OS MERCADOS COMO CAMPOS DE AÇÃO ESTRATÉGICA

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1 OS MERCADOS COMO CAMPOS DE AÇÃO ESTRATÉGICA CANDIDO, Silvio Eduardo Alvarez 1 ; TOYAMA, Miriam Costa 2 1,2 Universidade Federal de São Carlos. RESUMO O artigo apresenta a abordagem dos Campos de Ação Estratégica e discute sua aplicação na compreensão e análise dos mercados. A ideia de campo tem se mostrado central para a Nova Sociologia Econômica e o Novo Institucionalismo na Análise de Organizações. Para essas abordagens, campos são espaços sociais organizados com base em oposições simbólicas e nos quais atores com diferentes dotações de recursos se relacionam. Tratam-se, assim, de ordens sociais relativamente autônomas que podem ser compreendidas como uma concepção espacial das estruturas sociais. Autores adeptos do conceito de Campos de Ação Estratégica propõem a integração das diferentes abordagens teóricas sobre os campos, engajando-se em uma maior teorização dos mecanismos por meio dos quais essas ordens sociais de nível meso surgem, se estabilizam e são transformadas. Inicialmente, a abordagem dos Campos de Ação Estratégica será apresentada e comparada a outras abordagens sociológicas. Em seguida, discutese a aplicação dessa abordagem na compreensão e análise dos mercados como construções sociais em contraposição às que compreendem os mercados como mecanismos neutros de equilíbrio entre indivíduos isolados e também como determinações inerentemente destrutivas e sobre as quais os indivíduos não exercem nenhum controle. O trabalho é concluído ressaltando a centralidade do conceito de campo para uma melhor compreensão dos mercados, visto que ela possibilita inserir na análise aspectos considerados externalidades nas abordagens econômicas tradicionais. Palavras-chave: Campos; Campos de Ação Estratégica; Mercados; Instituições.

2 1. APRESENTAÇÃO A idéia de mercado é central na compreensão da vida econômica, sendo geralmente associada a um mecanismo puro de formação de preços pelo encontro da oferta e da demanda, demonstrado e aplicado por meio de sofisticadas formulações matemáticas. Esse entendimento dominante acerca da vida econômica é fundamentado em um conjunto de pressupostos sobre o comportamento dos atores e na teoria da escolha racional, segundo a qual os mercados podem ser considerados como a soma de atores atomizados buscando maximizar seus ganhos. A esfera econômica é aqui vista como autônoma da vida social, estando fora do escopo de análise toda e qualquer influência não econômica que ela sofrer, consideradas externalidades. Mercados perfeitos, caracterizados pela informação e pela concorrência perfeitas, tendem ao equilíbrio e, na visão neoclássica, dominante, são a mais eficiente forma de organização da vida social, conduzindo ao bem estar. Apesar do amplo espectro de aplicações dessas idéias, elas não são embasadas em uma concepção realista e com base empírica dos mercados. Com isso, como aponta Bourdieu (2005, p. 20), a noção de mercado assume um caráter polissêmico, predisposta a desempenhar o papel de mito inteligente, disponível para todos os usos ideológicos. Essa fragilidade fundamental do pensamento econômico ortodoxo tem sido criticada por diferentes vertentes sociológicas contemporâneas que se propõe a estudar os fenômenos econômicos como construções sociais. Autores inscritos na nova sociologia econômica e no novo institucionalismo na análise organizacional propõem que as ações econômicas são submetidas a instituições socialmente construídas, estando enraizadas na sociedade (GRANOVETTER, 2003). Diversos autores dessa corrente destacam que a dinâmica da estabilidade e da mudança na sociedade e nos mercados é construída em ordens sociais de nível meso, localizadas entre o ambiente mais amplo das organizações, ao qual considera-se que as organizações precisam se adaptar, e o nível micro, das relações individuais (FLIGSTEIN, 2011). Esses espaços sociais têm sido denominados campos organizacionais (DIMAGGIO, 1991), setores (MEYER e SCOTT, 1983), jogos (AXELROD, 1984), campos (BOURDIEU, 1996) e redes (POWELL et al, 2005).

