Teoria da Produção e dos Custos e o Estudo das Estruturas de Mercado

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1 Teoria da Produção e dos Custos e o Estudo das Estruturas de Mercado Unidade 4 Wiliam Rangel 83

2 Sumário Introdução Objetivos Estrutura da Unidade Unidade 4: Teoria da Produção e dos Custos e o Estudo das Estruturas de Mercado Tópico 1: Conceitos Tópico 2: Classificação dos Custos Tópico 3: Custos no Curto Prazo e no Longo Prazo Tópico 4: Estruturas de Mercado de Bens e Serviços e de Fatores de ] Produção Resumo Leitura Complementar Referências Bibliográficas

3 Olá, seja bem-vindo (a) à Quarta Unidade de Aprendizagem de Economia! Nas três primeiras unidades você viu o mercado pela ótica do consumidor (demanda) e pela ótica do fornecedor (oferta). Voltando ao nosso modelo simplificado do fluxo circular da renda (tema da Unidade 1), você viu como esses dois agentes econômicos se encontram no mercado: as famílias, como consumidoras, e as empresas, como fornecedoras, e o que representa o equilíbrio entre oferta e demanda por bens e serviços. Agora, nesta quarta unidade, você vai conhecer mais sobre como a empresa organiza e controla os seus custos de produção e como ela se comporta no mercado em função do grau de concorrência existente. Você acha que uma empresa, sozinha, tem o poder de decidir que preço vai cobrar por seus produtos? Como esses preços são definidos? De que maneira os custos influenciam na definição de preços e como esses preços, por sua vez, influenciam na competitividade da empresa? Você vai conhecer a teoria dos custos, a forma como a empresa os administra e o equilíbrio das estruturas de mercados quanto à concorrência entre as empresas. Bons estudos! 85

4 Ao final desta unidade, esperamos que você seja capaz de: 1. Conhecer a teoria da produção; 2. Reconhecer o conceito e a classificação dos tipos de custos da produção sob a ótica econômica, tanto para o curto prazo quanto para o longo prazo; Objetivos 3. Caracterizar o ambiente concorrencial e as diferentes formas de composição dos mercados; 4. Identificar as estruturas de mercado com as informações pertinentes à caracterização dos setores econômicos. Estrutura da Unidade As noções básicas sobre a administração de custos em uma empresa e como ela se situa nos mercados em relação aos demais competidores serão apresentados através do seguinte conteúdo: Os custos de produção; Classificação econômica dos custos de curto e de longo prazos; Mercado e competitividade; Estruturas de mercado competitivo. Para melhor compreensão das questões que envolvem este tema, esta unidade está dividida nos seguintes tópicos: 1. Conceitos; 2. Classificação dos custos; 3. Custos no curto prazo e no longo prazo; 4. Estruturas de mercado de bens e serviços e de fatores de produção. 86

5 1. Conceitos Os custos de produção A produção de bens e serviços pelas empresas implica em custos de produção, que, no estudo econômico, são analisados na chamada teoria da firma. O estudo dessa teoria abrange a relação tecnológica entre a quantidade física de produtos e os fatores de produção, e também a relação da quantidade física de produtos com os preços dos fatores de produção. A teoria dos custos de produção envolve, portanto, a maximização da eficiência na combinação dos fatores de produção, tendo em conta os preços dos insumos. É importante que você tenha em mente que, quando falamos em custo, não estamos nos referindo somente aos valores gastos na produção de bens ou serviços, pois devem ser considerados, também, os custos de manutenção da estrutura da empresa. Além dessa diferenciação entre os custos ligados ao processo produtivo e os custos de manutenção, existem despesas que são consideradas custos sob a ótica da Economia, e a soma de todos esses custos são determinantes para as decisões de produção e determinação de preços 19. A otimização dos custos por parte da empresa, além de ser de fundamental importância para a formação dos seus preços, garante maior competitividade, proporciona maior propensão à maximização do lucro, menor dependência financeira e maiores possibilidades de expansão e investimento em novos produtos. 19 O Teorema de Hecksher-Ollin (dois economistas suecos, ganhadores do prêmio Nobel de economia) diz, em resumo, que é a escassez (ou a abundância) de fatores de produção que determinam os custos, que, por sua vez, determinam os preços, que finalmente vão refletir o grau de competitividade de uma empresa. 87

