FASORES E NÚMEROS COMPLEXOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FASORES E NÚMEROS COMPLEXOS"

Transcrição

1 e(t) θ3 θ 0 π/ π 3π/ π ωt[rad] FASORES E NÚMEROS COMPLEXOS Q = E I sen(θ) SሬԦ = E I θ I* I cos( θ) E θ E θ I sen( θ) I DEPARTAMENTO DA ÁREA DE ELETRO-ELETRÔNICA COORDENAÇÃO DE ELETROTÉCNICA Prof. Rupert Pereira

2 Sumário 1. Fasores O Sistema de Números Complexos O Plano Complexo (Plano de Argand-Gauss ou Diagrama de Argand) O operador j Formas Retangular e Polar Forma Retangular Forma Polar Forma trigonométrica Forma exponencial (Fórmula de Euler) Operações Matemáticas com as Grandezas Complexas Adição Subtração Produto Divisão Potenciação Radiciação Logaritmo Conjugado de um número complexo Propriedades do conjugado de um número complexo Inverso ou recíproco de um número complexo Resumo Resumo sobre fasores Resumo sobre números complexos Bibliografia... 8 Fasores e números complexos Pág.

3 1. Fasores Fasores ou vetores de fase são uma das formas de representação das funções senoidais, dando a estas um tratamento semelhante a vetores. As tensões e correntes senoidais podem ser matemática e graficamente representadas por fasores em termos de suas magnitudes e ângulos de fase. A conveniência do uso de fasores é que se reduz a trigonometria à álgebra. Graficamente o fasor é representado por uma seta desde a origem até o ponto no plano. π rad = 90 ωt π rad = 180 Z Max 0 π rad = 360 3π rad = 70 Figura 1: Representação de um fasor de magnitude Z Max, frequência angular ω e ângulo inicial θ = 0. Como os vetores, os fasores são grandezas com módulo e sentido. No entanto, diferentemente dos vetores que têm sentido definido no espaço, o dos fasores variam com o tempo. É como se fixasse o vetor pela origem fazendo-o girar no sentido anti-horário a uma velocidade angular ω, a mesma velocidade angular da função senoidal que ele representa. Representação fasorial Representação senoidal Fasor: Vሶ = V Max θ v(t) V Max Senoide: v(t) = V Max sen(ωt + θ) θ 0 θ π/ π 3π/ π π θ ωt [rad] V Max ω = πf = π T Ângulo de fase Representação gráfica do sinal senoidal Figura : Representações fasorial e trigonométrica de uma grandeza alternada senoidal, com ângulo de fase positivo (θ > 0). O fasor Vሶ, representado com amplitude V Max, se considerado girando a uma velocidade angular ω, as suas projeções sobre o eixo vertical correspondem aos valores instantâneos da função senoidal. O comprimento de um fasor representa sua magnitude e está relacionado à amplitude da grandeza alternada. A posição angular θ relativa ao eixo horizontal (tomado como referência) refere-se ao ângulo de fase (ângulo inicial) da função senoidal. Os ângulos positivos são medidos Fasores e números complexos Pág. 3

4 no sentido anti-horário a partir da referência (0 ) e os ângulos negativos são medidos no sentido horário, a partir da referência. É interessante observar que, enquanto a referência angular de uma onda senoidal é a intersecção dos eixos horizontal e vertical (x e y), a referência angular de um fasor é o eixo horizontal (o semieixo positivo). No traçado gráfico da função senoidal, o ângulo de fase representa a menor distância angular do ponto onde a função senoidal cortou o eixo horizontal no sentido ascendente, em relação à intersecção dos eixos, a referência (ωt = 0). Se esse ponto fica à esquerda da referência, o ângulo de fase é positivo (θ > 0), se à direita é negativo (θ < 0). Em resumo, um fasor basicamente é definido por três fatores: a magnitude ou módulo Z (ou simplesmente Z), que é representada pelo seu comprimento, a posição angular θ inicial em relação ao eixo horizontal e a velocidade angular da função trigonométrica ω. Neste estudo, os fasores serão representados graficamente por setas partindo da origem, em direção a pontos no plano complexo. Será adotada a seguinte grafia para a representação dos fasores: Onde: Zሶ é o fasor; Zሶ = Z θ Z, ou Z é a magnitude, módulo ou norma do fasor. Na representação da magnitude do fasor é comum o uso do valor eficaz (Z Ef, ou simplesmente Z) em vez do valor máximo (Z Max ), dada a sua maior aplicabilidade nos cálculos dos circuitos; θ é ângulo de fase, tomado como referência o eixo horizontal Em geral, a magnitude de um fasor é representada por uma letra itálica maiúscula (Z, por exemplo) ou pela representação de módulo. Um valor colocado entre retorna sempre um número positivo. 6,93 60 Figura 3: Representação de um fasor no plano. 4 Zሶ = 8 60 Vሶ = V Max 0 v(t) = V MAX sen(ωt) π/ v (t) π 0 π 0 π/ π 3π/ π ωt [rad] Referência Velocidade angular ω (rotação) 3π/ Referência (eixo horizontal) Figura 4: Os valores instantâneos do sinal alternado senoidal v(t) são iguais às projeções do fasor de amplitude V Max sobre o eixo vertical, na medida em que este gira com frequência angular ω, sendo v(t) = V Max sen(ωt). A velocidade angular (ω) do fasor é representado em radianos por segundo, no sentido anti-horário, tendo como referência o eixo horizontal. Já no desenho da senoide, o deslocamento angular é representado no eixo x, também em radianos, tendo como referência a intersecção dos eixos (onde ωt = 0). Os valores instantâneos correspondentes da grandeza são representados no eixo vertical (y). Fasores e números complexos Pág. 4

5 Na Figura 5 tem-se a representação senoidal de um sinal atrasado de um ângulo negativo (θ < 0) em relação à referência (a intersecção dos eixos). A senoide v cortou o eixo x distante de um ângulo θ após a intersecção dos eixos. Já o fasor correspondente está atrasado do mesmo ângulo θ em relação à referência, o eixo horizontal. Vሶ = V Max (θ) v V Max v = V Max sen(ωt + θ) π + θ θ 0 π/ π 3π/ π ωt [rad] V Max θ Figura 5: Representação vetorial e senoidal de um sinal atrasado de um ângulo θ < 0 em relação à referência. Neste caso, na expressão do valor instantâneo de v(t), a soma (ωt + θ) é na verdade uma subtração: (ωt θ ). v (t) 311 V 180 V 150 V π π 3 0 π/ π 3π/ π ωt [rad] Vሶ 3 Vሶ Vሶ 1 π π 3 v 1 = 311 sen(377t) v = 180 sen(377t π 3 ) v 3 = 150 sen൫ωt + π ൯ Figura 6: Representação nas formas senoidal e vetorial de três tensões alternadas v 1, v e v 3. Fasores e números complexos Pág. 5

6 . O Sistema de Números Complexos Em 1545, o matemático Girolamo Cardano ( ) publicou o livro Ars Magna ( A grande arte, em latim), onde propôs o seguinte problema: Determinar dois números cuja soma seja 10 e o produto seja 40. Ele o resolveu de maneira similar à solução das equações de º grau. Então: x + y = 10 x y = 40 x + y = 10 y = 10 x x y = 40 x (10 x) = 10x x = 40 x 10x = 40 x 10x + 40 = 0 Girolamo Cardano Aplicando-se a fórmula de Bhaskara à equação: x = ( 10) ± ( 10) x = 5 ± 60 4 x = 5 ± 15 = 10 ± = 10 ± 60 = 10 ± 60 O aparecimento de um termo negativo em raiz quadrada significava que o problema não tinha solução. Cardano, no entanto, mostrou que era possível encontrar uma solução, através do que ele chamou de números sofisticados, ou seja, raízes quadradas de números negativos. Esta descoberta foi tão inusitada que se tornou marco inicial da matemática moderna. A partir dos estudos de Cardano, outros matemáticos trabalharam a solução para esse antigo impasse matemático, chegando-se finalmente à formalização para os números complexos definida por Friedrich Gauss ( ), usada atualmente. Tomando-se como exemplo o problema proposto por Cardano: x = 5 ± 15 = 5 ± 1 15 = 5 ± 1 15 x = 5 ± j 15; sendo j = 1 O conjunto dos números complexos representados por C são constituídos por pares ordenados que permitem operações matemáticas com fasores e são muito úteis na análise de circuitos em CA. A álgebra de números complexos é uma extensão da álgebra de números reais, visto que os conjunto dos números reais R se constitui num subconjunto dos números complexos C. Os números complexos são formados pelos números reais e pelos números imaginários. {Conjunto dos Complexos} = {Reais} + {Imaginários} Os números imaginários são distinguidos dos números reais pelo uso do operador i ou j. Na matemática pode-se usar qualquer um dos dois operadores, mas no estudo dos circuitos elétricos, a letra i (i minúsculo) já tem seu uso consagrado como símbolo do valor instantâneo da corrente elétrica, então, para que não haja confusões, adota-se preferencialmente a letra j (j minúsculo). Substituindo-se x por ൫5 + j 15൯ na equação proposta por Cardano: x 10x + 40 = 0 ൫5 + j 15൯ 10 ൫5 + j 15൯ + 40 = 0 (5 + 5 j 15 + ൫j 15൯ ) ൫ j 15൯ + 40 = 0 ( j 15 + j ൫ 15൯ ) ൫ j 15൯ + 40 = 0 ൫ j ൯ ൫ j 15൯ + 40 = 0 Fasores e números complexos Pág. 6

