Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 9

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 9"

Transcrição

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I EEL 420 Módulo 9 Steinmetz Tesla Hertz Westinghouse

2 Conteúdo 9 - Análise de Regime Permanente Senoidal Números complexos Fasores e Equações Diferenciais Ordinárias Representação de uma senoide por um fasor Aplicação do método fasorial às equações diferenciais Resposta completa e resposta de regime permanente senoidal Resposta completa Impedância e Admitância Análise de regime permanente senoidal Superposição em regime permanente Ressonância Função de Rede Resposta em Frequência e Seletividade Potência em regime permanente senoidal Potência complexa Valor eficaz Máxima transferência de potência Normalização da Impedância Exercícios Soluções...23 Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 2

3 9 Análise de Regime Permanente Senoidal 9.1 Números complexos Um número complexo pode ser expresso na forma retangular A= A R j A I ou polar A= A e j ou A= A Onde A é o módulo de A e é o ângulo de fase ( ). Algumas operações importantes com números complexos: R[ z 1 t z 2 t ]=R[ z 1 t ] R[ z 2 t ] R[a z 1 t ]=a R[ z 1 t ] d R[ A e j t ] dt =R[ d A e j t ] dt se R[ A e j t ]=R[ B e j t ] então A= B se A= B então R[ A e j t ]=R[ B e j t ] 9.2 Fasores e Equações Diferenciais Ordinárias Representação de uma senoide por um fasor Uma função do tempo definida como A m cos t possui amplitude A m, frequência angular e fase. A soma algébrica desta função com outras de mesma frequência, ou suas derivadas, resultará em uma nova função de mesma frequência angular. Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 1

4 Assim, é de se esperar que, uma vez determinada a frequência da função, ela possa ser tratada algebricamente pela sua amplitude e fase. x t = A m cos j t x t =R[ A m cos j t j A m sen j t ] x t =R[ A m e j t ] x t =R[ A m e j e j t ] x t =R[ A e j t ] onde A= A m e j O número complexo A que representa a senoide A m cos t é chamado de fasor. Poderíamos ter especificado a senoide em termos da função seno, mas neste caso teríamos que obter o sinal no tempo a partir da parte imaginária de A e j t. A especificação de um fasor não carrega informação à cerca da frequência angular do sinal original e por isso, quando se trabalha com fasores, é necessário conhecer as frequências envolvidas no problema. Exemplo v t = cos 2 60 t /3 j /3 A= e v t =R A e j 2 60 t A representação senoidal de frequências é usada principalmente para a determinação da resposta particular (resposta de regime permanente) da equação diferencial ordinária com coeficientes reais quando a excitação é uma senoide, ou seja, quando a equação diferencial que descreve o problema é da forma: a 0 d n x dt n a 1 d n 1 x dt n 1... a n 1 d x dt a n x= A m cos t Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 2

5 9.2.2 Aplicação do método fasorial às equações diferenciais Seja a 0 d n x dt n a 1 d n 1 x dt n 1... a n 1 d x dt a n x= A m cos t onde a 0, a 1,..., a n e A m,, são constantes reais, os fasores serão A= A m e j e X =X m e j Substituindo na equação diferencial a 0 d n R X e j t j t d R X e... a dt n n 1 a dt n R X e j t =R A e j t d n R a 0 X e j t... d R a X e n 1 dt n dt j t R[a 0 j n X e j t ]... R[a n X e j t ]=R[ A e j t ] R a n X e j t =R A e j t R[a 0 j n X e j t... a n X e j t ]=R[ A e j t ] a 0 j n X... a n X = A [a 0 j n... a n ] X =A X = X = A [ a 0 j n... a n ] A a n a n a n 1 a n X = = arctan a n 1 a n a n a n Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 3

6 Exemplo Um circuito RLC série é excitado com uma fonte de tensão v S t = V cos t. Calcule a tensão sobre o capacitor em regime permanente. L C d 2 v C t dt 2 R C dv t C v dt C t =v S t A solução particular é da forma v C (t)= V C cos(ω t+ϕ)=r[v C e j ω t ] A relação entre o fasor resposta e a excitação é [ L C j 2 R C j 1] V C =V V V C = 1 2 L C j R C V V C = (1 ω 2 L C ) 2 +(ω R C ) 2 (ω R C) V C =θ=ϕ arctan (1 ω 2 L C ) v C (t)= V C cos(ω t+θ) Para o circuito RLC série com R=2, H=1H, C=1F e v S t =10 cos t. Calcular a resposta forçada do circuito. Realize os cálculos pela forma tradicional e utilizando fasores. Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 4

7 di (t) L +R i(t )+ 1 dt C i(t ) dt=10 cos(t ) d 2 i(t) + R dt 2 L (t) di dt + 1 L C i (t)= 10 L sen(t) sem fasores i F t = A cos t B sen t di F t = A sen t B cos t dt d 2 i F t = A cos t B sen t dt 2 A cos t B sen t 2 [ A sen t B cos t ] A cos t B sen t = 10 sen t A 2 B A=0 B 2 A B= 10 A=5, B=0 i F t =5 cos t d 2 i t dt 2 R L di t 1 dt L C i t = 10 sen t L com fasores a saída é da forma i F (t)= I F cos(ω t+θ)=r[ I F e j ω t ] I F = I F e j θ Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 5

8 a entrada v é da forma v= 10 L cos t 2 =R[V e j t ] j π 2 V = V e [ j 2 R j 1 j L L C ] I = V F L e 2 [ j 2 2 j 1] I F =10 e j 2 10 I F = j 2 +2 j+1 = 10 2 =5 I F =θ= π 2 ( arctan 2 1+1) =0 i F (t)= I F cos(ω t+θ)=5 cos(t+0) 9.3 Resposta completa e resposta de regime permanente senoidal Resposta completa y t = y h t p p t para todo t onde a solução particular escolhida é uma senoide, e por isso pode ser obtida por fasores. A resposta homogênea pode ser obtida pelos métodos anteriormente descritos, em função das condições iniciais. Para o caso particular, com uma única fonte de excitação senoidal e uma só variável de saída y, podemos escrever y t =k 1 e s 1 t k 2 e s 2 t... k n e s n t A m cos t Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 6

9 onde k 1, k 2,, k n e s 1, s 2, e s n dependem das condições iniciais e A m e dependem da solução particular Observa-se que se as raízes da equação característica estiverem no semiplano esquerdo as exponenciais tendem a zero quando o tempo tende a infinito, restando como resposta y(t), apenas a solução particular que pode ser obtida usando fasores. Esta é definida como sendo a resposta de regime permanente senoidal. Exemplo: Para o circuito RLC série com R=3/2, L=1/2H, C=1F e v S t =cos 2 t u t v S t =10 cos t. Calcular a resposta completa da tensão sobre o capacitor. As condições iniciais são i L 0 = I 0 =2A, v C 0 =V 0 =1V. L C d 2 v C t dt 2 R C dv t C v dt C t =v S t d v C dt dv C dt v C =u t cos 2 t v C, h t =k 1 e t k 2 e 2 t v C, p (t)=r(v e j 2 t )= V cos(2 t +θ) v S (t )=R(E e j 2 t )=cos(2 t ) [ 1 j j 1] V =E E V = [ 1 j j 1] = 1 1 j 3 =0, ,40 v C, p t =0,316 cos 2 t 108,4 0 Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 7

