Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS
|
|
- Mirela de Caminha Batista
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS Capítulo I ANÁLISE DESCRITIVA DE MECANISMOS Curso de Licenciatura em Engenharia Biomédica Departamento de Engenharia Mecânica Escola de Engenharia UNIVERSIDADE DO MINHO J.C.Pimenta Claro [e-version: 2005]
2 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos INTRODUÇÃO DEFINIÇÕES GERAIS A ciência dos mecanismos estuda os movimentos dos diversos componentes que constituem uma máquina ou equipamento, assim como as forças que esses componentes transmitem. Um movimento fica integralmente definido através do conhecimento do deslocamento, velocidade e aceleração. Máquina define um único, ou vários, mecanismos associados a uma fonte de energia. Mecanismo define um conjunto de corpos rígidos de tal modo interligados que o movimento de um dos seus componente provoque o movimento dos restantes componentes desse mecanismo. Num Mecanismo, os componentes susceptíveis de transmitirem força designam-se por Ligações. 1.2 PARES CINEMÁTICOS A transmissão de movimento, fim básico de um mecanismo, implica a ligação dos diferentes componentes entre si. O conjunto de duas superfícies que estabelecem o contacto entre dois componentes designa-se por Par Cinemático. Os Pares podem classificar-se quanto à Forma, tipo de Contacto e Movimento relativo permitido. Sendo a trajectória de todos os pontos de um componente perfeitamente definida, relativamente a outro a que se encontra ligado, então o par denomina-se Fechado. Caso contrário, o par diz-se Aberto sendo, neste caso, necessária uma actuação exterior para manter um contacto de carácter permanente entre os dois componentes. Quanto ao contacto, os pares podem ser Superiores ou Inferiores, conforme seja pontual (ou linear) ou superficial. Quanto ao movimento relativo permitido, os pares designam-se como: rotóides - permitindo a rotação ou oscilação num plano (também designados como Articulações) esféricos - permitindo rotação ou oscilação em qualquer plano (também referidos como Rótulas) deslizantes - permitindo a translacção rectilínea (o componente fixo toma a designação de Guia e o componente móvel a designação de Corrediça) Na Fig.1.1 encontram-se esboçados alguns Pares Cinemáticos típicos em construção mecânica. Outras definições podem ser estabelecidas, e são usuais em mecânica, tais como: ligação binária - se possui apenas dois componentes de par cinemático ligação ternária - se possui três componentes de par cinemático manivela - ligação que roda ou oscila em torno de um eixo fixo biela - orgão que estabelece a ligação entre duas manivelas ou entre uma manivela e uma corrediça componente motor - ligação que, num mecanismo, recebe o movimento que se pretende transformar componente movido - ligação cujo movimento se pretende utilizar
3 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 2 mecanismos equivalentes - designa equivalência cinemática, isto é, em que componentes motor e movido(s) têm o mesmo movimento fixe - ligação que, num mecanismo, se considera fixa a) chumaceira radial de escorregamento de 360 o b) chumaceira radial de escorregamento 180 o c) chumaceira de rolamentos de esferas ou rolos par rotóide inferior fechado par rotóide inferior aberto par rotóide superior fechado d) chumaceira axial de escorregamento, cónica e) chumaceira axial de escorregamento, cilíndrica f) cilíndro com êmbolo par rotóide superior aberto par rotóide inferior aberto par deslizante inferior fechado g) came com prato h) came com forquilha i) rótula par deslizante superior aberto par deslizante superior fechado par esférico inferior fechado j) parafuso de transmissão l) navalha par helicoidal inferior fechado par rotóide superior aberto Figura Exemplos típicos de Pares Cinemáticos 1.3 MOVIMENTOS Os mecanismos podem realizar três tipos de movimentos: 1 - movimento plano 2 - " helicoidal 3 - " esférico No movimento plano temos a considerar três tipos básicos: movimento de translação " de rotação " misto de translação e rotação
4 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 3 No movimento de translação há ainda a considerar: translação rectilínea " curvilínea No movimento de translação rectilínea todos os pontos de uma ligação descrevem trajectórias rectas e paralelas. Como exemplo, temos o movimento da 'corrediça', num sistema biela-manivela - Fig.1.2. Figura Translação rectilínea No movimento de translação curvilínea as trajectórias descritas pelos pontos de uma ligação são linhas curvas paralelas entre si. Como exemplo, pode tomar-se o movimento da ligação que une as rodas motoras de uma locomotiva - Fig.1.3 Figura Translação curvilínea No movimento de rotação, cada ponto de uma ligação que descreve um movimento plano permanece a uma distância constante, relativamente a um eixo fixo normal ao plano do movimento. Se a rotação for alternada, dentro de um certo ângulo limíte, é denominada Oscilante. Na Fig.1.4 a rotação da barra 2 implica a oscilação da barra 4, dentro do ângulo [B"O 4 B']. Figura Movimento oscilante
5 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 4 No movimento misto (de translação e rotação) os pontos de uma ligação têm simultaneamente as características dos movimentos de translação e de rotação. Na situação ilustrada na Fig.1.3, os pontos das ligações 2 e 4 descrevem uma translação curvilínea em simultâneo com um movimento de rotação. No movimento helicoidal os pontos de uma ligação movem-se com rotação em torno de um eixo fixo e translação paralela a esse eixo. É o caso do movimento descrito por um ponto pertencente a uma porca, enquanto esta é apertada num parafuso ou perno. No movimento esférico cada ponto da ligação mantem-se a uma distância constante de um ponto fixo. 1.4 CICLO, PERÍODO E FASE DO MOVIMENTO Quando os diversos componentes de um mecanismo partem de uma posição inicial, descrevem um determinado movimento e retornam à posição inicial para, deste modo, recomeçarem a mesma trajectória cinemática, diz-se que o mecanismo completou um ciclo, com a duração de determinado período de tempo, tendo assumido fases, ou seja, várias posições instantâneas relativas, durante o ciclo. 1.5 INVERSÃO DE UM MECANISMO Se, num mecanismo, libertarmos a ligação fixa e fixarmos uma ligação anteriormente livre, dizemos que o mecanismo foi invertido. A inversão do mecanismo não modifica o movimento relativo entre as ligações, mas modifica o movimento absoluto de cada ligação em relação a um referencial fixo. Assim, e por exemplo, para o sistema biela-manivela representado na Fig.1.5, o facto de ter quatro ligações faz com que disponha de três inversões possíveis, correspondentes à fixação das ligações 2, 3 ou 4. Estas inversões estão representadas(na Fig.1.6. Figura Sistema biela-manivela 1.6 CLASSIFICAÇÃO DOS MECANISMOS Os mecanismos podem classificar-se em dois grandes grupos, conforme o tipo de movimento do componente movido, ou seja, do tipo de 'saída' que se obtem. Assim, temos mecanismos de: - movimento contínuo - " intermitente
6 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 5 a) b) c) Figura Inversões do sistema biela-manivela 1.7 TRANSMISSÃO DO MOVIMENTO A transmissão de movimento entre duas ligações de um mecanismo pode ser efectuada de três formas diferentes, a saber: - por contacto directo, como nos casos das cames e das engrenagens - por ligação intermédia, como no caso da biela do sistema biela-manivela - por ligação flexível, caso das transmissões por correia e por corrente Transmissão por Contacto Directo Na Figura 1.7 a ligação 2 é motora e a ligação 3 movida. O contacto dá-se no ponto P, no instante aqui representado. O valor de [PM 2 ] - velocidade da ligação 2 no ponto P, ou seja, a velocidade do ponto P - é determinável através do conhecimento da velocidade angular da ligação 2 [ω 2 ] e da distância [PO 2 ]. Por sua vez [PM 2 ] pode ser decomposto segundo as direcções normal e tangencial. Considerando as ligações como rígidas, estas não poderão interpenetrar-se. Por outro lado, supondo que as duas superfícies não perdem o contacto, a componente normal da velocidade no ponto P, enquanto pertencente à ligação 2, será igual à componente normal da velocidade desse mesmo ponto, enquanto pertencente à ligação 3. Conhecida a componente normal, e como a direcção de [PM 3 ] é conhecida (perpendicular a [O 3 P], podemos conhecer o valor de [PM 3 ]. Assim, torna-se possível determinar o valor da velocidade de rotação da ligação 3, (ω 3 ). A velocidade de escorregamento é também, neste caso, determinável. Este valor é dado pela diferença entre as componentes tangenciais, no ponto de contacto, e corresponde à distância [t 2 t 3 ], uma vez que a componente [Pt 3 ] tem direcção oposta à componente [Pt 2 ].