7 ൫ j 15 15൯ ൫ j 15൯ + 40 = j j = j j 15 = 0 O mesmo resultado pode ser obtido para ൫5 j 15൯. A representação de um número complexo (Zሶ) é dada pela soma algébrica da componente real ±a, com a componente imaginária ±jb. A forma geral é: Zሶ = ±a ± jb Para o exemplo anterior, com x = 5 ± j j 15 e 5 j 15 A componente real é dada por: a = 5 E as componentes imaginárias por: ±jb = ±j 15 Então: C = {Zሶ = ±a ± jb a, b R} ±a = Re൫Zሶ൯ componente real de Zሶ ±jb = Im(Zሶ) componente imaginária de Zሶ Pela definição dos números complexos, o conjunto dos números reais R pertence ao conjunto dos números complexos C, pois R = R + 0j. R C Se a parte real de um número complexo é zero, o número complexo torna-se puramente imaginário: Zሶ = ±jb. Se a parte imaginária do número complexo é nula, o número torna-se puramente real: Zሶ = ±a..1 O Plano Complexo (Plano de Argand-Gauss ou Diagrama de Argand) Como os números complexos se constituem em pares ordenados (a componente real ±a e a componente imaginária ±jb), a sua representação pode ser feita por meio de pontos no plano chamado plano complexo. Neste, o eixo horizontal é denominado eixo real e o eixo vertical, eixo imaginário. A parte real representa a distância que o ponto está do eixo imaginário e a parte imaginária a distância que o ponto está do eixo real. A Figura 7 mostra representação de números complexos no plano. Eixo imaginário +j Eixo imaginário 5 + j6 5 + j5 5 + j3 j j3 3 6 Eixo real Eixo real j6 4 j4 Figura 7: Plano complexo j Figura 8: Representação angular no plano complexo Fasores e números complexos Pág. 7

8 Uma posição angular também pode ser representada em um plano complexo como mostra a Figura 8. Nesta forma de representação, leva-se em conta a distância em que o ponto se encontra da intersecção dos eixos e o ângulo que esta faz com o eixo real.. O operador j O operador j é denominado operador complexo e como demonstrado anteriormente, é definido como: j = 1 Uma grandeza real ao ser multiplicada pelo operador j constitui-se num número imaginário e é posicionada no eixo vertical. Para +j é rotacionada no sentido anti-horário, ou seja, a grandeza, originalmente localizada no eixo real, gira +90⁰. De modo semelhante, multiplicando-se a grandeza real por j, ela gira 90⁰ (no sentido horário). Por conta dessa propriedade, j é considerado um operador rotacional. Aplicando o operador j em uma grandeza positiva igual a +4, originalmente representada sobre o eixo x, tem-se: j4 (rotaciona o número 4 para o eixo imaginário, em 90 ) j4 j 4 = ൫ 1൯ 4 = 1 4 = 4 (rotaciona 180 ) j 3 4 = j j4 = ൫ 1൯ j4 = 1 j4 = j4 (rotaciona 70 ou 90 ) 4 4 j 4 4 = j j 4 = ൫ 1൯ ൫ 1൯ 4 j 4 4 = ( 1) ( 1) 4 = 4 (rotaciona 360 ). Formas Retangular e Polar j4 Figura 9: Propriedades do operador j A forma polar e a forma retangular são duas maneiras de representação de números complexos, também usadas para representar grandezas fasoriais. Cada uma apresenta vantagens quando usadas na análise de circuitos, dependendo da aplicação...1 Forma Retangular Um fasor, em qualquer quadrante de um plano complexo, pode ser completamente especificado numa forma de notação cartesiana ou retangular como: Z jy Z Z Zሶ = ±X Z ± jy Z ±X Z representa a projeção de Zሶ no eixo real; ±JY Z representa a projeção de Zሶ sobre o eixo imaginário. X Z X Z Z jy Z Z Fasores e números complexos Pág. 8

9 Um fasor é uma grandeza complexa e, qualquer que seja o quadrante em que esteja situado o fasor Zሶ, seu módulo ou norma é dado por: Z = X Z + Y Z jy Z Z Zሶ Zሶ Z jy Z θ = φ θ φ X Z X Z θ = arctg ( Y Z X Z ) Primeiro quadrante θ = arctg ( Y Z X Z ) Segundo quadrante X Z Z φ θ = φ θ Z X Z Zሶ jy Z jy Z Zሶ θ = arctg ( Y Z X Z ) θ = arctg ( Y Z X Z ) Terceiro quadrante Quarto quadrante X Z = Z cos(θ) Y Z = Z sen(θ) ⁰ Q sen(180 φ) = sen(180) cos( φ) + sen( φ) cos(180) sen(180 φ) = sen(φ) cos(180 φ) = cos(180) cos( φ) sen(180) sen( φ) cos(180 φ) = cos(φ) Fasores e números complexos Pág. 9

10 3⁰ Q 4⁰ Q sen( φ) = sen( 180) cos(φ) + sen(φ) cos( 180) sen( φ) = sen(φ) cos( φ) = cos( 180) cos(φ) sen( 180) cos(φ) cos( φ) = cos(φ) sen( θ) = sen(θ) cos( θ) = cos(θ).. Forma Polar O fasor Zሶ quando representado na forma polar consiste da magnitude ou módulo Z (ou Z ) e do argumento (θ), da posição angular relativa ao eixo real (referência), expresso como: Zሶ = Z (±θ) Um fasor na forma retangular pode ser convertido para a forma polar e vice-versa. No quadro abaixo estão demonstradas as equivalências entre as duas formas. jy Z = jzsen(θ) Zሶ Conversão Retangular Polar Zሶ = ±X Z ± JY Z = ±Zcos(θ) ± jzsen(θ) Zሶ = ±X Z ± JY Z = ±Z[cos(θ) ± jsen(θ)] Z θ Z = X Z + Y Z ; θ = arctg ( ±Y Z ±X Z ) Zሶ = X Z + Y Z arctg ( ±Y Z ±X Z ) = Z (±θ) X Z = Zcos(θ) Figura 10: Equivalência entre as formas polar e retangular. Conversão Polar Retangular Z (±θ) = ±Z [cos(θ) ± jsen(θ)] Z (±θ) = ±Zcos(θ) ± Zjsen(θ) ±X Z = Zcos(±θ) = Zcos(θ) ±Y Z = Zsen(±θ) = ±Zsen(θ) Z (±θ) = ±X Z ± X Z..3 Forma trigonométrica A fórmula trigonométrica pode ser vista como uma variante da forma retangular. Para um número complexo qualquer Zሶ = ±a ± jb = Z (±θ), a forma trigonométrica é descrita como: Zሶ = Z (±θ) = Zcosθ + jzsenθ a = Zcosθ; b = Zsenθ Zሶ = Z (±θ) Zሶ = Z(±cosθ ± jsenθ)..4 Forma exponencial (Fórmula de Euler) A fórmula de Euler (Leonhard Euler: ) é uma fórmula matemática específica da análise complexa, que demonstra a relação entre as funções trigonométricas e a função exponencial. Fasores e números complexos Pág. 10

11 j Eixo Imaginário e jθ = cos(θ) + jsen(θ) e ±jθ = cos(θ) ± jsen(θ) 0 sen(θ) θ cos(θ) 1 Eixo Real Onde: θ é o argumento real (em radianos); e é a base do logaritmo natural. Sendo: e =, Figura 11: A fórmula de Euler trata cos(θ) e jsen(θ) como sendo as partes real e imaginária de e jθ. Então, partindo-se de um fasor Zሶ = Z (θ) representado em sua forma trigonométrica, tem-se: Zሶ = Z [cos(θ) ± jsen(θ)] = Z e ±jθ Fasor Zሶ = Formas Retangular Trigonométrica Exponencial Polar ±X Z ± jy Z = Z cos(θ) ± jzsen(θ) = Z [cos(θ) ± jsen(θ)] = Z e ±jθ = Z (±θ) A fórmula de Euler permite representar uma onda senoidal, que varia no decorrer do tempo por um fasor girando a uma velocidade angular ω, igual à da onda senoidal, cuja magnitude (Z) é definida pela amplitude da onda senoidal. A representação através de um fasor indica a condição da onda no instante t = 0, através do ângulo de fase θ. Na representação de ondas senoidais, de amplitude e frequência definidas, através de fasores: Zሶ = ±X Z ± X Z = Z (±θ) = Z e (±jθ) Parte real: Z cos(ωt ± θ) = Re[Z e j(ωt±θ) ] Parte imaginária: Z sen(ωt ± θ) = Im[Z e j(ωt±θ) ] Nota importante: Na forma exponencial, o ângulo (θ) precisa, necessariamente, estar em radianos..3 Operações Matemáticas com as Grandezas Complexas Os fasores, representados por números complexos, podem ser somados, subtraídos, multiplicados e divididos, além das operações de potenciação, radiciação e logaritmo..3.1 Adição Sejam os fasores Aሶ e Bሶ definidos como: Aሶ = a + jb Bሶ = c + jd O fasor Cሶ, resultante da soma de Aሶ e Bሶ, é dado por: Cሶ = Aሶ + Bሶ = (a + jb) + (c + jd) = (a + c) + j(b + d) Cሶ = Aሶ + Bሶ = (a + c) + j(b + d) Exemplo: Fazendo: Aሶ = 4 + j5 e Bሶ = 4 j6 Então: Aሶ + Bሶ = (4 + j5) + (4 j6) = (4 + 4) + j(5 6) Cሶ = Aሶ + Bሶ = 8 j Fasores e números complexos Pág. 11

12 A representação gráfica da soma dos fasores é mostrada na Figura 1: Aሶ = 4 + j5 Aሶ = 4 + j5 Bሶ = 4 j6 Cሶ = 8 j Cሶ = 8 j Bሶ = 4 j6 Figura 1: Representações gráficas da soma dos fasores Aሶ + Bሶ = Cሶ.3. Subtração O fasor Dሶ, resultante da subtração dos fasores Aሶ e Bሶ, é dado por: Dሶ = Aሶ Bሶ = (a + jb) (c + jd) = (a c) + j(b d); ou Dሶ = Aሶ Bሶ = Aሶ + ൫ Bሶ ൯ = (a + jb) + ( c jd) = (a c) + j(b d) Dሶ = Aሶ Bሶ = (a c) + j(b d) Para Aሶ = 4 + j5 e Bሶ = 4 j6 Aሶ Bሶ = (4 + j5) (4 j6) = (4 + j5) + ( 4 + j6) = (4 4) + j(5 + 6) Aሶ Bሶ = j11 A representação gráfica da subtração dos fasores é mostrada na Figura 13: Dሶ = j11 Bሶ = 4 + j6 Aሶ = 4 + j5 Bሶ = 4 j6 Figura 13: Subtração dos fasores Aሶ Bሶ = Dሶ. Fasores e números complexos Pág. 1

