RESPOSTAS DA 1ª LISTA DE EXERCÍCIOS

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1 SEMIÓTICA E SISTEMAS INTELIGENTES Tiago Agostinho de Almeida RESPOSTAS DA 1ª LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Eu entendo por inteligência a capacidade de decisão que os seres humanos possuem, onde dado um conjunto de elementos, nós somos capazes de separar aqueles que atendem nossa necessidade. Esse conceito pode ser associado a um sistema através da conexão de dispositivos sensoriais que processem e enviem os dados obtidos do ambiente para o sistema e este, por sua vez, possa processar esses dados semelhantemente ao processamento realizado pela mente humana. 2 Compostos materiais, compostos orgânicos, células, animais e o homem são alguns exemplos de sistemas da natureza que podem exibir inteligência. Estes sistemas se diferenciam de sistemas artificiais, pois sua inteligência é autônoma, ou seja, não precisou ser criada por outro sistema. Sistemas inteligentes naturais diferenciam-se dos artificiais pois são capazes de analisar situações, sua inteligência não é sintática. 3 Uma das vertentes mais recentes no estudo dos sistemas inteligentes, identifica a capacidade de processar signos como a fonte da inteligência, em todas as classes de sistemas, ou seja, um sistema é inteligente porque processa signos. Sua inteligência dependerá da quantidade e dos tipos de signos que está apto a processar. Portanto, estudar a Semiótica é a chave para o entendimento dos Sistemas Inteligentes e a criação de sistemas que sejam mais inteligentes. 4 Aristóteles classificou em 10 as categorias do pensamento: substâncias, quantidades, qualidades, relações, lugares, períodos de tempo, posições, estados, ações ou efeitos. Hoje sabemos que essas categorias não são capazes de classificar todos os pensamentos, por exemplo: Ondas Eletromagnéticas não se encaixa em nenhuma das categorias descritas por Aristóteles. 5 Leibniz seguiu o mesmo princípio do átomo para explicar a Mônada, que segundo ele, corresponde àquela substância simples, que é utilizada para a formação de compostos. Por simples, se entende que não pode ter partes indecomponível. A utilidade desse princípio para a Semiótica é que, segundo Leibniz, o mesmo conceito também se aplica aos pensamentos, ou seja, eles não aparecem do nada, mas são gerados a partir de outros pensamentos. 6 Os elementos primitivos do pensamento segundo Kant, são as intuições e os conceitos e, segundo a sua teoria a Sensibilidade e o Entendimento são mecanismos complementares e independentes de geração do pensamento, onde a Sensibilidade gera as intuições e o Entendimento pode gerar conceitos ou intuições intelectuais. 7 Juízos são proposições acerca do mundo real, que podem ter uma crença em termos de veracidade ou falsidade. Os Juízos que dependem da experiência para comprovar se são falsos ou verdadeiros são chamados de A posteriori e os que não dependem da experiência são chamados de Juízos A priori. O problema em se admitir a existência de Juízos Sintéticos A priori é a necessidade de acreditar na existência de intuições geradas pela mente para acomodar o manifold de sensações geradas pela sensibilidade. 8 Lógica Transcendental são regras específicas para o tratamento de objetos a priori. Ela é a única regra para que trata esse tipo de objetos, uma vez que, as demais lógicas são específicas para o tratamento de objetos a posteriori. 9 São 12 as categorias do pensamento segundo Kant, elas são: - Quantidade: Unidade, Pluralidade, Totalidade;

2 - Qualidade: Realidade, Negação, Limitação; - Relação: Subsistência e Inerência, Causalidade e Dependência, Comunalidade; - Modalidade: Possibilidade e Impossibilidade, Existência e Inexistência, Necessidade e Contingência; 10 Segundo Locke, Idéias Simples são: - Idéias obtidas a partir de um único sentido (luz, cor, sons, ruídos, gostos, cheiros, etc.); - Idéias obtidas a partir de mais de um sentido (espaço, extensão, figura, movimento); - Idéias obtidas a partir somente da reflexão (percepção, volição); - Idéias obtidas a partir dos sentidos e da reflexão (prazer, dor, poder, existência, unidade); 11 Qualidade, segundo Locke, é o poder de produzir qualquer idéia em nossa mente. Ela pode ser Primária (ou Original) as idéias produzidas são semelhantes aos próprios objetos (Ex. Solidez, extensão [tamanho, número]) ou Secundária (ou Sensível) poder que existe em um corpo, em função de suas qualidades primárias insensíveis, de produzir em nós diferentes idéias. (Ex. Cores, sons, gostos, etc.); 12 Os dois mecanismo de retenção de idéias, segundo Locke são: - Contemplação: uma vez que uma idéia adentre a mente consciente, ela é mantida por um certo tempo; - Memória: capacidade de trazer novamente à mente aquelas idéias que já haviam desaparecido da mente consciente ou do campo dos sentidos; 13 As operações da mente, segundo Locke são: - Discernimento, Perspicácia, Senso Crítico (bom senso), Idéias (claras oi confusas), Comparação, Composição, Uso de Signos e Abstração; 14 Idéias Complexas são aquelas criadas a partir de idéias simples e operações mentais, elas podem ser geradas através da combinação de diversas idéias simples em uma única idéia composta ou trazendo duas (ou mais) idéias (simples ou compostas) e vinculando-as uma à outra, sem uni-las em uma só idéia, gerando uma idéia de relação ou separando um princípio único que pode ser aplicado a várias idéias e criando uma idéia que representa todo o grupo de idéias que seguem tal princípio, gerando uma generalização (ou idéia geral, ou lei, ou razão Logus). As três classes são: Modos, Substâncias e Relações. 15 Idéia é um bloco básico constitutivo do pensamento (representada por palavra), enquanto Conhecimento corresponde à percepção da conexão e coerência (ou incoerência e repugnância) de um conjunto de idéias (representado por oração). 16 David Hume tentou descrever como a mente funciona em adquirir o que se convenciona chamar de conhecimento. Ele dividiu as idéias simples em: Sensações (reais) e Lembranças ou Reflexões (Apagadas). Ele diferenciou as Impressões das Idéias e conceituou a idéia como cópia imperfeita das impressões, que podem se formar por composições, transposições, aumentos ou diminuições de outras idéias sendo que também podem resultar de abstrações de diversas impressões. Hume também tentou explicar como ocorre a conexão entre as Idéias. 17 Positivismo é um sistema filosófico que restringe-se à análise dos dados da experiência, excluindo idéias a priori ou especulações metafísicas. Segundo os Positivistas todo o conhecimento sobre a realidade deve ser baseado na experiência, eles acreditam que as substâncias só existem na nossa mente, pois são dados obtidos pela Sensibilidade e que podem ser corrompidos. Eu discordo da visão Positivista pois acredito que as substâncias existem independentemente das nossas sensações. 18 Reducionismo é a principal ferramenta do positivismo, compreende que entidades de um determinado tipo são coleções de entidades de um tipo mais básico e que expressões

3 denotando estas entidades são definíveis em termos de expressões denotando entidades mais básicas. As principais operações do Reducionismo são a Análise e a Síntese. A crítica que se pode fazer ao Reducionismo é sobre o tratamento da substância como sendo um conceito supérfluo e sem-sentido já que a mesma teve um papel importante para o entendimento das idéias complexas de Locke. 19 Estruturalismo é um Movimento Filosófico baseado nos trabalho de Saussure sobre texto e linguagem, estendido à Sociologia por Levi-Strauss e posteriormente a outras áreas do conhecimento. O principal conceito do estruturalismo é a Estrutura, que consiste na união de todos os possíveis inter-relacionamentos entre elementos básicos. Enquanto para os Positivistas as substâncias não passam de um conceito supérfluo e sem sentido, para os estruturalistas as substâncias não têm valor nenhum, o que realmente importa são as relações entre elas. O Estruturalismo é importante para a Semiótica pois assim, podemos entender a importância das interações entre os objetos. 20 O Objetivismo afirma que existe um mundo real formado por objetos, porém não consegue explicar a possível existência de objetos que não captados pelos órgãos sensoriais. Por sua vez, a Fenomenologia resolve esse problema com a inserção do conceito de fenômeno (parte desconhecida da realidade que pode ser capturada e avaliada por meio de sensores), ou seja, nós só conseguimos captar os fenômenos. O termo fenômeno aparece como uma alternativa para a discussão da realidade sem entrar em conflito com a questão do objetivismo no mundo real. 21 Segundo a Fenomenologia, o mundo real é um grande e complexo fenômeno e que para entende-lo é necessário aplicar o mecanismo de Analise (ferramenta utilizada pelo Reducionismo), ou seja, o Fenômeno Global é particionado em fenômenos menores até que sub-fenômenos possam ser modelados adequadamente. 