7 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 6 Figura Transmissão por contacto directo a linha [NN'] é a normal comum a 2 e a 3, no ponto P, designada como linha de acção ou de transmissão a linha [TT'] é a tangente comum a 2 e a 3, no ponto P o vector [PM 2 ] é a velocidade da ligação 2, no ponto P o vector [PM 3 ] é a velocidade da ligação 3, no ponto P Se o ponto P estiver segundo a linha de centros [O 2 O 3 ] as componentes tangenciais têm o mesmo valor e sentido, ou seja, nessa situação a velocidade de escorregamento é nula, sendo o movimento de rolamento puro. Assim, a condição de rolamento puro é que o ponto de contacto se situe na linha de centros. Geometricamente é também possível relacionar [ω 2 ] com [ω 3 ]. Para isso a traçagem de paralelas à linha de acção, passando pelos centros de rotação das ligações 2 e 3, definem os pontos e e f por intercepção com a normal comum, e sabendo que: ω 2 = [PM 2 ]/[PO 2 ] e que: ω 3 = [PM 3 ]/[PO 3 ] donde: ω 3 /ω 2 = [PM 3 ] [PO 2 ] / [PM 2 ] [PO 3 ] Como os triângulos [PM 2 n] e [PO 2 e] são semelhantes, então: [PM 2 ]/[PO 2 ] = [Pn]/[O 2 e] Sendo igualmente semelhantes os triângulos [PM 3 n] e [PO 3 f], temos que: [PM 3 ]/[PO 3 ] = [Pn/O 3 f] donde: ω 3 /ω 2 = [Pn]/[O 3 f] [O 2 e]/[pn] = [O 2 e]/[o 3 f]
8 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 7 Dada a semelhança entre os triângulos [O 2 ke] e [O 3 kf], vem ainda: [O 2 e]/[o 3 f] = [O 2 k]/[o 3 k] Substituindo, obtem-se finalmente: ω 3 /ω 2 = [O 2 k]/[o 3 k] Assim, e para um par de superfícies curvas em contacto directo, as respectivas velocidades angulares são inversamente proporcionais aos segmentos determinados na linha de centros pela normal comum. Conclui-se, portanto, que para dois corpos em contacto directo terem razões de velocidade constante, a normal comum deve interceptar a linha de centros num ponto fixo - isso acontece, por exemplo, nas rodas dentadas Transmissão por Ligação Intermédia Através de um método análogo ao anterior, podemos determinar a relação de velocidades angulares entre ligação motora e movida. No exemplo da Fig.1.8 pode concluir-se que: ω 3 /ω 2 = [O 2 k]/[o 4 k] Figura Transmissão por ligação intermédia Transmissão por Ligação Flexível Considerando a transmissão por correia, ilustrada na Fig.1.9, temos que: v a = v b => ω 4 [O 4 b] = ω 2 [O 2 a] => ω 4 /ω 2 = [O 2 a]/[o 4 b] Como os triângulos [ko 2 a] e [ko 4 b] são semelhantes, [O 2 a]/[o 2 k] = [O 4 b]/[o 4 k]
9 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 8 Substituíndo, vem então: ω 4 /ω 2 = [O 2 k]/[o 4 k] Verifica-se, assim, que a relação de transmissão é independente da distância entre-eixos [O 2 O 4 ]. Figura Transmissão por ligação flexível 1.8 NOÇÃO DE GRAU DE LIBERDADE CONSTRANGIMENTOS Um corpo livre tem, por definição, possibilidade de movimentos de translação e de rotação livres, em relação aos três eixos coordenados do espaço carteziano. Cada uma destas possibilidades designase por grau de liberdade. Portanto, num espaço tri-dimensional, um corpo dispõe de seis graus de liberdades. O número de graus de liberdade pode ser reduzido, por introdução de constrangimentos. Assim, um corpo deslocando-se livremente num plano possui apenas três graus de liberdade: translacção segundo os dois eixos coordenados do plano e rotação em torno de um eixo normal ao plano. Aqui, nesta disciplina, vamos restringir-nos aos movimentos planos, uma vez que constituem a grande maioria dos casos típicos empregues em máquinas e mecanismos usuais. Considerando um grupo de quatro ligações movendo-se livremente no espaço - Fig.1.10 Figura Graus de liberdade e, de acordo com o referido atrás, o conjunto possui doze graus de liberdade. Para que estas quatro ligações constituam um sistema com apenas um grau de liberdade, é necessário remover onze graus de
10 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 9 liberdade, o que se consegue constrangendo as ligações - unindo-as entre si e fixando uma delas ao plano que constituirá o fixe, por exemplo. A união entre ligações consegue-se por intermédio dos pares cinemáticos. Se uma ligação é unida a um corpo fixo através de um par rotóide, como no caso da Fig.1.11a), poderá apenas rodar. Um par rotóide retira, assim, dois graus de liberdade. Na Fig.1.11b) está esquematizada a união entre duas ligações livres, através de um par rotóide. Os movimentos possíveis são os de translacção conjunta e, para cada uma das ligações, o de rotação relativamente à outra. Assm, os graus de liberdade foram restringidos de seis para quatro. Generalizando, temos que quatro ligações unidas por quatro pares rotóides possuem quatro graus de liberdade e, se unirmos uma delas ao fixe, são suprimidos mais três graus de liberdade. O resultado é um sistema articulado com um único grau de liberdade - o sistema representado na Fig.1.12 designa-se por quadrilátero articulado ou mecanismo de quatro barras. a) b) Figura União por par rotóide Figura Mecanismo de quatro barras Várias referências foram já feitas a pares rotóides (superiores ou inferiores). A Fig.1.13 contém outros tipos de uniões: a) b) c) Figura Outros exemplos de pares cinemáticos a) par deslizante inferior - retira dois graus de liberdade b) par deslizante superior - retira um grau de liberdade (permite translacção linear e rotação em torno da aresta de apoio) c) par rolante superior - retira dois graus de liberdade (excluindo a possibilidade de deslizamento, apenas permite rotação)
11 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 10 Pode igualmente concluir-se que um par esférico (rótula) retira ao sistema três graus de liberdade e que um par cilíndrico retira quatro graus de liberdade, este último permitindo somente uma rotação e uma translacção Determinação do Número de Graus de Liberdade Critério de Grübler O número de graus de liberdade de um mecanismo pode ser determinado, com algumas restrições, pelo denominado Critério de Grübler que se baseia no excesso de incógnitas (coordenadas dos pontos das ligações) relativamente ao número de equações de ligação passíveis de ser estabelecidas entre aquelas. Na Fig.1.14 está representado um mecanismo de quatro barras, antes e depois da introdução dos pares cinemáticos que promovem a união entre as ligações. Figura Aplicação do Critério de Grübler A posição de cada ligação pode ser determinada pelas coordenadas cartezianas dos seus pontos extremos (quatro por ligação). Considerando as ligações com um carácter rígido, podemos estabelecer, para cada uma, uma equação. Assim: (A o D o ) 2 = (x Do - x Ao ) 2 + (y Do - y Ao ) 2 (A 1 B 1 ) 2 = (x B1 - x A1 ) 2 + (y B1 - y A1 ) 2 (B 2 C 2 ) 2 = (x C2 - x B2 ) 2 + (y C2 - y B2 ) 2 (C 3 D 3 )2 = (x D3 - x C3 ) 2 + (y D3 - y C3 ) 2 Se fixarmos a ligação [A o D o ], retirando-lhe todos os graus de liberdade, teremos para cada uma das restantes ligações uma equação e quatro incógnitas. ou seja, um excesso de três incógnitas relativamente ao número de equações. Teremos assim (3 x 3) = 9 graus de liberdade para o sistema. Em conclusão, para um sistema com L ligações, sendo uma fixa, teremos um número de graus de liberdade X, dado por: X = 3 (L-1)
12 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 11 Quando, na Fig.1.14 b), as ligações são unidas através de quatro pares cinemáticos, podem estabelecer-se mais oito equações (duas por cada par): x Ao = x A1 x B1 = x B2 x C2 = x C3 x D3 = x Do y Ao = y A1 y B1 = y B2 y C2 = y C3 y D3 = y Do Então a expressão - critério de Grübler - que dá o número de graus de liberdade, X, para um sistema com L ligações, sendo uma fixa, unidas por P pares rotóides será: X = 3 (L - 1) - 2 P No caso de as uniões entre as ligações serem promovidas não só por pares cinemáticos primários, que retiram dois graus de liberdade (como os rotóides) mas também por pares secundários, que retiram apenas um grau de liberdade, a expressão toma um carácter mais geral. Assim, e designando os pares primários por P 1 e os pares secundários por P 2, vem: X = 3 (L -1) - 2 P 1 - P Restrições ao Critério de Grübler Existem algumas restrições na aplicação deste método. Assim: - quando (n) ligações se encontram unidas ao mesmo par, este deve ser contado (n-1) vezes; - o critério não é aplicável se uma das ligações tiver sómente dois pares deslizantes paralelos, uma vez que assim não é possível impedir a ligação de se mover independemente do resto do mecanismo - ver Fig.1.15 a); - o critério não é aplicável a certas estruturas transformáveis mediante alteração nas relações entre os seus componentes - ver Fig.1.15 b); - surgem dificuldades em certos sistemas com ligações independentes; assim, por exemplo, os sistemas das Fig.1.15 c) e d) têm o mesmo número de ligações mas (c) é uma estrutura e (d) um mecanismo; - o critério não é aplicável no caso do sistema ter apenas um par rotóide, sendo os restantes pares deslizantes - ver Fig.1.15 e); - o critério não é aplicável a um sistema com duas ligações interligadas, unidas aos restantes componentes por pares deslizantes, não contendo pares rotóides. - ver Fig.1.15 f). - quando aplicado a sistemas contendo (F) ligações independentes, a expressão do critério de Grübler toma a forma: X = 3 (L -1) - 2 P + F
13 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 12 a) b) c) d) e) f) Fig Restrições ao Critério de Grübler 1.9 MECANISMOS DE MOVIMENTO CONTÍNUO Quadrilátero Articulado É o mecanismo articulado mais simples, constituído por quatro barras: uma fixa, outra motora, uma intermédia e uma movida. Consoante as ligações motora e movida tenham movimento de rotação ou de oscilação, assim se designam por manivelas ou barras oscilantes Classificação. Regra de Grashof O quadrilátero articulado pode ser classificado tendo em consideração a relação entre a soma dos comprimentos das ligações maior e menor e a soma dos comprimentos das outras duas ligações. A regra de Grashof diz que, quando a soma dos comprimentos das barras maior e menor é inferior ou igual à soma dos comprimentos das outras duas barras, então a barra mais curta pode rodar de 360 o em relação às outras.