13 Observação: para um número complexo definido por Zሶ = Z (±θ), tem-se: Zሶ = Z (±θ) = Z (180 ± θ) Uma aplicação direta da soma e subtração de números complexos em circuitos de corrente alternada consiste na soma ou subtração de tensões ou de correntes alternadas. Sejam: v 1 (t) = V 1Max sen(ωt + θ 1 ) Vሶ1 = V 1Max θ 1 v (t) = V Max sen(ωt + θ ) Vሶ = V Max θ Dada a maior aplicabilidade na análise de circuitos, as amplitudes dos fasores são comumente expressas em termos dos seus valores eficazes em vez dos valores máximos. Então, considerando V 1 o valor eficaz de v 1 (t) e V o valor eficaz de v (t), tem-se: v 1 (t) = V 1Max sen(ωt + θ 1 ) Vሶ1 = V 1 θ 1 V 1 = V 1Max v (t) = V Max sen(ωt + θ ) Vሶ = V θ V = V Max A soma ou a subtração de duas ou mais funções senoidais quaisquer de uma determinada grandeza, com uma mesma frequência, têm como resultado uma outra função senoidal com a mesma frequência das funções iniciais. Somar ou subtrair duas ou mais funções senoidais diretamente no domínio do tempo não é um procedimento matemático trivial. No entanto, expressando-se cada uma destas funções na forma complexa, o procedimento torna-se mais simples. v 1 (t) + v (t) Vሶ1 + Vሶ = V 1 θ 1 + V θ Vሶ1 + Vሶ = ൫V 1 cos(θ 1 ) + jv 1 sen(θ 1 )൯ + ൫V cos(θ ) + jv sen(θ )൯ Definindo-se: a = V 1 cos(θ 1 ); b = V 1 sen(θ 1 ); c = V cos(θ ); d = V sen(θ ) Então: Vሶ1 + Vሶ = (a + jb) + (c + jd) Vሶ1 + Vሶ = (a + c) + j(b + d) = Vሶ1 + Vሶ θ (V ሶ 1 +Vሶ 1 ) Sendo: Vሶ1 + Vሶ = Vሶ1 + Vሶ θ (V1 +V 1 ) Vሶ1 + Vሶ1 Max = V 1 + V 1 Vሶ1 + Vሶ1 = (a + c) + (b + d) ; (b + d) θ (V ሶ 1 +Vሶ 1 ) = arctg ( (a + c) ) Então: v 1 (t) + v (t) = Vሶ 1 + Vሶ 1 Max sen (ωt + θ ൫V ሶ 1+Vሶ 1൯ ) Exemplo: As duas fontes ligadas em série têm as suas tensões e 1 e e, aplicadas no resistor R. Determine a tensão e, a intensidade da corrente i e a potência total P dissipada no resistor. Fasores e números complexos Pág. 13

14 e 1 = 311 sen൫10πt + π 3 ൯ [V] i R = 5,0 Ω e = 1 sen൫10πt + π ൯ [V] Resolução: Cálculo da tensão total: E 1 = E 1Max = 311 V E 1 = 0 V Eሶ1 = E 1 θ 1 = 0 ൫ π 3 ൯[V] = 0 (60,0 )[V] Eሶ1 = 0 (60,0 ) = 0 cos(60,0 ) + j0 sen(60,0 ) Eሶ1 = 0 (60,0 )[V] = (0 1 E = E Max 3 + j0 ) = (110 + j191) [V] = 1 V E 1 = 150 V Eሶ1 = E 1 θ 1 Eሶ1 = 150 ൫ π ൯[V] = 150 (90,0 )[V] Eሶ = 150 (90,0 ) = 150 cos(90,0 ) + j150 sen(90,0 ) Eሶ = 150 (90,0 )[V] = 0 + j150 [V] = j150 [V] Eሶ = Eሶ1 + Eሶ = (110 + j191) [V] + (j150) [V] = j( ) Eሶ = (110 + j341) [V] = arctg ( ) Eሶ = Eሶ 1 + Eሶ = 358 (7, 1 ) [V] = (110 + j341) [V] E Max = V = 358 V E Max = 506 V e = E Max sen(ωt + θ V ) E = 506 sen(10πt + 7, 1 ) [V] Cálculo da corrente: i = e R = 506 sen(10πt + 7,1 ) [V] 5,0 Ω Iሶ = I Max (θ I) = 0, (7,1 ) I ሶ = 14, 3 (7, 1 ) [A] Ou: Iሶ = E ሶ 358 (7,1 ) [V] = Iሶ = 14, 3 (7, 1 ) [A] R 5,0 Ω Cálculo da potência dissipada no resistor: i = 0, sen(10πt + 7, 1 ) [V] Fasores e números complexos Pág. 14

15 S = E I = E R = R I = (506 V) (14, A) S = 7, 19 kw.3.3 Produto O produto de Aሶ e Bሶ é dado por: Ou: Aሶ Bሶ = (a + jb) (c + jd) = a c + a jd + jb c + jb jd = ac + jad + jbc + j bd Aሶ Bሶ = ac + j bd + jad + jbc = ac + ( 1) bd + j(ad + bc) Aሶ Bሶ = (ac bd) + j(ad + bc) Aሶ Bሶ = ൫A e jθ A൯ ൫B e jθ B൯ Aሶ Bሶ = A B e j(θ A+θ B ) Aሶ Bሶ = A B (θ A + θ B ) Então, se sobre um fasor Aሶ = A e jθ A for aplicado um fasor Bሶ de magnitude B e ângulo θ B, i.é. Bሶ = B e jθ B = [cos(θ B ) + jsen(θ B )], o fasor Eሶ resultante será: Eሶ = A B e jθ A e jθ B Eሶ = A B [cos(θ A + θ B ) + jsen(θ A + θ B )] O fasor Eሶ tem módulo A B, e está avançado de θ B desde a posição de Aሶ formando um ângulo com o eixo de referência igual a θ A + θ B. Pode-se também concluir que, o operador e jθ = cos(θ) + jsen(θ) aplicado sobre um fasor Aሶ faz este fasor girar de um ângulo +θ desde sua posição inicial: e jθ Aሶ = e jθ A e jθ A e jθ Aሶ = A e j(θ+θ A ) = A (θ A + θ) Igualmente, o operador e jθ = cos(θ) jsen(θ) aplicado sobre um fasor Aሶ, faz este fasor girar de um ângulo ( θ): e jθ Aሶ = e jθ A e jθ A e jθ Aሶ = A e j( θ+θ A ) = A (θ A θ) A multiplicação é mais simples de ser realizada quando as grandezas complexas envolvidas estão na forma polar..3.4 Divisão Aሶ (a + jb) = Bሶ (c + jd) Multiplicando-se o numerador e o denominador da fração acima por (c jd), tem-se: Aሶ = Bሶ (a + jb) (c + jd) (a + jb) (c jd) (a + jb) (c jd) = = (c + jd) (c jd) (c + jd) (c jd) Aሶ a c a jd + jb c jb jd = Bሶ c c c jd + jd c jd jd = ac jad + jbc j bd ac ( 1) bd + j(bc ad) c jcd + jcd j = d c ( 1) d Aሶ Bሶ (ac + bd) + j(bc ad) = c + d = Ou, usando a forma exponencial, tem-se: ac + bd bc ad c + j + d c + d Aሶ = A ejθ A Bሶ B e jθ = A B B ejθ A e jθ B A ሶ = A Bሶ B ej(θ A θ B ) Fasores e números complexos Pág. 15

16 E na forma polar: Aሶ = A Bሶ B e(jθ A jθ B ) A ሶ Bሶ = A θ A B θ B A ሶ Bሶ = A B (θ A θ B ) Tal como na multiplicação, a divisão também é mais fácil quando as grandezas estão na forma polar. Exemplo: Ao ser aplicada uma tensão eficaz de 0 V com uma frequência de 60 Hz em um circuito elétrico, registrou-se uma corrente também eficaz de 150 A. O ângulo de fase da tensão é de π 6 rad e o da corrente de π 6 rad. Com base nestas informações: a) Calcular os valores máximos da tensão e da corrente; b) Elaborar as expressões dos valores instantâneos da tensão e da corrente; c) Elaborar o diagrama fasorial da tensão e da corrente usando os valores máximos; d) Esboçar graficamente as senoides da tensão e da corrente; e) Calcular o valor da impedância complexa, considerando os módulos iguais aos valores máximos e iguais aos valores eficazes. Resolução: a) Cálculo dos valores máximos da tensão e da corrente: U Max = U Ef = 0 V U Max = 311 V I Max = I Ef = 150 A I Max = 1 A b) Expressões dos valores instantâneos da tensão e da corrente; ω = πf = 3,14 60 Hz ω = 377 rad/s u(t) = U Max sen(ωt + θ U ) u = 311 sen൫377t + π 6 ൯ [V] i(t) = I Max sen(ωt + θ I ) i = 1 sen൫377t π 6 ൯ [A] c) e d) Diagramas fasoriais e esboço dos valores instantâneos para um ciclo: T = 1 F = 1 T = 16, 7 ms 60 Hz u i 311 V 0 V 150 A π 6 π 6 0 π/ π 3π/ π ωt [rad] 1 A θ U θ I 16,7 ms Figura 14 Fasores e números complexos Pág. 16

17 e) Cálculo do valor da impedância complexa: Zሶ = U ሶ Iሶ = U θ U I θ I = U I (θ U θ I ) Cálculo a partir dos valores eficazes: Zሶ = 0 V 150 A [π 6 ൫ π 6 ൯] Zሶ = 1, 47 ൫ π 3 ൯ [Ω] = 1, 47 (60, 0⁰) [Ω] Cálculo a partir dos valores máximos: Zሶ = 311 V 1 A [π 6 ൫ π 6 ൯] +j Zሶ = 1, 47 ൫ π 3 ൯ [Ω] π 3 rad j Figura Potenciação Para: Aሶn = ൫A e jθ ൯ n = A n e jn θ Aሶ n = A n e jn θ = A n (nθ) Importante: As potências de um número imaginário também pertencem a C: j = 1, j = 1, j 3 = j, j 4 = 1, j 5 = j, j 6 = 1,..., j n = ( 1) n, j n+1 = ( 1) n j.3.6 Radiciação n Aሶ = Aሶ൫ 1 n ൯ = ൫A e jθ ൯ 1 n n Aሶ n Aሶ = A 1 n e j൫θ n ൯ n = A ൫ θ n൯ = A 1 n ൫ θ n൯.3.7 Logaritmo Revisão: y = a x log a (y) = log a (a x ) = x log a (a) = x y = a x ln(y) = ln(a x ) = x ln(a) Fasores e números complexos Pág. 17

