Vida útil de fatias de manga armazenadas em embalagem com atmosfera modificada passiva
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- Ian Minho Wagner
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1 Ciêni e Tenologi de Alimentos ISSN -6 Vid útil de ftis de mng rmzends em emlgem om tmosfer modifid pssiv Shelf life of mngo slies stored under pssive modified tmosphere pkging Lilin Krine RODRIGUES, Leil Mendes PEREIRA, Cristhine Croline FERRARI, Clire Isel Grigoli de Lu SARANTÓPOULOS, Mirim Dups HUBINGER * Resumo Ftis de mng fres e osmotimente desidrtds form ondiionds em ndejs de poliestireno expndido, reoerts om filme de polietileno de ix densidde (PEBD) e estods à tempertur de C om o ojetivo de verifir o efeito d desidrtção osmóti e d emlgem om tmosfer modifid pssiv n vid útil ds fruts. Amostrs de mng fres, ondiionds ns ondições do r tmosfério, form utilizds omo ontrole. As mngs form vlids periodimente qunto às sus rterístis físio-químis e miroiológis, omposição d tmosfer intern ds emlgens, perd de peso e eitção sensoril. O proesso de desidrtção osmóti e o ondiionmento ds fruts om tmosfer modifid influírm positivmente n mnutenção ds rterístis sensoriis e n qulidde miroiológi ds ftis de mng. As ftis de mng fres ondiionds ns ondições do r tmosfério (FR AR) e om tmosfer modifid (FR MAP) presentrm um vid útil de pens 8 e 4 dis, respetivmente, sendo limitd priniplmente por su eitção sensoril e ontminção miroiológi. Já s fruts desidrtds osmotimente e emlds om tmosfer modifid (OD MAP) presentrm um vid útil de 8 dis om o eitção sensoril durnte tod estogem. Plvrs-hve: desidrtção osmóti; proessmento mínimo; vid de prteleir; emlgem om tmosfer modifid. Astrt Fresh nd osmodehydrted mngo slies were pkged in expnded polystyrene trys overed with low density polyethylene films (PEBD) nd stored t C iming t verifying the effet of osmoti dehydrtion proess nd modified tmosphere pkging on the fruit shelf life. Fresh mngo slies pkged under tmospheri onditions were used s ontrol. The slies were evluted periodilly with respet to physiohemihl nd miroiologil hrteristis, internl tmosphere omposition of the pkges, weight redution, nd sensory eptne. The osmoti dehydrtion proess nd the modified tmosphere pkging hd positive influene on the preservtion of the sensory hrteristis nd miroiologil qulity of the mngo slies. Fresh mngo slies stored under tmospheri onditions (FR AR) nd modified tmosphere pkging (FR MAP) hd shelf life of only 8 nd 4 dys, respetively, whih ws minly limited y its sensory eptne nd miroil spoilge. On the other hnd, the mngo osmodehydrted slies pkged under modified tmosphere (OD MAP) presented shelf life of 8 dys showing good sensory eptne throughout the storge period. Keywords: osmoti dehydrtion; miniml proessing; shelf life; modified tmosphere pkging. Introdução A mng é um ds fruts tropiis mis onsumids em todo o mundo. Há lgums entens de vrieddes onheids, ms de pequen importâni omeril devido rterístis pouo desejáveis, omo tmnho pequeno e grnde quntidde de firs e de fipos. Cultivres omeriis, omo ultivr Tommy Atkins, são resultdos de extenss pesquiss de seleção e melhormento genétio. A mior resistêni meâni e térmi d frut no trnsporte, tempo de estogem prolongdo e o tolerâni d vriedde à ntrnose e proessos tenológios, omo indução florl e o estresse hídrio, levou ess vriedde ser preferid dos griultores rsileiros, respondendo por er de 8% d áre ultivd no Pís (ALMEIDA et l., ; ARAÚJO, 4). No entnto, seleção genéti e o ondiionmento utilizdo pr frut ind não são sufiientes pr evitr grnde perd de qulidde, que oorre devido à olheit d frut ntes do mdureimento e