14 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 13 Os quadriláteros articulados que verificam esta condição - como o representado na Fig.1.16 a) - são chamados mecanismos de Grashof. Os que não verifica a regra dizem-se não-grashof - tal como os representados na Fig.1.16 b). a) b) Figura Quadriláteros articulados Fases de ponto-morto e ângulo de transmissão Na Fig.1.17 encontra-se representado um mecanismo não-grashof, designado por sistema duplamente oscilante, uma vez que ligações motora e movida apenas podem oscilar. As quatro fases limíte encontram-se representadas a traço interrompido. O ponto A move-se ao longo do arco [A', A""] enquanto B se move ao longo do arco [B', B""]. Como se pode constatar, quando A se encontra nas posições A' ou A"" as ligações 3 e 4 são colineares. Neste caso a rotação da ligação A não tende a fazer rodar a ligação 4, ficando o sistema numa fase de instabilidade uma vez que, a partir desta posição, a barra 4 poderá rodar num ou noutro sentido, indiferentemente. Estas fases são designadas como fases de ponto-morto. Figura Sistema duplamente oscilante As fases de ponto-morto correspondentes à ligação 4, isto é, considerando esta ligação como motora, verificam-se para o ponto A nas posições A'' e A'''. Supondo ser a ligação 2 a motora, a transmissão de uma determinada potência sujeitará a ligação 3 a uma carga de tracção ou de compressão. Supondo ainda os sentidos marcados na Fig.1.18 para os momentos [T 2 ] e [T 4 ], poder-se-ão esquematizar os diagramas de corpo livre das várias ligações.
15 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 14 Figura Diagrama de corpo livre Para que a ligação 4 esteja em equilíbrio (desprezando as forças de inércia) a soma dos momentos no ponto C deve ser nula, pelo que: F 3,4 = T 4 /h = T 4 /(CB sen γ) em que [F 3,4 ] é o módulo da força exercida pela ligação 3 sobre a ligação 4. Pela equação anterior pode constatar-se que, para um dado binário resistente [T 4 ], a força em A, B e ao longo da ligação 3 será mínima quando γ=90 o e aumentará à medida que [γ] decresce, tornando-se infinita para γ=0 o. O ângulo [γ], medido entre a linha de acção da força na ligação movida [F 3,4 ] e a linha definida pela ligação movida, é denominado ângulo de transmissão. Voltando à Fig.1.17, verifica-se que o ângulo de transmissão se anula quando o mecanismo se encontra numa fase de ponto-morto. Assim, excepto no caso de o mecanismo se destinar a fornecer uma força estremamente elevada (como, por exemplo, no caso do mecanismo denominado de alavanca articulada), as fases de ponto-morto são de evitar, de forma a minimizar os esforços nas barras e articulações e a assegurar sempre a transmissão do movimento. Na prática, não é aconselhável que o ângulo de transmissão seja inferior a 40 o nem superior a 140 o. O valor deste ângulo pode ser determinado através de relações geométricas simples. Assim, e para o mecanismo da Fig.1.19: α Figura Ângulo de transmissão sendo: bem como: z 2 = r r r 1 r 2 cos θ z 2 = r r r 3 r 4 cos α
16 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 15 vem que: cos α = (r r r r r 1 r 2 cos θ)/(-2 r 3 r 4 ) sendo o ângulo de transmissão: γ = 180º - α Mecanismo de Grashof Na Fig.1.20 encontram-se representados dois mecanismo em que a ligação fixa é adjacente à ligação de menor comprimento. O mecanismo (a) é idêntico ao (b), excepto no comprimento da ligação 1 [CD] - no caso (b) a soma dos comprimentos das ligações maior e menor iguala a soma dos comprimentos das outras duas ligações, enquanto no caso (a) isso não se verifica. Ambos os mecanismos se designam por sistemas manivela-barra oscilante, uma vez que a uma rotação completa da ligação motora corresponde uma oscilação da ligação movida. No entanto, enquanto o mecanismo (a) não tem fases de ponto-morto, considerando a ligação 2 como motora, o mecanismo (b) tem uma fase de ponto-morto, na posição A", B", quer a ligação motora seja a 2 ou a 4. a) b) Figura Exemplos de mecanismo de Grashof Um caso de aplicação usual, em que a soma dos comprimentos das ligações maior e menor iguala a soma das restantes, é o da ligação entre as rodas motoras de um veículo de tracção - Fig Figura Ligação de rodas motoras Neste mecanismo, quando A e B estão nas posições A' e B' nenhuma das rodas consegue mover a outra. Para ultrapassar este problema (ponto-morto) é usual promover a ligação do outro par de rodas
17 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 16 desfazado de 90 o (A'B' de um lado e A"B" do outro). A utilização de contra-pesos é também uma medida preventiva desta situação, muito embora traga problemas de desiquilíbrio dinâmico das rodas. Outro exemplo é o da máquina de desenhar, representado na Fig Figura Máquina de desenhar Na Fig.1.23 está representado ainda um outro mecanismo de Grashof, mas em que a ligação fixa é a mais curta. Este mecanismo é designado por dupla manivela e apresenta algumas características particulares. Assim: - não tem pontos-mortos; - ambas as ligações, 2 e 4, são rotativas; - qualquer das ligações, 2 ou 4, pode ser motora ou movida; - a uma entrada (motora) a velocidade constante corresponde uma saída (movida) a velocidade não constante. Figura Sistema de dupla manivela
18 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 17 Esta última característica - velocidade de saída não constante - pode ser demonstrada da seguinte maneira: - quando o ponto C se move ao longo de [C'CC"], equivalente a uma rotação de 180 o da ligação 4, a ligação 2 roda de um ângulo [α] > 180 o ; - quando C descreve o arco [C"C], descrevendo a ligação 4 os restantes 180 o até ao ponto inicial, a ligação 2 roda de um ângulo [β] < 180 o. Esta característica é, muitas vezes, empregue em equipamentos em que a parte útil do ciclo de operação se dá apenas numa direcção, utilizando-se o movimento inverso do ciclo para aquilo que, geralmente, se designa por retorno rápido Sistema Biela-Manivela Formalmente, a consideração de um comprimento infinito para a ligação movida de um mecanismo de quatro barras, faz com que o par que une a ligação intermédia à ligação movida tenha um movimento rectilíneo de vai-vem. Na prática, a ligação movida toma a designação de corrediça (ou pistão), sendo constrangida por guias (ou cilíndro) - de forma a mover-se segundo uma linha recta - e a ligação com movimento rotativo é designada por manivela. A ligação intermédia toma o nome de biela. Este mecanismo é amplamente utilizado como forma de transformação de movimento de rotação em movimento linear (como, por exemplo, no compressor alternativo) ou vice-versa (como por exemplo, no motor de combustão interna). Os dois pontos mortos, nas posições extremas do pistão, são ultrapassados com a instalação de um volante de inércia, no eixo da manivela. Figura Sistema biela-manivela A partir da Fig.1.24, pode ser deduzida a equação do deslocamento do pistão: x 4 = R 2 + L 3 - R 2 cos θ 2 - L 3 cos φ 3 ou ainda: pelo que: x 4 = R 2 (1-cos θ 2 ) + L 3 (1-cos φ 3 ) x 4 = R 2 (1-cos θ 2 ) + L 3 {1-[1-(R 2 /L 3 ) 2 sin 2 θ 2 ] ½ }
19 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 18 Sabendo que o desenvolvimento em série de uma raiz quadrada é da forma: B 2 B B B 8 (1 ± B 2 ) ½ = 1 ± - ± - ± tomando B = R/L sin θ, e sendo uma solução suficientemente aproximada a consideração apenas dos dois primeiros termos da série, vem que: pelo que, finalmente: [1-(R 2 /L 3 ) 2 sin 2 θ 2 ] ½ = 1 - ½ (R 2 /L 3 ) 2 sin 2 θ Par Senoidal ou Mecanismo de Stotch-Yoke x 4 = R 2 (1 - cos θ 2 ) + R 2 2/(2 L 3 ) sin 2 θ 2 Partindo do mecanismo da Fig.1.24 e expandindo o par cinemático C, de modo a englobar o par B, obtemos o sistema representado na Fig Isto corresponde a um mecanismo biela-manivela em que a biela tenha um comprimento infinito. Este mecanismo pode ser utilizado em motores, bombas, sistemas vibracionais, etc., em que a compacidade, isto é, o reduzido atravancamento e consequente economia de espaço, é importante. O facto da potência (velocidade e binário) ser transmitida por escorregamento entre as ligações 3 e 4, limita, no entanto, a sua aplicação a pequenos equipamentos com cargas relativamente modestas. O factor mais notório deste mecanismo é a capacidade de transformação de um movimento de rotação a velocidade constante num movimento de vai-vém harmónico simples. Figura Mecanismo de Scotch-Yoke Da análise à geometria em causa, pode deduzir-se a equação do deslocamento da corrediça 4: x 4 = R 2 (1 - cos θ 2 ) que, como se pode constatar, é equivalente à equação atrás apresentada para o sistema biela-manivela, considerando L 3 =.