18 y = e x ln(y) = ln(e x ) = x ln(e) = x y = Ae x ln(y) = ln(ae x ) = ln(a) + ln(e x ) = ln(a) + x ln(e) = ln(a) + x Para um número complexo Zሶ dado por: Zሶ = Z θ = Z(cosθ + jsenθ) = Z e jθ O logaritmo de ln൫zሶ൯ será: ln൫zሶ൯ = ln൫z e jθ ൯ = ln(z) + ln൫e jθ ൯ = ln(z) + jθ ln(e) ln൫zሶ ൯ = ln(z) + jθ ln൫zሶ൯ = ln(z) + jθ ln(z) = Re൫ln൫Zሶ൯൯ parte real de ln൫zሶ൯ θ = Im൫ln൫Zሶ൯൯ parte imaginária de ln൫zሶ൯.4 Conjugado de um número complexo Em Matemática, o conjugado de um número complexo Zሶ = a + jb = Z (θ) é o número representado por Zሶ = a jb = Z ( θ). Ou seja, o conjugado de um número complexo é obtido invertendo-se o sinal da parte imaginária, quando na forma retangular, ou invertendo-se o sinal do ângulo de fase, quando na forma polar. Além de representar a reflexão do número em torno do eixo horizontal no plano complexo, o conjugado de um número complexo é muito útil nos cálculos com variáveis complexas. jy Z = jzsen(θ) Zሶ = X Z + jy Z = Z (θ) Z θ X Z = Zcos(θ) θ Z jy Z = jzsen(θ) Zሶ = X Z jy Z = Z ( θ) Figura 16: Representação gráfica do conjugado de um número complexo. Nos circuitos de corrente alternada, ao invés de seu usar a corrente, usa-se o conjugado da corrente para o cálculo da potência complexa (Sሶ), também chamada de potência aparente. Então, Sሶ é igual ao produto da tensão (Vሶ ), pelo conjugado da corrente (I ሶ ). Considerando-se Vሶ = V (θ V ), Iሶ = I (θ I ) e o conjugado da corrente I ሶ = I ( θ I ), a potência complexa (potência aparente) será definida por: Sሶ = Vሶ I ሶ = V (θ V ) I ( θ I ) Sሶ = V I (θ V θ I ) = V I (θ). Sendo θ o ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente, determinado por: θ = θ V θ I Fasores e números complexos Pág. 18

19 ω [rad/s] θ = θ V θ I Vሶ = V (θ V ) θ Iሶ = I (θ I ) θ V θ I θ I Iሶ = I ( θ I ) Figura 17: A potência complexa Sሶ como produto Vሶ Iሶ. Convertendo-se a potência complexa (Sሶ) para a forma retangular, obtêm-se: Sሶ = V I (θ) = S (θ) = VI cos(θ) + jvi sen(θ) = S cos(θ) + js sen(θ). A parte real da potência complexa (Sሶ) recebe o nome de potência ativa ou potência média (P) e a parte imaginária de potência reativa (Q): Sendo: Sሶ = S (θ) = S cos(θ) + js sen(θ) = VI cos(θ) + jvi sen(θ) = P + jq Sሶ = S (θ) Sሶ = S cos(θ) + js sen(θ) Sሶ = VI cos(θ) + jvi sen(θ) Sሶ = P + jq P = Re൫Sሶ൯ componente real de Sሶ Q = Im(Sሶ) componente imaginária de Sሶ P = S cos(θ) = V I cos(θ) Q = S sen(θ) = V I sen(θ) A potência P é a parcela da potência aparente (complexa) Sሶ efetivamente consumida e a potência Q é a parcela de Sሶ que circula entre a fonte de alimentação e elementos passivos do circuito, capazes de armazenar energia, tais como indutores e capacitores. Esses elementos carregam e descarregam (recebem e devolvem energia) durante cada período da tensão, sem implicar em consumo efetivo de energia..4.1 Propriedades do conjugado de um número complexo Sejam dois números complexos quaisquer Aሶ = A φ A e Bሶ = B φ B, então: Aሶ = A φ A = ±A X ± ja Y Aሶ = A ( φ A ) = ±A X ja Y A X = A cos(φ A ) ; A Y = A sen(φ A ) Bሶ = B φ B = ±B X ± jb Y Bሶ = B ( φ B ) = ±B X jb Y B X = B cos(φ B ) ; B Y = B sen(φ B ) Fasores e números complexos Pág. 19

20 ja Y A Aሶ jb Y B Bሶ φ A φ B φ A A X φ B B X A B ja Y Aሶ jb Y Bሶ Figura 18: Representação gráfica dos números complexos Aሶ e Bሶ. a) Soma de um número complexo com o seu conjugado. Aሶ + Aሶ = (±A X ± ja Y ) + (±A X ja Y ) Aሶ + Aሶ = ±A X ja Y Aሶ Aሶ Aሶ ja Y Aሶ A A Aሶ + Aሶ 180 φ A φ A A X φ A A X A X A b) Diferença entre um número complexo e o seu conjugado. Aሶ Aሶ = (±A X ± ja Y ) (±A X ja Y ) = (±A X ± ja Y ) + ( A X ± ja Y ) Aሶ + Aሶ = ±ja Y c) O produto de um número complexo qualquer pelo seu conjugado. Aሶ Aሶ = A φ A A ( φ A ) = A A (φ A φ A ) Aሶ Aሶ = A d) Divisão de um número complexo pelo seu conjugado. Aሶ Aሶ = A φ A A ( φ A ) = A A (φ A + φ A ) A ሶ Aሶ = 1 (φ A) e) Conjugado de uma multiplicação. ja Y Figura 19: Representação gráfica da soma e da diferença de um número complexo pelo seu conjugado. ൫Aሶ Bሶ ൯ = (A φ A B φ B ) = ൫AB (φ A + φ B )൯ ൫Aሶ Bሶ ൯ = Aሶ Bሶ = AB ( φ A φ B ) Fasores e números complexos Pág. 0 Aሶ

21 f) Conjugado de uma divisão. ( A ሶ ) = ( A φ A ) = ( A Bሶ B φ B B (φ A φ B )) ( A ሶ ) = A ሶ Bሶ Bሶ = A B ( φ A + φ B ).5 Inverso ou recíproco de um número complexo O inverso ou recíproco de um número complexo é obtido trocando o numerador pelo denominador. Para um número complexo Zሶ não nulo, tal que: Zሶ = a + jb = a + b arctg ( b a ) = Z (θ Z) O seu inverso é: Z 1 ሶ = 1 Zሶ = 1 a + jb Multiplicando-se o numerador e o denominador por (a jb): 1 = 1 (a jb) Zሶ a + jb (a jb) = 1 (a jb) (a + jb) (a jb) = a jb a (jb) = Tem-se que o inversos de Zሶ = a + jb, na forma retangular é dado por: 1 Zሶ a b = a j + b a + b Convertendo para a forma polar, tem-se: 1 = Zሶ a a + b j b a + b = a b ( a + b ) + ( a + b ) arctg ( a jb a jb a j = b a + b b a + b a ) a + b O módulo do inverso de Zሶ é: Zሶ 1 a b = ( a + b ) + ( a + b ) Desenvolvendo o módulo do inverso de Zሶ: E o argumento do inverso de Zሶ é: b θ Z 1 = arctg ( a + b a ) a + b Zሶ 1 a b a = ( a + b ) + ( a + b ) = (a + b ) + b (a + b ) = a + b (a + b ) 1 = (a + b ) Zሶ (a + b ) = 1 (a + b ) 1 1 = Zሶ a = 1 + b Z Desenvolvendo o argumento (ângulo) do inverso de Zሶ: b θ Z 1 = arctg ( a + b b a ) = arctg ( a + b b a ) = arctg ( a ) = arctg (b a ) a + b a + b θ Z 1 = θ Z Concluindo: Fasores e números complexos Pág. 1

22 Zሶ 1 = 1 Zሶ = 1 Z (θ Z ) = 1 Z ( θ Z) Zሶ 1 = 1 a + jb = a b a j + b a + b = 1 a ( arctg (b + b a )) Fasores e números complexos Pág.

23 3 Resumo 3.1 Resumo sobre fasores Após o estudo de conceitos sobre números complexos, é possível fazer um resumo sobre fasores, relacionando-os à álgebra complexa. Fasores ou constituem-se numa forma conveniente para a representação das funções senoidais. Na representação fasorial, as grandezas senoidais são matemática e graficamente representadas por fasores em termos de suas magnitudes e ângulos de fase. Uma grandeza senoidal cujos valores instantâneos são definidos por: v(t) = V Max sen(ωt + θ V ) Pode então ser expressada como: v(t) = V Max sen(ωt + θ V ) = Re[V Max e j(ωt+θ V ) ] Vሶ = V Max θ V Na representação fasorial, o fator e j(ωt) foi suprimido e a frequência não aparece no fasor por ser constante, porém a resposta depende dela, por isso, o domínio fasor é também conhecido como domínio da frequência. Nota importante: Nos cálculos dos circuitos elétricos, se os valores eficazes (V) forem usados para definir a magnitude dos fasores de uma grandeza (tensão ou corrente), esta regra deverá ser estendida a todas as demais grandezas senoidais (tensões e correntes). Representação Fasorial: No domínio da frequência Representação Senoidal: No domínio do tempo Fasor: Vሶ = V Max θ v(t) Função: v(t) = V Max sen(ωt + θ) π/ Referência V Max π θ 0 π 0 Referência π θ π/ π 3π/ π ωt [rad] θ ω 3π/ V Max Ângulo de fase Representação gráfica do sinal senoidal Figura 0: Representações no domínio da frequência e no domínio do tempo de uma grandeza senoidal. A análise de fasores somente se aplica quando a frequência é constante e é a mesma para dois ou mais sinais senoidais. Na representação domínio da frequência, a grandeza é expressa por um fasor, que matematicamente corresponde a um número complexo de magnitude V Max e ângulo de fase θ V, no plano complexo, definido por um eixo real (horizontal) e um eixo imaginário (vertical). Na representação no domínio do tempo, a grandeza é expressa por uma função senoidal v(t) = f(t) = V Max sen(ωt + θ V ) dependente do tempo, no plano cartesiano definido por dois eixos reais. O valor da função é expresso no eixo vertical (y), enquanto no eixo horizontal (x) é expressa a variação do tempo (t) ou de uma função do tempo (ωt). Fasores e números complexos Pág. 3