6 Já vimos que o objetivo de uma empresa é maximizar a função lucro, enquanto que o objetivo do consumidor é maximizar a função utilidade dos bens e serviços que adquire no mercado. Todo o montante de dinheiro que uma empresa arrecada com a venda de seus produtos e serviços é chamado de Receita Total (RT). Entende-se por custo a soma de todos os valores agregados aos bens ou serviços produzidos por uma empresa. Assim, o montante que a empresa paga pelos insumos (matéria-prima, salários, aluguéis, máquinas, juros sobre empréstimos etc.) é chamado de Custo Total (CT). O lucro da empresa é dado pela diferença entre a Receita Total e o Custo Total: LUCRO = RT - CT 2. Classificação dos Custos Vejamos, agora, alguns tipos de classificação de custos empresariais e sua forma de apropriação contábil 20. Em uma empresa, os custos são apropriados contabilmente, e essas contas são agrupadas em centros de custos para fins de controle e apuração de resultados, que indicam o peso desses custos na composição do custo final de cada produto. Lembre que isso ajuda a definir o preço de venda dos produtos e, assim, você deve estar atento à vinculação desses custos aos níveis de produção. Podemos ter dois tipos de custo: 20 Apropriação: é o ato de atribuir, alocar, contabilizar valores ao resultado de um período de apuração. 88

7 CV Custos Variáveis, ou custos diretos CF Custos Fixos, ou custos indiretos Primárias básicas ou biológicas Veja as definições: CV Custos Variáveis, ou custos diretos: são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados porque há uma medida objetiva de seu consumo. Eles dependem das quantidades de bens produzidas. Assim, quanto mais produtos forem fabricados, mais a empresa gasta com a aquisição desses insumos. Como exemplo, considere os custos com a aquisição de matéria-prima, o pagamento da mão de obra direta, a compra de material de embalagem e acondicionamento, e até energia elétrica utilizada na fábrica. CF Custos Fixos, ou custos indiretos: são aqueles que não possuem relação direta com a quantidade de produtos fabricados e não há como medi-los de forma objetiva. A apropriação destes custos aos diferentes produtos fabricados depende de estimativas ou rateios. Como exemplo, pense na depreciação contábil dos ativos, no aluguel da fábrica, nos gastos com vigilância, manutenção e limpeza ou a energia elétrica que não pode ser associada diretamente à produção. Note que, nesse caso, a empresa incorre mensalmente nestes custos, esteja ela produzindo ou não. 89

8 Se você consegue identificar corretamente um custo e definir se ele é fixo ou variável, fica fácil apurar o custo total de produção. O custo total de produção consiste na soma das despesas fixas e variáveis de uma empresa, destinadas a uma combinação eficiente do uso dos fatores de produção que origina uma determinada quantidade do produto. Então, o custo total é igual à soma dos custos fixos totais com os custos variáveis totais: CT = CF + CV 3. Custos no Curto Prazo e no Longo Prazo Os custos no curto prazo Para muitas empresas, esta divisão dos custos entre custos fixos e variáveis só faz sentido se o horizonte de tempo for considerado. Imagine uma montadora de automóveis: se trata de um empreendimento de grande porte, com muitas atividades robotizadas, de alta complexidade. Se houver a possibilidade ou a necessidade de aumento significativo no número de veículos produzidos no prazo de apenas alguns meses para atender a um choque de demanda (expansão), por exemplo, o máximo que a empresa poderá fazer será ajustar a quantidade de trabalhadores para usar nas instalações que já estão disponíveis 21. Ela estará alterando o fator de produção trabalho, mas o fator de produção capital (instalações, máquinas, equipamentos) não será alterado no curto prazo Saiba mais: acesse o link economia.uol.com.br/noticias/redacao/2011/11/25/entenda-como-funciona-uma-fabricade-carros.htm#fotonav=27 e assista ao slide show com 29 telas autoexplicativas. Leia, também, o pequeno artigo que fala das três fases da montagem de um automóvel. No mesmo endereço, assista ao vídeo que fala sobre o uso dos robôs na linha de montagem de uma fábrica da General Motors. Acessado em 9/01/2014 às 17:15min. 22 Fábricas de automóveis: conforme se lê na mídia, a partir dos anúncios mais recentes sobre a construção de novas fábricas no Brasil, o que se conclui é que, entre o início da obra e o início de produção das primeiras unidades, o prazo de entrega de uma nova unidade varia entre 20 e 30 meses. 90