20 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos Mecanismos de Retorno Rápido Estes sistemas são vulgarmente utilizados em máquinas-ferramentas e outros dispositivos, em que se pretende realizar um movimento de trabalho (mais lento) numa direcção e um retorno ao ponto de partida (mais rápido) à custa de um movimento motor de velocidade angular constante. A sua característica fundamental é a designada razão de tempo, que traduz a relação entre o tempo de avanço e o tempo de recuo. Obviamente, haverá todo o interesse em que esta razão seja maior que a unidade. Considerando a velocidade angular como constante, a razão de tempo pode ser expressa pelo quociente entre o ângulo de avanço, ou de trabalho, (α), e o ângulo de recuo, ou de retorno, (β). Apresentam-se a seguir alguns exemplos de mecanismos deste tipo, entre os mais comuns Mecanismo de Avanço Este mecanismo - Fig deriva do sistema de dupla manivela, sendo a ligação 2 motora, rodando com velocidade constante. Figura Mecanismo de avanço Este sistema é o único, dentre os de retorno rápido, em que não há pares cinemáticos deslizantes (de escorregamento) entre as ligações básicas. De notar também que a velocidade da corrediça 6 é aproximadamente constante, na maior parte da extensão do percurso de avanço Mecanismo de Whitworth Este mecanismo - Fig deriva da inversão de um sistema de biela-manivela, por fixação da manivela, sendo frequentemente utilizado em máquinas-ferramentas e noutras máquinas, especialmente nas aplicadas à indústria textil.
21 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 20 Figura Mecanismo de Whitworth Mecanismo do Limador É uma variação do mecanismo anterior, em que a rotação da manivela 2 é convertida em movimento rectilíneo da corrediça 6 - Fig Figura Mecanismo do limador
22 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos Manivela Deslocada Igualmente baseado no sistema biela-manivela, este sistema obtem-se por deslocação do eixo da manivela para fora da linha de deslizamento da corrediça - Fig As razões de tempo (α/β) que se conseguem, por este meio, são relativamente pequenas. A sua aplicação impõe-se, sobretudo, pela simplicidade e reduzido atravancamento. Figura Manivela deslocada Alavanca Articulada Este mecanismo aplica-se quando é necessário superar uma grande resistência à custa de uma diminuta força motriz. Utiliza-se, por exemplo, em prensas, máquinas de rebitar, britadoras, embraiagens, dispositivos de fixação de peças a maquinar, etc. Fig Alavanca articulada À medida que o mecanismo biela-manivela (ligações 4, 5 e 6) se aproxima do ponto-morto, há uma rápida subida da relação entre a força útil [Q] e a força de accionamento [P].
23 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 22 Se as ligações 4 e 5 tiverem o mesmo comprimento, verifica-se que: Q/P = cos α/(2 sen α) = 1/(2 tan α) sendo que, enquanto as ligações 4 e 5 tendem para a colinearidade, o ângulo (α) tende a diminuir pelo que [Q] tende para infinito MECANISMOS DE MOVIMENTO INTERMITENTE É comum, em mecânica, a necessidade de converter movimento contínuo (de rotação) em movimento intermitente. Exemplos disso são os mecanismos de comando de operações e de alimentação de peças, em máquinas-ferramentas, e a relojoaria Mecanismos Geradores de Rectas Trata-se de mecanismos em que se pretende que uma ligação tenha movimento alternativo, segundo uma trajectória rectilínea, evitando os problemas de atrito apresentados por sistemas de corrediça guiada, como o de biela-manivela, por exemplo. Alguns destes mecanismos não são capazes de proporcionar um movimento exactamente recto, pelo menos em pontos da trajectória mais afastados do ponto médio, apresentando assim limitações de curso útil Mecanismo de Scott-Russel Esquematizado na Fig.1.31, tem como elemento motor a manivela [AB], que oscila num ângulo (θ) para cada lado do ponto médio. As barras [AB], [BC] e [BE] têm o mesmo comprimento. Figura Mecanismo de Scott-Russel Caso o deslocamento do ponto C fosse rigorosamente ao longo do eixo xx, então E deslocar-se-ia segundo o eixo yy. Como C oscila em torno de D, a trajectória de E não será rectilínea, apenas coincidindo com o eixo yy nos pontos E, A e E 1 e desviando-se do eixo yy nos pontos intermédios.
24 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 23 Pode verificar-se que este desvio será tanto menor quanto maior for o comprimento de [CD] e menor o ângulo (θ) descrito pela manivela [AB]. Variantes deste sistema são, por exemplo, aquela em que [BE] é maior que [AB] - não passando então a trajectória de E pelo ponto A - e aquela em que, fazendo [BC] meio proporcional a [AB] e [BE] - isto é, em que (AB/BC) = (BC/BE) - se consegue uma substancial aproximação à rectilinearidade Mecanismo de Watt O mecanismo da Fig.1.32 foi criado por James Watt, para permitir uma maquinagem suficientemente rectilínea das guias dos pistões das primeiras de máquinas a vapor produzidas industrialmente. Fig Mecanismo de Watt O comprimento dos segmentos [BP] e [CP], da ligação 3, é inversamente proporcional aos comprimentos das ligações adjacentes. Assim: BP/CP = CD/AB pelo que o ponto P descreve uma trajectória em 8 (a traço interrompido, na figura), sendo uma parte apreciável da estensão percorrida aproximadamente recta. A maximização deste efeito consegue-se posicionando A e D de modo a que, ao paralelismo das ligações 2 e 4, corresponda a perpendicularidade relativa da ligação Mecanismo de Robert Básicamente, trata-se de um quadrilátero articulado em que as ligações [AB] e [DC] têm igual dimensão e a ligação [BC] tem metade do comprimento das outras duas - Fig.1.33.