10 v C t =k 1 e t k 2 e 2 t 0,316 cos 2 t 108,4 0 v C 0 =1=k 1 k 2 0,316 cos 108,4 0 k 1 k 2 =1,1 dv C 0 =2= k dt 1 2 k 2 0,316 2 sen 108,4 0 k 1 2 k 2 = 1,4 k 1 =3,6, e k 2 = 2,5 v C t =3,6 e t 2,5 e 2 t 0,316 cos 2 t 108,4 0 Como definido anteriormente, se o circuito tem frequências naturais no semiplano esquerdo ele é estável. Se as frequências naturais estão no semiplano direito então a resposta de qualquer variável de rede é instável. Se as frequências naturais estão sobre o eixo j então o circuito apresenta uma resposta natural oscilatória. Se não houver frequências naturais múltiplas sobre o eixo imaginário nem a excitação apresentar a mesma frequência de uma destas raízes, então o sistema será estável e a resposta de regime permanente será bem determinada. Exemplo: Qual a resposta homogênea de uma rede cujo polinômio característico é S =S S y h t = k 1 k 2 t e j 0 t k 3 k 4 t e j 0 t y h t =K 1 cos 0 t 1 K 2 t cos 0 t 2 Neste exemplo, a resposta natural da rede não é estável pois a rede apresenta frequências naturais múltiplas sobre o eixo j. O mesmo acontece se a frequência de excitação da rede coincide com 0, mesmo que a rede apresente polinômio característico S Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 8

11 9.4 Impedância e Admitância Em regime permanente, v(t )= V cos(ω t +θ 1 ), v(t )=R[V e j (ω t) ] e i(t)= I cos(ω t +θ 2 ) i(t)=r[ I e j (ω t ) ] então podemos reescrever as relações entre corrente e tensão para o resistor, o capacitor e o indutor Para o resistor v= R i Substituindo os fasores na equação acima temos I =G V ou V =R I A relação também indica que, como R é um número real, o ângulo de fase entre a tensão e a corrente é nula, ou seja, θ 1 =θ 2. Para o capacitor i=c dv dt Substituindo os fasores na equação acima temos I =( j ω C) V ou V = 1 j C I Observe que as relações entre os fasores V e I no capacitor são algébricas. Isto leva ao conceito generalizado de resistência. A generalização da resistência no plano complexo é chamada de impedância (Z) e a generalização da condutância é chamada de admitância (Y). A parte imaginária de uma impedância se chama reatância (X) e a parte imaginária de uma admitância se chama susceptância (B). Sendo assim, em regime permanente senoidal o capacitor tem um comportamento de reatância capacitiva normalmente representado por X C. Observe que a reatância do capacitor é um número complexo então os fasores de tensão e corrente não terão o mesmo ângulo, ou seja, não estarão em fase. Observe também que a corrente sempre estará adiantada em relação à tensão de um ângulo de 90 o. Para o indutor v= L di dt Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 9

12 Substituindo os fasores na equação acima temos I = 1 j L V ou V = j L I Observe, novamente, que as relações entre os fasores V e I são algébricas. Assim o indutor também apresenta uma reatância indutiva normalmente representada por X L. Observe, ainda, que a reatância indutiva também é um número complexo e a fase entre tensão e corrente será de 90 o. Neste caso porém, diferente do capacitor, a corrente no indutor está atrasada com relação à tensão Análise de regime permanente senoidal Para regime permanente senoidal, analisado por fasores, valem as mesmas regras de análise utilizadas circuitos resistivos, pois as leis de Kirchhoff continuam sendo aplicadas. Assim sendo são válidas as mesmas considerações sobre linearidade e invariância com o tempo, o que inclui os teoremas de superposição, Thèvenin e Norton bem como associações de componentes e simplificações e, obviamente, os métodos de análise por correntes de malha e tensões de nó Superposição em regime permanente Para os casos de circuitos excitados com fontes senoidais, sejam elas de frequências iguais ou diferentes, podemos utilizar o princípio da superposição para obter a resposta da variável de rede desejada. A justificativa aqui é igual à estudda anteriormente porém se as senoides possuírem frequências diferentes não podemos somar diretamente os fasores, pois a soma de duas ou mais senoides de frequências distintas não é uma senoide. 9.5 Ressonância Efeito que ocorre quando a impedância é puramente real, ou seja, a reatância capacitiva se iguala em módulo à reatância indutiva (circuito série), ou a susceptância capacitiva se iguala em módulo a susceptância indutiva (circuito paralelo). Seja o circuito RLC paralelo da figura abaixo Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 10

13 cuja admitância, no formato Y =G j B, corresponde a Y = 1 R j C 1 j L onde G= 1 R e B= C 1 L Na ressonância B vale zero, ou seja, C 1 L =0 o que ocorre em 0 = 1 L C. Observe que num circuito ressonante paralelo a impedância do circuito LC é infinita e a impedância de um circuito LC ressonante série é zero. 9.6 Função de Rede Resposta em Frequência e Seletividade Em um circuito RLC paralelo com R=10W, L=5H e C=5F, onde i 0 corresponde a corrente total fornecida pela fonte e v 0 a tensão sobre os elementos do circuito, então Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 11

14 i 0 = 1 R j L j C 1 v 0 j i 0 =[ j R j 2 C 1 L ] v 0 j i 0 C [ = j 2 j R C 1 L C ] v 0 cujo polinômio característico é da forma s 2 0 Q S 2 0 onde 0 = 1 L C e 0 Q = 1 R C. Então Q= 0 R C = 1 L C R C= R C L. Assim Z = v 0 1 = i 0 1 R j C 1 j L Z = R 1 j Q 0 0 Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 12

15 corte Analisando a resposta em frequência deste sistema e buscando pelas frequências de Z 3dB = k 2 = k 1 Q = 1 Q =1 Q ±1=Q ± 0 Q 2 0=0 1,2 =± 0 2 Q ± Q 0 1,2 =± 0 2 Q ± Q 2 1 Se Q 1 então 1,2 =± 0 2 Q ± 0 Assumindo apenas as soluções positivas 1 = Q e 2 = Q Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 13

16 Isto determina um pico com largura de banda (BW), tal que BW = 2 1 = 0 Q A frequência do pico é dada por: d = = Q 2 O coeficiente de seletividade também pode ser visto como uma relação entre energia armazenada no circuito ressonante e a potência dissipada no resistor. Q= 0 2 = R C = C 0 0 G 1 0 C G 2 V C V 2 energia armazenada = 1 0 = 2 V V potência média dissipada no R R 9.7 Potência em regime permanente senoidal p t =v t i t Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 14

17 p t =V M cos t V I M cos t I p t = V I M M [cos V I cos 2 t V I ] 2 Observe que há um nível contínuo somado a uma oscilação de potência com o dobro da frequência de excitação. O nível médio da potência corresponde a p t = V I M M cos V I. 2 Dependendo do ângulo de fase é possível que a rede alimentada pela fonte de excitação senoidal absorva e forneça energia. Para capacitores e indutores o ângulo de fase entre V e I é de 90 o e a potência média é zero. Apesar disto a potência instantânea ora é positiva ora é negativa (toda energia absorvida é devolvida ao circuito). No caso de resistores o ângulo de fase entre V e I é zero e a potência instantânea nunca fica negativa (o resistor só absorve energia). Para circuitos RLC o ângulo de fase entre V e I é um valor intermediário e a rede dissipa parte da energia absorvida e devolve para a fonte parte da energia que ficou armazenada nos indutores e capacitores Potência complexa S= V I * 2 onde V e I são fasores S= V M e j V I M e j I 2 = V I M M j V I e 2 S = V M I M 2 é a potência aparente S= P j Q onde Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 15

18 S é a potência complexa (VA) P= V I M M cos V I é a potência média (W). 2 Q= V I M M sen V I é a potência reativa (VA ou VAR). 2 ϕ=cos( V I ) é o chamado fator de potência (determina quanto da potência entregue ao circuito está sendo armazenada e quanto está sendo dissipada transformada em trabalho) Valor eficaz Para um resistor ou rede cujo ângulo de fase entre V e I seja nulo p t = V M I M 2 se definirmos V EF = V M 2 e I EF = I M 2 então p t =V EF I EF Para outras funções não periódicas ou não senoidais o valor eficaz pode ser calculado como a raiz quadrada da média do sinal ao quadrado (valor RMS). X EF = 1 T T 0 X t 2 dt O sinal eficaz ou RMS esta relacionado com a energia do sinal e por isso é muito utilizado em diversas áreas da eletrônica. Os valores de tensão numa instalação elétrica residencial (220 ou 127 V) são valores eficazes e por isso podem ser utilizados diretamente para o cálculo de potências. Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 16