durnte o trnsporte té o onsumidor finl. Portnto, ténis de preservção que mntenhm qulidde d frut fres devem ser explords. O merdo onsumidor já indiou lrmente que pg pel onveniêni ofereid por produtos prontos pr o onsumo ou minimmente proessdos, desde que qulidde pereid sej mior ou igul à do produto inteiro. Fruts minimmente proessds, em gerl, são mis suseptíveis às mudnçs fisiológis/ioquímis, à deteriorção miroiológi e à perd de águ, devido à perd de seus teidos de proteção ou ss, qundo omprds om fruts inteirs (WATADA; QI, 999). A utilizção de ténis de proessmento rndo, omo desidrtção osmóti e o ondiionmento em emlgens Reeido pr pulição em //8 Aeito pr pulição em //8 (3) Deprtmento de Engenhri de Alimentos, Fuldde de Engenhri de Alimentos, Universidde Estdul de Cmpins UNICAMP, CP 6, CEP , Cmpins - SP, Brsil, E-mil: mhu@fe.unimp.r Centro de Tenologi de Emlgem, Instituto de Tenologi de Alimentos ITAL, CP 39, CEP 37-78, Cmpins - SP, Brsil *A quem orrespondêni deve ser envid Ciên. Tenol. Aliment., Cmpins, 8(Supl.): 7-78, dez. 8 7
2 Vid útil de ftis de mng om tmosfer modifid, pode ser um lterntiv viável pr otenção de produtos de qulidde e om vid útil prolongd, diminuindo s degrdções de or, rom, textur e sor, que oorrem o longo d estogem (PEREIRA et l., 4; RODRIGUES et l., 6). A redução do onteúdo de umidde, juntmente om diminuição do oxigênio disponível os teidos e o umento d onentrção de gás rônio representm um opção pr umentr estilidde miroiológi e segurnç do produto, e preservr s rterístis sensoriis d frut. Além disso, estudos om mngs inteirs emlds om tmosfer modifid ou tmosfer ontrold indirm que ess mudnç n onentrção de O e CO tmém pode livir os sintoms de injúri usdos pel estogem ixs temperturs, usulmente empregds pr produtos minimmente proessdos (PESIS et l., ; KADER; ZAGORY; KERBEL, 989). A desidrtção osmóti é um proesso de remoção de águ ds fruts e hortliçs, que utiliz s predes nturis ds éluls omo um memrn semipermeável. É um proesso de difusão simultâne de águ e solutos, sendo influenido pel onentrção d solução desidrtnte, tempo e tempertur do proesso, gitção, presenç de ditivos, plição de pulso de váuo, tmnho e geometri do produto e proporção frut/ solução (RASTOGI et l., ). Os proessos de desidrtção osmóti podem usr mudnçs n fisiologi dos teidos vegetis, no entnto, o uso de trtmentos rndos normlmente não fet signifitivmente qulidde sensoril e nutriionl ds fruts e hortliçs e ontriui pr otenção de um mior vid de prteleir dos produtos minimmente proessdos (TORRES et l., 6). A emlgem om tmosfer modifid, pssiv ou tivmente, tem se mostrdo um importnte ferrment pr preservção de fruts e hortliçs minimmente proessds. O desenvolvimento de tmosfer modifid pssiv é eonomimente mis interessnte, pois tmosfer intern ds emlgens é modifid e tinge níveis estáveis de CO e O de ordo om tx de respirção do produto e om permeilidde do mteril de emlgem. N tmosfer modifid tiv, um mistur gsos é introduzid no interior d emlgem de ondiionmento do produto, pr otenção d omposição desejd de gses dentro d emlgem. Deste modo, o ojetivo dos dois prinípios é rir um omposição de gás idel dentro d emlgem, onde tividde respirtóri do produto sej menor possível, ms os níveis de oxigênio e dióxido de rono não sejm prejudiiis (KADER; ZAGORY; KERBEL, 989; CHURCH; PARSONS, 99). O uso de emlgens om tmosfer modifid pssiv om o intuito de preservr s rterístis de qulidde e umentr vid de prteleir de fruts minimmente proessds tem sido estuddo por diversos pesquisdores (JERÔNIMO et l., 7; LIMA et l., ; GUEVARA et l., 3). Entretnto, são pous s pesquiss que lim o uso dest téni à desidrtção osmóti pr