22 A Fenomenologia é importante para a Semiótica porque nos fornece diversos conceitos importantes, como: - Descrição e estudo das aparências; - Ênfase nas descrições das experiências humanas, também chamadas de objetos da experiência ; - Ignorar a discussão sobre a natureza do mundo externo, e focalizar os estudos sobre a idéia de fenômeno; 23 Construtivismo é a Teoria do aprendizado humano em termos da participação ativa do sujeito-aprendiz na solução de problemas e no pensamento crítico relacionado à atividade de aprendizagem que este esteja engajado. Segundo os construtivistas, o sujeito constrói seu próprio conhecimento testando idéias e abordagens relacionadas com seu próprio conhecimento e experiências anteriores, aplicando-os as novas situações e integrando o conhecimento adquirido ao seu Rol de conhecimentos anteriores. As mesmas técnicas construtivistas para o aprendizado estão sendo aplicadas em sistemas inteligentes pela semiótica e o resultado está sendo muito satisfatório. O mecanismo básico de aprendizagem de Piaget diz o seguinte: - A aprendizagem ocorre devido a adaptações nas interações com o ambiente; - Novos dados chegam ao ambiente criando um conflito que demanda de uma resolução (DESEQUILÍBRIO); - Estes dados são comparados às estruturas mentais existentes; - Caso nenhuma experiência anterior seja correlata, esta nova experiência é incorporada ao conhecimento existente (ASSIMILAÇÃO); - Caso haja alguma experiência correlata, as estruturas mentais correspondentes são modificadas de modo a se adaptar à nova experiência (ACOMODAÇÃO). 24 Pós-Modernismo é um Movimento Filosófico que contraria a visão do mundo cartesianapositivista. Ele rechaça as certezas prometidas pela razão. O sujeito pós-moderno não utiliza

4 nenhum meio racional de avaliar suas preferências com relação a julgamento de verdade, modalidade, estética e objetividade. Tudo é possível, nada é impossível. As principais influências do Pós-Modernismo na ciência estão presentes na: Teoria da Complexidade, Teoria da Auto-Poiese e Auto-Organização. Podemos classificar essas influências Pós-Modernistas pois nenhuma delas tenta descrever o mundo de uma maneira racional, empírica ou objetiva. 25 A visão Posicionista / Reducionista manteve-se como paradigma dominante na ciência durante bom tempo. Algumas áreas do conhecimento apresentavam um desenvolvimento lento e sem progressos como: Biologia, Física Quântica e o estudo da inteligência. Os estudiosos então detectaram que a dificuldade estava na metodologia positivista/reducionista de desenvolver a ciência. Organismo é um sistema natural que não pode ser modelado por um modelo sintético. Demandam um tipo de modelagem analítica. Enquanto que uma máquina é um sistema natural simples (admitem modelos sintéticos). Organismos possuem alguma coisa dentro da sua natureza que os diferenciam das máquinas. 26 Dado um sistema natural N existente no mundo real e sujeito a eventos naturais, se codificado após observações e medições formaria um modelo formal F e que quando aplicamos inferências sobre esse sistema, através de uma decodificação podemos fazer predições sobre o sistema natural N. Através dessa relação de modelagem podemos compreender processos de Simulação e Modelagem Exata. Pois, se as funções de codificação e decodificação comutam, então o sistema formal F é um modelo exato do sistema natural N, caso contrário, F é somente uma simulação de N, com respeito às funções de codificação e decodificação utilizadas. 27 Analíticos são aqueles definidos pela interseção de funcionalidades. Eles são originados através da modelagem funcional ou relacional. Sintéticos são aqueles definidos pela união das partes do sistema. Eles são originados a partir da modelagem tradicional (Positivismo/Reducionismo). Os Sistemas Complexos ou Organismos (Organização) apresentam problemas porque eles não podem de maneira alguma ser modelados por um modelo sintético devido à capacidade do modelo sintético de definir somente a estrutura e não a organização. 28 É uma teoria que constata que existe na natureza um fenômeno chamado Circularidade Essencial. Dizemos que ela estuda a Circularidade Essencial em sistemas biológicos porque ela estuda fenômenos como a circularidade da natureza de sistemas biológicos, experiências vividas por sistemas biológicos e a exploração da cognição. O termo Autopoiese significa auto-produção dos componentes realizando a organização de um sistema. 29 As bases do sistema de cognição são as mesmas dos fenômenos biológicos, nada mais é que, a conseqüência da circularidade e complexidade na forma de qualquer sistema cujo comportamento inclui a manutenção desta mesma forma. Este modelo do processo cognitivo é diferente de outros modelos para cognição pois há uma mudança de foco do processo de cognição para o organismo onde ocorre a cognição (approach Orientado a Objetos ).