19 9.8 Máxima transferência de potência Seja um equivalente Thévenin com fonte de tensão V S e impedância Z S alimentando uma carga Z L. Qual o valor de Z L para a máxima transferência de energia entre o equivalente Thévenin e a carga? p= 1 2 I 2 R(Z L ) I= V S Z S Z L p= 1 2 V S 2 Z S +Z L 2 R(Z L) R L p= 1 2 V S 2 (R L + R S ) 2 +( X L + X S ) 2 R L p MÁX = 1 2 V S 2 ( R L +R S ) 2 então X L = X S p R L = 1 2 V S 2 (R L +R S )2 2 (R L +R S ) R L (R L +R S ) 4 =0 ou seja R L =R S p MÁX = V S 2 8 R S cuja eficiência máxima chega a 50%. Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 17

20 9.9 Normalização da Impedância Resistências, indutâncias e capacitâncias de circuitos podem ser consideradas como impedâncias normalizadas, que estão associadas a frequências normalizadas. Em muitas aplicações é possível calcular filtros e outros circuitos para um funcionamento normalizado. A transformação destas impedâncias e das frequências pode ser feito como indicado abaixo. valor desejado da impedância r n = valor da impedância do projeto normalizado freqüência desejada n = freqüência do projeto normalizado R=r n R 0 L= r n n L 0 C= C 0 r n n A vantagem desta estratégia é que um só gabarito de projeto serve para todos os projetos com qualquer frequência ou impedância. Projetos normalizados sofrem menos problemas numéricos e erros de arredondamento. Valores normalizados são mais fáceis de trabalhar do que valores reais. Exemplo: A figura abaixo mostra um filtro passa baixas com valores de componentes típicos de circuitos. A função de transferência V 2 / I 1 apresenta ganho unitário em baixas frequências, e frequência de corte em 1rad/s, conforme gráfico. Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 18

21 Supondo que este circuito tenha que ser adaptado para uma situação real onde a resistência de carga é 600W e a frequência de corte deve ser 3,5kHz. A desnormalização de frequências e impedâncias é realizada da seguinte maneira. valor desejado da impedância r n = valor da impedância do projeto normalizado = =600 freqüência desejada n = freqüência do projeto normalizado = 2 3,5 103 =2, R=r n R 0 =600 1=600 L 1 = r n n L 0 = 600 2, ,33=36, C 1 = C 0 1,5 = r n n 600 2, =0, e C 2 = C 0 0,5 = r n n 600 2, =0, Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 19

22 9.10 Exercícios 1) Considere os dois circuitos abaixo: a) calcule as funções de transferência H R (jw) = V R /V e H C (jw) = V C /V; b) esboce os gráficos de módulo e fase de H R (jw) e H C (jw); c) determine as frequências de corte para os dois circuitos. 2) Calcule a tensão sobre o indutor em regime permanente senoidal. Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 20

23 3) Para cada um dos pares de tensão e corrente corrente abaixo calcule a potência média nos terminais dos circuitos A e B; em cada caso diga em que direção (de A para B ou de B para A) flui a potência média calculada. a) v t =100 cos t 4, i t =20 cos t 12 b) v t =100 cos t 4, i t =20 cos t ) Para o circuito mostrado abaixo: a) Calcule Vo(t) em regime permanente; b) Qual o período de Vo(t)? c) A resposta está atrasada ou adiantada com relação a Vs(t)? d) Qual é o valor do avanço/atraso? Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 21

24 5) Para os sinais v t =10 2 cos 10 t e i t =0,45 cos 10 t 0,52 : a) Quem 4 está adiantado de quem? b)quantos graus? c) Quantos segundos? 6) Determinar Z L para a máxima transferência de energia. 7) Para o circuito abaixo, calcular Ix e Vx de regime permanente. permanente. 8) Calcule os valores de R8 e L3 para que I(t)=0. Considere o circuito em regime Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 22

25 9.11 Soluções 1) Considere os dois circuitos abaixo: a) calcule as funções de transferência H R (jw) = V R /V e H C (jw) = V C /V; b) esboce os gráficos de módulo e fase de H R (jw) e H C (jw); c) determine as frequências de corte para os dois circuitos. H R j = V R j V j = V j 1 j C R 1 R V j = j C R 1 j C R H R j = j C R j C R 1 1 j C R 1 j C R = 2 C 2 R 2 j C R 1 2 C 2 R 2 C R H R j = [ 1 C R 2 2 ] arctan C R H C j = V C j V j = V j 1 1 j C R j C 1 V j = 1 1 j R C 1 j C R 1 j C R H C j = 1 = 1 j C R 1 j C R 1 2 C 2 R 2 1 H C j = [ arctan C R ] 1 C R 2 Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 23

26 ordem. Compare estas respostas com aquelas obtidas do módulo de circuitos de primeira 2) Calcule a tensão sobre o indutor em regime permanente senoidal. Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 24

27 V 0,707 j 0,707 v L3 j = j L R 2 j L 3 = 3 40 j 200 0,06 j 200 0,06 = V L3 v L3 t = V L3 cos 200 t 3) Para cada um dos pares de tensão e corrente abaixo calcule a potência média nos terminais dos circuitos A e B; em cada caso diga em que direção (de A para B ou de B para A) flui a potência média calculada. a) v t =100 cos t 4, i t =20 cos t 12 b) v t =100 cos t 4, i t =20 cos t a) P= 1 2 v i MAX MAX cos v i = cos 45 o 15 o =500W 2 potência média fornecida por A b) P= 1 2 v i cos v i = MAX MAX cos 45 o 165 o = 866W 2 Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 25

28 potência média fornecida por B 4) Para o circuito mostrado abaixo: a) Calcule Vo(t) em regime permanente; b) Qual o período de Vo(t)? c) A resposta está atrasada ou adiantada com relação a Vs(t)? d) Qual é o valor do avanço/atraso? a) Vo j = Vs R 1 R j X R 1 = Vs R j R C C1 R 1 j R 2 C 1 R 2 R 2 j X C1 onde =2 500 b) Período=T = 1 f = s 5) Para os sinais v t =10 2 cos 10 t e i t =0,45 cos 10 t 0,52 : a) Quem 4 está adiantado de quem? b)quantos graus? c) Quantos segundos? a) A tensão está adiantada com relação a corrente. Desenhando os fasores que representam v e i e girando os fasores no sentido anti-horário percebe-se que o fasor de tensão cruza o eixo real positivo antes do fasor de corrente (normalmente se escolhe o fasor que leva ao menor ângulo entre os dois fasores). b) 75 0 ou 1,31 rad (se optarmos por dizer que a corrente está adiantada com relação a tensão, o ângulo seria ). c) Uma regra de três resolve o problema. Sabe-se que os cossenos variam a 10rad/s então 1,31 radiano demora 0,31 s Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 26

29 restante. 6) Para o circuito abaixo, retire Z L e calcule o equivalente Thévenin do circuito Colocando uma fonte de tensão de valor v no lugar de ZL e considerando que uma corrente i entra nesta fonte temos: Para o nó A, onde se ligam R, C 1 e L v A V R 1 v A j C 1 v A v j L =0 v A = j L V v R 1 j L 2 L C 1 1 Para o nó B, entre L, C 2 e v v v A j L v j C 2 i=0 v [ 1 j L R 1 L 2 j L 3 L 2 C 1 j C 2] = V 1 2 L C 1 j L i Comparando a equação acima com a de um equivalente Thévenin observa-se que: v Y TH =Y TH V TH i 7) Para o circuito abaixo, calcular Ix e Vx de regime permanente. Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 27