produção de fruts à lt umidde. Assim, o ojetivo do presente trlho foi vlir vid de prteleir de ftis de mng fres e desidrtd osmotimente, rmzends em ondições de tmosfer modifid pssiv, trvés do monitormento ds rterístis físio-químis e miroiológis ds fruts, omposição d tmosfer intern ds emlgens, perd de peso e eitção sensoril do produto. Mteril e métodos. Mtéri-prim Form utilizds mngs mdurs (Mngifer indi) d vriedde Tommy Atkins (Tel ), provenientes d região do Vle do São Frniso, Bhi, seleionds qunto o tmnho, prêni e onteúdo de sólidos solúveis (3 Brix).. Prepro ds ftis de mng fres e desidrtd osmotimente As mngs form lvds e snitizds om desinfetnte lordo (Sumveg, Diversey Lever, São Pulo, SP) n onentrção de ppm de loro tivo, dessds mnulmente, ortds longitudinlmente junto o roço e ortds em ftis de mm de espessur no sentido perpendiulr às firs. Pr desidrtção osmóti, s ftis de mng form imerss em solução de srose 6 Brix, n proporção frut: solução de :, por hor. O proesso foi relizdo em um gitdor termostátio de nd (Tenl TE-4, Piri, SP) à tempertur de 3 C, so gitção de rpm. Após o proesso, s fruts form enxguds om solução snitiznte ppm de loro tivo e olods sore ppel sorvente, pr remoção d solução em exesso..3 Aondiionmento em emlgem om tmosfer modifid As ftis de mng fres e desidrtd osmotimente form ondiionds em ndejs de poliestireno expndido ( x x 3 mm) e envolts em sos de polietileno de ix densidde (PEBD) de 6 µm de espessur ( x mm) om tx de permeilidde o oxigênio de 96 ml m di 3 C e tm; esss mostrs form hmds de FR MAP e OD MAP, respetivmente. Ftis de mng fres ondiionds em ndejs de poliestireno expndido, envolts em filme de poliloreto de vinil estiável (PVC) perfurdo, Tel. Crterizção físi e omposição entesiml d mng Tommy Atkins utilizd nos experimentos. Determinção Vlor médio Peso (g) 47,6 ± 36,7 Comprimento (m),3 ±,6 Diâmetro mior (m) 9, ±,3 Açúres redutores (%) 4,7 ±,37 Açúres totis (%) 3,7 ±, Umidde em se úmid (%) 8,49 ±,4 Firs ruts (%),337 ±,3 Proteíns (%),49 ±,47 Cinzs (%),7 ±,3 Lipídios (%),36 ±,8 Vitmin C (mg. g ) 9,3 ±,4 7 Ciên. Tenol. Aliment., Cmpins, 8(Supl.): 7-78, dez. 8
3 Rodrigues et l. form utilizds omo ontrole, sendo hmds de FR AR. Form preprds emlgens, ontendo proximdmente 8 g de frut, pr d trtmento. O produto emldo foi estodo C em estuf BOD om tempertur ontrold (Tenl TE 39, Piri, SP). As ftis de mng form vlids em relção às rterístis físio-químis e miroiológis, omposição d tmosfer intern ds emlgens e perd de peso do produto pós, 4, 8,, 4, 6 e 8 dis de estogem. As nálises form relizds em triplit e o resultdo ddo pel su médi e desvio pdrão. As fruts sumetids os diferentes trtmentos e ondições de estogem tmém form vlids qunto à eitção sensoril e intenção de ompr dos provdores..4 Composição d tmosfer intern ds emlgens e perd de peso A determinção d omposição gsos no interior ds emlgens foi relizd om o medidor de gses Dul Hed Spe Anlyzer, Pk Chek TM, Model 6 (Moon, MN, USA). A olet de gses do espço-livre d emlgem foi feit om um sering opld o equipmento, trvés de um septo derido à emlgem. A perd de peso foi luld em porentul sore o peso iniil de d emlgem, medido em lnç semi-nlíti (Mrte AM, São Pulo, SP).. Análises físio-químis A tividde de águ ds mostrs foi determind om o equipmento Aqul, modelo CX- (Degon Devies In, Pullmn, WA) C; o teor de sólidos solúveis, em um refrtômetro de nd (Zeiss, Jen, Germny); e o ph, em um phmetro Anlyses, modelo ph 3 (Tenl, Piri, SP). As determinções de umidde em se úmid (%), idez (% de áido ítrio) e çúres totis (%) form onduzids segundo metodologis reomendds pel AOAC ()..6 Análise sensoril As mostrs form sumetids um nálise