5 30 Organização é um conjunto de relacionamentos entre componentes de um sistema que determina a forma do sistema em um dado momento e determina a identidade do sistema, que é mantida independente de mudanças dinâmicas na composição do sistema no tempo. Estrutura é a instância particular e específica de uma organização ou realização sistêmica unitária de uma organização. Ela define os componentes atuais e as relações entre estes componentes para a constituição de uma unidade. Ela determina somente o espaço onde a unidade existe e pode ser perturbada. Uma organização pode ser realizada por diversas e diferentes estruturas. Cada uma delas seguirá o mesmo conjunto de relações que define a organização. 31 Um Sistema Autopoiético necessita produzir seus próprios componentes, além de conservar sua organização enquanto que os sistemas autônomos não precisam. Sistemas Autopoiéticos são tipos de sistemas autônomos e exibem a propriedade de autonomia. Exemplo: Uma esponja que pode ser entortada e amassada e, quando solta retorna à sua posição (estado) original seria autônoma se quando arrancado um pedaço ela não conseguisse se recompor e autopoiética se conseguisse. 32 Porque todas as suas possíveis estruturas estão fechadas em relação à sua organização. 33 Descreve-se através da história de influências mútuas na estrutura de dois (ou mais) sistemas, fruto da determinação estrutural, de modo que haja uma congruência estrutural entre os sistemas que estão interagindo. 34 Semiótica é a disciplina que estuda os fenômenos da significação e representação. É a base para o entendimento dos fenômenos da cognição e comunicação. Semiose é um processo sígnico: processo pelo qual alguma coisa (signo) representa outra (objeto), sob algum aspecto ou modo (interpretante), para um sujeito (intérprete). A Semiose não ocorre somente nos organismos vivos, pode ocorrer em: sistemas físicos e químicos, biológicos, seres pensantes (homem) e dispositivos artificiais construídos pelo homem. 35 A Fisio-Semiose e Bio-Semiose tratam dos fenômenos naturais, ou seja, aqueles que ocorrem naturalmente. A Cyber-Semiose trata dos signos que são sintetizados. 36 A idéia de Signos é usada informalmente desde o período greco-romano, ela foi sistematizada em 1632 por John Poinsot em seu Tractatus de Signis. O estudo dos signos teve origem na História da Medicina através do estudo dos sintomas e diagnóstico de doenças. O termo Semiótica foi criado por John Locke em seu Essay Concerning Human Understanding, como proposta para uma futura disciplina. 37 O modelo Platônico do Signo é composto por: Nome, Noção ou Idéia e Coisa a qual o signo refere. Para Platão signo é a percepção que indica qualquer coisa escondida da cognição. Ele associou a idéia de signo à Palavra. O Modelo Estóico trata-se de um modelo triádico, onde o Signo é dividido em: Significante Entidade percebida como signo, Significado e Objeto ou evento a qual o signo se refere. Segundo esse modelo a cognição de um signo é dada por um processo silogístico de indução. O Modelo Epicurista admite um modelo diádico de signo composto por: Significante e Objeto referido, e segundo eles, a cognição demanda uma capacidade de antecipação por parte do receptor. 38 Santo Agostinho dividiu os Signos em: Signos Naturais aqueles produzidos sem a intenção de uso como signo (ex.: Fumaça como signo de fogo). Signos Convencionais fruto de uma convenção (acordo mútuo) entre aqueles que o empregam.