30 O problema só pode ser resolvido por superposição pois as fontes de corrente e tensão apresentam frequências diferentes. V2 rms ( j ω )= ,3 o, V2 =1000 j X L2 = j e j X C1 = j 4 V2 Ix V2 j = = ,3o = ,3o =10 90 o R 1 j X L2 j X C1 2 j ,3 o Vx V2 j = R 1 j X C1 Ix V2 = ,4 o o = ,4 o Ix V2 t =10 2 sen 1000 t Vx V2 t =20 10 sen 1000 t 63,4 o I2 rms ( j ω)= o, I2 =2000 j X C2 = j 2 Z EQ = j X L2 // R 1 j X C1 = 2 j 2 // j 2 =2 j 2 Vx I2 j =I 1 Z EQ R 2 j X C2 = o [ 2 j 2 j 2 2]= o Ix I2 j = I2 Z EQ = o o = 4 90 o j X L o Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 28

31 Ix I2 t =4 2sen 2000 t Vx I2 t =16 cos 2000 t 135 o Ix t =Ix V2 t Ix I2 t Vx t =Vx V2 t Vx I2 t permanente. 8) Calcule os valores de R8 e L3 para que I(t)=0. Considere o circuito em regime O circuito pode ser redesenhado como onde 1 R 7 j C Z 1 = R 7 // C2= 2 j R R 7 1 = 7 R 7 C 2 j j C 2 Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 29

32 Z 4 =R 8 j L 3 A corrente em Z L é zero se Z 1 Z 3 = Z 2 Z 4 j R 7 R 7 C 2 R 8 j L 3 =R 4 R 5 j R 7 R 8 j L 3 = R 4 R 5 R 7 C 2 R 7 L 3 j R 7 R 8 =R 4 R 5 R 7 C 2 j R 4 R 5 Assim R 1 L 3 = R 4 R 5 R 7 C 2 L 3 =R 4 R 5 C 2 e j R 7 R 8 = j R 4 R 5 R 8 = R 4 R 5 R 7 Circuitos Elétricos I EEL420 UFRJ 30

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica. Módulo 6

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica. Módulo 6 Universidade Federal do Rio de Janeiro Princípios de Instrumentação Biomédica Módulo 6 Steinmetz Tesla Hertz Westinghouse Conteúdo 6 - Análise de Regime Permanente Senoidal...1 6.1 - Números complexos...1

Leia mais

ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II

ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II Módulo III FASORES E IMPEDÂNCIA Números Complexos Forma Retangular: 2 Números Complexos Operações com o j: 3 Números Complexos Forma Retangular: z = x+jy sendo j=(-1)

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica. Módulo 5. Heaviside Dirac Newton

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica. Módulo 5. Heaviside Dirac Newton Universidade Federal do Rio de Janeiro Princípios de Instrumentação Biomédica Módulo 5 Heaviside Dirac Newton Conteúdo 5 - Circuitos de primeira ordem...1 5.1 - Circuito linear invariante de primeira ordem

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 11

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 11 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I EEL 420 Módulo Laplace Bode Fourier Conteúdo - Transformada de Laplace.... - Propriedades básicas da transformada de Laplace....2 - Tabela de

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 11

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 11 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I EEL 420 Módulo Laplace Bode Fourier Conteúdo - Transformada de Laplace.... - Propriedades básicas da transformada de Laplace....2 - Tabela de

Leia mais

Experiência 4 - Sinais Senoidais e Fasores

Experiência 4 - Sinais Senoidais e Fasores ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos PSI 3212 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS Edição 2017 Cinthia Itiki, Inés Pereyra, Marcelo Carreño Experiência

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia de Porto Alegre Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE DE CIRCUITOS II - ENG04031 Aula 10 - Espaço de Estados (II) e Circuitos sob Excitação

Leia mais

Aula 26. Introdução a Potência em CA

Aula 26. Introdução a Potência em CA Aula 26 Introdução a Potência em CA Valor eficaz - RMS Valor eficaz de uma corrente periódica é a CC que libera a mesma potência média para um resistor que a corrente periódica Potência média para um circuito

Leia mais

Circuitos Elétricos I

Circuitos Elétricos I Universidade Federal do ABC Eng. De Instrumentação, Automação e Robótica Circuitos Elétricos I Prof. Dr. José Luis Azcue Puma Excitação Senoidal e Fasores Impedância Admitância 1 Propriedades das Senóides

Leia mais

Circuitos Elétricos. Circuitos Contendo Resistência, Indutância e Capacitância. Prof.: Welbert Rodrigues

Circuitos Elétricos. Circuitos Contendo Resistência, Indutância e Capacitância. Prof.: Welbert Rodrigues Circuitos Elétricos Circuitos Contendo Resistência, Indutância e Capacitância Prof.: Welbert Rodrigues Introdução Serão estudadas as relações existentes entre as tensões e as correntes alternadas senoidais

Leia mais

Circuitos Elétricos I

Circuitos Elétricos I Universidade Federal do ABC Eng. De Instrumentação, Automação e Robótica Circuitos Elétricos I Prof. José Azcue; Dr. Eng. Excitação Senoidal e Fasores Impedância Admitância 1 Propriedades das Senóides

Leia mais

ELETROTÉCNICA (ENE078)

ELETROTÉCNICA (ENE078) UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Graduação em Engenharia Civil ELETROTÉCNICA (ENE078) PROF. RICARDO MOTA HENRIQUES E-mail: ricardo.henriques@ufjf.edu.br Aula Número: 20 Revisão da aula passada... Circuitos

Leia mais

Regime Permanente Senoidal

Regime Permanente Senoidal egime Permanente Senoidal onceito Em regime permanente senoidal U ( t) U máx. sen( t) ( t) máx. sen( t) egime Permanente Senoidal apacitor Em egime Permanente Senoidal Para um circuito em regime permanente

Leia mais

Eletricidade II. Aula 1. Resolução de circuitos série de corrente contínua

Eletricidade II. Aula 1. Resolução de circuitos série de corrente contínua Eletricidade II Aula 1 Resolução de circuitos série de corrente contínua Livro ELETRICIDADE II Avaliações Provas - 100 pontos lesp-ifmg.webnode.com 2 Conexão de um circuito série Um circuito série contém

Leia mais

Sumário CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA. Prof. Fábio da Conceição Cruz 21/10/ Introdução. 2. Formas de ondas alternadas senoidais

Sumário CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA. Prof. Fábio da Conceição Cruz 21/10/ Introdução. 2. Formas de ondas alternadas senoidais CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA Prof. Fábio da Conceição Cruz Sumário 1. Introdução 2. Formas de ondas alternadas senoidais 3. Respostas dos dispositivos às tensões senoidais 4. Potência em corrente alternada

Leia mais

PSI3213 CIRCUITOS ELÉTRICOS II Exercícios Complementares correspondentes à Matéria da 3 a Prova V 1 I 2 R 2

PSI3213 CIRCUITOS ELÉTRICOS II Exercícios Complementares correspondentes à Matéria da 3 a Prova V 1 I 2 R 2 PSI2 CIRCUITOS ELÉTRICOS II Exercícios Complementares correspondentes à Matéria da a Prova Considere uma instalação elétrica operando em regime permanente senoidal, representada pelo circuito da Figura.