sensoril de eitção, utilizndo-se esl hedôni não estruturd de 9 m, nord nos extremos pelos termos Desgostei muitíssimo à esquerd e Gostei muitíssimo à direit. As fruts form vlids em relção à prêni, rom, sor, textur e impressão glol por 3 provdores onsumidores de mng, representtivos do púlio lvo. A intenção de ompr do produto pelo onsumidor tmém foi vlid. Os onsumidores vlirm prêni ds mostrs e su intenção de ompr, em dus diferentes situções: ) vlindo fti de mng ofereid pr degustção; e ) vlindo visulmente o produto ondiiondo ns respetivs emlgens. As nálises form relizds em ines individuis, sendo ofereid um fti de mng de d mostr os provdores, de form monádi, em prtos rnos odifidos om 3 dígitos letórios. N vlição visul, s mostrs de fruts emlds form presentds os provdores em loos ompletos sulisdos..7 Análise miroiológi A qulidde miroiológi do produto foi vlid, periodimente, por meio de nálises de téris látis e olores e levedurs. Análises de oliformes 4 C e Slmonell sp. form relizds logo pós o proessmento ds fruts, oedeendo os pdrões d Resolução nº, de de jneiro de d Agêni Nionl de Vigilâni Snitári ANVISA. Tods s nálises seguirm metodologi desrit por Downes e Ito ()..8 Análise esttísti Os resultdos form nlisdos esttistimente, pel nálise de vriâni e teste de Tukey, o nível de % de signifiâni, utilizndo o softwre Sttisti. (Sttsoft In, Tuls, OK, USA). A vlição d influêni do tempo nos triutos de qulidde foi relizd por regressão liner % de signifiâni, utilizndo o softwre The SAS R System for Windows V8. (SAS Institute In, Cry, USA). 3 Resultdos e disussão 3. Composição d tmosfer intern ds emlgens O filme PEBD proporionou modifição pssiv d tmosfer o redor ds ftis de mng (Figur ). As emlgens ontendo s ftis de mng fres (FR MAP) tingirm tmosfer de equilírio os 8 dis de estogem, presentndo teores de O em torno de 6% e CO em torno de 7%. Pr s emlgens ontendo frut desidrtd osmotimente (OD MAP) o equilírio gsoso tmém foi verifido pós 8 dis de estogem, ms om teores em torno de % de O e % de CO. A mior modifição d tmosfer verifid ns emlgens ontendo s ftis de mng fres, ou sej, os menores teores de O e miores teores de CO verifidos o longo d estogem, pode ser triuíd à mior tx de respirção dess mostr em omprção à frut osmotimente desidrtd, que mostrrm txs de respirção de ml CO kg h e 6 ml CO kg h C, respetivmente. Já Rodrigues et l. (6), trlhndo om mmão minimmente proessdo, oservrm que s mostrs desidrtds osmotimente promoverm um mior modifição d tmosfer intern ds emlgens. Segundo os utores, pesr ds mostrs proessds osmotimente presentrem menores txs respirtóris C, é possível que o proesso osmótio tenh lterdo o metolismo do teido vegetl, ontriuindo pr modifição d tmosfer intern d emlgem durnte o rmzenmento ixs temperturs. Condições similres o r tmosfério form oservds pr s ftis de mng fres emlds om o filme de poliloreto de vinil (PVC) perfurdo. 3. Perd de peso As mngs ondiionds om tmosfer modifid pssiv, ns emlgens de PEBD, osmotimente desidrtds (OD MAP) e fress (FR MAP), mostrrm um perd de peso stnte pequen durnte estogem, presentndo vlores ixo de,3%. No entnto, frut fres ondiiond ns ondições do r tmosfério (FR AR), emld em filme de PVC estiável, presentou perd de peso ontínu o longo Ciên. Tenol. Aliment., Cmpins, 8(Supl.): 7-78, dez. 8 73