6 39 O Problema dos Universais foi uma tentativa de tratar o status antológico e o relacionamento entre signos para conceitos gerais e seu objeto de referência. As abordagens para sua solução vieram do: Realismo: que dizia que os universais (ou conceitos) têm uma existência independente dos objetos particulares. Nominalismo: acreditam que somente os individuais existem na natureza e que os universais não referem-se a nada e são somente nomes; Conceitualismo: afirma que os universais são sempre dependentes da mente, entretanto estes conceitos são formados por similaridades entre coisas existentes. 40 Com a crença de que a interpretação das leituras dos textos bíblicos dependiam não só do que estava escrito, mas também de uma leitura do mundo real revelada de uma forma divina, surgiram os quatro níveis de Interpretação Exegética (formas de interpretação dos textos bíblicos): - Sentido Literal ou Histórico (aspectos históricos); - Sentido Tropológico ou Moral (histórias que tentam passar lição moral); - Sentido Alegórico (referindo-se a Cristo e à Igreja); - Sentido Anagógico (referindo-se aos mistérios celestes); Com isso, os textos religiosos passaram a ser explicados através de metáforas, histórias ou outras representações que eram utilizadas como signos que referenciavam os textos bíblicos. 41 Doutrina das Assinaturas é um documento escrito por Paracelsus que contesta a visão de que a palavra ou assinatura de Deus só está presente na Bíblia. Ele acreditava em códigos para a interpretação dos signos naturais e que os autores (assinantes) das mensagens do mundo eram: Deus, o homem, archause (princípio interior do desenvolvimento) e as estrelas. 42 Descartes afirmava que os signos se referem somente às nossas idéias, não às coisas do mundo, pois o modelo de signo é totalmente mental devido a sua inexistência na natureza. Com isso, ele retirou da teoria dos signos o aspecto referencial e o processo semiótico foi descrito em categorias mentais. O Racionalismo é um modelo semiótico contemporâneo marcadamente influenciado pela abordagem de Descartes, pois o processo semiótico ficou totalmente confinado à mente, desde a recepção até a compreensão final do signo. 43 Limiar Semiótico foi uma espécie de marca (parâmetro) introduzida por Lambert, em que tudo aquilo que se encontrava abaixo do Limiar são as sensações que não podem ser repetidas voluntariamente e aquilo que se encontra acima é uma produção de signos com cognição simbólica. 44 As principais contribuições foram o estudo da iconicidade, utilizados para correspondência entre signo e mundo, e os níveis altos de perfeição por meio de signos que representam coisas por aproximação icônica. 45 Saussure foi o fundador da lingüística moderna e criador da teoria geral de sistemas de signos-semiologia. Ele trabalhava apenas com signos convencionais, pois adotava o princípio da arbitrariedade e convencionalidade dos signos e, com isso exclui fenômenos bio-semióticos e os signos naturais. A sua concepção mentalista torna-se incompatível com teorias semióticas que descrevem a semiose como um processo cognitivo de interpretação entre o indivíduo e o mundo. 46 Arbitrariedade: Qualquer das milhares de outras palavras possíveis ou imaginárias pode ser utilizada. A questão de arbitrário é quanto ao significado, não em relação ao intérprete, ou seja, o sujeito não tem livre escolha para criar palavras. Convencionalidade: Razão do uso de determinada palavra que se deve ao fato de que a mesma já vem sendo utilizada na comunidade à qual o falante pertence. Ela depende da História de cada um.