25 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 24 Fig Mecanismo de Robert O mecanismo fica completo com uma extensão da ligação [BC] na sua perpendicular e com um comprimento tal que o ponto P fique sobre o ponto médio de [AD], quando [BC] se encontrar paralelo a [AD]. O movimento de rotação das manivelas [AB] e [CD] é limitado, para um e outro lado, à sua co-lineariedade com [AD]. O ponto P passa pelo ponto médio de [AD] - posição da figura - e, próximo dos extremos do percurso, passa por A e por D, segundo uma trajectória aproximadamente recta. O comprimento de [AB] e de [CD] deve ser, pelo menos, igual a 60% de [AD] e quanto maior for esta relação mais rectilínea, e próxima de [AD], será a trajectória de P Mecanismo de Chebyshev Outra variação do quadrilátero articulado - Fig tem as seguintes proporções: AD = 4 BC = 2 AB = CD = 5 Figura Mecanismo de Chebyshev Do seu funcionamento, temos que: - na posição em que B está em B 1, na perpendicular a [AD] que passa por D, os pontos C e P estarão em C 1 e P 1, respectivamente, e sobre a mesma linha perpendicular; - na posição em que B está em B 2, similarmente, os pontos C e P estarão em C 2 e P 2, sobre a perpendicular a [AD] que passa por A.
26 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 25 Assim, o ponto P encontra-se-á, em três posições distintas, sobre a recta [P 1 P 2 ] paralela a [AD], seguindo uma trajectória aproximadamente recta Mecanismo de Peaucellier Neste mecanismo - Fig o ponto P traça rectas exactas, tendo aplicação prática em sistemas de controlo, registadores, aparelhos de leitura e seguimento, etc. Geometricamente, devem ser obedecidas as seguintes proporções: - o comprimento da ligação 2 deve ser igual à distância [AB]; - as ligações 3 e 4 devem ter igual comprimento; - as ligações 5, 6, 7 e 8 devem ter igual comprimento. Fig Mecanismo de Peaucellier Pantógrafo Trata-se de um quadrilátero articulado, tal como esquematizado na Fig Fig Pantógrafo
27 Opção V MOVIMENTO E MECANISMOS - Análise Descritiva de Mecanismos 26 A demonstração do seu funcionamento pode ser feita, supondo, por exemplo, o movimento do ponto F para F 1. Assim: - a nova posição do quadrilátero será A 1, B 1, C 1, D 1 ; - sendo o ponto H definido pelo cruzamento da linha imaginária [FE] com a ligação [BC] então H 1 será definido pelo cruzamento de [F 1 E] com [B 1 C 1 ]. Tratando-se de um quadrilátero, então a ligação [FD] é, por definição, paralela a [HC]. Logo os triângulos [FED] e [HEC] dão semelhantes, pelo que: FD/HC = DE/CE = FE/HE e, de igual modo: F 1 D 1 /H 1 C 1 = D 1 E/C 1 E = F 1 E/H 1 E mas como: DE/CE = D 1 E/C 1 E então pode concluir-se que: donde, como: FD/HC = F 1 D 1 /H 1 C 1 FD = F 1 D 1 HC = H 1 C 1 se prova que o ponto H é um ponto 'fixo' que pertence à ligação [BC]. Por sua vez, da semelhança dos triângulos [FED] e [HEC] também resulta que: FE/HE = F 1 E/H 1 E ou seja, que os triângulos [FEF 1 ] e [HEH 1 ] também são semelhantes e, portanto, que [FF 1 ] é paralelo a [HH 1 ]. Finalmente, para provar que os deslocamentos são proporcionais às suas distâncias ao ponto fixo E, basta considerar que, por semelhança dos triângulos [FEF 1 ] e [HEH 1 ], se verifica que: FF 1 /HH 1 = FE/HE Assim, a rotação do mecanismo em torno de E provoca o deslocamento de todos os seus pontos (como acima demonstrado para F e H), levando-os a descrever trajectórias quaisquer - rectilíneas ou curvilíneas - sempre paralelas e semelhantes entre si, sendo os seus comprimentos proporcionais à relação de distâncias desses pontos ao ponto E. Este mecanismo, nomeadamente utilizando os pontos F e H como motor e movido, ou vice-versa, é frequentemente utilizado na redução ou ampliação de desenhos, à escala e sem distorções, e no comando de máquinas-ferramentas com leitura óptica (corte de chapa, por exemplo). Neste último caso é frequentemente empregue um pantógrafo com um factor de escala de ampliação de 1:10, entre desenho e peça executada ooo-----
Cinemática de Mecanismos
Cinemática de Mecanismos C. Glossário de Termos Paulo Flores J.C. Pimenta Claro Universidade do Minho Escola de Engenharia Guimarães 2007 In language, clarity is everything. Confucius C. GLOSSÁRIO DE
Leia maisMOVIMENTO E MECANISMOS
UNIVERSIDADE DO MINHO ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA LICENCIATURA EM ENGENHARIA BIOMÉDICA MOVIMENTO E MECANISMOS Problemas Propostos Paulo Flores - 2005 PROBLEMA 1 1/10 Classifique,
Leia maisMECÂNICA GERAL PROBLEMAS PROPOSTOS RESOLUÇÃO. Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
MECÂNICA GERAL PROBLEMAS PROPOSTOS RESOLUÇÃO Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Departamento de Engenharia Mecânica Escola de Engenharia UNIVERSIDADE DO MINHO J.C.Pimenta Claro e-version:2009 (r.2/2012)
Leia maisFísica I 2010/2011. Aula 13 Rotação I
Física I 2010/2011 Aula 13 Rotação I Sumário As variáveis do movimento de rotação As variáveis da rotação são vectores? Rotação com aceleração angular constante A relação entre as variáveis lineares e
Leia maisSEM Aula 3 Tipos de Mecanismos: Simples e Complexos. Prof. Dr. Marcelo Becker
SEM0104 - Aula 3 Tipos de Mecanismos: Simples e Complexos Prof. Dr. Marcelo Becker SEM - EESC - USP Pergunta da Aula Passada Quantos GDLs possui o conjunto mão, ante-braço e braço?? 2 Pergunta da Aula
Leia maisTipos de Mecanismos: Simples e Complexos
SEM0104 - Aula 3 Tipos de Mecanismos: Simples e Complexos Prof. Assoc. Marcelo Becker USP - EESC - SEM LabRoM Prof. Dr. Marcelo Becker - SEM EESC USP Pergunta da Aula Passada Quantos GDLs possui o conjunto
Leia maisPergunta da Aula Passada
SEM0104 - Aula 3 Tipos de Mecanismos: Simples e Complexos Prof. Dr. Marcelo Becker SEM - EESC - USP Pergunta da Aula Passada Quantos GDLs possui o conjunto mão, ante-braço e braço? EESC-USP M. Becker 2008
Leia maisÓrgãos de Máquinas II
Órgãos de Máquinas II 5. Talhe de Dentes de Engrenagens Adaptado e adotado para a unidade curricular por José R. Gomes / Departamento de Engenharia Mecânica a partir de materiais de apoio pedagógico em
Leia maisM E C A N I S M O S. Cadeias Cinemáticas e Imposição de Movimento. Prof. José Maria
M E C A N I S M O S Cadeias Cinemáticas e Imposição de Movimento Prof. José Maria Conceitos Iniciais Estudo cinemático dos diversos componentes mecânicos sistemas articulados; cames e excêntricos; catracas
Leia maisCinemática de Mecanismos
Cinemática de Mecanismos. Centros Instantâneos de Rotação Paulo Flores J.C. Pimenta Claro Universidade do Minho Escola de Engenharia Guimarães 007 ÍNDICE. Centros Instantâneos de Rotação..... Definição.....
Leia maisCAPÍTULO 11 ROTAÇÕES E MOMENTO ANGULAR
O que vamos estudar? CAPÍTULO 11 ROTAÇÕES E MOMENTO ANGULAR Seção 11.1 Cinemática do corpo rígido Seção 11.2 Representação vetorial das rotações Seção 11.3 Torque Seção 11.4 Momento angular Seção 11.5
Leia maisFátima Pais. Movimento e Mecanismos. Operadores mecânicos. Educação Tecnológica
Fátima Pais Movimento e Mecanismos Operadores mecânicos Roda e eixo A roda é considerada a maior invenção de sempre. É um dispositivo cilíndrico que gira em torno de um eixo, facilitando o deslocamentos
Leia maisFIS-14 Lista-01 Novembro/2017
FIS-14 Lista-01 Novembro/2017 1. A rotação do braço robótico ocorre em virtude do movimento linear dos cilindros hidráulicos A e B. Se esse movimento faz com que a engrenagem em D gire no sentido horário
Leia maisMECANISMOS TM Mecanismos (Definição) Algumas definições do termo mecanismos:
MECANISMOS TM. INTRODUÇÃO. Mecanismos (Definição) Algumas definições do termo mecanismos: Mabie e Reinholtz definem mecanismo como a parte do projeto de uma máquina relacionada com a cinemática e cinética
Leia maisMOMENTO DE INÉRCIA DE UM CORPO RÍGIDO
Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T4 FÍSICA EXPERIMENTAL I - 007/08 MOMENTO DE INÉRCIA DE UM CORPO RÍGIDO 1. Objectivo Estudo do movimento de rotação de um corpo
Leia maisMEC2-98/99 ANÁLISE CINEMÁTICA DE MECANISMOS 2.1. Fig 1 - Mecanismo com 2 graus de liberdade
MEC - 98/99 ANÁLISE CINEMÁTICA DE MECANISMOS.1 Problema nº Fig 1 - Mecanismo com graus de liberdade No mecanismo representado na figura, a barra ABE está ligada por uma articulação plana à barra OA e através
Leia maisDisciplina de Mecânica Geral II. CINEMÁTICA e DINÂMICA de CORPOS RÍGIDOS
isciplina de Mecânica Geral II CINEMÁTIC e INÂMIC de CORPOS RÍGIOS CINEMÁTIC é o estudo da geometria em movimento, utilizada para relacionar as grandezas de deslocamento, velocidade, aceleração e tempo.