3 A teoria dos campos tem ganhado destaque entre essas abordagens por oferecer um referencial teórico consistente, embasado em uma teoria da ação que parte de uma concepção espacial das estruturas sociais, afastando-se de concepções dualistas entre atores e estruturas sociais. Empresta seu constructo das Ciências Físicas, como uma forma de explicar regularidades na ação dos indivíduos recorrendo a suas posições relativas no espaço social (MARTIN, 2003). Sua versão mais influente foi desenvolvida pelo sociólogo Francês Pierre Bourdieu, entre os anos 1960 e 1970 e define campos como ordens sociais de nível medo localizadas no interior do espaço social global e caracterizadas por sua autonomia relativa e pelo fato de sua estrutura estar relacionada a uma configuração específica de agentes (BOURDIEU, 1996). A teoria dos Campos de Ação Estratégica, recentemente proposta por Fligstein e MCAdam (2012), propõe-se a integrar as diferentes abordagens sobre essas ordens sociais e a explicar os mecanismos por meio dos quais essas surgem, se estabilizam e são transformadas. Os proponentes partem do conceito bourdiesiano de campo, definido como um espaço social relativamente autônomo, inserido no espaço social global, nos quais as estruturas sociais são diretamente relacionadas a uma determinada configuração entre os atores (BOURDIEU, 1996). Nesses espaços em que algo está em jogo, as definições e as regras que dão sentido e estruturam as relações sociais são definidas na correlação de forças entre os atores com diferentes concepções de mundo, o que faz com que os autores denominem a abordagem de político-cultural. O presente artigo busca apresentar os principais aspectos da abordagem dos Campos de Ação Estratégicos (CAE) e discutir sua aplicação para a compreensão e análise dos mercados. Propõe-se que a adoção do aparato analítico e conceitual dessa teoria de campos facilita o entendimento dos mercados como construções sociais, contribuindo para a teorização da esfera econômica enquanto parte integrante da vida social. Aponta-se ainda que apesar de o conceito de campo ser bastante utilizado pelas abordagens sociológicas, geralmente ele é subteorizado e tem sido usado sem o devido rigor, o que justifica o trabalho. Para alcançar esse propósito, é realizada uma revisão bibliográfica sobre as teorias de campos, focando-se na abordagem dos CAE, e buscando apresentar algumas de suas implicações para a análise dos mercados. Inicialmente, a abordagem dos Campos de Ação Estratégica será apresentada e situada em

4 relação a abordagens análogas. Em seguida, discute-se a aplicação dessa abordagem na compreensão e análise dos mercados como construções sociais em contraposição às que compreendem os mercados como mecanismos neutros de equilíbrio entre indivíduos isolados. O artigo é finalizado ressaltando a centralidade do conceito de campo para uma melhor compreensão dos mercados, visto que ela possibilita inserir na análise aspectos considerados externalidades nas abordagens econômicas tradicionais. 2. A ABORDAGEM DOS CAMPOS DE AÇÃO ESTRATÉGICA Niel Fligstein e Doug MCAdam apresentam sua teoria dos Campos de Ação Estratégica no livro Uma Teoria dos Campos (FLIGSTEIN e MCADAM, 2012), recentemente lançado, e que será tomado como base para a elaboração desta parte do trabalho. A abordagem dos Campos de Ação Estratégica (CAE) nasce da verificação da necessidade de teorização da ação estratégica em campos e da dinâmica da estabilidade e mudança desses espaços sociais de forma a dar conta de algumas verdades fundamentais sobre a vida social (p. xiii), comuns a vertentes tão diversas como a sociologia econômica, a teoria das organizações, teorias dos movimentos sociais, teoria de redes e teorias sociológicas mais gerais. A abordagem dos CAE é fundamentada na ideia de que a atividade simbólica colaborativa, na qual significados e identidades são compartilhadas, consiste no fundamento da sociabilidade humana, o que Fligstein e MCAdam (2012) definem como a função existencial do social. Para os autores, a teoria da ação racional tem sido condenada pela sociologia por ser a-social, focando apenas no cálculo e nos interesses individuais e coletivos, sem considerar a existência das instituições. Para rebatê-la, portanto, é fundamental entender a essência distintiva da sociabilidade humana (p. 34), o que os motiva a propor a microfundação de sua teoria dos campos, que consiste em uma de suas características inovadora e caracteriza sua concepção de agência. Os autores se fundamentam na literatura histórica e arqueológica sobre a evolução humana para propor que é a capacidade e a necessidade autoconsciente de organização de grupos para a ação com fins coletivos que distingue o homem como um ser social. Com isso, contrapõe a idéia marxiana da primazia da vida material na vida social, apontando que as funções materiais e existenciais coexistem e são inseparáveis na conformação das sociedades (p. 201). Uma implicação