9 Em resumo: no curto prazo, o fator de produção capital é um custo fixo, e o fator de produção trabalho é um custo variável. E o custo total será a soma dos dois: CT = CF + CV. Mas há outras medidas de custos no curto prazo, que podem ser apuradas para cada unidade produzida. Se você tomar a expressão CT = CF + CV, e dividir cada um dos membros pela quantidade total produzida (q), você obterá três informações importantes, a saber: Custo Médio (CM e ): representa o custo total unitário, ou seja, o custo total atribuído a cada unidade produzida. É dado pela divisão entre o custo total (CT) e a quantidade total produzida (q): CMe = Ct q Custo Fixo Médio (CFMe): representa o custo fixo atribuído a cada unidade produzida. É dado pela divisão entre o custo fixo total (CFT) e a quantidade total produzida (q): CFMe = CFt q 91

10 Custo Variável Médio (CVMe): representa o custo variável atribuído a cada unidade produzida. É dado pela divisão entre custo variável total (CVt) e quantidade total produzida (q): CVMe = CVt q Custo Marginal (CMg): muitas vezes o empresário se pergunta se vale a pena aumentar a produção em uma unidade ou comprar mais um caminhão ou, ainda, transportar mais um passageiro, acolher mais um aluno na escola, contratar mais um funcionário etc. Ele precisará saber como isso vai afetar o custo total da empresa caso decida aumentar a produção em uma unidade. A isto chamamos de custo marginal. O custo marginal é dado pela variação do custo total (de quanto aumentou o custo total) dividida pela variação da quantidade produzida (q), e indica o custo de se acrescentar uma unidade a mais à produção: CMg = Ct q (Acréscimo de uma unidade na produção) Os custos no longo prazo Agora, pense no longo prazo: a montadora não poderá dar respostas rápidas ao mercado no curto prazo devido à limitação do fator de produção capital, como visto no item anterior. Mas, no longo prazo, ela poderá construir outra fábrica ou ampliar as instalações existentes. Então, basta montar um projeto de investimento e avaliar a viabilidade das alternativas, considerando-se os riscos e os retornos projetados para o capital a ser investido. Esses são os combustíveis para a tomada de decisão e, dependendo da escolha, ao fim de alguns poucos anos, essa montadora estará com a sua capacidade de produção ampliada. 92

11 4. Estruturas de Mercado de Bens e Serviços e de Fatores de Produção Mercado e competitividade Até aqui, você entendeu a forma como as empresas administram e controlam os seus custos, seja no curto, seja no longo prazo. Como vimos anteriormente, a gestão desses custos é importante porque vai influenciar na determinação dos preços, e esses preços vão ter impacto direto no grau de competitividade da empresa. Agora, então, precisamos ver como a empresa tende a se comportar na medida em que olha para os seus competidores e define a forma ética e sustentável para enfrentá-los. O mercado é dividido em diferentes segmentos, onde podemos encontrar diferentes quantidades de empresas e maneiras distintas de elas agirem no mercado, dependendo da forma como ela influi ou é influenciada no ambiente concorrencial. O nível de concorrência entre as empresas está diretamente relacionado ao tipo de estrutura de mercado em que elas estão inseridas, à política de formação de preços existente e, ainda, ao grau de dependência e ação dos consumidores. Quando você observa esse ambiente concorrencial, encontra características básicas, intrínsecas de cada estrutura e, então, será possível identificar qual é a estrutura de mercado em que estão inseridas as empresas, como elas se comportam e como se relacionam com os consumidores. Assim, chamamos de estruturas de mercado às diferentes maneiras como as empresas de um mesmo setor ou segmento se organizam para disputar a atenção e a preferência dos consumidores. Num dado segmento, pode haver uma única empresa atuando, ou poucas, ou várias empresas concorrendo entre si. Com base nessas características, podemos dividir as estruturas de mercado em duas grandes categorias: As estruturas de mercado de bens e serviços Que são a concorrência perfeita, o monopólio, o oligopólio e a concorrência monopolística. As estruturas de mercado dos fatores de produção (capital, terra, recursos humanos, recursos naturais e tecnologia) Que são a concorrência perfeita, o oligopsônio e o monopsônio. 93