Leia mais2 Cinemática 2.1 CINEMÁTICA DA PARTÍCULA Descrição do movimento
2 Cinemática A cinemática tem como objeto de estudo o movimento de sistemas mecânicos procurando descrever e analisar movimento do ponto de vista geométrico, sendo, para tal, irrelevantes os fenómenos
Leia maisCENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação
Leia maisLicenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA I
Licenciatura em Engenharia ivil MEÂNI I Recurso 22/07/2002 NOME: 1) (3 L.) a) O que é um mecanismo? Refira as condições de ligação deste tipo de sistema. Um mecanismo é um sistema hipoestático, isto é,
Leia maisMecânica e Ondas. Docentes da disciplina: João Seixas e Mario J. Pinheiro MeMEC Departmento de Física e Instituto de Plasma e Fusão Nuclear,
Mecânica e Ondas Série 5 Docentes da disciplina: João Seixas e Mario J. Pinheiro MeMEC Departmento de Física e Instituto de Plasma e Fusão Nuclear, Instituto Superior Técnico, Av. & 1049-001 Lisboa, Portugal
Leia maisProfº Carlos Alberto
Rotação Disciplina: Mecânica Básica Professor: Carlos Alberto Objetivos de aprendizagem Ao estudar este capítulo você aprenderá: Como descrever a rotação de um corpo rígido em termos da coordenada angular,
Leia maisDinâmica. Prof.ª Betty Carvalho Rocha Gonçalves do Prado
Dinâmica Prof.ª Betty Carvalho Rocha Gonçalves do Prado betty.prado@kroton.com.br bettycarvalho@ig.com.br CORPO RÍGIDO São corpos cuja dimensões não são desprezáveis Corpo rígido É um conceito limite ideal,
Leia maisLicenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA II
MECÂNC Exame (época de recurso) 11/0/003 NOME: Não esqueça 1) (4 VL.) de escrever o nome a) Diga, numa frase, o que entende por Centro nstantâneo de Rotação (CR). Sabendo que um corpo rígido efectua um
Leia maisMecânica Geral 2016/17
Mecânica Geral 2016/17 MEFT Responsável: Eduardo V. Castro Departamento de Física, Instituto Superior Técnico Corpo Rígido B (Vectores velocidade angular e momento angular e movimento giroscópico.) 1.
Leia maisMecânica I. Corpo rígido
Corpo rígido Pode definir-se um corpo rígido como sendo o sistema discreto ou contínuo de partículas em que, sob a acção de sistemas de forças arbitrárias, se mantêm constantes as posições relatias entre
Leia maisCENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação
Leia maisSérie IV - Momento Angular (Resoluções Sucintas)
Mecânica e Ondas, 0 Semestre 006-007, LEIC Série IV - Momento Angular (Resoluções Sucintas) 1. O momento angular duma partícula em relação à origem é dado por: L = r p a) Uma vez que no movimento uniforme
Leia maisω r MECÂNICA II CINEMÁTICA DO CORPO RÍGIDO Licenciatura em Engenharia Civil Folha /2003 MOVIMENTO GERAL 2º Ano / 1º Semestre
icenciatura em Engenharia ivil MEÂNI II 2º no / 1º Semestre Folha 2 2002/2003 INEMÁTI O ORPO RÍGIO MOVIMENTO GER 1. O sistema ilustrado é composto por uma placa de dimensões 0,20 x 0,40 m 2 soldada ao
Leia maisMecânica Geral 2012/13
Mecânica Geral 2012/13 MEFT Responsável: Eduardo V. Castro Departamento de Física, Instituto Superior Técnico Corpo Rígido C / Semana 04 15/03/2013 (Tensor de inércia e eixos principais, movimento do girocompasso,
Leia maisDuração do exame: 2:30h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova.
Duração do exame: :3h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova. Problema Licenciatura em Engenharia e Arquitetura Naval Mestrado Integrado
Leia mais6.1 equações canônicas de círculos e esferas
6 C Í R C U LO S E E S F E R A S 6.1 equações canônicas de círculos e esferas Um círculo é o conjunto de pontos no plano que estão a uma certa distância r de um ponto dado (a, b). Desta forma temos que
Leia maisLaboratórios de CONTROLO (LEE) (Controlador Centrífugo)
Laboratórios de CONTROLO (LEE) 1 o Trabalho Realimentação (Controlador Centrífugo) João Miguel Raposo Sanches 1 o Semestre 2005/2006 Instituto Superior Técnico (Tagus Park) 1 2 1 Introdução Neste trabalho
Leia maisConceitos de vetores. Decomposição de vetores
Conceitos de vetores. Decomposição de vetores 1. Introdução De forma prática, o conceito de vetor pode ser bem assimilado com auxílio da representação matemática de grandezas físicas. Figura 1.1 Grandezas
Leia maisEscola Secundária de Casquilhos FQA11 - APSA1 - Unidade 1- Correção
Escola Secundária de Casquilhos FQA11 - APSA1 - Unidade 1- Correção / GRUPO I (Exame 2013-2ª Fase) 1. (B) 2. 3. 3.1. Para que a intensidade média da radiação solar seja 1,3 x 10 3 Wm -2 é necessário que
Leia mais2.1 Translação, rotação e deformação da vizinhança elementar Variação relativa do comprimento (Extensão)
Cap.. Deformação 1. Deslocamento. Gradiente de deformação.1 ranslação, rotação e deformação da vizinhança elementar 3. ensor de deformação de agrange 4. ensor das pequenas deformações 4.1 Caracter tensorial
Leia maisAgrupamento de Escolas da Senhora da Hora
Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora Curso Profissional de Técnico de Multimédia Informação Prova da Disciplina de Física - Módulo: 1 Forças e Movimentos; Estática Modalidade da Prova: Escrita Ano
Leia maisDECivil Secção de Mecânica Estrutural e Estruturas MECÂNICA I ENUNCIADOS DE PROBLEMAS
ivil Secção de Mecânica strutural e struturas MÂNI I NUNIOS PROLMS evereiro de 2008 PÍTULO 3 PROLM 3.1 onsidere a placa em forma de L, que faz parte da fundação em ensoleiramento geral de um edifício,
Leia mais= = = 160 N = kg 800 m s
Física I - 2. Teste 2010/2011-13 de Janeiro de 2011 RESOLUÇÃO Sempre que necessário, utilize para o módulo da aceleração resultante da gravidade o valor 10 0m s 2. 1 Um atirador com uma metralhadora pode
Leia maisUNIDADE 15 OSCILAÇÕES
UNIDADE 15 OSCILAÇÕES 557 AULA 40 OSCILAÇÕES OBJETIVOS: - DEFINIR O CONCEITO DE OSCILAÇÃO; - CONHECER AS GRANDEZAS QUE DESCREVEM O MOVIMENTO. 40.1 Introdução: Há, na Natureza, um tipo de movimento muito
Leia maisMecânica 1. Guia de Estudos P2
Mecânica 1 Guia de Estudos P2 Conceitos 1. Cinemática do Ponto Material 2. Cinemática dos Sólidos 1. Cinemática do Ponto Material a. Curvas Definição algébrica: A curva parametriza uma função de duas ou
Leia maisMESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2015/2016
MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 015/016 EIC0010 FÍSICA I 1o ANO, o SEMESTRE 1 de junho de 016 Nome: Duração horas. Prova com consulta de formulário e uso de computador. O formulário
Leia maisInstituto Politécnico de Tomar Escola Superior de Tecnologia de Tomar ÁREA INTERDEPARTAMENTAL DE FÍSICA
Engenharia Civil Exercícios de Física de Física Ficha 8 Corpo Rígido Capítulo 6 Ano lectivo 010-011 Conhecimentos e capacidades a adquirir pelo aluno Aplicação das leis fundamentais da dinâmica. Aplicação
Leia maisJ. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial
178 Capítulo 10 Equação da reta e do plano no espaço 1. Equações paramétricas da reta no espaço Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que
Leia maisCapítulo 11 Rotações e Momento Angular
Capítulo 11 Rotações e Momento Angular Corpo Rígido Um corpo rígido é um corpo ideal indeformável de tal forma que a distância entre 2 pontos quaisquer do corpo não muda nunca. Um corpo rígido pode realizar
Leia maisCapítulo 3 - Geometria Analítica
1. Gráficos de Equações Capítulo 3 - Geometria Analítica Conceito:O gráfico de uma equação é o conjunto de todos os pontos e somente estes pontos, cujas coordenadas satisfazem a equação. Assim, o gráfico
Leia maisMovimentos circulares e uniformes
Movimento circular Movimentos circulares e uniformes Características do movimento circular e uniforme (MCU) Raio da trajetória (R): A trajetória de um ponto material em MCU é uma circunferência, cujo raio,
Leia maisLista 8 : Cinemática das Rotações NOME:
Lista 8 : Cinemática das Rotações NOME: Turma: Prof. : Matrícula: Importante: i. Nas cinco páginas seguintes contém problemas para se resolver e entregar. ii. Ler os enunciados com atenção. iii. Responder