5 importante disso é que na análise dos CAE é sempre necessário atentar para tanto para o poder e os interesses dos atores quando para aspectos existenciais do campo. Por outro lado, ao atribuir aos atores capacidade e necessidade de se engajar na criação de significado coletivo, atribui-se um papel muito mais ativo para os indivíduos na vida social. Os autores buscam incorporar sistematicamente essa concepção de agência em seu arcabouço analítico e conceitual por meio da idéia de habilidades sociais, definida como a habilidade dos atores do campo de assumirem a perspectiva dos outros para induzir a cooperação, criando significados compartilhados. Como em outras abordagens de campo, nos CAE há basicamente dois grupos de atores. Os atores incumbentes/dominantes estão melhor posicionados, com o domínio de maior quantidade de recursos (capitais), possuindo maior influência no campo, com suas visões e interesses influenciando fortemente os propósitos do espaço e a forma como ele se organiza. Os desafiantes têm pouca influência sobre a dinâmica social, tendo que se submeter a sua lógica para sobreviver, mesmo que não concordem com ela. Como as estruturas sociais do campo estão diretamente relacionadas a sua configuração de poder, uma vez que as posições se definem, verifica-se uma tendência de estabilização do espaço, com os sentidos e regras favorecendo aos dominantes. As habilidades sociais são um tipo de recurso especial, distribuído de maneira mais ou menos igual entre os atores dominantes e desafiantes, mas de maneira heterogênea entre os indivíduos que os integram, sendo que alguns atores são mais socialmente hábeis que outros. Atores sociais hábeis se relacionam empaticamente com as situações das outras pessoas e, ao fazê-lo, são capazes de fornecer a essas pessoas razões para cooperar (MEAD,1934; GOFFMAN, 1959 e 1974). Atores sociais hábeis devem compreender a percepção dos conjuntos de atores de seu grupo em relação às suas múltiplas concepções de interesse e identidade, bem como a percepção dos atores dos grupos externos. Eles utilizam essa compreensão em situações específicas para proporcionar uma interpretação da situação e determinar ações que estejam de acordo com os interesses e as identidades existentes. Ter mais habilidade social implica que alguns atores são melhores em obter a cooperação do que outros porque algumas

6 pessoas poderão compreender melhor uma determinada situação e produzirão significado compartilhado para os outros, conseguindo sua cooperação (MEAD,1934). [...] Algumas vezes essas pessoas são líderes ou gestores com posições formais de poder, mas isso não significa que todos os gestores tenham um alto nível de habilidade social. A afirmação aqui é apenas que algumas pessoas têm maior capacidade de induzir a cooperação do que outras. (FLIGSTEIN, 2007, p.67 e 68). A forma como os atores socialmente hábeis agem depende da posição que eles ocupam e do estado do campo, como apontaremos adiante. Entretanto, é possível dizer que atores hábeis de grupos incumbentes conduzirão seus grupos no sentido de perpetuar a dominação, enquanto os de grupos desafiantes vão buscar sempre manter a unidade dos coletivos a que pertencem e desenvolver ações estratégicas nos momentos adequados para melhorar sua posição. Cabe aqui destacar importantes diferenças delineadas pelos autores da abordagem dos CAE e outras que a inspiraram no que tange à definição dos atores. Em relação à teoria dos campos desenvolvida por Pierre Bourdieu, Fligstein e MCAdam consideram que o arcabouço dos CAE tem um foco mais sistemático na ação coletiva, preocupando-se com as ações cooperativas e competitivas desenvolvidas nos campos, seguindo a tradição das teorias das organizações e dos movimentos sociais. A abordagem de Bourdieu é, em geral, mais focada na ação individual. Este aspecto também diferencia a abordagens dos CAE da teoria da estruturação de Anthony Giddens que, para os autores, também carece da concepção clara de arena social subjacente às teorias de campos. A atribuição de posições, recursos (capital) e interesses aos atores é um dos aspectos que distingue a abordagem da teoria institucional contemporânea, que, na visão dos autores, subestima o papel do poder por não adotar sistematicamente o arcabouço analítico e conceitual embutido na metáfora de campo. É bastante comum que os campos possuam ainda unidades internas de governança. Essas estruturas assumem uma série de funções regulativas e administrativas do campo e servem, sobretudo, para garantir seu bom funcionamento. Em geral, estão comprometidas com a reprodução das suas formas de organização, sendo geralmente controladas por atores dominantes. Um papel fundamental dessas estruturas é que elas geralmente servem como elo com o