Leia mais

Vamos considerar um gerador de tensão alternada ε(t) = ε m sen ωt ligado a um resistor de resistência R. A tensão no resistor é igual à fem do gerador

Vamos considerar um gerador de tensão alternada ε(t) = ε m sen ωt ligado a um resistor de resistência R. A tensão no resistor é igual à fem do gerador Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física Física III - Prof. Dr. Ricardo uiz Viana Referências bibliográficas: H. 36-1, 36-3, 36-4, 36-5, 36-6 S. 32-2, 32-3, 32-4,

Leia mais

Análise de Circuitos 2

Análise de Circuitos 2 Análise de Circuitos 2 Introdução (revisão) Prof. César M. Vargas Benítez Departamento Acadêmico de Eletrônica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 1 Análise de Circuitos 2 - Prof. César

Leia mais

Corrente alternada. Prof. Fábio de Oliveira Borges

Corrente alternada. Prof. Fábio de Oliveira Borges Corrente alternada Prof. Fábio de Oliveira Borges Curso de Física II Instituto de Física, Universidade Federal Fluminense Niterói, Rio de Janeiro, Brasil https://cursos.if.uff.br/!fisica2-0117/doku.php

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 6

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 6 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I EEL 420 Módulo 6 Heaviside Dirac Newton Conteúdo 6 Circuitos de primeira ordem...1 6.1 Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 6.1.1

Leia mais

Potência em CA AULA II. Vitória-ES

Potência em CA AULA II. Vitória-ES INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA Potência em Corrente Alternada II - 1-25. 14 Curso Técnico em Eletrotécnica Potência (CA) 1. Revisão; 2. Triângulo das

Leia mais

Aquino, Josué Alexandre.

Aquino, Josué Alexandre. Aquino, Josué Alexandre. A657e Eletrotécnica para engenharia de produção : análise de circuitos : corrente e tensão alternada / Josué Alexandre Aquino. Varginha, 2015. 53 slides; il. Sistema requerido:

Leia mais

LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA LTE. Aula 4 Conceitos Básicos da Transmissão em Corrente Alternada

LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA LTE. Aula 4 Conceitos Básicos da Transmissão em Corrente Alternada LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA LTE Aula 4 Conceitos Básicos da Transmissão em Corrente Alternada Tópicos da Aula Tensões e Correntes Variantes no Tempo Sistema em Regime Permanente Senoidal Interpretação

Leia mais

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Retificadores. Prof. Clóvis Antônio Petry.

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Retificadores. Prof. Clóvis Antônio Petry. Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Retificadores Potência em CA Prof. Clóvis Antônio Petry. Florianópolis, agosto de 2007. Nesta aula Capítulo 19: Potência

Leia mais

ELETRICIDADE APLICADA RESUMO DE AULAS PARA A 2ª PROVA

ELETRICIDADE APLICADA RESUMO DE AULAS PARA A 2ª PROVA ELETRICIDADE APLICADA RESUMO DE AULAS PARA A 2ª PROVA Eletricidade Aplicada I 12ª Aula Corrente Alternada Corrente Alternada: Introdução A expressão em função do tempo é: v(t)=v máx sen(wt+a). V máx é

Leia mais

I φ= V φ R. Fazendo a mesma análise para um circuito indutivo, se aplicarmos uma tensão v(t) = V m sen(ωt + I (φ 90)= V φ X L

I φ= V φ R. Fazendo a mesma análise para um circuito indutivo, se aplicarmos uma tensão v(t) = V m sen(ωt + I (φ 90)= V φ X L Impedância Em um circuito de corrente alternada puramente resistivo, vimos que, se uma tensão v(t) = V m sen(ωt + ), a corrente que fluirá no resistor será i(t) = I m sen(ωt + ), onde I m = V m /R. Representando

Leia mais

Circuitos Elétricos. Dispositivos Básicos e os Fasores. Prof. Me. Luciane Agnoletti dos Santos Pedotti

Circuitos Elétricos. Dispositivos Básicos e os Fasores. Prof. Me. Luciane Agnoletti dos Santos Pedotti Circuitos Elétricos Dispositivos Básicos e os Fasores Prof. Me. Luciane Agnoletti dos Santos Pedotti Fasores Método válido porém longo é somar algebricamente as ordenadas em cada ponto ao longo da abscissa.

Leia mais

Unidade III. 2. Circuitos mistos: RL, RC, RLC. Ressonância. Circuitos série-paralelo. Circuitos CA

Unidade III. 2. Circuitos mistos: RL, RC, RLC. Ressonância. Circuitos série-paralelo. Circuitos CA Unidade III 2. Circuitos mistos: RL, RC, RLC. Ressonância. Circuitos série-paralelo. Circuito RL Circuitos RL são formados por resistências e indutâncias, em série ou paralelo. São usados para representar

Leia mais

Circuitos com excitação Senoidal

Circuitos com excitação Senoidal MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Leia mais

Corrente Alternada. Circuitos Monofásicos (Parte 2)

Corrente Alternada. Circuitos Monofásicos (Parte 2) Corrente Alternada. Circuitos Monofásicos (Parte 2) SUMÁRIO Sinais Senoidais Circuitos CA Resistivos Circuitos CA Indutivos Circuitos CA Capacitivos Circuitos RLC GERADOR TRIFÁSICO Gerador Monofásico GRÁFICO

Leia mais

PSI.3031 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELETRICOS INTRODUÇÃO TEÓRICA EXPERIÊNCIA 10: REDES DE SEGUNDA ORDEM

PSI.3031 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELETRICOS INTRODUÇÃO TEÓRICA EXPERIÊNCIA 10: REDES DE SEGUNDA ORDEM ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos PSI - EPUSP PSI.3031 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELETRICOS INTRODUÇÃO TEÓRICA Edição 2017 E.Galeazzo / L.Yoshioka

Leia mais

= 2πf é a freqüência angular (medida em rad/s) e f é a freqüência (medida

= 2πf é a freqüência angular (medida em rad/s) e f é a freqüência (medida 44 2. Roteiros da Segunda Sequência Experimento 1: Circuito RLC e Ressonância 2.1.1 Objetivos Fundamentar o conceito de impedância; Obter a frequência de ressonância em um circuito RLC; Obter a indutância

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7040 Circuitos Elétricos I - Laboratório

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7040 Circuitos Elétricos I - Laboratório UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7040 Circuitos Elétricos I - Laboratório AULA 05 SEGUNDA PARTE OSCILOSCÓPIO 1 INTRODUÇÃO Nas aulas anteriores de laboratório

Leia mais

Corrente alternada em Circuitos monofásicos

Corrente alternada em Circuitos monofásicos Corrente alternada em Circuitos monofásicos Forma de onda A forma de onda de uma grandeza elétrica é representada pelo respectivo gráfico em função do tempo. Por exemplo, a tensão u 1 (t) dada por: u 1

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420 16/04/2015

Circuitos Elétricos I EEL420 16/04/2015 Circuitos Elétricos I EE420 16/04/2015 Nome: 1) COOQUE SEU NOME E NUMERE AS FOHAS DOS CADERNOS DE RESPOSTA 2) RESPONDA AS QUESTÕES EM ORDEM UTIIZANDO ATÉ 2 PÁGINAS POR QUESTÃO (NO MÁXIMO 3) 3) REDESENHE

Leia mais

T7 - Oscilações forçadas. sen (3)

T7 - Oscilações forçadas. sen (3) Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T7 FÍSICA EXPERIMENTAL I - 2007/08 OSCILAÇÕES FORÇADAS NUM CIRCUITO RLC 1. Objectivo Estudar um circuito RLC série ao qual é aplicada

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I - EEL420. Módulo 7

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I - EEL420. Módulo 7 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I - EEL420 Módulo 7 Musschenbroek Green Gauss Edison Tesla Lorentz Conteúdo 7 - Circuitos de Segunda Ordem...1 7.1 - Circuito RLC linear e invariante

Leia mais

Corrente alternada. Prof. Fábio de Oliveira Borges

Corrente alternada. Prof. Fábio de Oliveira Borges Corrente alternada Prof. Fábio de Oliveira Borges Curso de Física II Instituto de Física, Universidade Federal Fluminense Niterói, Rio de Janeiro, Brasil https://cursos.if.uff.br/!fisica2-0217/doku.php

