Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Centro de Ciências Humanas e da Educação FAED Departamento de História

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1 Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Centro de Ciências Humanas e da Educação FAED Departamento de História PLANO DE ENSINO DEPARTAMENTO : História ANO/SEMESTRE CURSO: História FASE: 6ª DISCIPLINA: Estágio Curricular Supervisionado - TURNO: Noturno História II CARGA 144 CRÉDITOS: 8 HORÁRIA: PROFESSORA: Núcia Alexandra Silva de Oliveira 1 EMENTA História para o ensino Fundamental e Médio: aprofundamento teórico. Concepções didáticometodológicas. Avaliação. Observação de uma turma em escola de ensino Fundamental ou Médio. Elaboração de projeto de docência e de material didático para a turma observada sob coordenação de um orientador e um supervisor. 2 HORÁRIO DAS AULAS DIA DA SEMANA HORÁRIO CRÉDITOS 5ª feira 18:10 21:40 04 Carga horária a ser cumprida nas Unidades Escolares Observação Semanal a partir de abril e Oficinas 04 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Construir espaços de estudo e análise sobre os elementos constitutivos da teoria e da prática do ensino de História, no sentido de explorar e construir instrumentos metodológicos para o desempenho de uma ação docente que perceba a História como campo de reflexão e crítica, oportunizando, assim, que diferentes histórias, espaços, tempos, sujeitos e ações, estejam presentes no fazer histórico em sala de aula. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Discutir sobre questões que envolvem o estágio de docência em História, dentre elas: o que é o estágio como componente curricular do curso de História? Quais fundamentos o embasam? Como ocorre sua interação com as outras disciplinas do curso? Qual seu lugar no processo de formação docente inicial? Conhecer a legislação de estágio no Brasil e a Resolução da FAED/UDESC sobre estágios curriculares. Rever e aprofundar o estudo dos principais conceitos a ser mobilizados na pesquisa e no ensino de

2 História, tais como Educação Histórica; Didática da História; Pensamento Histórico; Consciência Histórica etc. Criar espaços de discussões e análises críticas sobre diferentes olhares e percepções sobre a observação do campo de estágio. Construir planejamento de trabalho e planos de aula. Estudar sobre processos de avaliação, em particular aqueles envolvidos no estágio de docência. Realizar oficinas que objetivem investigar as ideias históricas de crianças e adolescentes em Escolas Públicas. Oportunizar atividades de pesquisa em campo de estágio docente a partir da perspectiva da Educação Histórica; Construir projeto de pesquisa e de ensino a ser desenvolvido no segundo semestre com a mesma turma em que foi realizada a observação e a investigação prévia. 4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade 1 O ensino de História no presente Por que ensinar e aprender história? Questões: Educação; Função da história e do ensino de história no século XXI; Perpectivas e dificuldades docentes; A importância da formação inicial Textos/Atividades: - Debate sobre o filme Escritores da liberdade. - LEE, Peter. Por que aprender História? Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 42, p , out./dez Editora UFPR. Disponivel on line - ALBUQUERQUE, Durval Muniz de. Fazer defeitos nas memórias: para que servem o ensino e a escrita da história? in: Qual o valor da história hoje? GONÇALVES, Márcia de Almeida. Rio de Janeiro: Editora FGV, Unidade 2 Legislação institucional e o Estágio na formação docente. Questões: Diretrizes curriculares do curso de História, Resolução CNE/CP. 2002, Regulamentação da realização de Estagios no Curso de História da UDESC, A importância da pesquisa no estágio Unidade 3 Didática da História e Educação Histórica Questões: Cognição histórica situada, Ensino e aprendizagem da História, consciência histórica, pensamento historico, a

3 importância da evidência histórica Textos: SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Cognição histórica situada: que aprendizagem histórica é esta?. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel (org). Aprender História: perspectivas da educação histórica. Ijuí: Editora UNIJUI, 2009, p PRATS, Joaquim. Ensinar História no contexto das Ciências Sociais: princípios básicos. In: Educar, Curitiba, Especial, p , Editora UFPR. Disponivel on line. ASHBY, Rosalyn. Desenvolvendo um conceito de evidência histórica: as idéias dos estudantes sobre testar afirmações singulares. Revista Educar, Curitiba, Especial, p , (Disponível on line) LEE, Peter. Em direção a um conceito de literacia histórica. Revista Educar, Curitiba, Especial, p , (Disponível on line) BARCA, Isabel. Concepções de adolescentes sobre múltiplas explicações em História. In: (Org.). Perspectivas em Educação Histórica. Actas. Primeiras Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga: Universidade do Minho, 2001, p Unidade 4 A aula oficina planejamento BARCA, Isabel. Aula Oficina: do projecto à avaliação. (Org.) Para uma educação histórica de qualidade. Actas das IV Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga:Universidade do Minho, 2004, p FERNANDES, Lindamir Zeglin. A reconstrução de aulas de História na perspectiva da Educação Histórica: da aula oficina à unidade temática investigativa. Disponível on-line. Unidade 5- A avaliação no Ensino de História PERRENOUD, Philippe. A avaliação no principio da excelência e do êxito escolares. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed Editora, 1999, p HADJI, Charles. Compreender que avaliar não é medir, mas confrontar em um processo de negociação. In:. A avaliação desmitificada. Porto Alegre: Artmed, 2001, p ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, DEPRESBITERIS, Lea. Avaliação da aprendizagem do ponto de vista técnico-científico e filosófico-político. Série Idéias n. 8, São Paulo: FDE, p Unidade 6 Projeto de pesquisa e ensino elaboração. 5 METODOLOGIA As aulas serão desenvolvidas a partir de estudos de textos; discussões e análises sobre metodologias de ensino de História; socialização das experiências de pesquisa no âmbito da educação histórica; análise e