7 ambiente externo ao campo, sobretudo com o Estado, que na abordagem dos CAE é fundamental de ser considerado. Fligstein e McAdam (2012, p. 59) consideram que muitas das abordagens de campos são campocêntricas, ignorando que esses espaços estão enraizados em ambientes mais amplos, que exercem influências decisivas em sua dinâmica. Essa é outra diferença destacada pelos autores em relação à abordagem bourdiesiana, que, em sua visão, aborda marginalmente a relação entre os campos. Na perspectiva dos CAE, o macroambiente é reconhecido como um conjunto de outros campos com que o espaço em questão mantém três tipos de relação. Em um primeiro caso, o campo em questão pode ser inserido em outro campo, sendo constitutivo do mesmo. Essa inserção pode ser dar de maneira hierárquica ou não hierárquica. O espaço pode ainda manter relações de dependência ou de interdependência de com campos vizinhos. Por último, os campos podem ser distantes ou próximos uns dos outros, dependendo da densidade dos vínculos mantidos entre os atores dos campos. Ganha destaque como parte do ambiente mais amplo o campo Estatal, considerados por si só como um sistema de diversos outros CAE (p. 67). Na sociedade moderna os Estados exercem uma grande influência sobre os demais campos, contribuindo decisivamente para sua fundação, estabilização, reprodução e transformação. Essa, entretanto, não é uma via de mão única, e outros campos, como grandes indústrias e movimentos sociais, podem também eventualmente influenciar o Estado ou parte dele. Como já citado, geralmente as unidades de governança interna tem um papel importante nesta interação. O aspecto central da abordagem dos CAE, entretanto, consiste na teorização da dinâmica de estabilidade e transformação, que busca unificar contribuições de duas perspectivas teóricas distintas. A primeira é associada à teoria institucionalista, que geralmente descreve, ainda que não de forma sistemática por seu foco excessivo na conformidade, a mudança social como um processo incremental, relacionado ao aprendizado decorrente das ações estratégicas e relações entre os atores. A segunda, associada à teoria dos movimentos sociais, mostra a mudança como um processo bem mais dramático, associado a momentos de crise que implicam em transformações muitas vezes radicais nos campos, que duram por períodos relativamente curtos. Sendo normalmente gerados por processos externos ao campo, denominados de choques exógenos que desarrumam o espaço social até que novas formas de organizar o espaço sejam negociadas. Fligstein e MCAdam

8 consideram que é a adoção do modelo de campo e a contribuição para a teorização dessa dinâmica que diferencia sua abordagem da Análise de Redes, que, em sua visão, possui uma base excessivamente empírica, não passando de uma ferramenta poderosa para mapear campo e monitorar transformações (p. 29). Fligstein e MCAdam (p. 83) mostram que a compatibilização dessas abordagens depende da compreensão da dinâmica dos campos, relacionada ao estado em que o espaço se encontra. De uma forma geral, é preciso compreender se o campo analisado é um campo emergente, em formação; um campo estável, recorrentemente reproduzido; um campo em crise, que contou com sua estabilidade rompida; ou ainda se está em um estágio intermediário, em processo de estabilização. Os momentos de formação correspondem a momentos abertos, em que os significados e a construção das identidades e formas de organização do espaço precisam ser definidas. Tem início com o processo de mobilização emergente, no qual, com base em uma leitura da realidade e de percepções de oportunidades e desafios, os atores desenvolvem novas interações, traçando os primeiros contornos do campo. A atuação dos atores socialmente hábeis é fundamental tanto para a mobilização emergente quando para a definição dos acordos de natureza essencialmente existencial que promovem a ordem, superando a situação de caos inicial. Esses atores contribuem decisivamente não só na constituição e estabilização da relação entre os grupos do campo, mas também atuam internamente aos grupos dos quais fazem parte. O processo de emergência do CAE geralmente conta com algum nível de facilitação de atores estatais e é comum que resultem na constituição de unidades de governança internas, que passam a atuar para garantir a ordem estabelecida no espaço. Para os autores, e essa é uma proposição inovadora de sua teoria (p. 204), quanto maior a desigualdade na distribuição dos recursos no campo no momento de sua formação, maior a tendência que os campos sejam organizados de forma hierárquica. Quando a distribuição dos recursos é equitativa, as formas de organização tendem a priorizar o consenso, a coalizão e a legitimidade. Aqui, buscase compatibilizar as visões predominantes entre autores do novo institucionalismo na análise organizacional, que enfatiza os processos cooperativos, e a abordagem sociológica desenvolvida, sobretudo, por Bourdieu (BOURDIEU, 1996), que enfatiza