24 Cada valor instantâneo se constitui num par ordenado [t, v(t)], cujo conjunto para um intervalo de tempo igual a um período (T) constitui-se no gráfico da função v(t). Na amplitude do fasor Vሶ é mais comum o uso do valor eficaz da função, em vez do valor máximo. Vሶ = V Max θ V ou, se usados os valores eficazes: Vሶ = V θ V, para V = V Max As diferenças entre v(t) e Vሶ são: a) v(t) é a representação instantânea ou no domínio do tempo, enquanto Vሶ é a representação fasor ou no domínio da frequência; b) v(t) é dependente do tempo, enquanto Vሶ não é; c) v(t) é sempre real sem termo complexo, enquanto Vሶ é geralmente complexo 3. Resumo sobre números complexos Im jb Zሶ = a + jb Z 0 θ a Re Formas: Retangular: Zሶ = a + jb Polar: Zሶ = Z θ Trigonométrica: Zሶ = Z(cosθ + jsenθ) Exponencial: Zሶ = Z e jθ Equivalências: a = Z cosθ; b = Z senθ Z = a + b ; θ = arctg ( b a ) cosθ = a a + b = a Z ; senθ = b a + b = b Z e jθ = cosθ + jsenθ Observação: na forma exponencial, o ângulo θ, necessariamente, deve estar em radianos. Conjugado: ൫Zሶ1൯ = Z 1 ( θ 1 ) = a jb = a + b [ arctg ( b a )] ൫Zሶ1൯ = Z 1 [cos( θ 1 ) + jsen( θ 1 )] = Z 1 e jθ 1 Fasores e números complexos Pág. 4

25 Inverso ou recíproco: 1 = 1 a ( θ Zሶ1 Z 1 ) = 1 a + b j b a + b = 1 a + b [ arctg (b a )] 1 = 1 [cos( θ Zሶ1 Z 1 ) + jsen( θ 1 )] = 1 e jθ 1 1 Z 1 Operações matemáticas para: Zሶ 1 = a + jb = Z 1 θ 1 e Zሶ = c + jd = Z θ Adição: Zሶ1 + Zሶ = (a + c) + j(b + d) = (a + c) + j(b + d) b + d arctg ( a + c ) = Z A θ A Zሶ1 + Zሶ = Z A (cosθ A + jsenθ A ) = Z A e jθ A Subtração: Zሶ1 Zሶ = (a c) + j(b d) = (a c) + j(b d) b d arctg ( a c ) = Z S θ S Zሶ1 Zሶ = Z S (cosθ S + jsenθ S ) = Z S e jθ S Multiplicação: Zሶ1 Zሶ = (ac bd) + j(ad + bc) = (ac bd) + j(ad + bc) ad + bc arctg ( ac bd ) = Z M θ M Zሶ1 Zሶ = Z 1 Z (θ 1 + θ ) = Z 1 Z [cos(θ 1 + θ ) + jsen(θ 1 + θ )] = Z 1 Z e j(θ 1+θ ) Divisão: Zሶ1 ac + bd bc ad = Zሶ c + j + d c + d = ac + bd ( c + d ) bc ad + j ( c + d ) bc ad arctg ( ac + bd ) = Z D θ D Zሶ1 Zሶ = Z 1 Z (θ 1 θ ) = Z 1 Z [cos(θ 1 θ ) + jsen(θ 1 θ )] = Z 1 Z e j(θ 1 θ ) Potenciação: ൫Zሶ1൯ n = (Z 1 ) n (nθ 1 ) = (Z 1 ) n e jnθ 1 Radiciação: n Zሶ1 1 = ൫Zሶ 1 ൯ n = (Z 1 ) n 1 ( θ 1 n ) = (Z 1 ) 1 n e jθ 1 n Fasores e números complexos Pág. 5

26 Exercício resolvido: 01. Um alternador alimenta uma carga constituída por uma resistência de 747 mω e uma indutância de 3,43 mh com uma tensão cujo valor instantâneo é dado pela expressão: v = 311 sen(10πt) [V] i R = 755 mω v = 311 sen(10πt) [V] L = 3,47 mh a) Determine os valores de V Max, V Ef, ω, T, F e θ para a tensão; b) A impedância do circuito, nas formas polar e retangular; c) Determine, para a corrente, os valores de I Max, I Ef, θ I e a expressão matemática do valor instantâneo; d) Represente gráfica e vetorialmente a tensão e a corrente do circuito. e) Determine as tensões no resistor VሶR e no indutor VሶL; f) Esboce o diagrama vetorial das três tensões. Resolução: a) Resolução dos valores de V Max, V Max, ω, T, F e θ para a tensão: v = 311 sen(10πt) [V] V Max = 311 V V Ef = V Max = 311 V = 0 V ω = 10π rad s T = π ω s = F = 1 T = ω π = 10π π θ V = 0 = 377 rad s π = 0,0167 s = 16,7 ms 10π = 60,0 Hz b) A impedância do circuito Zሶ, nas formas retangular e polar: X L = ωl = 377 rad/s 3,47 mh X L = 1, 31 Ω Zሶ = R + jx L = (0,755 + j1,31) Ω = (0,755) + (1,31) arctg ( 1,31 0,755 ) Zሶ = (0, j1, 31) Ω = 1, 51 60, 0 [Ω] c) Determinação dos valores de I Max, I Ef, θ I e a expressão matemática do valor instantâneo para a corrente: Iሶ = V ሶ = 0 0 Zሶ 1,51 60,0 I ሶ = 146 ( 60, 0 ) I Max = I Ef = 146 A I Max = 06 A i = 06 sen൫10πt π 6 ൯ [A] I Ef = 146 A θ I = 60, 0 θ I = π 3 rad Fasores e números complexos Pág. 6

27 d) Representação gráfica e vetorial da tensão e da corrente: ω [rad/s] v [V] i [A] Tensão (v) Corrente (i) 311 V 07 A 311 V π 6 rad 0 π/ π 3π/ π ωt [rad] 07 A 07 A 311 V π/3 e) Cálculo das tensões no resistor Vሶ R e no indutor Vሶ L: VሶR = Rሶ Iሶ = [mω] 146 ( 60,0 ) Vሶ R = 110 ( 60, 0 ) [V] VሶL = XሶL Iሶ = 1,31 90,0 [Ω] 146 ( 60,0 ) Vሶ L = 191 (30, 0 ) [V] f) Esboço do diagrama vetorial das três tensões: V L = 191 V 30 V = 0 V 60 V R = 110 V Fasores e números complexos Pág. 7

28 4. Bibliografia BARRRETO, Gilmar et al. Circuitos de corrente alternada fundamentos e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 013. GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. Tradução de José Lucimar do Nascimento.. ed. Porto Alegre: Bookman, 009. BOYLESTAD, Robert L. Introdução à análise de circuitos. Tradução de J. A. Souza. Rio de Janeiro: Pearson, 1. ed. Pearson, 01. Fasores e números complexos Pág. 8

FASORES E NÚMEROS COMPLEXOS

FASORES E NÚMEROS COMPLEXOS Capítulo FSORES E NÚMEROS COMPLEXOS. Introdução.1 Fasor.1.1 Representação Fasorial de uma Onda Senoidal e Co-senoidal.1. Diagramas Fasoriais. Sistema de Números Complexos..1 Plano Complexo.. Operador j.3

Leia mais

Análise de Circuitos 2

Análise de Circuitos 2 Análise de Circuitos 2 Introdução (revisão) Prof. César M. Vargas Benítez Departamento Acadêmico de Eletrônica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 1 Análise de Circuitos 2 - Prof. César

Leia mais

Teoria de Eletricidade Aplicada

Teoria de Eletricidade Aplicada 1/24 Teoria de Eletricidade Aplicada Representação Vetorial de Ondas Senoidais Prof. Jorge Cormane Engenharia de Energia 2/24 SUMÁRIO 1. Introdução 2. Números Complexos 3. Funções Exponenciais Complexas

Leia mais

ELETROTÉCNICA (ENE078)

ELETROTÉCNICA (ENE078) UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Graduação em Engenharia Civil ELETROTÉCNICA (ENE078) PROF. RICARDO MOTA HENRIQUES E-mail: ricardo.henriques@ufjf.edu.br Aula Número: 20 Revisão da aula passada... Circuitos

Leia mais

BC 1519 Circuitos Elétricos e Fotônica

BC 1519 Circuitos Elétricos e Fotônica BC 1519 Circuitos Elétricos e Fotônica Circuitos em Corrente Alternada 013.1 1 Circuitos em Corrente Alternada (CA) Cálculos de tensão e corrente em regime permanente senoidal (RPS) Conceitos de fasor

Leia mais

Fontes senoidais. Fontes senoidais podem ser expressar em funções de senos ou cossenos A função senoidal se repete periodicamente

Fontes senoidais. Fontes senoidais podem ser expressar em funções de senos ou cossenos A função senoidal se repete periodicamente Aula 23 Fasores I Fontes senoidais Exemplo de representações de fontes senoidais Fontes senoidais podem ser expressar em funções de senos ou cossenos A função senoidal se repete periodicamente v t = V

Leia mais

Análise de Circuitos I I

Análise de Circuitos I I MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS DE SÃO JOSÉ CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM TELECOMUNICAÇÕES

Leia mais

LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA LTE. Aula 4 Conceitos Básicos da Transmissão em Corrente Alternada

LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA LTE. Aula 4 Conceitos Básicos da Transmissão em Corrente Alternada LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA LTE Aula 4 Conceitos Básicos da Transmissão em Corrente Alternada Tópicos da Aula Tensões e Correntes Variantes no Tempo Sistema em Regime Permanente Senoidal Interpretação

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031 Aula 10 - Espaço de Estados (II) e Circuitos sob Excitação

Leia mais

ELETRICIDADE APLICADA RESUMO DE AULAS PARA A 2ª PROVA

ELETRICIDADE APLICADA RESUMO DE AULAS PARA A 2ª PROVA ELETRICIDADE APLICADA RESUMO DE AULAS PARA A 2ª PROVA Eletricidade Aplicada I 12ª Aula Corrente Alternada Corrente Alternada: Introdução A expressão em função do tempo é: v(t)=v máx sen(wt+a). V máx é

Leia mais

Circuitos com excitação Senoidal

Circuitos com excitação Senoidal MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Leia mais