4 Vid útil de ftis de mng Teor de gás (% v/v) FR MAP Tempo (dis) O CO Perd de peso (%) 3,,,,,,, Tempo (dis) Teor de gás (% v/v) OD MAP Tempo (dis) O CO Figur. Conentrções de O e CO no interior ds emlgens de PEBD ontendo ftis de mng fres (FR MAP) e osmotimente desidrtd (OD MAP) durnte estogem C. d estogem, tingindo vlores im de,% pós 8 dis (Figur ). Deste modo, foi omprovd efiiêni do filme PEBD omo rreir o vpor de águ, sendo fundmentl pr prevenir perd de peso do produto. Em um trlho om mngs minimmente proessds emlds om tmosfer modifid em filmes de PVC e em filmes de polietileno de lt e ix densidde (PEAD e PEBD), Souz et l. () verifirm que os filmes de PEAD e PEBD form mis efiientes n redução d perd de peso ds mostrs durnte o período de rmzenmento. Pereir et l. (4) oservrm que o uso de tmosfer modifid, utilizndo emlgens de polietileno tereftlto (PET), foi pz de prevenir perd de peso de gois minimmente proessds. Segundo os utores, s fruts ondiionds ns emlgens de PET presentrm um perd de peso onstnte e pequen durnte 4 dis de estogem, enqunto que s gois emlds om filme de PVC estiável perfurdo tiverm um umento signifitivo d perd de peso om o tempo, tingindo vlores em torno de % no finl d vid de prteleir. Figur. Perd de peso de ftis de mng durnte estogem C. FR AR: fres ondiiond ns ondições do r tmosfério; FR MAP: fres ondiiond em tmosfer modifid; e OD MAP: osmotimente desidrtd ondiiond em tmosfer modifid. 3.3 Análises físio-químis Os vlores de tividde de águ, umidde, sólidos solúveis, idez, ph e çúres totis ds ftis de mng fres e osmotimente desidrtd, ondiionds ns diferentes emlgens (FR MAP, OD MAP e FR AR), mostrrm diferençs esttistimente signifitivs entre diferentes tempos de nálise. No entnto, nálise de regressão liner desss resposts mostrou que s vrições verifids não são explids pelo umento do tempo de estogem. Assim, pode-se triuir esss diferençs à vriilidde d mtéri-prim. A Figur 3 present lgums ds rterístis físio-químis ds ftis de mng fres e osmotimente desidrtd durnte estogem. Com relção o efeito d desidrtção osmóti ns rterístis físio-químis ds mngs, pode-se destr o umento do teor de çúres e redução d quntidde de águ ds fruts osionds pelo proesso, resultndo em menores vlores de tividde de águ e umidde e miores teores de sólidos solúveis qundo omprds à frut fres. Pode-se verifir tmém que o proesso osmótio pree ter usdo um umento n idez ds mngs, no entnto, os vlores de ph ds mostrs form stnte similres, difiultndo um vlição onlusiv do omportmento oservdo. Já o ondiionmento ds fruts om tmosfer modifid não fetou s rterístis físio-químis ds mngs. As ftis de mng ondiionds ns ondições do r tmosfério (FR AR) e em tmosfer modifid (FR MAP) presentrm vlores similres de tividde de águ, umidde, sólidos solúveis, idez, ph e çúres totis. Souz et l. () e Pereir et l. (3) tmém verifirm que o uso de emlgens om tmosfer modifid resultou n mnutenção ds rterístis físioquímis de mngs e gois minimmente proessds, respetivmente. 74 Ciên. Tenol. Aliment., Cmpins, 8(Supl.): 7-78, dez. 8
5 Rodrigues et l. Atividde de águ,99,99,98,98,97,97,96 Umidde (%) 8 6 4, Dis Dis 6 8 Sólidos solúveis ( Brix) 3 Aidez (% áido ítrio),4,3,, Dis, Dis Figur 3. Crterístis físio-químis ds ftis de mng durnte estogem C. FR AR: fres ondiiond ns ondições do r tmosfério; FR MAP: fres ondiiond em tmosfer modifid; e OD MAP: osmotimente desidrtd ondiiond em tmosfer modifid. Letrs diferentes indim diferençs esttistimente signifitivs p <, o longo do tempo de rmzenmento pr d mostr. 