9 os competitivos, apontando que os campos podem ser organizados de forma mais ou menos hierárquica. A emergência dos campos tende a ser procedida por momentos de estabilidade, o segundo estado destacado pelos autores (p.96). Neste, os arranjos estabelecidos se estabilizam e passam a ser dados de barato pelos atores, resistindo a mudanças. Isso não significa que os desafiantes concordem com a lógica de funcionamento do CAE, mas eles geralmente adotam uma postura cautelosa, aderindo mesmo que parcialmente a suas instituições. Para os autores, esse momento dos campos é que tem sido o objeto de análise mais recorrente do institucionalismo na análise organizacional, que se trata de uma teoria dedicada a explicar conformidade (p. 28). Mas além das instituições também atribuem a reprodução à postura cautelosa dos desafiantes frente à desigualdade de recursos em relação aos dominantes, a ação das estruturas de governança e aos vínculos internos desenvolvidos pelos dominantes com outros campos estatais e não estatais. Apesar de nesse estado os campos serem sistematicamente reproduzidos eles não são estáticos e se caracterizam por uma dinâmica constante de mudanças incrementais, que se dão, entretanto, sem grandes rupturas em sua configuração. Fundamental para a construção dessa dinâmica é a ação de atores socialmente hábeis. Os pertencentes aos grupos dominantes, geralmente, contam com grande quantidade de recursos para manter sua posição e o sucesso de suas intervenções amplia o nível de institucionalização no campo. Atores hábeis de grupos desafiantes atuam de uma posição bem mais desconfortável e se utilizam de várias táticas para promoverem a sobrevivência com seus grupos, mantendo-os unidos, como as alianças com outros grupos poderosos, as alianças com grupos de outros CAE ou a atuação em um nicho do campo em que incumbentes não atuam porque não vale a pena, evitando confronto direto. Mas os campos não estão fadados a se reproduzir ou sofrer apenas mudanças incrementais, sendo que o terceiro estado dos campos descrito pelos autores é o de crise (p. 99). Para os autores, a maioria das crises é decorrente de choques exógenos, em que as influências de campos próximos abalam sua estabilidade. Entretanto, há casos em que transformações são originadas dentro do próprio CAE, com a desestabilização sendo associada aos processos de mudança.

10 Quando geradas externamente, a desestabilização é causada por três situações. Pode ocorrer uma invasão do CAE por atores externos, sendo que o fato de os invasores não conhecerem as convenções do campo pode lhes proporcionar algumas vantagens na disputa e que o impacto gerado será proporcional ao seu poder. Assim, os invasores, mesmo que pequenos, constituem-se como adversários relativamente poderosos por não conhecerem as convenções do campo. Uma segunda situação é a ocorrência de mudanças em outros campos com os quais o CAE mantém relações. Nesse caso, quanto maior a dependência em relação a outros campos, maiores as chances de crise, e quanto maior a diversificação dos vínculos, menor tenderá a ser a severidade dos impactos. Por último, em situações mais raras, podem ocorrer eventos macro, como guerras, depressões e crises no Estado, que afetam um grande número de espaços, gerando sensação generalizada de instabilidade. Em todos esses casos, os choques exógenos podem gerar alterações nas percepções de realidade de grupos dominantes/desafiantes, fazendo com que enxerguem ameaças/oportunidades para a realização de seus interesses, tendo aqui os atores socialmente hábeis um papel óbvio. Essa leitura é a base para os processos de mobilização emergente e do engajamento dos atores em ações inovadoras, gerando momentos de contenção nos CAE. Já as mudanças devidas às dinâmicas internas ocorrem de forma muito mais incremental e como consequência das disputas internas e alterações pequenas e constantes no comportamento dos atores do campo. À medida que esses processos avançam, podem desorganizar o espaço gerando subitamente uma mobilização emergente e a ruptura com a ordem social. É na interação entre incumbentes e desafiantes nos momentos de crise que a nova ordem do campo se constrói, sendo esses processos semelhantes aos recorrentes no momento de emergência dos CAE, com a diferença de que os atores já possuem referências claras sobre a configuração do campo, que podem ser desconstruídas nesse processo. Para os autores, as respostas de incumbentes e desafiantes aos momentos de crise são previsíveis. Em geral, os dominantes adotam postura conservadora, buscando preservar as fontes culturais e políticas de suas vantagens, ignorando outras perspectivas. Buscam ainda apoio de aliados nas estruturas de governança, em campos próximos Estatais e não Estatais, que tendem a agir em seu favor, preservando o tecido institucional mais amplo da sociedade o