Experiência 4 - Sinais Senoidais e Fasores

Experiência 4 - Sinais Senoidais e Fasores ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos PSI 3212 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS Edição 2017 Cinthia Itiki, Inés Pereyra, Marcelo Carreño Experiência

Leia mais

Eletricidade Aula 6. Corrente Alternada

Eletricidade Aula 6. Corrente Alternada Eletricidade Aula 6 Corrente Alternada Comparação entre Tensão Contínua e Alternada Vídeo 7 Característica da tensão contínua A tensão contínua medida em qualquer ponto do circuito não muda conforme o

Leia mais

ELETROTÉCNICA. Impedância

ELETROTÉCNICA. Impedância ELETROTÉCNICA Impedância 1 Números complexos As equações algébricas do tipo x =-3não possuem soluções no campo dos números reais. Tais equações podem ser resolvidas somente com a introdução de uma unidade

Leia mais

Parte A: Circuitos RC com corrente alternada

Parte A: Circuitos RC com corrente alternada Circuitos RC e RL com Corrente Alternada 6 Parte A: Circuitos RC com corrente alternada 6.1 Material osciloscópio; multímetro digital; gerador de sinais; resistor de 10 Ω; capacitor de 2,2 µf. 6.2 Introdução

Leia mais

Circuitos RC e RL com Corrente Alternada

Circuitos RC e RL com Corrente Alternada Experimento 6 Circuitos RC e RL com Corrente Alternada Parte A: Circuitos RC com corrente alternada 6.1 Material osciloscópio; multímetro digital; gerador de sinais; resistor de 10 Ω; capacitor de 2,2

Leia mais

ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II

ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II Módulo III FASORES E IMPEDÂNCIA Números Complexos Forma Retangular: 2 Números Complexos Operações com o j: 3 Números Complexos Forma Retangular: z = x+jy sendo j=(-1)

Leia mais

Números Complexos. Prof. Eng. Antonio Carlos Lemos Júnior. Controle de Sistemas Mecânicos 1

Números Complexos. Prof. Eng. Antonio Carlos Lemos Júnior. Controle de Sistemas Mecânicos 1 Números omplexos Prof. Eng. Antonio arlos Lemos Júnior 1 AGENDA Revisão de conceitos matemáticos Números complexos Exercícios Números complexos Objetivo: O objetivo desta seção é fazer uma pequena revisão

Leia mais

Circuitos RC com corrente alternada. 5.1 Material. resistor de 10 Ω; capacitor de 2,2 µf.

Circuitos RC com corrente alternada. 5.1 Material. resistor de 10 Ω; capacitor de 2,2 µf. Circuitos RC com corrente alternada 5 5.1 Material resistor de 1 Ω; capacitor de, µf. 5. Introdução Como vimos na aula sobre capacitores, a equação característica do capacitor ideal é dada por i(t) = C

Leia mais

UTFPR DAELN CORRENTE ALTERNADA, REATÂNCIAS, IMPEDÂNCIA & FASE

UTFPR DAELN CORRENTE ALTERNADA, REATÂNCIAS, IMPEDÂNCIA & FASE UTFPR DAELN CORRENTE ALTERNADA, REATÂNCIAS, IMPEDÂNCIA & FASE 1) CORRENTE ALTERNADA: é gerada pelo movimento rotacional de um condutor ou um conjunto de condutores no interior de um campo magnético (B)

Leia mais

Aula 3 Corrente alternada circuitos básicos

Aula 3 Corrente alternada circuitos básicos Aula 3 Corrente alternada circuitos básicos Objetivos Aprender os princípios básicos de corrente alternada. Aprender a analisar circuitos puros em corrente alternada utilizando as diversas formas de representação

Leia mais

Fasores e Números Complexos

Fasores e Números Complexos Fasores e Números Complexos Evandro Bastos dos Santos 21 de Maio de 2017 1 Introdução Vamos relembrar das aulas anteriores em que vimos que uma corrente ou tensão alternada pode ser representada por funções

Leia mais

TURMA:12.ºA/12.ºB. O que é o i? Resposta: A raiz imaginária da unidade negativa. (Leibniz)

TURMA:12.ºA/12.ºB. O que é o i? Resposta: A raiz imaginária da unidade negativa. (Leibniz) GUIA DE ESTUDO NÚMEROS COMPLEXOS TURMA:12.ºA/12.ºB 2017/2018 (ABRIL/MAIO) Números Complexos O que é o i? Resposta: A raiz imaginária da unidade negativa. (Leibniz) A famosa igualdade de Euler i e 10 A

Leia mais

IMPEDÂNCIA Impedância

IMPEDÂNCIA Impedância IMPEDÂNCIA Em um circuito real a resistência elétrica, que é propriedade física dos materiais que o constituem, está sempre presente. Ela pode ser minimizada, mas não eliminada. Portanto, circuitos indutivos

Leia mais

Conjunto dos Números Complexos

Conjunto dos Números Complexos Conjunto dos Unidade Imaginária Seja a equação: x + 0 Como sabemos, no domínio dos números reais, esta equação não possui solução, criou-se então um número cujo quadrado é. Esse número, representado pela

Leia mais

Revisão números Complexos

Revisão números Complexos ELETRICIDADE Revisão números Complexos Prof. Marcio Kimpara Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Números complexos No passado, os matemáticos esbarraram em uma situação oriunda da resolução de uma

Leia mais

Introdução a Corrente Alternada

Introdução a Corrente Alternada Introdução a Corrente Alternada Tensão Continua Uma tensão é chamada de continua ou constante quando o seu valor não se altera com o tempo. Exemplo de geradores que geram tensão continua são as pilhas

Leia mais

Vamos considerar um gerador de tensão alternada ε(t) = ε m sen ωt ligado a um resistor de resistência R. A tensão no resistor é igual à fem do gerador

Vamos considerar um gerador de tensão alternada ε(t) = ε m sen ωt ligado a um resistor de resistência R. A tensão no resistor é igual à fem do gerador Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física Física III - Prof. Dr. Ricardo uiz Viana Referências bibliográficas: H. 36-1, 36-3, 36-4, 36-5, 36-6 S. 32-2, 32-3, 32-4,

Leia mais

Capítulo 12. Potência em Regime Permanente C.A.

Capítulo 12. Potência em Regime Permanente C.A. Capítulo Potência em Regime Permanente C.A. . Potência Média Em circuitos lineares cujas entradas são funções periódicas no tempo, as tensões e correntes em regime permanente produzidas são periódicas.

Leia mais

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Retificadores. Prof. Clóvis Antônio Petry.

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Retificadores. Prof. Clóvis Antônio Petry. Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Retificadores Correntes e Tensões Alternadas Senoidais Prof. Clóvis Antônio Petry. Florianópolis, julho de 2007. Bibliografia

Leia mais

Apoio didático para o Ensaio 1

Apoio didático para o Ensaio 1 Apoio didático para o Ensaio 1 1. Carga linear [1] Quando uma onda de tensão alternada senoidal é aplicada aos terminais de uma carga linear, a corrente que passa pela carga também é uma onda senoidal.

Leia mais

LABORATÓRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

LABORATÓRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS EXATAS CURSOS: ENGENHARIA CIVIL, MECÂNICA E PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Título da Experiência: Números Complexos Prof. Oswaldo Tadami Arimura 1 OBJETIVOS:

Leia mais

Aula 5 Análise de circuitos indutivos em CA circuitos RL

Aula 5 Análise de circuitos indutivos em CA circuitos RL Aula 5 Análise de circuitos indutivos em CA circuitos RL Objetivos Aprender analisar circuitos RL em série e em paralelo em corrente alternada, utilizando as diversas formas de representação: números complexos,

Leia mais

A origem de i ao quadrado igual a -1

A origem de i ao quadrado igual a -1 A origem de i ao quadrado igual a -1 No estudo dos números complexos deparamo-nos com a seguinte igualdade: i 2 = 1. A justificativa para essa igualdade está geralmente associada à resolução de equações

Leia mais

Eletrotécnica II Números complexos

Eletrotécnica II Números complexos Eletrotécnica II Números complexos Prof. Danilo Z. Figueiredo Curso Superior de Tecnologia em Instalações Elétricas Faculdade de Tecnologia de São Paulo Tópicos Aspectos históricos: a solução da equação

Leia mais

NÚMEROS COMPLEXOS. Prof. Edgar Zuim (*)

NÚMEROS COMPLEXOS. Prof. Edgar Zuim (*) NÚMEROS COMPLEXOS Prof. Edgar Zuim (*) 1 Conteúdo 1 - Introdução... 3 - Relações do fasor com a forma retangular... 4 3 - Operações com números complexos... 5 4 - Conversões de forma retangular/polar e

Leia mais

Regime permanente senoidal e Fasores

Regime permanente senoidal e Fasores Regime permanente senoidal e Fasores Flávio R. M. Pavan, 2017 Revisão técnica: Magno T. M. Silva e Flávio A. M. Cipparrone 1 Introdução O estudo de circuitos elétricos em regime permanente senoidal (RPS)

Leia mais

Sumário CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA. Prof. Fábio da Conceição Cruz 21/10/ Introdução. 2. Formas de ondas alternadas senoidais

Sumário CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA. Prof. Fábio da Conceição Cruz 21/10/ Introdução. 2. Formas de ondas alternadas senoidais CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA Prof. Fábio da Conceição Cruz Sumário 1. Introdução 2. Formas de ondas alternadas senoidais 3. Respostas dos dispositivos às tensões senoidais 4. Potência em corrente alternada

Leia mais

Introdução: Um pouco de História

Introdução: Um pouco de História Números Complexos Introdução: Um pouco de História Houve um momento na História da Matemática em que a necessidade de expressar a raiz de um número negativo se tornou fundamental. Em equações quadráticas

Leia mais

Exp 3 Comparação entre tensão contínua e tensão alternada

Exp 3 Comparação entre tensão contínua e tensão alternada Reprografia proibida Exp 3 Comparação entre tensão contínua e tensão alternada Característica da tensão contínua Quando a tensão, medida em qualquer ponto de um circuito, não muda conforme o tempo passa,

Leia mais

Aula 6 Análise de circuitos capacitivos em CA circuitos RC

Aula 6 Análise de circuitos capacitivos em CA circuitos RC Aula 6 Análise de circuitos capacitivos em CA circuitos RC Objetivos Aprender analisar circuitos RC em série e em paralelo em corrente alternada, utilizando as diversas formas de representação: números

Leia mais

30 o 50 o 70 o 90 o 110 o 130 o 150 o 170 o 190 o 210 o 230 o 250 o 270 o 290 o 310 o 330 o 350 o

30 o 50 o 70 o 90 o 110 o 130 o 150 o 170 o 190 o 210 o 230 o 250 o 270 o 290 o 310 o 330 o 350 o Fasores 1- FASORES Fasores, são na realidade vetores que giram e uma determinada velocidade em um círculo trigonométrico, dando origem as funções senoidais. Então toda função senoidal pode ser representada

Leia mais

Aula 26. Introdução a Potência em CA

Aula 26. Introdução a Potência em CA Aula 26 Introdução a Potência em CA Valor eficaz - RMS Valor eficaz de uma corrente periódica é a CC que libera a mesma potência média para um resistor que a corrente periódica Potência média para um circuito

Leia mais

I φ= V φ R. Fazendo a mesma análise para um circuito indutivo, se aplicarmos uma tensão v(t) = V m sen(ωt + I (φ 90)= V φ X L

I φ= V φ R. Fazendo a mesma análise para um circuito indutivo, se aplicarmos uma tensão v(t) = V m sen(ωt + I (φ 90)= V φ X L Impedância Em um circuito de corrente alternada puramente resistivo, vimos que, se uma tensão v(t) = V m sen(ωt + ), a corrente que fluirá no resistor será i(t) = I m sen(ωt + ), onde I m = V m /R. Representando

Leia mais

Aquino, Josué Alexandre.