Leia mais

Circuito RLC série FAP

Circuito RLC série FAP Circuito RLC série Vamos considerar um circuito com um indutor puro e um capacitor puro ligados em série, em que o capacitor está carregado no instante t. Como inicialmente o capacitor está com a carga

Leia mais

UTFPR DAELN CORRENTE ALTERNADA, REATÂNCIAS, IMPEDÂNCIA & FASE

UTFPR DAELN CORRENTE ALTERNADA, REATÂNCIAS, IMPEDÂNCIA & FASE UTFPR DAELN CORRENTE ALTERNADA, REATÂNCIAS, IMPEDÂNCIA & FASE 1) CORRENTE ALTERNADA: é gerada pelo movimento rotacional de um condutor ou um conjunto de condutores no interior de um campo magnético (B)

Leia mais

Sumário. CAPÍTULO 1 A Natureza da Eletricidade 13. CAPÍTULO 2 Padronizações e Convenções em Eletricidade 27. CAPÍTULO 3 Lei de Ohm e Potência 51

Sumário. CAPÍTULO 1 A Natureza da Eletricidade 13. CAPÍTULO 2 Padronizações e Convenções em Eletricidade 27. CAPÍTULO 3 Lei de Ohm e Potência 51 Sumário CAPÍTULO 1 A Natureza da Eletricidade 13 Estrutura do átomo 13 Carga elétrica 15 Unidade coulomb 16 Campo eletrostático 16 Diferença de potencial 17 Corrente 17 Fluxo de corrente 18 Fontes de eletricidade

Leia mais

Circuitos RLC com corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda

Circuitos RLC com corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda Circuitos RLC com corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda 9 9.1 Material resistores de 560 Ω e 2,2 kω; capacitor de 10 nf; indutor de 23,2 mh. 9.2 Introdução A ressonância

Leia mais

Circuitos RLC com corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda

Circuitos RLC com corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda Circuitos RLC com corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda 8 8.1 Material Gerador de funções; osciloscópio; multímetros digitais (de mão e de bancada); resistor de 1 kω; capacitor

Leia mais

Circuitos RLC com corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda

Circuitos RLC com corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda Experimento 8 Circuitos RLC com corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda 8.1 Material Gerador de funções; osciloscópio; multímetros digitais (de mão e de bancada); resistor

Leia mais

2) Em qual frequência, uma bobina de indutância 20mH terá uma reatância com módulo de 100Ω? E com módulo de 0Ω?

2) Em qual frequência, uma bobina de indutância 20mH terá uma reatância com módulo de 100Ω? E com módulo de 0Ω? Professor: Caio Marcelo de Miranda Turma: T11 Nome: Data: 05/10/2016 COMPONENTES PASSIVOS E CIRCUITOS RL, RC E RLC EM CORRENTE ALTERNADA graus. Observação: Quando não informado, considere o ângulo inicial

Leia mais

Capítulo 12. Potência em Regime Permanente C.A.

Capítulo 12. Potência em Regime Permanente C.A. Capítulo Potência em Regime Permanente C.A. . Potência Média Em circuitos lineares cujas entradas são funções periódicas no tempo, as tensões e correntes em regime permanente produzidas são periódicas.

Leia mais

Experimento 10 Circuitos RLC em corrente alternada: ressonância

Experimento 10 Circuitos RLC em corrente alternada: ressonância Experimento 10 Circuitos RLC em corrente alternada: ressonância 1. OBJETIVO O objetivo desta aula é estudar o comportamento de circuitos RLC em presença de uma fonte de alimentação de corrente alternada.

Leia mais

Potência em Corrente Alternada

Potência em Corrente Alternada Potência em Corrente Alternada Evandro Bastos dos Santos 22 de Maio de 2017 (Esse material pode ser ministrado em duas aulas) 1 Introdução A discussão sobre potência que vimos nas aulas anteriores é apenas

Leia mais

FIS1053 Projeto de Apoio Eletromagnetismo 23-Maio Lista de Problemas 12 -Circuito RL, LC Corrente Alternada.

FIS1053 Projeto de Apoio Eletromagnetismo 23-Maio Lista de Problemas 12 -Circuito RL, LC Corrente Alternada. FIS53 Projeto de Apoio Eletromagnetismo 23-Maio-2014. Lista de Problemas 12 -Circuito RL, LC Corrente Alternada. QUESTÃO 1: Considere o circuito abaixo onde C é um capacitor de pf, L um indutor de μh,

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 10

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 10 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I EEL 40 Módulo 10 Drawing of Michael Faraday's 1831 experiment showing electromagnetic induction between coils of wire, using 19th century apparatus,

Leia mais

BC 1519 Circuitos Elétricos e Fotônica

BC 1519 Circuitos Elétricos e Fotônica BC 1519 Circuitos Elétricos e Fotônica Circuitos em Corrente Alternada 013.1 1 Circuitos em Corrente Alternada (CA) Cálculos de tensão e corrente em regime permanente senoidal (RPS) Conceitos de fasor

Leia mais

Revisão de Eletricidade

Revisão de Eletricidade Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Pós-Graduação em Desen. de Produtos Eletrônicos Conversores Estáticos e Fontes Chaveadas Revisão

Leia mais

Eletromagnetismo - Instituto de Pesquisas Científicas

Eletromagnetismo - Instituto de Pesquisas Científicas ELETROMAGNETISMO Vimos que a dissipação de energia num circuito nos fornece uma condição de amortecimento. Porém, se tivermos uma tensão externa que sempre forneça energia ao sistema, de modo que compense

Leia mais

CIRCUITOS ELÉTRICOS. Aula 06 POTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA

CIRCUITOS ELÉTRICOS. Aula 06 POTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA CIRCUITOS ELÉTRICOS Aula 06 POTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA Introdução Potência em corrente Alternada: Quando falamos em potência em circuitos de corrente alternada, temos que ser específicos sobre qual

Leia mais

Cap. 2 Hart, Eletrônica de Potência. Cálculos de potência

Cap. 2 Hart, Eletrônica de Potência. Cálculos de potência Cap. 2 Hart, Eletrônica de Potência Cálculos de potência Material auxiliar Revisão de circuitos RL Me Salva! RLC10 - Indutores: Introdução https://www.youtube.com/watch?v=yaicexbwtgg Me Salva! RLC11 -

Leia mais

5 a Aula de Exercícios

5 a Aula de Exercícios 5 a Aula de Exercícios PSI3213: Circuitos Elétricos II Monitores: Daniela B. Silva (daniela.brasil@usp.br) Rodrigo M. Rodrigues (rodrigo.magalhaes.alves@usp.br) Aula proposta por Flávio R. M. Pavan 09

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos PSI - EPUSP

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos PSI - EPUSP ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos PSI - EPUSP PSI.31 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELETRICOS INTRODUÇÃO TEÓRICA Edição 018 EXPERIÊNCIA 10: REDES

Leia mais

Programa de engenharia biomédica. Princípios de instrumentação biomédica cob 781

Programa de engenharia biomédica. Princípios de instrumentação biomédica cob 781 Programa de engenharia biomédica Princípios de instrumentação biomédica cob 781 5 Circuitos de primeira ordem 5.1 Circuito linear invariante de primeira ordem resposta a excitação zero 5.1.1 O circuito

Leia mais

Verificando a parte imaginária da impedância equivalente na forma complexa

Verificando a parte imaginária da impedância equivalente na forma complexa Aula 7 Circuitos RLC Objetivos Aprender analisar circuitos RLC em série e em paralelo em corrente alternada, utilizando as diversas formas de representação: números complexos, forma matemática, forma de

Leia mais

Oscilações Eletromagnéticas e Corrente Alternada

Oscilações Eletromagnéticas e Corrente Alternada Cap. 31 Oscilações Eletromagnéticas e Corrente Alternada Copyright 31-1 Oscilações Eletromagnéticas Oito estágios em um ciclo de oscilação de um circuito LC sem resistência. Os histogramas mostram a energia