4 construção de materiais didático-metodológicos, organização e aplicação de oficinas nos Campo de Estágio. Construção do Projeto de pesquisa e ensino para o Estágio Supervisionado. 6. AVALIAÇÃO ATIVIDADE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PESO Assiduidade, pontualidade, criatividade, 2,0 coerência e criticidade nos argumentos utilizados escritos e/ou orais. Utilização da norma culta na redação. Atividades propostas em sala de aula, tais como: leitura e discussão de textos em grupos ou individualmente; análises orais e/ou escritas sobre questões referentes ao Estágio docente e ao ensino de História, em particular. Inclui: Observação no campo de estágio. Registro e reflexão realizados a partir da observação no campo de estágio. Avaliação escrita e sem consulta Oficinas/Regência Notas individuais para a atuação no campo de estágio Ética e responsabilidade em Campo de Estágio Apropriação das leituras realizadas e dos debates feitos em sala. Utilização da norma culta na redação. Originalidade na escrita do texto. Criatividade na elaboração da atividade, envolvimento, coerência entre a elaboração e a aplicação da proposta de ensino. Boa utilização do tempo e do espaço disponível para a realização das Oficinas Projeto de pesquisa e de ensino. Pontualidade na entrega do Projeto. Viabilidade. Criatividade, clareza e coerência conceitual e metodológica das aulas e atividades propostas. OBSERVAÇÕES: 1. O Estágio com docência em história é regulamentado primeiramente pela Lei , de 25 de setembro de 2008, e normatizado pela Resolução 03/2004 do Centro. Porém, em questões não abordadas pelas disposições legais, o Colegiado do Curso de História aprovou a Regulamentação da realização de Estágios e Práticas Curriculares no Curso de História. 2. Em relação as avaliações na disciplina de Estágio com Docência II faz necessário salientar que é obrigatório o cumprimento das seguintes atividades: observação no campo de estágio, entrega dos registros de observação, elaboração e aplicação das oficinas no campo de estágio e elaboração do projeto de pesquisa e docência. O não cumprimento de alguma destas atividades resultará em reprovação na disciplina. 2,0 3,0 3,0

5 8 BIBLIOGRAFIA 1. BÁSICA BARCA, Isabel. Aula Oficina: do projecto à avaliação. (Org.) Para uma educação histórica de qualidade. Actas das IV Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga:Universidade do Minho, 2004, p BARCA, Isabel. Concepções de adolescentes sobre múltiplas explicações em História. In: (Org.). Perspectivas em Educação Histórica. Actas. Primeiras Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga: Universidade do Minho, 2001, p BARTON, Keith. Ideias das crianças acerca da mudança através dos tempos: resultados de investigação nos Estados Unidos e na Irlanda do Norte. In: BARCA, Isabel. Perspectivas em Educação Histórica. Actas. Primeiras Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga: Universidade do Minho, 2001, p BERGMANN, Klaus. A História na reflexão didática. Dossiê História em Quadro-Negro: escola, ensino e aprendizagem. Revista Brasileira de História. São Paulo: vol.9, n. 19, p , set.1989/fev MONIOT, Henri. Didática da História. In: BURGUIÈRE, André (Org.). Dicionário das Ciências Históricas. Rio de Janeiro: Imago, 1993, p BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, CARRETERO, Mario et al. (org.) O Ensino da História e Memória Coletiva. Tradução de Valério Campos. Porto Alegre: Artmed, CERRI, Luis Fernando. Os conceitos de consciência histórica e os desafios da didática da história. Revista de História Regional. 6(2): , Disponível em: D=118. COOPER, Hilary. Aprendendo e ensinando sobre o passado a crianças de três a oito anos. Dossiê: Educação Histórica. In: Educar em Revista. Curitiba: Ed. UFPR, n. especial, 2006,p DEPRESBITERIS, Lea. Avaliação da aprendizagem do ponto de vista técnico-científico e filosóficopolítico. Série Idéias n. 8, São Paulo: FDE, p FONSECA. Thais Nivia de Lima e. História e Ensino de História. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, GAGO, Marilia. Uso(s) e utilidades da narrativa histórica na aula: um olhar de professores acerca da aprendizagem dos estudantes. SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel. Aprender História: perspectivas da educação histórica. Ijuí: Editora UNIJUI, 2009, p LAVILLE, Christian. Em educação histórica, a memória não vale a razão! Educação em Revista. Belo Horizonte, n.41, p.13-41, junho de LEE, Peter. Nós fabricamos carros e eles tinham que andar a pé : compreensão da vida no passado. In: BARCA, Isabel. Educação histórica e museus. Actas das segundas jornadas internacionais de educação histórica.braga: Universidade do Minho, 2003, p LEE, Peter. Em direção a um conceito de literacia histórica. Dossiê: Educação Histórica. In: Educar em Revista. Curitiba: Ed. UFPR, n. especial, 2006,p MATTOZZI, Ivo. La transposicion del texto historiografico: um problema crucial de la didáctica de la História. Teoria y Didáctica de las Ciências Sociales. Barcelona, n.4, p.27-56, PEREIRA, Junia Sales. Reconhecendo ou construindo uma polaridade étnico-identitária? Desafios do ensino de História no imediato contexto pós-lei n Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 21,