Aquino, Josué Alexandre. Aquino, Josué Alexandre. A657e Eletrotécnica para engenharia de produção : análise de circuitos : corrente e tensão alternada / Josué Alexandre Aquino. Varginha, 2015. 53 slides; il. Sistema requerido:

Leia mais

Lista de Exercícios P1. Entregar resolvida individualmente no dia da 1ª Prova. a) 25Hz b) 35MHz c) 1Hz d)25khz. a) 1/60s b) 0,01s c) 35ms d) 25µs

Lista de Exercícios P1. Entregar resolvida individualmente no dia da 1ª Prova. a) 25Hz b) 35MHz c) 1Hz d)25khz. a) 1/60s b) 0,01s c) 35ms d) 25µs 1 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Campo Mourão Engenharia Eletrônica LT34C - Circuitos Elétricos Prof. Dr. Eduardo G Bertogna Lista de Exercícios P1 Entregar resolvida individualmente

Leia mais

Potência em CA AULA II. Vitória-ES

Potência em CA AULA II. Vitória-ES INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA Potência em Corrente Alternada II - 1-25. 14 Curso Técnico em Eletrotécnica Potência (CA) 1. Revisão; 2. Triângulo das

Leia mais

AULA LAB 01 SINAIS SENOIDAIS

AULA LAB 01 SINAIS SENOIDAIS CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ELETRÔNICA Retificadores (ENG - 20301) AULA LAB 01 SINAIS SENOIDAIS 1 INTRODUÇÃO Esta aula de laboratório tem por objetivo consolidar

Leia mais

INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA

INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA -1-20. 8 Curso Técnico em Eletrotécnica Os Dispositivos Básicos e os 1.. Sequência de conteúdos: 1. Revisão; 2.. Vitória-ES

Leia mais

Frequência de corte 𝕍 𝒋𝝎 𝑉𝑠 𝑡 = 2 cos 𝜔𝑡 + 0𝑜 𝑉 𝐶 = 1𝜇𝐹 𝑅 = 1𝐾Ω 𝜔𝑐 𝝎 (𝒓𝒂𝒅/𝒔𝒆𝒈)

Frequência de corte 𝕍 𝒋𝝎 𝑉𝑠 𝑡 = 2 cos 𝜔𝑡 + 0𝑜 𝑉 𝐶 = 1𝜇𝐹 𝑅 = 1𝐾Ω 𝜔𝑐 𝝎 (𝒓𝒂𝒅/𝒔𝒆𝒈) Aula 25 Revisão P3 Frequência de corte V jω Vs t = 2 cos ωt + 0 o V C = 1μF R = 1KΩ ω c ω (rad/seg) Frequência de corte V C = V S 1 jωc R + 1 jωc = V S 1 1 + jωrc V R = V S R R + 1 jωc = V S jωrc 1 + jωrc

Leia mais

Revisão de Eletricidade

Revisão de Eletricidade Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Pós-Graduação em Desen. de Produtos Eletrônicos Conversores Estáticos e Fontes Chaveadas Revisão

Leia mais

Sinais e Sistemas Aula 1 - Revisão

Sinais e Sistemas Aula 1 - Revisão MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Leia mais

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua.

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua. Capítulo 6 Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua. 6.1 Material Gerador de funções; osciloscópio; multímetro; resistor de 1 kω; indutores de 9,54, 23,2 e 50 mh. 6.2 Introdução

Leia mais

Eletricidade II. Aula 1. Resolução de circuitos série de corrente contínua

Eletricidade II. Aula 1. Resolução de circuitos série de corrente contínua Eletricidade II Aula 1 Resolução de circuitos série de corrente contínua Livro ELETRICIDADE II Avaliações Provas - 100 pontos lesp-ifmg.webnode.com 2 Conexão de um circuito série Um circuito série contém

Leia mais

Corrente alternada em Circuitos monofásicos

Corrente alternada em Circuitos monofásicos Corrente alternada em Circuitos monofásicos Forma de onda A forma de onda de uma grandeza elétrica é representada pelo respectivo gráfico em função do tempo. Por exemplo, a tensão u 1 (t) dada por: u 1

Leia mais

Módulo I Ondas Planas

Módulo I Ondas Planas Módulo I Ondas Planas Vetor de Poynting Transmissão de potência Em algum ponto, distante do ponto de transmissão teremos o ponto de recepção. Vetor de Poynting Em toda aplicação prática, a onda EM é gerada

Leia mais

A energia total do circuito é a soma da potencial elétrica e magnética

A energia total do circuito é a soma da potencial elétrica e magnética Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física Física III - Prof. Dr. Ricardo Luiz Viana Referências bibliográficas: H. 35-, 35-4, 35-5, 35-6 S. 3-6, 3-7 T. 8-4 Aula 7 Circuitos

Leia mais

1 Números Complexos. Seja R o conjunto dos Reais. Consideremos o produto cartesiano R R = R 2 tal que:

1 Números Complexos. Seja R o conjunto dos Reais. Consideremos o produto cartesiano R R = R 2 tal que: Números Complexos e Polinômios Prof. Gustavo Sarturi [!] Esse documento está sob constantes atualizações, qualquer erro de ortografia, cálculo, favor comunicar. Última atualização: 01/11/2018. 1 Números

Leia mais

Regime Permanente Senoidal

Regime Permanente Senoidal egime Permanente Senoidal onceito Em regime permanente senoidal U ( t) U máx. sen( t) ( t) máx. sen( t) egime Permanente Senoidal apacitor Em egime Permanente Senoidal Para um circuito em regime permanente

Leia mais

Sistemas Lineares. Aula 9 Transformada de Fourier

Sistemas Lineares. Aula 9 Transformada de Fourier Sistemas Lineares Aula 9 Transformada de Fourier Séries de Fourier A Série de Fourier representa um sinal periódico como uma combinação linear de exponenciais complexas harmonicamente relacionadas. Como

Leia mais

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal Experimento 5 Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal 5.1 Material Gerador de funções; osciloscópio; multímetro; resistor de 1 kω; indutores de 9,54, 23,2 e 50 mh. 5.2 Introdução Nas aulas anteriores

Leia mais

Verificando a parte imaginária da impedância equivalente na forma complexa

Verificando a parte imaginária da impedância equivalente na forma complexa Aula 7 Circuitos RLC Objetivos Aprender analisar circuitos RLC em série e em paralelo em corrente alternada, utilizando as diversas formas de representação: números complexos, forma matemática, forma de

Leia mais

Revisão de Eletricidade

Revisão de Eletricidade Departamento Acadêmico de Eletrônica Pós-Graduação em Desen. de Produtos Eletrônicos Conversores Estáticos e Fontes Chaveadas Revisão de Eletricidade Prof. Clóvis Antônio Petry. Florianópolis, fevereiro

Leia mais

Circuitos Elétricos I

Circuitos Elétricos I Universidade Federal do ABC Eng. De Instrumentação, Automação e Robótica Circuitos Elétricos I Prof. Dr. José Luis Azcue Puma Excitação Senoidal e Fasores Impedância Admitância 1 Propriedades das Senóides

Leia mais

= 2πf é a freqüência angular (medida em rad/s) e f é a freqüência (medida

= 2πf é a freqüência angular (medida em rad/s) e f é a freqüência (medida 44 2. Roteiros da Segunda Sequência Experimento 1: Circuito RLC e Ressonância 2.1.1 Objetivos Fundamentar o conceito de impedância; Obter a frequência de ressonância em um circuito RLC; Obter a indutância

Leia mais

CIRCUITOS ELÉTRICOS. Aula 03 RESISTORES EM CORRENTE ALTERNADA E CIRCUITOS RL

CIRCUITOS ELÉTRICOS. Aula 03 RESISTORES EM CORRENTE ALTERNADA E CIRCUITOS RL CIRCUITOS ELÉTRICOS Aula 03 RESISTORES EM CORRENTE ALTERNADA E CIRCUITOS RL Mas como sempre, primeiro a revisão... Indutância L Capacidade de armazenar energia magnética por meio do campo criado pela corrente.