Leia maisÓrgãos de Máquinas II
Órgãos de Máquinas II 3. Transmissões por Correntes Adaptado e adotado para a unidade curricular por José R. Gomes / Departamento de Engenharia Mecânica a partir do material de apoio pedagógico em Powerpoint
Leia maisMETA 2 CINEMÁTICA VETORIAL
META 2 CINEMÁTICA VETORIAL As grandezas da cinemática escalar (posição, deslocamento, velocidade e aceleração) ganham nova cara. Agora não importa mais somente o módulo da grandeza, mas também sua direção
Leia maisTEORIA UNIDIMENSIONAL DAS MÁQUINAS DE FLUÍDO
Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: O conhecimento das velocidades do fluxo
Leia maisUC: STC 6 Núcleo Gerador: URBANISMO E MOBILIDADES Tema: Construção e Arquitectura Domínio de Ref.ª:RA1 Área: Ciência
UC: STC 6 Núcleo Gerador: URBANISMO E MOBILIDADES Tema: Construção e Arquitectura Domínio de Ref.ª:RA1 Área: Ciência Sumário: Betão armado armadura aplicações Equilíbrio estático de um ponto material Momento
Leia maisCIR CIR CIR m CIR 12 CIR 1. Estruturas reticuladas simples Problema
Estruturas reticuladas simples roblema C B 4 A 3 4 m Calcule todas as reacções externas. As forças aplicadas actuam no meio das barras. Resolução (verificação da estatia: Estática) H A: libertação e a
Leia maisÓrgãos de Máquinas II
Órgãos de Máquinas II 7. Estudo Dinâmico de Engrenagens Adaptado e adotado para a unidade curricular por José R. Gomes / Departamento de Engenharia Mecânica a partir de materiais de apoio pedagógico em
Leia maisFIS-14 Lista-04 Setembro/2012
FIS-14 Lista-04 Setembro/2012 1. A posição de uma partícula é descrita por r = 300e 0,500t mm e θ = 0,300t 2 rad, onde t é dado em segundos. Determine as intensidades da velocidade e da aceleração da partícula
Leia maisMecânica Clássica Curso - Licenciatura em Física EAD. Profº. M.Sc. Marcelo O Donnell Krause ILHÉUS - BA
Mecânica Clássica Curso - Licenciatura em Física EAD Profº. M.Sc. Marcelo O Donnell Krause ILHÉUS - BA Aula 1 : Cinemática da partícula Aula 1 : Cinemática da partícula Exemplos Um tubo metálico, retilíneo
Leia maisTranslação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino*
ROTAÇÃO Física Geral I (1108030) - Capítulo 07 I. Paulino* *UAF/CCT/UFCG - Brasil 2012.2 1 / 25 Translação e Rotação Sumário Definições, variáveis da rotação e notação vetorial Rotação com aceleração angular
Leia maisConsiderando a variação temporal do momento angular de um corpo rígido que gira ao redor de um eixo fixo, temos:
Segunda Lei de Newton para Rotações Considerando a variação temporal do momento angular de um corpo rígido que gira ao redor de um eixo fixo, temos: L t = I ω t e como L/ t = τ EXT e ω/ t = α, em que α
Leia maisTheory Portuguese (Portugal) Antes de iniciar este problema, leia cuidadosamente as Instruções Gerais que pode encontrar noutro envelope.
Q1-1 Dois Problemas de Mecânica Antes de iniciar este problema, leia cuidadosamente as Instruções Gerais que pode encontrar noutro envelope. Parte A. O Disco Escondido (3,5 pontos) Considere um cilindro
Leia maisCapítulo 5 DINÂMICA θ α
Capítulo 5 DINÂMICA θ α DISCIPLINA DE FÍSICA CAPÍTULO 5 - DINÂMICA 5.1 Considere um pêndulo cónico com uma massa m 1 suspensa por um cabo de comprimento igual a 2,5 metros. 5.1.1 Determine a velocidade
Leia maisx + x x 3 + (a + x) x = 0
MESTRDO INTEGRDO EM ENG. INFORMÁTIC E COMPUTÇÃO 07/08 EIC000 FÍSIC I º NO, º SEMESTRE 7 de junho de 08 Nome: Duração horas. Prova com consulta de formulário e uso de computador. O formulário pode ocupar
Leia mais3 Veículos Terrestres
3 Veículos Terrestres Por se tratar de uma das primeiras dissertações do Programa de metrologia com aplicação à área veicular, optou-se pela inclusão neste capítulo de conceitos básicos que serão utilizados
Leia maisMovimento Circular AULA 7. Profª Andreia Andrade CINEMÁTICA VETORIAL
CINEMÁTICA VETORIAL Movimento Circular Profª Andreia Andrade AULA 7 CINEMÁTICA VETORIAL GRANDEZAS ANGULARES As grandezas até agora utilizadas de deslocamento/espaço (s, h, x, y), de velocidade (v) e de
Leia maisdefi departamento de física
defi departamento de física Laboratórios de Física www.defi.isep.ipp.pt Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Física Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431 400-07 Porto. Tel. 8
Leia maisGraus de Liberdade Cadeias Cinemáticas Exercícios Recomendados Bibliografia Recomendada. EESC-USP M. Becker /48
SEM0104 - Aula 2 Graus de Liberdade em Cadeias Cinemáticas Prof. Dr. Marcelo Becker SEM - EESC - USP Sumário da Aula Introdução Graus de Liberdade Cadeias Cinemáticas Exercícios Recomendados Bibliografia
Leia maisMOVIMENTO 3D REFERENCIAL AUXILIAR EM TRANSLAÇÃO. QUESTÃO ver vídeo 1.1
MOVIMENTO 3D REFERENCIAL AUXILIAR EM TRANSLAÇÃO INTRODUÇÃO ESTUDO DE CASO À medida que o caminhão da figura ao lado se retira da obra, o trabalhador na plataforma no topo do braço comanda o giro do braço
Leia mais2º Exame de Mecânica Aplicada II
2º Exame de Mecânica Aplicada II Este exame é constituído por 4 perguntas e tem a duração de três horas. Justifique convenientemente todas as respostas apresentando cálculos intermédios. Responda a cada
Leia maisFísica I 2010/2011. Aula 16. Momento de uma Força e Momento Angular
Física I 2010/2011 Aula 16 Momento de uma Força e Momento Angular Sumário O Momento angular A 2.ª Lei de Newton na forma angular O Momento Angular de um Sistema de Partículas O Momento Angular de um Corpo
Leia maisMESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA. Integradora II T.01 SOBRE A INÉRCIA MIEM. Integradora II. Elaborado por Paulo Flores
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA Elaborado por Paulo Flores - 015 Departamento de Engenharia Mecânica Campus de Azurém 4804-533 Guimarães - PT Tel: +351 53 510 0 Fax: +351 53 516 007 E-mail: pflores@dem.uminho.pt
Leia maisGeometria Descritiva 28/08/2012. Elementos Primitivos da Geometria
Geometria Descritiva Prof. Luiz Antonio do Nascimento ladnascimento@gmail.com www.lnascimento.com.br A Geometria, como qualquer outra ciência, fundamenta-se em observações e experiências para estabelecer
Leia maisMODELAGEM E SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DE MECANISMOS
ILHA SOLTEIRA XII Congresso Nacional de Estudantes de Engenharia Mecânica - 22 a 26 de agosto de 2005 - Ilha Solteira - SP Paper CRE05-EE08 MODELAGEM E SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DE MECANISMOS Paulo César
Leia maisMecânica I (FIS-14) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá Sala 2602A-1 Ramal 5785
Mecânica I (FIS-14) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá Sala 2602A-1 Ramal 5785 rrpela@ita.br www.ief.ita.br/~rrpela Onde estamos? Nosso roteiro ao longo deste capítulo Cinemática retilínea: movimento contínuo
Leia maisAs variáveis de rotação
Capítulo 10 Rotação Neste capítulo vamos estudar o movimento de rotação de corpos rígidos sobre um eixo fixo. Para descrever esse tipo de movimento, vamos introduzir os seguintes conceitos novos: -Deslocamento
Leia maisExercícios Resolvidos Variedades
Instituto Superior Técnico Departamento de atemática Secção de Álgebra e Análise Eercícios Resolvidos Variedades Eercício 1 Considere o conjunto = {(,, ) R : + = 1 ; 0 < < 1}. ostre que é uma variedade,
Leia maisFísica aplicada à engenharia I
Física aplicada à engenharia I Rotação - I 10.2 As Variáveis da Rotação Um corpo rígido é um corpo que gira com todas as partes ligadas entre si e sem mudar de forma. Um eixo fixo é um eixo de rotação
Leia maisMecânica e Ondas fascículo 4
Mecânica e Ondas fascículo 4 March 6, 2008 Contents 5 Vectores 50 5.1 Deslocamento............................. 50 5.2 Adição de vectores.......................... 52 5.3 Negativo de um vector........................