7 47 Saussure trata o signo como um modelo totalmente mental e, portanto, o objeto de referência é excluído da consideração semiótica. Segundo a sua Concepção Mentalista o significado e significante são entidades mentais, independentes de qualquer objeto externo. 48 Langue: Língua como um sistema ou código conjunto de regras que caracterizam uma língua (fenômeno social); Parole: Fala uso individual do sistema sígnico social em ato de fala e textos, ou seja, funciona como um conjunto de instâncias de Langue. 49 Sincronia: Estudo de um sistema sígnico num dado momento no tempo, sem considerar sua história. Diacronia: Estudo da evolução de um sígnico no seu desenvolvimento histórico. 50 Sintagmáticas: Relações que caracterizam a língua na sua linearidade temporal, unilinear e irreversível, trata-se da ordem da seqüência das palavras. Paradigmáticas: (Associativas) Processo mental da produção e compreensão da mensagem falada é cheio de alternativas de alternativas a cada ponto, essas alternativas constituem a dimensão paradigmática. 51 Os fundamentos da lingüística de Hjelmslev baseou-se na lingüística estrutural e na semiologia de Saussure. 52 É uma Teoria Formal e Abstrata que estuda os fatores imanentes dos sistemas semióticos sem considerar uma dimensão pragmática da semiose, isso porque sua abordagem é puramente formalista e determinada por princípios de empirismo dedutivo (Sistema Formal) e ela é dedicada às estruturas imanentes da língua: às constantes que permanecem válidas em cada ato de uso da língua. 53 Uso: corresponde à fala Saussureana manifestação do sistema em atos lingüísticos individuais e sociais; Esquema: Soma das estruturas de todas as formas realizadas numa língua, mais todas as estruturas virtuais que as leis podem gerar. Norma: Inclui só aquelas estruturas que são de fato utilizadas e realizáveis na fala. 54 Significante ( imagem acústica ) e significado ( Conceito ) são as duas faces do modelo sígnico de Saussure. Hjelmslev rebatizou-os como expressão e conteúdo e denominou estas duas faces de planos do signo. Tanto o plano de expressão como o plano de conteúdo são adicionalmente estratificados em forma e substância semiótica. Isto produz quatro estratos do signo: forma de conteúdo, forma de expressão, substância de conteúdo e substância de expressão. 55 Porque essa matéria não encontra um paralelo no plano de impressão, ou seja, há a falta da estrutura semiótica. 56 Matéria = Barro Forma = Molde onde o barro será moldado Substância = Esculturas de barro geradas à partir da modelagem Em outras palavras, a substância é o resultado da modelagem da matéria pela forma. 57 Porque a substância depende da descrição da forma lingüística. Sem a forma, a matéria não poderia ser modelada e, portanto, a substância não existiria.

8 58 Figuras são elementos que não são signos, mas somente parte destes. São Componentes sígnicos. Ex.: (1) Figuras de Expressão -> Fonemas de uma língua Figuras de Conteúdo -> Componentes semânticos dos signos (2) [am] (do inglês I am) 2 figuras de expressão: a e m 5 figuras de conteúdo: verbo be, indicativo, tempo presente, primeira pessoa e singular. 59 Sim. Até o ponto de que ambos os planos possuam os estratos de forma, substância e conteúdo; ambos possuam figuras, etc. 60 É a idéia de que na língua há uma divisão entre níveis de elementos que se distinguem por sua função semiótica. Primeira Articulação: compreende as palavras quando quebramos um signo encontramos outros signos; Segunda Articulação: compreende fonemas ou grafemas quando quebramos um signo encontramos figuras; 61 Porque cada elemento não pode ser decomposto em figuras ou em outros signos e, portanto, não possui articulações; 62 Ocorre em elementos que quando quebrados geram apenas figuras. Ex.: Qualquer sistema em ordem arbitrária com número maior que No plano de expressão, cada número é um signo, decomposto em algaritmos; - No plano de conteúdo, não há estruturas nenhuma; 63 Porque quando decompomos um signo de placa de trânsito obtemos outros signos e não figuras; 64 Porque quando decomposta ela nos dá a possibilidade de encontrarmos unidades com significação e sem significação. 65 Signo Conotativo é uma unidade semiótica de estilo. Ex(1): tom, língua nacional, fisionomia... Pode ser obtido através da análise de conteúdo ou/e de expressão Ex(2): Análise de Expressão pelo tom de voz podemos identificar sentimento de nervosismo; Análise de Conteúdo pelo uso de gírias podemos indicar pessoas malandras. 66 Segundo os semiólogos funcionalistas, a semiótica estruturalista focaliza demais a estrutura, que por sua vez, é algo estático, enquanto que a semiótica trata-se de uma ciência dinâmica. Para resolver este impasse, há uma necessidade de conhecer a funcionalidade dos signos além da sua estrutura. 67 A Semiótica Funcionalista é oposta ao formalismo apresentado por Saussure e Hjelmslev. Ela dedica-se ao estudo das funções sígnicas, em detrimento da compreensão da sua estrutura. Entretanto, os funcionalista admitem que não há estrutura sem função e nem função sem estrutura. 68 Tema: compreende os elementos de uma informação dada (passado contexto) Sobre aquilo que se está falando Rema: compreende os elementos externos ao Tema, que são introduzidos pela oração. Aquilo que se introduz de novo.

