofariz e pistilo Almofariz com superfície áspera Vidro para substâncias coloridas Não aplicar força Moinhos Levigação Uso externo 26/26 Rx

14 Tamises Tamanho da Partícula: Peneiras 28/26 Rx

15 Absorção: Forma Cristalina Diferentes formas de empacotamento Podem apresentar diferenças na faixa de fusão, solubilidade e velocidade de dissolução, estas com grandes conseqüências na biodisponibilidade do fármaco. Hidrofobia e Hidrofilia Rx

16 Fisiologia da absorção Fisiologia da absorção Mecanismos de absorção Canal de proteína Proteínas transportadoras Gradiente eletroquímico Energia Difusão simples Difusão facilitada Transporte passivo Transporte ativo Rx

17 Fisiologia da absorção ph e solubilidade PARA ÁCIDOS: Membrana lipídica A + [fármaco ionizado] ph = pka + log [fármaco não ionizado] H + HA H + HA A + Compartimento orgânico Compartimento orgânico Fisiologia da absorção ph e solubilidade Membrana lipídica PARA BASES: BH + H + BH + [fármaco não ionizado] ph = pkb + log [fármaco ionizado] B H + B Compartimento orgânico Compartimento orgânico Rx

18 Fase Farmacológica ph e pka Ácido fraco: ph - pka = log (I/NI) Base fraca: ph - pka = log (NI/I) 35/26 PIROXICAM Fisiologia da absorção PKa = 6,3 ácido fraco Tecido ph (%) Mucosa gástrica 1 0,0005 TGI Mucosa intestinal 5 4,7 Plasma 7,4 92,6 Tecido inflamado 5 4,7 Rx

19 Fisiologia da absorção Quanto menor o valor do pka de um fármaco mais forte é o ácido, pois é necessário um meio muito ácido (ph < 7) para que haja dissociação das moléculas, O contrário é válido para bases. Rx

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