Leia maisPeça linear em equilíbrio estático sob a acção de um carregamento genérico e uma secção transversal S:
Esforços em peças lineares. Peça linear em equilíbrio estático sob a acção de um carregamento genérico e uma secção transversal S: Orientação do eixo e seccionamento da peça e através da secção de corte
Leia maisMOVIMENTO 3D: REFERENCIAL EM TRANSLAÇÃO
MOVIMENTO 3D: REFERENCIAL EM TRANSLAÇÃO INTRODUÇÃO ESTUDO DE CASO À medida que o caminhão da figura ao lado se retira da obra, o trabalhador na plataforma no topo do braço gira o braço para baixo e em
Leia maisESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica
ESCA PITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃ PAU Avenida Professor Mello Moraes, nº 31. cep 558-9, São Paulo, SP. Telefone: (xx11) 391 5337 Fax: (xx11) 3813 188 MECÂNICA II - PME 3 Primeira Prova de abril de 17
Leia maisBacharelado Engenharia Civil
Bacharelado Engenharia Civil Física Geral e Experimental I Prof.a: Érica Muniz 1 Período Lançamentos Movimento Circular Uniforme Movimento de Projéteis Vamos considerar a seguir, um caso especial de movimento
Leia maisFísica para Zootecnia
Física para Zootecnia Rotação - I 10.2 As Variáveis da Rotação Um corpo rígido é um corpo que gira com todas as partes ligadas entre si e sem mudar de forma. Um eixo fixo é um eixo de rotação cuja posição
Leia maisOBJECTIVOS!" #$ %&'!'$!*(+! $, -!. $! '$! (+!()
OBJECTIVOS!" #$ %&'!()!'$!*(+! $, -!. $! '$! (+!() / 012 - O toleranciamento dimensional apenas permite limitar os erros dimensionais. - O toleranciamento geométrico permite limitar erros de forma, de
Leia maisCIR CIR CIR m CIR 12 CIR 1. Problema
roblema C B 4 A 3 4 m Calcule todas as reacções externas. As forças aplicadas actuam no meio das barras. Resolução (verificação da estatia: Estática) H A : libertação e a introdução da reacção incógnita
Leia maisa = 2, Física Questão 53 - Alternativa D Devido ao tempo de reação, o carro percorre uma distância , antes de
Física 53. No instante t =, o motorista de um carro que percorre uma estrada retilínea, com velocidade constante de m/s, avista um obstáculo m a sua frente. O motorista tem um tempo de reação t = s, após
Leia maisLicenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA II
NOME: Não esqueça 1) (4 VAL.) de escrever o nome a) Uma partícula descreve um movimento no espaço definido pelas seguintes trajectória e lei horária: z + y 1 = 2 t = y = x + y 1 = (... e ) y s = 2 t Caracterize-o
Leia maisCapítulo 4 - Derivadas
Capítulo 4 - Derivadas 1. Problemas Relacionados com Derivadas Problema I: Coeficiente Angular de Reta tangente. Problema II: Taxas de variação. Problema I) Coeficiente Angular de Reta tangente I.1) Inclinação
Leia maisCapí tulo 6 Movimento Oscilato rio Harmo nico
Capí tulo 6 Movimento Oscilato rio Harmo nico 1. O Movimento Harmónico Simples Vamos estudar o movimento de um corpo sujeito a uma força elástica. Consideramos o sistema como constituído por um corpo de
Leia maisHelena Melo. Departamento de Matemática Universidade dos Açores
Helena Melo Departamento de Matemática Universidade dos Açores ISOMETRIA É uma transformação que preserva a distância entre pontos. Preserva: Colinearidade e ordem dos pontos Amplitude da ângulos Relações
Leia maisMétodo dos trabalhos virtuais. Jacob Bernoulli (também James ou Jacques) (Suiça, 27 December August 1705)
Método dos trabalhos virtuais Jacob ernoulli (também James ou Jacques) (Suiça, 7 December 1654 16 ugust 1705) Trabalho mecânico de uma força num deslocamento infinitesimal (trabalho elementar) x z 0 Trabalho
Leia maisExercícios de Aprofundamento Mat Geom Espacial
1. (Fuvest 015) No cubo ABCDEFGH, representado na figura abaixo, cada aresta tem medida 1. Seja M um ponto na semirreta de origem A que passa por E. Denote por θ o ângulo BMH e por x a medida do segmento
Leia maisCapítulo 1 Como motivação para a construção dos números complexos aconselha-se o visionamento do quinto do capítulo do documentário Dimensions, disponível em http://www.dimensions-math.org/ Slides de apoio
Leia maisFísica I Prova 2 20/02/2016
Física I Prova 2 20/02/2016 NOME MATRÍCULA TURMA PROF. Lembrete: A prova consta de 3 questões discursivas (que deverão ter respostas justificadas, desenvolvidas e demonstradas matematicamente) e 10 questões
Leia maisMétodo dos trabalhos virtuais. Jacob Bernoulli (também James ou Jacques) (Suiça, 27 December August 1705)
Método dos trabalhos virtuais Jacob ernoulli (também James ou Jacques) (Suiça, 7 December 1654 16 ugust 1705) Trabalho mecânico de uma força num deslocamento infinitesimal (trabalho elementar) x z 0 Trabalho
Leia maisIntrodução ao Cálculo Vetorial
Introdução ao Cálculo Vetorial Segmento Orientado É o segmento de reta com um sentido de orientação. Por exemplo AB onde: A : origem e B : extremidade. Pode-se ter ainda o segmento BA onde: B : origem
Leia maisGEOMETRIA II EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - ABRIL, 2018
GEOMETRIA II EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - ABRIL, 08 ( Seja a R e f(x, y ax + ( ay. Designe por C a a cónica dada por f(x, y 0. (a Mostre que os quatro pontos (±, ± R pertencem a todas as cónicas C a (independentemente
Leia maisMOTORES TÉRMICOS AULA MCI: NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA
MOTORES TÉRMICOS AULA 18-19 MCI: NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA Motores As máquinas térmicas são dispositivos que permitem transformar calor em trabalho. A obtenção de trabalho é ocasionada
Leia maisFísica 1 Mecânica. Instituto de Física - UFRJ
Física 1 Mecânica Sandra Amato Instituto de Física - UFRJ Rotação de uma partícula 1/ 30 (Rotação de uma partícula) Física 1 1/28 Outline 1 Produto Vetorial 2 Rotação em Torno de um Eixo Fixo 2/ 30 (Rotação
Leia mais3. Movimento curvilíneo
3. Movimento curvilíneo As fortes acelerações sentidas numa montanha russa não são devidas apenas aos aumentos e diminuições de velocidade, mas são causadas também pelo movimento curvilíneo. A taxa de
Leia maisMovimento Circular. 1 Rotação. Aron Maciel
Movimento Circular Aron Maciel 1 Rotação Já sabemos como as leis e definições da Física funcionam no movimento retilíneo, agora, vamos investigar situações em que temos objetos rotacionando em torno de
Leia mais