Leia mais

Teoria de Eletricidade Aplicada

Teoria de Eletricidade Aplicada 1/34 Teoria de Eletricidade Aplicada Considerações sobre a Corrente Alternada (CA) Prof. Jorge Cormane Engenharia de Energia 2/34 SUMÁRIO 1. Introdução 2. Formas de Onda 3. Funções Senoidais 4. Valor Médio

Leia mais

RELAÇÕES ENTRE TENSÃO E CORRENTE ALTERNADAS NOS ELEMENTOS PASSIVOS DE CIRCUITOS

RELAÇÕES ENTRE TENSÃO E CORRENTE ALTERNADAS NOS ELEMENTOS PASSIVOS DE CIRCUITOS RELAÇÕES ENTRE TENSÃO E CORRENTE ALTERNADAS NOS ELEMENTOS PASSIVOS DE CIRCUITOS Sabemos, do estudo da física, que uma relação entre causa e efeito não ocorre sem um oposição, ou seja, a relação entre causa

Leia mais

Curso Técnico em Eletrotécnica Impedância e o Diagrama de Fasores. Vitória-ES

Curso Técnico em Eletrotécnica Impedância e o Diagrama de Fasores. Vitória-ES INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA Impedância e o Diagrama de Fasores -1-19. 9 Curso Técnico em Eletrotécnica Impedância e o Diagrama de Fasores Circuitos

Leia mais

Aula 4 Circuitos básicos em corrente alternada continuação

Aula 4 Circuitos básicos em corrente alternada continuação Aula 4 Circuitos básicos em corrente alternada continuação Objetivos Continuar o estudo sobre circuitos básicos iniciado na aula anterior. Conhecer o capacitor e o conceito de capacitância e reatância

Leia mais

RESOLUÇÃO DA LISTA II P3

RESOLUÇÃO DA LISTA II P3 RESOLUÇÃO DA LISTA II P3 9.25) Determine a expressão em regime permanente i o (t) no circuito abaixo se v s = 750cos (5000t)mV Z L = jωl = 40 0 3 5000 Z L = 200j Z C = jωc = j 5000 0,4 0 6 Z C = 500j Sabemos

Leia mais

Circuitos Elétricos I

Circuitos Elétricos I Universidade Federal do ABC Eng. De Instrumentação, Automação e Robótica Circuitos Elétricos I Prof. José Azcue; Dr. Eng. Excitação Senoidal e Fasores Impedância Admitância 1 Propriedades das Senóides

Leia mais

Circuitos RC série. Aplicando a Lei das Malhas temos: = + sen=.+ sen= [.+ ] 1 = +

Circuitos RC série. Aplicando a Lei das Malhas temos: = + sen=.+ sen= [.+ ] 1 = + 1 Circuitos RC série Quando aplicamos uma voltagem CC em uma associação série de um resistor e um capacitor, o capacitor é carregado até a tensão da fonte seguindo um crescimento exponencial e satura neste

Leia mais

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P1 2 de setembro de 2014

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P1 2 de setembro de 2014 Física IV - 43040 Escola Politécnica - 014 GABARITO DA P1 de setembro de 014 Questão 1 Aplica-se uma ddp v(t) = V sen(ωt) nos terminais de um circuito constituído em série por um indutor de indutância

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7040 Circuitos Elétricos I - Laboratório

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7040 Circuitos Elétricos I - Laboratório UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7040 Circuitos Elétricos I - Laboratório AULA 05 SEGUNDA PARTE OSCILOSCÓPIO 1 INTRODUÇÃO Nas aulas anteriores de laboratório

Leia mais

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Equações e problemas Propostas de resolução

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Equações e problemas Propostas de resolução MATEMÁTICA A - 1o Ano N o s Complexos - Equações e problemas Propostas de resolução Exercícios de exames e testes intermédios 1. Simplificando as expressões de z 1 e z, temos que: Como i 19 i + i i, vem

Leia mais

MATEMÁTICA I FUNÇÕES. Profa. Dra. Amanda L. P. M. Perticarrari

MATEMÁTICA I FUNÇÕES. Profa. Dra. Amanda L. P. M. Perticarrari MATEMÁTICA I FUNÇÕES Profa. Dra. Amanda L. P. M. Perticarrari amanda.perticarrari@unesp.br Conteúdo Função Variáveis Traçando Gráficos Domínio e Imagem Família de Funções Funções Polinomiais Funções Exponenciais

Leia mais

Circuitos Elétricos II

Circuitos Elétricos II Universidade Federal do ABC Eng. de Instrumentação, Automação e Robótica Circuitos Elétricos II José Azcue, Prof. Dr. Potência em Sistemas Trifásicos 1 Potência em Carga Monofásica v t = V max cos (ωt)

Leia mais

7.1 - Números Complexos - Revisão de Matemática

7.1 - Números Complexos - Revisão de Matemática MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES Disciplina: Eletricidade

Leia mais

Conjunto dos números complexos

Conjunto dos números complexos NÚMEROS COMPLEXOS Conjunto dos números complexos I C R Q Z N Número imaginário x² + 1 = 0 x² = 1 x = ± 1 Número imaginário i x = ± i x² + 4 = 0 x² = 4 x = ± 4 x = ± 1 4 x = ± 2i Número imaginário i = 1

Leia mais

A potência instantânea é por definição o produto da corrente pela tensão.

A potência instantânea é por definição o produto da corrente pela tensão. CONCETOS BÁSCOS van Camargo Revisão - Aril de 007 1) ntrodução A disciplina de Conversão de Energia faz parte da área de Sistemas Elétricos de Potência. Esta área compreende outras disciplinas como Circuitos

Leia mais

Notas de aula da disciplina de Ana lise de Circuitos 2

Notas de aula da disciplina de Ana lise de Circuitos 2 1 Notas de aula da disciplina de Ana lise de Circuitos 2 Prof. Luciano Baracho Rocha Maio de 2016 Sumário Potência aparente e fator de potência... 2 Exercício 1:... 4 Exercício 2:... 5 Potência Complexa...

Leia mais

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal 5 5.1 Material Gerador de funções; osciloscópio; multímetro; resistor de 1 kω; indutores de 9,54, 23,2 e 50 mh. 5.2 Introdução Nas aulas anteriores estudamos

Leia mais

Características da Tensão e da Corrente Alternada

Características da Tensão e da Corrente Alternada Características da Tensão e da Corrente Alternada Evandro Bastos dos Santos 9 de Abril de 2017 1 Introdução Até aqui vimos como funciona circuitos de corrente contínua. Hoje veremos que existem circuitos

Leia mais

Circuitos Elétricos. Circuitos Contendo Resistência, Indutância e Capacitância. Prof.: Welbert Rodrigues

Circuitos Elétricos. Circuitos Contendo Resistência, Indutância e Capacitância. Prof.: Welbert Rodrigues Circuitos Elétricos Circuitos Contendo Resistência, Indutância e Capacitância Prof.: Welbert Rodrigues Introdução Serão estudadas as relações existentes entre as tensões e as correntes alternadas senoidais

Leia mais

Eletricidade Aplicada. Aulas Teóricas Professor: Jorge Andrés Cormane Angarita

Eletricidade Aplicada. Aulas Teóricas Professor: Jorge Andrés Cormane Angarita Eletricidade Aplicada Aulas eóricas Professor: Jorge Andrés Cormane Angarita Análise da Potência Eletricidade Aplicada Introdução Existem duas formas de calcular a potência fornecida ou recebida por um

Leia mais

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CAMPUS

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CAMPUS FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Princípios de Comunicações Slides 5 e 6 Milton Luiz Neri Pereira (UNEMAT/FACET/DEE) 1 2.1 Sinais Um

Leia mais

ANÁLISE DE SINAIS DINÂMICOS

ANÁLISE DE SINAIS DINÂMICOS ANÁLISE DE SINAIS DINÂMICOS Paulo S. Varoto 7 . - Classificação de Sinais Sinais dinâmicos são geralmente classificados como deterministicos e aleatórios, como mostra a figura abaixo: Periódicos Determinísticos

Leia mais

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Retificadores. Prof. Clóvis Antônio Petry.

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Retificadores. Prof. Clóvis Antônio Petry. Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Retificadores Potência em CA Prof. Clóvis Antônio Petry. Florianópolis, agosto de 2007. Nesta aula Capítulo 19: Potência

Leia mais

Sistemas de Controle 2

Sistemas de Controle 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 2 Cap.10 Técnicas de Resposta em Frequência Prof. Dr. Marcos Lajovic Carneiro 10. Técnicas de Resposta de Frequência

Leia mais

Potência em Corrente Alternada

Potência em Corrente Alternada Potência em Corrente Alternada Evandro Bastos dos Santos 22 de Maio de 2017 (Esse material pode ser ministrado em duas aulas) 1 Introdução A discussão sobre potência que vimos nas aulas anteriores é apenas

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 9

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 9 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I EEL 420 Módulo 9 Steinmetz Tesla Hertz Westinghouse Conteúdo 9 - Análise de Regime Permanente Senoidal...1 9.1 - Números complexos...1 9.2 -

Leia mais

Aula 24. Fasores II Seletores de frequência

Aula 24. Fasores II Seletores de frequência Aula 24 Fasores II Seletores de frequência Revisão (j = ) Os números complexos podem ser expressos em 3 formas: Considere que: Retangular Polar cos φ = CA h = x r x = r cos(φ) sen φ = CO h = y r y = r

Leia mais

Conceitos de vetores. Decomposição de vetores

Conceitos de vetores. Decomposição de vetores Conceitos de vetores. Decomposição de vetores 1. Introdução De forma prática, o conceito de vetor pode ser bem assimilado com auxílio da representação matemática de grandezas físicas. Figura 1.1 Grandezas

Leia mais

Eletrotécnica geral. A tensão alternada é obtida através do 3 fenômeno do eletromagnetismo, que diz:

Eletrotécnica geral. A tensão alternada é obtida através do 3 fenômeno do eletromagnetismo, que diz: Análise de circuitos de corrente alternada Chama-se corrente ou tensão alternada aquela cuja intensidade e direção variam periodicamente, sendo o valor médio da intensidade durante um período igual a zero.

Leia mais

Experimento 10 Circuitos RLC em série em corrente alternada: diferença de fase entre voltagem e corrente

Experimento 10 Circuitos RLC em série em corrente alternada: diferença de fase entre voltagem e corrente Experimento 10 ircuitos em série em corrente alternada: diferença de fase entre voltagem e corrente 1. OBJETIVO O objetivo desta aula é estudar o comportamento de circuitos em presença de uma fonte de

Leia mais

Aula VII Circuito puramente capacitivo. Prof. Paulo Vitor de Morais

Aula VII Circuito puramente capacitivo. Prof. Paulo Vitor de Morais Aula VII Circuito puramente capacitivo Prof. Paulo Vitor de Morais 1. Capacitância Um capacitor é utilizado, principalmente, para o armazenamento de cargas; Essa capacidade de armazenamento de cargas é

Leia mais

Processamento de Sinais Multimídia

Processamento de Sinais Multimídia Processamento de Sinais Multimídia Introdução Mylène Christine Queiroz de Farias Departamento de Ciência da Computação Universidade de Brasília (UnB) Brasília, DF 70910-900 mylene@unb.br 20 de Março de

Leia mais