12 Você já percebeu que a estrutura de mercado da indústria automobilística, por exemplo, é diferente da estrutura de mercado da indústria de biscoitos, que, por sua vez, é diferente da estrutura do mercado de telefonia, porque esses diversos mercados possuem diferentes características. Existem três características básicas e fundamentais nas estruturas de mercado que são utilizadas para identificá-las e classificá-las. São elas: Número de empresas participantes no mercado: é preciso observar se são muitas ou poucas em comparação ao número de consumidores do setor; Tipo de produto: se os produtos são homogêneos (aqueles que são perfeitos substitutos entre si) ou não, se os produtos são iguais, diferentes, ou se há política de diferenciação dos produtos; Se existem barreiras à entrada de novas empresas no setor, como controle de matérias-primas, concessões, necessidade de investimento inicial elevado, ou restrições governamentais etc. Estruturas de mercado de bens e serviços Você verá, agora, as diferentes estruturas de mercado e as implicações para as empresas e para os consumidores. 94

13 Concorrência pura ou perfeita: neste tipo de segmento 23 existe um número muito grande de vendedores. Nenhum deles, sozinho, interfere na quantidade ofertada no mercado nem no preço. Diz-se que é um mercado atomizado por ser composto por muitas empresas. Quanto às características analisadas, na concorrência perfeita observase que: 01 O produto é homogêneo (são perfeitos substitutos entre si, e os consumidores são indiferentes quanto à firma da qual eles irão adquirir o produto); 02 É grande o número de empresas no setor; 03 Não existem barreiras à entrada de novas empresas. Além disso, na concorrência perfeita o mercado é transparente, ou seja, todos os concorrentes conhecem seus custos, preços e até lucros. Entretanto, cabe registrar que não existe um exemplo real perfeito de mercado tipicamente de concorrência perfeita. Os exemplos mais próximos são o mercado de produtos hortifrutigranjeiros e as feiras, que reúnem características muito semelhantes às inerentes ao mercado de concorrência perfeita. 23 Um segmento do mercado é um setor da economia, uma indústria, com: o segmento de alimentos, o segmento de vestuário etc. 95

14 Monopólio: no mercado monopolista existe apenas um único vendedor dominando a oferta e atendendo a todos os consumidores. Logo, não existe concorrência entre empresas nem produto substituto. Então, na estrutura monopolista: Há apenas uma empresa; O produto é único e não há substitutos próximos; Existe várias barreiras à entrada de novas empresas, como o elevado capital necessário à implantação de empresas em alguns setores, a inviabilidade de se ter mais de uma empresa no mesmo setor (pelos rendimentos decrescentes) e o monopólio da matéria-prima. Existem condições que garantem o poder de monopólio para uma empresa ou que impedem a entrada de novas empresas no setor. Veja estes exemplos: Existência de monopólio puro ou natural: ocorre quando a instalação de uma empresa precisa ser feita em grandes plantas industriais. Nesses casos, os preços cobrados são relativamente baixos e a entrada de outra concorrente inviabilizaria o ganho das duas, como na distribuição de energia elétrica; Necessidade de elevado volume de capital: uma empresa que quiser entrar num mercado pode necessitar de muito capital e alta capacitação tecnológica. Podese citar a mineração e a siderurgia, no início dessas atividades no Brasil, ou o mercado de gases industriais e medicinais, dominado por poucas empresas, que são verdadeiros gigantes transnacionais; Necessidade de registro de patentes: imagine uma empresa que é a única que detém a tecnologia ou o processo produtivo e também o registro das patentes, a exemplo de alguns medicamentos: somente ela pode produzir, ou ela autoriza outras empresas a fazê-lo, mediante o pagamento de royalties; 96

15 Propriedade de matérias-primas: ocorre quando a empresa é a única que pode explorar determinada matéria-prima utilizada na produção de algum bem. Quase que a totalidade das minas do gás Hélio, um gás raro e em processo de esgotamento de reservas, pertence a uma única empresa americana! Monopólios estatais: ocorre com as empresas públicas que são as únicas a atuarem em determinado segmento. Como exemplo, citamos o monopólio sobre a extração e a produção de petróleo, que foi monopólio da Petrobras até Oligopólio: muitos dos produtos e serviços que você usa diariamente são fornecidos por segmentos econômicos altamente oligopolizados: companhias aéreas, serviços de telefonia, Tv s a cabo, gases industriais e medicinais, redes de supermercados, automóveis, dentre outros. O oligopólio é caracterizado por um pequeno número de empresas que dominam o mercado e os meios de produção. Também pode se apresentar em segmentos que possuem várias empresas, porém, com poucas dominando o mercado, ou seja: há um alto grau de concentração do mercado nas mãos de poucas empresas. No oligopólio: Existem, geralmente, poucas empresas. Quando há muitas, apenas algumas dominam o mercado; Os produtos podem ser homogêneos (são perfeitos substitutos entre si, e os consumidores são indiferentes quanto à firma da qual eles irão adquirir o produto) ou diferenciados (cada produtor procura diferenciar o seu produto, a fim de torná-lo único 24 ); Existe barreiras à entrada de novas empresas. 24 Diferenciação de produtos: caracteriza a maioria dos mercados existentes. Se você pensar nos perfumes, aparelhos de TV, restaurantes ou cremes dentais, por exemplo, vai perceber que não existem produtos homogêneos. A diferenciação é buscada através da composição química, dos acessórios tecnológicos, dos serviços ou especialidades, e essas características são exaustivamente trabalhadas pelo marketing e pela propaganda para criar em sua mente a ideia de diferenciação, de exclusividade. 97