Leia mais

Revisão de Eletricidade

Revisão de Eletricidade Departamento Acadêmico de Eletrônica Pós-Graduação em Desen. de Produtos Eletrônicos Conversores Estáticos e Fontes Chaveadas Revisão de Eletricidade Prof. Clóvis Antônio Petry. Florianópolis, fevereiro

Leia mais

Resistores e CA. sen =. logo

Resistores e CA. sen =. logo Resistores e CA Quando aplicamos uma voltagem CA em um resistor, como mostrado na figura, uma corrente irá fluir através do resistor. Certo, mas quanta corrente irá atravessar o resistor. Pode a Lei de

Leia mais

Universidade Federal de Itajubá EEL 012 Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia

Universidade Federal de Itajubá EEL 012 Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia Universidade Federal de Itajubá EEL 012 Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia Guia da 2 a aula prática 2014 Carga RLC Monofásica Assunto: - Medição de potência em carga RLC monofásica e correção

Leia mais

Lista de Exercícios 3 - Circuitos Elétricos II

Lista de Exercícios 3 - Circuitos Elétricos II Lista de Exercícios 3 - Circuitos Elétricos II Tópicos: Potência instantânea, Potência Média, Valor Médio e Eficaz, Potência Aparente, Potência Ativa, Potência Reativa, Fator de Potência, Potência Complexa.

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I EEL420 Conteúdo 2 - Elementos básicos de circuito e suas associações...1 2.1 - Resistores lineares e invariantes...1 2.1.1 - Curto circuito...2

Leia mais

Homepage:

Homepage: Circuitos Elétricos 2 Circuitos Elétricos Aplicados Prof. Dr.-Ing. João Paulo C. Lustosa da Costa (UnB) Departamento de Engenharia Elétrica (ENE) Caixa Postal 4386 CEP 70.919-970, Brasília - DF Homepage:

Leia mais

ENGC25 - ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II

ENGC25 - ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II ENGC25 - ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II Módulo IV POTÊNCIA E VALOR EFICAZ UFBA Curso de Engenharia Elétrica Prof. Eugênio Correia Teixeira Potência Instantânea Potência entregue a um elemento em um

Leia mais

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua.

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua. Capítulo 6 Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua. 6.1 Material Gerador de funções; osciloscópio; multímetro; resistor de 1 kω; indutores de 9,54, 23,2 e 50 mh. 6.2 Introdução

Leia mais

1 SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DO LIVRO CIRCUITOS POLIFÁSICOS

1 SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DO LIVRO CIRCUITOS POLIFÁSICOS 1 SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DO LIVRO CIRCUITOS POLIFÁSICOS Profs. Wilson Gonçalves de Almeida & Francisco Damasceno Freitas Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de Brasília - UnB O presente texto

Leia mais

Notas de aula da disciplina de Ana lise de Circuitos 2

Notas de aula da disciplina de Ana lise de Circuitos 2 1 Notas de aula da disciplina de Ana lise de Circuitos 2 Prof. Luciano Baracho Rocha Maio de 2016 Sumário Potência aparente e fator de potência... 2 Exercício 1:... 4 Exercício 2:... 5 Potência Complexa...

Leia mais

Lista de exercícios ENG04042 Tópicos 3.1 a 5.3. a corrente se atrasa em relação a v.

Lista de exercícios ENG04042 Tópicos 3.1 a 5.3. a corrente se atrasa em relação a v. 1) Um indutor de 10 mh tem uma corrente, i = 5cos(2000 t ), obtenha a tensão vl. V = 100 sen(2000 t ) V L 2) Um circuito série com R=10 Ω e L=20 mh, tem uma corrente de i = 2s en(500 t ). Calcule a tensão

Leia mais

26/06/17. Ondas e Linhas

26/06/17. Ondas e Linhas 26/06/17 1 Ressonadores em Linhas de Transmissão (pags 272 a 284 do Pozar) Circuitos ressonantes com elementos de parâmetros concentrados Ressonadores com linhas de transmissão em curto Ressonadores com

Leia mais

Curso Técnico em Eletrotécnica Impedância e o Diagrama de Fasores. Vitória-ES

Curso Técnico em Eletrotécnica Impedância e o Diagrama de Fasores. Vitória-ES INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA Impedância e o Diagrama de Fasores -1-19. 9 Curso Técnico em Eletrotécnica Impedância e o Diagrama de Fasores Circuitos

Leia mais

Aula 5 Análise de circuitos indutivos em CA circuitos RL

Aula 5 Análise de circuitos indutivos em CA circuitos RL Aula 5 Análise de circuitos indutivos em CA circuitos RL Objetivos Aprender analisar circuitos RL em série e em paralelo em corrente alternada, utilizando as diversas formas de representação: números complexos,

Leia mais

Experimento 9 Circuitos RLC em série e em paralelo em corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda

Experimento 9 Circuitos RLC em série e em paralelo em corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e rejeita-banda Experimento 9 Circuitos C em série e em paralelo em corrente alternada: ressonância e filtros passa-banda e reeita-banda. OBJETIO Parte A:Circuitos C em série Circuitos contendo indutores e capacitores

Leia mais

Circuitos Elétricos. Dispositivos Básicos e os Fasores. Prof. Dr. Eduardo Giometti Bertogna

Circuitos Elétricos. Dispositivos Básicos e os Fasores. Prof. Dr. Eduardo Giometti Bertogna Circuitos Elétricos Dispositivos Básicos e os Fasores Prof. Dr. Eduardo Giometti Bertogna Fasores Método válido porém longo é somar algebricamente as ordenadas em cada ponto ao longo da abscissa. Fasores

Leia mais

Experimento 7 Circuitos RC e RL em corrente alternada. Parte A: Circuito RC em corrente alternada

Experimento 7 Circuitos RC e RL em corrente alternada. Parte A: Circuito RC em corrente alternada Experimento 7 Circuitos RC e RL em corrente alternada 1. OBJETIO Parte A: Circuito RC em corrente alternada O objetivo desta aula é estudar o comportamento de circuitos RC em presença de uma fonte de alimentação

Leia mais

Usar em toda a prova as aproximações: 3, 2 1,4 e 3 1,7

Usar em toda a prova as aproximações: 3, 2 1,4 e 3 1,7 A Física Teórica II Terceira Prova 2. semestre de 2016 07/01/2017 ALUNO TURMA PROF. ATENÇÃO LEIA ANTES DE FAZER A PROVA 1 Assine antes de começar a prova. 2 Os professores não poderão responder a nenhuma

Leia mais

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal Experimento 5 Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal 5.1 Material Gerador de funções; osciloscópio; multímetro; resistor de 1 kω; indutores de 9,54, 23,2 e 50 mh. 5.2 Introdução Nas aulas anteriores

Leia mais

Lista de exercícios de: Circuitos Elétricos de Corrente Alternada Prof.: Luís Fernando Pagotti

Lista de exercícios de: Circuitos Elétricos de Corrente Alternada Prof.: Luís Fernando Pagotti nome: Parte I Conceitos de Corrente Alternada e de Transformada Fasorial 1 a Questão: (a) Converta as ondas senoidais de tensão e corrente em seus respectivos fasores, indicando-os em um diagrama fasorial.