9 69 Teoria que define a função Semiótica como sendo o modo de auto-realização do intérprete frete ao signo, seja ele sem sua Função Prática (quando se expressa um signo) ou em sua Função Teórica (quando se interpreta um signo). 70 São características de uma estrutura num sistema que nos permite distingui-la de outras estrutura, ou seja, são atributos binários que servem para classificar as coisas. 71 Metáfora: Apresenta similaridade com o objeto referido. Ex.: O Olho do Céu Sol Metonímia: Apresenta contigüidade (proximidade) com o objeto referido. Ex.: O Coroa Rei 72 A comunicação verbal é constituída de 6 fatores que formam os processos de comunicação. A cada um desses fatores corresponde uma função: - EMISSOR: envia uma MENSAGEM ao RECEPTOR; - MENSAGEM: requer um CONTEXTO, que dever ser acessível ao EMISSOR e capaz de ser verbalizado; - CÓDIGO: comum (completamente ou pelo menos parcialmente) ao EMISSOR e ao RECEPTOR; - CONTATO: canal físico e uma conexão psicológica entre EMISSOR e RECEPTOR, capaz de fazer com que ambos entrem e permaneçam em comunicação. 73 Différence: idéia de que uma coisa se destaca do resto. (focaliza-se a coisa e destaca-se do resto) Différance: idéia de que uma coisa pode ser definida como tudo aquilo que é o contrário do resto. (focaliza-se a coisa comparando-a com todo o resto). 74 Roland Barthes estudou como podemos utilizar o poder do signo para o nosso proveito. Dedicou-se a Semiótica conotativa, a fim de revelar as mais diversas significações ocultas em textos, tentando disfarçar afirmações particulares como se fossem verdades universais. Para tanto, ele trabalhou com a idéia de signo primário e signo secundário. 75 Enquanto os outros semioticistas da lingüística dedicaram-se ao estudo dos signos de modo elementar, Greimas tratou da questão do Discurso, ou seja, da seqüência de signos colocados em textos e seus significados. 76 Porque para a geração dos discursos há a necessidade de transformar idéias dispostas de maneira n-dimensional em um texto unidimensional e, para tanto, ocorre uma trama linear, partindo do nível mais profundo com estruturas elementares e se estende a estruturas mais complexas em níveis mais elevados, que transforma essas idéias e possibilita a criação do Discurso. 77 Porque as estruturas Sêmio-narrativas no nível profundo correspondem ao Tema Global que vai ser transmitido pelo Discurso. Enquanto que o nível superficial corresponde aos temas que são instanciados em personagens. Portanto, sua forma pode ser descrita de diversas maneira diferentes. 78 Categoria Sêmicas: relação elementar constituída pela diferença entre dois termos semânticos (ex.: sexo M/F), ou pela ordenação entre N termos semânticos. Eixos Semânticos: representação linear de uma categoria semântica (pode ter diferentes articulações ). Semas: termos diferenciais nos pontos extremos de um eixo semântico, ou ordenados linearmente ao longo deste.

10 79 Os Semas são constituídos por partes mais elementares chamados Sememas. Semas Nucleares: caracterizam um semema na sua especificidade e constituem um mínimo permanente, independentemente do contexto sêmico (dizem respeito às informações que estão sendo passadas pelos sememas). Semas Contextuais: elementos em que diferentes sememas possuem em comum com outros elementos de um sintagma. (dizem respeito às ligações entre diferentes semas nucleares de outros sememas) 80 Serve para representar Estruturas Sêmio-narrativas no seu nível profundo. 81 Isotopia é o princípio que permite a concatenação semântica de declarações gerando textos coerentes. Ela descreve a coerência e homogeneidade de textos. Ela é baseada em semas contextuais: a iteratividade (recorrência) de semas contextuais que ligam os elementos semânticos do discurso (sememas), garante sua homogeneidade ou coerência textual. 82 Estrutura Actancial é um modelo utilizado para representar estruturas Sêmio-narrativas no seu nível Superficial (narrativa). Ela se manifesta no nível Superficial.

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