16 No oligopólio, as quantidades ofertadas e os preços são fortemente influenciados pelas empresas que dividem o mercado ou que lideram o mercado 25. Como são poucas, exercem certo poder sobre os consumidores, que são apenas tomadores de preço e não conseguem influenciar essa variável. Ainda existe, no oligopólio, a tentação à formação de acordos informais (e ilegais) entre as empresas, que derivam para o cartel. O cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um segmento que determina a política de preços para todas as empresas que a ele pertencem ou estabelecem uma manipulação sobre as cotas de produção, visando pressionar o mercado por aumentos de preço 26. Concorrência monopolística: pense na enorme disponibilidade de marcas de shampoo, de biscoitos, de produtos de limpeza que você tem ao seu dispor... Isso deve levar você a pensar que a concorrência monopolística é bastante semelhante à concorrência perfeita, porém, neste tipo de estrutura, as inúmeras empresas que compõem um setor monopolístico tentam adquirir certo poder concorrencial através da diferenciação de produto (embalagens, características físicas, serviços etc.). Elas vendem produtos similares, diferenciados em pequenos detalhes e, por isso, esses bens não são idênticos. Essa diferenciação, às vezes, proporciona um pequeno poder de monopólio para a empresa, mesmo o mercado sendo competitivo. Características da concorrência monopolística: Grande número de empresas; Os produtos são diferenciados (cada produtor busca diferenciar o seu produto, a fim de torná-lo único); Não há barreiras à entrada de novas empresas; Outro exemplo típico está na indústria de sabão em pó: muitos fabricantes tentam diferenciar seus produtos investindo em embalagens atraentes e formulações que prometem mais do que limpeza das roupas. O quadro abaixo resume as quatro principais estruturas de mercado e indica as principais características de cada estrutura: 25 Quando várias empresas participam de um setor oligopolizado, existe, geralmente, uma empresa líder, que fixa o preço, e as demais são empresas satélites, que seguem as regras ditadas pelas líderes. 26 Cartel: cabe registrar que, no Brasil, a formação de cartel é um crime contra a ordem econômica, previsto no Artigo 4º da Lei nº de 27/12/

17 ESTRUTURA DE MERCADO Concorrêcia Perfeita NÚMERO DE EMPRESAS Muitas DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO Produto homogêneo CONDIÇÃO P/ ENTRADA E SAÍDA Fácil INFLUÊNCIA SOBRE O PREÇO Nenhuma (são tomadoras de preço) EXEMPLOS Produtos agrícolas Monopólio Uma Produto único, sem substituto próximo Difícil Forte Serviços telefônicos* Concorrêcia Monopolística Muitas Produto diferenciado Fácil Leve Comércio varejista, restaurantes Oligopólio Poucas Homogêneo ou diferenciado Difícil Considerável Homogêneo: alumínio. Diferenciado: automóveis Estruturas de mercado de fatores de produção Já vimos que os fatores de produção são o capital, a terra, os recursos naturais, os recursos humanos e a tecnologia. O mercado de fatores de produção apresenta estruturas que são opostas ao mercado de bens e serviços. Quando você pensa em monopólio, por exemplo, você, imediatamente, imagina um setor com uma única empresa ou vendedor para vários compradores. Se for oligopólio, você logo associa que há poucas empresas para muitos compradores. Já no mercado de fatores de produção, pensa-se no número de compradores que existe para os vendedores que estão operando no mercado. Temos três possibilidades: Nota: (*) Imagine um país muito pequeno e pobre, ou uma cidade do interior, nos quais uma única empresa de telefonia esteja atuando. Como é baixo o número de usuários, muito provavelmente outra empresa não veria incentivos econômicos para instalar a estrutura necessária à operação. 99