Leia mais

Física Teórica II. Terceira Prova 2º. semestre de /11/2017 ALUNO : Gabarito NOTA DA PROVA TURMA: PROF. :

Física Teórica II. Terceira Prova 2º. semestre de /11/2017 ALUNO : Gabarito NOTA DA PROVA TURMA: PROF. : Física Teórica II Terceira Prova 2º. semestre de 2017 09/11/2017 ALUNO : Gabarito TURMA: PROF. : NOTA DA PROVA ATENÇÃO LEIA ANTES DE FAZER A PROVA 1 Assine a prova antes de começar. 2 Os professores não

Leia mais

Lista de Exercícios P1. Entregar resolvida individualmente no dia da 1ª Prova. a) 25Hz b) 35MHz c) 1Hz d)25khz. a) 1/60s b) 0,01s c) 35ms d) 25µs

Lista de Exercícios P1. Entregar resolvida individualmente no dia da 1ª Prova. a) 25Hz b) 35MHz c) 1Hz d)25khz. a) 1/60s b) 0,01s c) 35ms d) 25µs 1 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Campo Mourão Engenharia Eletrônica LT34C - Circuitos Elétricos Prof. Dr. Eduardo G Bertogna Lista de Exercícios P1 Entregar resolvida individualmente

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I - EEL420. Módulo 5

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I - EEL420. Módulo 5 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I - EEL420 Módulo 5 Faraday Lenz Henry Weber Maxwell Oersted Conteúdo 5 Capacitores e Indutores...1 5.1 Capacitores...1 5.2 Capacitor linear e

Leia mais

Eletricidade Aplicada. Aulas Teóricas Professor: Jorge Andrés Cormane Angarita

Eletricidade Aplicada. Aulas Teóricas Professor: Jorge Andrés Cormane Angarita Eletricidade Aplicada Aulas eóricas Professor: Jorge Andrés Cormane Angarita Análise da Potência Eletricidade Aplicada Introdução Existem duas formas de calcular a potência fornecida ou recebida por um

Leia mais

Aula 3 Corrente alternada circuitos básicos

Aula 3 Corrente alternada circuitos básicos Aula 3 Corrente alternada circuitos básicos Objetivos Aprender os princípios básicos de corrente alternada. Aprender a analisar circuitos puros em corrente alternada utilizando as diversas formas de representação

Leia mais

Fontes senoidais. Fontes senoidais podem ser expressar em funções de senos ou cossenos A função senoidal se repete periodicamente

Fontes senoidais. Fontes senoidais podem ser expressar em funções de senos ou cossenos A função senoidal se repete periodicamente Aula 23 Fasores I Fontes senoidais Exemplo de representações de fontes senoidais Fontes senoidais podem ser expressar em funções de senos ou cossenos A função senoidal se repete periodicamente v t = V

Leia mais

Capítulo 10. Excitação Senoidal e Fasores

Capítulo 10. Excitação Senoidal e Fasores Capítulo 0 Excitação Senoidal e Fasores 0. Propriedades das Senóides: Onda senoidal: ( t) sen( t) v ω Aplitude Freqüência angular ω [rad/s] - π/ω π/ω t Senóide é ua função periódica: Período: T π/ω Freqüência:

Leia mais

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal 5 5.1 Material Gerador de funções; osciloscópio; multímetro; resistor de 1 kω; indutores de 9,54, 23,2 e 50 mh. 5.2 Introdução Nas aulas anteriores estudamos

Leia mais

A energia total do circuito é a soma da potencial elétrica e magnética

A energia total do circuito é a soma da potencial elétrica e magnética Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física Física III - Prof. Dr. Ricardo Luiz Viana Referências bibliográficas: H. 35-, 35-4, 35-5, 35-6 S. 3-6, 3-7 T. 8-4 Aula 7 Circuitos

Leia mais

Oscilações Eletromagnéticas e Corrente Alternada

Oscilações Eletromagnéticas e Corrente Alternada Oscilações Eletromagnéticas e Corrente Alternada Oscilações LC Introdução Nos dois tipos de circuito estudados até agora (C e L), vimos que a carga, a corrente e a diferença de potencial crescem ou decrescem

Leia mais

Eletricidade Geral. Guia de Estudos P1

Eletricidade Geral. Guia de Estudos P1 Eletricidade Geral Guia de Estudos P1 1. Revisão de Elétrica Campo elétrico: E = # $%&' ( Força elétrica: F *+ = # - $%&' ( q / Potencial elétrico: independente dos corpos que está interagindo, só é função

Leia mais

Circuitos Elétricos II

Circuitos Elétricos II Universidade Federal do ABC Eng. de Instrumentação, Automação e Robótica Circuitos Elétricos II José Azcue, Prof. Dr. Ganho e Deslocamento de Fase Função de Rede (ou de Transferência) Estabilidade 1 Definições

Leia mais

Experimento 5 Circuitos RLC com onda quadrada

Experimento 5 Circuitos RLC com onda quadrada Experimento 5 Circuitos RLC com onda quadrada 1. OBJETIVO O objetivo desta aula é estudar a variação de voltagem nas placas de um capacitor, em função do tempo, num circuito RLC alimentado com onda quadrada.

Leia mais

CIRCUITOS ELÉTRICOS I PROGRAMAÇÃO 02/16

CIRCUITOS ELÉTRICOS I PROGRAMAÇÃO 02/16 CIRCUITOS ELÉTRICOS I PROGRAMAÇÃO 02/16 - Introdução - Método de avaliação - Data das provas: P1: 04/10/16 P2: 08/11/16 P3: 22/11/16 (somente para faltosos) - Suspensão de aulas: 09/08/16, 16/08/16, 15/11/16

Leia mais

Experimento 7 Circuitos RC e RL em corrente alternada. Parte A: Circuito RC em corrente alternada

Experimento 7 Circuitos RC e RL em corrente alternada. Parte A: Circuito RC em corrente alternada Experimento 7 ircuitos R e RL em corrente alternada Parte A: ircuito R em corrente alternada 1 OBJETIO O objetivo desta aula é estudar o comportamento de circuitos R em presença de uma fonte de alimentação

Leia mais

Teoria de Eletricidade Aplicada

Teoria de Eletricidade Aplicada 1/34 Teoria de Eletricidade Aplicada Considerações sobre a Corrente Alternada (CA) Prof. Jorge Cormane Engenharia de Energia 2/34 SUMÁRIO 1. Introdução 2. Formas de Onda 3. Funções Senoidais 4. Valor Médio

Leia mais

Eletricidade e Magnetismo II 2º Semestre/2014 Experimento 6: RLC Ressonância

Eletricidade e Magnetismo II 2º Semestre/2014 Experimento 6: RLC Ressonância Eletricidade e Magnetismo II º Semestre/014 Experimento 6: RLC Ressonância Nome: Nº USP: Nome: Nº USP: Nome: Nº USP: 1. Objetivo Observar o fenômeno de ressonância no circuito RLC, verificando as diferenças

Leia mais

PUC-RIO CB-CTC. P3 DE ELETROMAGNETISMO quarta-feira. Nome : Assinatura: Matrícula: Turma:

PUC-RIO CB-CTC. P3 DE ELETROMAGNETISMO quarta-feira. Nome : Assinatura: Matrícula: Turma: P3 1/6/13 PUC-IO CB-CTC P3 DE ELETOMAGNETISMO 1.6.13 quarta-feira Nome : Assinatura: Matrícula: Turma: NÃO SEÃO ACEITAS ESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS E CÁLCULOS EXPLÍCITOS. Não é permitido destacar folhas

Leia mais

RESOLUÇÃO DA LISTA II P3

RESOLUÇÃO DA LISTA II P3 RESOLUÇÃO DA LISTA II P3 9.25) Determine a expressão em regime permanente i o (t) no circuito abaixo se v s = 750cos (5000t)mV Z L = jωl = 40 0 3 5000 Z L = 200j Z C = jωc = j 5000 0,4 0 6 Z C = 500j Sabemos

Leia mais

Circuitos RLC alimentados com onda quadrada

Circuitos RLC alimentados com onda quadrada Circuitos RLC alimentados com onda quadrada 8 8.1 Material capacitor de 10 nf; resistores de 100 Ω; indutor de 23,2 mh; potenciômetro. 8.2 Introdução Nos experimentos anteriores estudamos o comportamento

Leia mais