6 nº 41, janeiro-junho de 2008, p PERRENOUD, Philippe. A avaliação no principio da excelência e do êxito escolares. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed Editora, 1999, p RÜSEN, Jörn. História Viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: UNB, RÜSEN, Jörn. Razão histórica. Teoria da História I: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: UNB, SCHMIDT, Maria Auxiliadora e GARCIA, Tânia Maria Braga. A formação da consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de Historia. Dossiê: Ensino de História: novos horizontes. Cadernos Cedes. Campinas, vol.25, n.67, p , set./dez SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel (org). Aprender História: perspectivas da educação histórica. Ijuí: Editora UNIJUI, ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, ZAMBONI, Ernesta & DE ROSSI, Vera Lúcia (org.) Quanto tempo o tempo tem! Campinas, SP: Editora Alínea, COMPLEMENTAR ABREU, Martha e SOIHET, Raquel (orgs.). Ensino de história: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. Tradução de Dora Flaksman.Rio de Janeiro: Guanabara, 1986, 2º edição. BITTENCOURT, Circe et all (org.). O saber histórico na sala de aula. 9º ed. São Paulo: Contexto, BITTENCOURT, Circe. Livro didático e a construção do saber escolar. Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p BLOCH, Marc. Apologia da História, ou, O Ofício de Historiador. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor: BURGUIÈRE, André (org.). Dicionário das Ciências históricas. Tradução de Henrique Araújo Mesquita. Rio de Janeiro: Imago Ed., BURKE, Peter (org.) E escrita da história: novas perspectivas. Tradução de Magda Lopes. São Paulo: UNESP, CADERNOS CEDES 67: Ensino de História: novos horizontes. vol. 25, n. 67. São Paulo: Cortez, Campinas, CEDES, set./dez CARDOSO, Oldimar Pontes. A Didática da História e o slogan da formação de cidadãos. 249 f Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, USP, São Paulo. DIAS, Maria Aparecida Lima. Relações entre língua escrita e consciência histórica em produções textuais de crianças e adolescentes. 222 f Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, USP, São Paulo. FONSECA. Thais Nivia de Lima; SIMAN, lana Mara de Castro. Inaugurando a História e construindo a nação: Discursos e imagens no ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica, FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas/SP: Papirus, FURET, François. A oficina da história. Lisboa: Gradiva, GATTI Jr. Décio. A escrita escolar da História livro didático e ensino no Brasil ( ). Bauro/SP : Edusc, 2004.

7 HUNT, Lynn. A nova história cultural. Tradução de Jefferson Luís Camargo. São Paulo: Martins Fontes, KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, LAGOA, Ana Mascia; GRINBERG, Keila e GRINBERG, Lúcia. Oficinas da História. Belo Horizonte: Dimensão, LOURO, Guacira Lopes. Gênero Sexualidade e Educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis/RJ: Vozes, LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, MUNAKATA, Kazumi. Histórias que os livros didáticos contam depois que acabou a ditadura no Brasil. In:FREITAS, Marcos Cezar. Historiografia Brasileira em Perspectiva. 6ª edição. São Paulo: Contexto, ROSSI, Vera L. S.; ZAMBONI, Ernesta (Orgs.). Quanto tempo o tempo tem! 2. ed. Campinas: Ed. Alínea, PERRENOUD, Philippe. 10 Novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed Editora, et all (org.). Formando professores profissionais. Porto Alegre: Artmed Editora, Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre: Artmed Editora, PINSKY, Jaime (org.) O Ensino de História e a criação do fato. São Paulo: Contexto, OLIVA, Anderson Ribeiro. A história da África nos bancos escolares. Representações e imprecisões na literatura didática. Estudos Afro-Asiáticos. Ano 25, n.3, 2003, p SCHMIDT, Maria Auxiliadora & CAINELLI, Marlene (org.) Ensinar História. São Paulo: Scipione, SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade - uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1992.