3.4 Análise sensoril A vlição sensoril mostrou que no iníio d vid de prteleir (di ) s mngs fress e osmotimente desidrtds não presentrm diferençs em relção os triutos sensoriis vlidos (Figur 4). No entnto, om o umento do tempo de estogem, s mngs fress em r tmosfério (FR AR) e om tmosfer modifid (FR MAP) sofrerm um qued signifitiv n eitção pelo onsumidor, reeendo nots inferiores à mng osmotimente desidrtd ondiiond om tmosfer modifid (OD MAP), n miori dos triutos sensoriis vlidos. Após 8 dis de estogem, mng fres ondiiond ns ondições do r tmosfério (FR AR) reeeu nots stnte inferiores o limite de eitção do produto (4,) em relção à miori dos triutos sensoriis omo prêni d emlgem, sor, textur e impressão glol, sendo então desrtd (Figur 4). Aos 4 dis de estogem, mostr fres ondiiond om tmosfer modifid (FR MAP) tmém presentou nots inferiores 4, em relção os triutos prêni d emlgem e d fti, textur e impressão glol, levndo à rejeição do produto pelo onsumidor ( Figur 4). No entnto, mostr osmotimente desidrtd om tmosfer modifid (OD MAP) ontinuou presentndo o eitção pelo onsumidor té o finl d estogem de 8 dis, reeendo nots im de 6, pr miori dos triutos vlidos (Figur 4). A intenção de ompr (Figur ) tmém mostrou preferêni dos onsumidores pel mng osmotimente desidrtd ondiiond om tmosfer modifid (OD MAP), presentndo vlores im de % durnte tod estogem, tnto pr nálise feit trvés d degustção ds fruts ( Figur ) omo pr nálise visul do produto ondiiondo ns respetivs emlgens (Figur ). Pr s mostrs fress ondiionds om tmosfer modifid (FR MAP) e om r tmosfério (FR AR), um forte impto do tempo de estogem pode ser verifido n intenção de ompr dos onsumidores. Ciên. Tenol. Aliment., Cmpins, 8(Supl.): 7-78, dez. 8 7
6 Vid útil de ftis de mng Esl hedôni Esl hedôni FR AR FR MAP 8 Dis Aprêni d emlgem Aprêni d fti Arom Aprêni d emlgem Aprêni d fti Arom Sor Textur Imp. Glol 8 4 Dis Sor Textur Imp. Glol N vlição sensoril de metdes de goi (PEREIRA et l., 3) e de pedços de mmão (RODRIGUES et l., 6) minimmente proessdos, s fruts proessds osmotimente e rmzends om tmosfer modifid tmém presentrm melhor eitção sensoril e mior intenção de ompr pelo onsumidor em relção às mostrs fress ondiionds om tmosfer modifid e so s ondições do r tmosfério, mostrndo efiiêni d desidrtção osmóti omind o uso de tmosfer modifid pssiv n mnutenção ds rterístis sensoriis ds fruts. 3. Análise miroiológi As nálises miroiológis onfirmrm s ondições snitáris stisftóris d mtéri-prim utilizd e do proessmento pelo qul pssrm s fruts, estndo de ordo om legislção vigente (Resolução nº, de de jneiro de d Agêni Nionl de Vigilâni Snitári ANVISA) que Comprri (%), 8, 6, 4,,, Dis Esl hedôni OD MAP Dis Aprêni d emlgem Aprêni d fti Arom Sor Textur Imp. Glol Comprri (%), 8, 6, 4,,, Dis Figur 4. Análise sensoril ds ftis de mng durnte estogem C. ) FR AR: fres ondiiond ns ondições do r tmosfério; ) FR MAP: fres ondiiond em tmosfer modifid; e ) OD MAP: osmotimente desidrtd ondiiond em tmosfer modifid. Letrs diferentes indim diferençs esttistimente signifitivs p <, entre s mostrs em diferentes tempos de nálise. Figur. Intenção de ompr dos onsumidores durnte estogem C. ) Avlição ds ftis de mng ofereid pr degustção; e ) vlição visul do produto ns respetivs emlgens. FR AR: fres ondiiond ns ondições do r tmosfério; FR MAP: fres ondiiond em tmosfer modifid; e OD MAP: osmotimente desidrtd ondiiond em tmosfer modifid. 76 Ciên. Tenol. Aliment., Cmpins, 8(Supl.): 7-78, dez. 8
7 Rodrigues et l. determin usêni de Slmonell sp. em g e máximo de x NMP.g de oliformes 4 C (Esherihi oli). As ftis de mng osmotimente desidrtds ondiionds om tmosfer modifid pssiv (OD MAP) presentrm mior estilidde miroiológi que s mostrs fress om tmosfer modifid (FR MAP) e ondiionds ns ondições do r tmosfério (FR AR), mostrndo ix ontgem de olores e levedurs (em torno de UFC.g ), prtimente onstnte o longo d estogem. Segundo Ginotti et l. (), s lts onentrções de çúres utilizds no proesso osmótio são efiientes pr redução do resimento miroino durnte estogem, otendo-se produtos mis estáveis à ontminção miroiológi e à deteriorção quími. Além disso, de ordo om