18 Monopsônio: é uma estrutura na qual há somente um comprador para muitos vendedores de serviços e de insumos. Pode-se pensar no exemplo de uma empresa montadora de carros que se instala em uma pequena cidade de um país periférico. Por ser a única grande empresa, ela acaba sendo a demandante exclusiva da mão de obra da região ou das autopeças produzidas por empresas que ali se instalarem. MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO Oligopsônio: é um mercado onde existe poucos compradores que dominam um segmento que possui muitos vendedores. Existem exemplos no setor de laticínios, no setor de autopeças e na indústria do fumo, onde se encontram muitos vendedores (como os inúmeros produtores de leite) e poucos compradores (poucos laticínios existentes). Concorrência perfeita no mercado de fatores: estamos falando de um mercado onde existe uma oferta abundante de um fator de produção, tornando o preço desse fator constante. Como o número de fornecedores é grande, não existe a possibilidade de eles conseguirem melhores preços por seus serviços. Um exemplo pode ser a oferta de mão de obra não qualificada: há um número enorme de pessoas não qualificadas ou com baixa qualificação que se oferecem ao mercado de trabalho. 100

19 Finalizando esta unidade, vejamos o caso do chamado monopólio bilateral. Ele ocorre sempre que há um único ofertante monopolista e um único demandante monopsonista que adquire os bens produzidos pela ofertante monopolista. Esta estrutura se manifesta em atividades que demandam trabalho especializado e exclusivo ou cooperação mútua e, nesse caso, os preços de mercado serão formados apenas pelos dois agentes. Veja estes dois exemplos: Um fabricante de peças especiais ou de software bélico, que oferta a um único comprador: uma empresa do setor aeroespacial, como a americana NASA; Um fabricante de lã de aço, dessas que você usa para lavar louças, desenvolve, com uma siderúrgica, um processo fabril exclusivo para produzir o aço com uma liga especial, adequada aos fins a que a lã de aço se destina. Esse fabricante e a siderúrgica provavelmente terão um relacionamento comercial duradouro e cativo, como monopólio bilateral muito bem caracterizado. 101

20 Nesta unidade você estudou os custos de produção e identificou a importância desses custos para a competitividade empresarial. Viu que em economia os custos podem ser fixos ou variáveis, a depender da vinculação deles custos ao volume de unidades produzidas. Para muitas empresas, o horizonte de tempo tem conotação especial e, por isso se faz necessário identificar e classificar os custos como de curto ou de longo prazo. No curto prazo, a empresa incorre em custos fixos e variáveis, mas, no longo prazo, só existe custos variáveis. Tal como no fluxo circular da renda, a estrutura dos mercados competitivos se divide em mercado de bens e serviços (concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência monopolística) e em mercado de fatores de produção (concorrência perfeita, monopsônio e oligopsônio). Ao encontro de um monopolista com um monopsonista se dá o nome de monopólio bilateral. 102

21 Transnacionais: confira o Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras, editado pela Fundação Dom Cabral, e disponível em < aspx?noticia=19> Acessado em 9/01/2014 às 17:10. A edição completa pode ser baixada no formato PDF. A FDC acompanha anualmente o desempenho das grandes multinacionais brasileiras que têm destacada atuação em mercados no exterior, apurando o quanto do resultado destas empresas vem de operações em solo brasileiro, e quanto provém de operações internacionais. São corporações com necessidade de manter a eficiência global, mas com autonomia e capacidade de dar respostas às necessidades locais, onde quer que esteja instalada uma unidade de produção. Acesse o link < e assista ao slide show com 29 telas autoexplicativas. Leia, também, o pequeno artigo que fala das três fases da montagem de um automóvel. No mesmo endereço, assista ao vídeo que fala sobre o uso dos robôs na linha de montagem de uma fábrica da General Motors. Acessado em 9/01/2014 às 17:

22 MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. Tradução da 5ª Edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning, PINHO, Diva Benevides e VASCONCELLOS. Marco A. S. de (org.) Manual de Economia. Equipe de professores da USP. 5ª Edição. São Paulo: Saraiva, VASCONCELLOS, Marco A. S. de e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de Economia. 3ª Edição. São Paulo: Saraiva, PASSOS, Carlos Roberto Martins e NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. 5ª Edição. São Paulo: Cengage Learning, ROSSETI, José Paschoal. Introdução à Economia. 20ª Edição. São Paulo: Atlas, VASCONCELLOS, Marco A. S. de. Economia: micro e macro. 4ª Edição. São Paulo: Atlas,

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