Rodrigues et l. (6), o proesso osmótio difiult proliferção miroin devido à simultâne perd de águ e gnho de solutos proveniente d solução osmóti. As mostrs fress ondiionds ns ondições do r tmosfério (FR AR) presentrm s mis lts ontgens de olores e levedurs, tingindo vlores im de 3 UFC.g pós 8 dis de estogem (Figur 6). As mostrs fress ondiionds om tmosfer modifid (FR MAP) presentrm um menor resimento miroiológio, ms om vlores miores que s mostrs osmotimente desidrtds (OD MAP), mostrndo vlores em torno de 3 UFC.g os e 4 dis de estogem. No entnto, pode-se verifir o efeito teriostátio e fungiostátio d lt onentrção de CO em ms s mostrs. Bi et l. (3) estudrm o omportmento miroiológio de uos de melão d vriedde Honeydew emldos so tmosfer modifid pssiv e so r tmosfério (filme perfurdo) e estodos C. Os utores onluírm que o Bolores e levedurs (log UFC.g ) Dis Figur 6. Contgem de olores e levedurs ds ftis de mng durnte estogem C. FR AR: fres ondiiond ns ondições do r tmosfério; FR MAP: fres ondiiond em tmosfer modifid; e OD MAP: osmotimente desidrtd ondiiond em tmosfer modifid. uso d tmosfer modifid pssiv foi pz de retrdr deteriorção d frut, promovendo menor resimento miroino e gerndo um produto de melhor qulidde e mior vid de prteleir, omprdo o produto ondiiondo so r tmosfério. Em relção à ontminção por téris látis, tods s mostrs, independentemente do tipo de trtmento e d emlgem utilizd, presentrm ontgens ixo do limite de quntifição do método (, x UFC.g ), evidenindo o não desenvolvimento desse mirorgnismo durnte estogem. 4 Conlusões O proesso de desidrtção osmóti e o ondiionmento ds fruts om tmosfer modifid influírm positivmente n mnutenção ds rterístis sensoriis e qulidde miroiológi ds ftis de mng. Além disso, tmosfer modifid tmém foi fundmentl pr evitr perd de peso do produto. O proesso de desidrtção osmóti lterou s rterístis físio-químis ds fruts, resultndo num produto om menor teor de umidde e mior teor de sólidos solúveis, no entnto, esss lterções não prejudirm su eitção sensoril. As ftis de mng fres ondiionds ns ondições do r tmosfério (FR AR) e om tmosfer modifid (FR MAP) presentrm um vid útil de pens 8 e 4 dis, respetivmente, sendo limitd priniplmente por su eitção sensoril e ontminção miroiológi. Já s fruts desidrtds osmotimente e emlds om tmosfer modifid (OD MAP) presentrm um vid útil de 8 dis om o eitção sensoril durnte tod estogem. Agrdeimentos À Coordendori de Aperfeiçomento de Pessol de Nível Superior (CAPES) pel onessão de Bols de Mestrdo e à Fundção de Ampro à Pesquis de São Pulo (FAPESP) e o Conselho Nionl de Desenvolvimento Científio e Tenológio (CNPq) pelo poio finneiro. Referênis iliográfis ALMEIDA, C. O. et l. Tendênis do merdo internionl de mng. Revist Eonômi do Nordeste, v. 3, n., p. -,. AOAC - Assoition of Offiil Anlytil Chemists. Offiil Methods of Anlysis of the Assoition of Offiil Anlytil Chemists. 7 ed. Arlington: A.O.A.C.,. ANVISA - Agêni Nionl de Vigilâni Snitári. Resolução nº, de de jneiro de. Regulmento ténio sore os pdrões miroiológios pr limentos. Disponível em: < gov.r/legis/resol/_rd.htm>. Aesso em: out. 6. ARAÚJO, J. L. P. Merdo e Comerilizção d Mng. Cultivo d mngueir. Emrp Semi-Árido. Disponível em: < sistemsdeproduo.npti.emrp.r/fonteshtml/mng/ CultivodMngueir/merdo.htm>. Aesso em: jul. 4. BAI, J.; SAFTNER, R. A.; WATADA, A. E. Chrteristis of Freshut Honeydew (Cuumis xmelo L.) Aville to Proessors in Winter nd Summer nd its Qulity Mintenne y Modified Atmosphere Pkging. Posthrvest Biology nd Tehnology, v. 8, n. 3, p , 3. Ciên. Tenol. Aliment., Cmpins, 8(Supl.): 7-78, dez. 8 77
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