11 qual o CAE em questão compõe. Esses aliados, entretanto, podem não corresponder a essa expectativa se sentirem que o colapso é inevitável ou se tiverem alianças com outros atores do campo. Os desafiantes, por sua vez, nem sempre percebem as oportunidades objetivas geradas com a crise, devido a barreiras psicológicas, culturais, organizacionais e políticas que dificultam o processo de mobilização emergente e a ação contenciosa. Se perceberem, terão que enfrentar dois grandes desafios para aproveitar o momento e promover um novo arranjo para o campo. Será necessário forjar uma coalizão vencedora que age conforme uma visão compartilhada de como o campo pode vir a ser organizada que minem as referências existentes. Esses autores precisam ainda construir alianças com atores Estatais que ratifiquem a transformação promovida, contrariando a tendência de atuação conservadora do Estado. Alguns aspectos da teoria preliminarmente publicados pelos autores em Fligstein e MCAdam (2011) foram criticados por Goldstone e Useem (2012). De uma forma geral, estes autores discordam do pequeno foco nos valores e instituições sociais mais amplas na teoria dos CAE, argumentando que Fligstein e MCAdam desconsideram-nas ao generalizar a dinâmica dos campos. Contestam também o fato de a teoria da ação embutida na abordagem dos CAE só considera as posições relativas dos atores no campo, apontando a necessidade de se diferenciar períodos de contenção rotineira dos momentos de transformação mais amplos da ordem sociais, em que essas instituições fundamentais se transformam. Fligstein e MCAdam (2012b) respondem a essas duas críticas em artigo recentemente publicado. Com relação à influência das instituições amplas sobre o campo, dizem que a forma como essas instituições afetam os campos depende em grande medida da forma como os agentes incumbentes e desafiantes se usam das mesmas no âmbito de seus projetos no campo. Apontam ainda que em sua abordagem procuram deixar claro que os campos estão sempre inseridos em outros campos que formam seu ambiente e que para entender a forma como essas instituições mais amplas integram o jogo é necessário adotar análises mais abrangentes, que em grande parte das vezes, devem incluir os campos Estatais, que as definem. Com relação ao segundo ponto, reforçam que a teoria dos CAE da conta de diferenciar mudanças mais localizadas e gerais por meio dos diferentes níveis de análise, já destacados, e que a incorporação de identidades e valores na teoria da ação inerente a abordagem dos CAE é incorporada em suas

12 microfundações, posteriormente publicadas, que explicam as formas como a vida social é motivada e possibilitada. Fica evidente nesse diálogo a flexibilidade e multidimensionalidade da teoria dos CAE, que correspondem ao maior mérito da abordagem, mas implicam em alto grau complexidade. Assume-se, a seguir, o desafio de refletir sobre as implicações dessa abordagem na sociologia dos mercados. 3. IMPLICAÇÕES PARA ANÁLISES DOS MERCADOS As abordagens sociológicas voltadas à compreensão dos mercados enquanto construções sociais têm levando a sério a idéia de que essas esferas encontram-se enraizadas na sociedade (GRANOVETTER, 2003). Apesar dos avanços importantes que vêm sendo realizados por autores inscritos na Nova Sociologia Econômica, os estudos e pesquisas realizados na área, em geral, carecem de uma teoria mais ampla sobre a estabilidade e a mudança das instituições sociais (FLIGSTEIN e MARA-DRITA, 1996; FLIGSTEIN, 2001). Assim, a noção de enraizamento permanece vagamente definida pelos fragmentos de teoria gerados por uma enorme quantidade de estudos empíricos não seguidos de esforços de teorização (KRIPPNER, 2002; FLIGSTEIN, 2001). Sugere-se aqui que a teoria dos CAE pode ser tomada como referência para a compreensão de mercados, contribuindo para unificar as verificações empíricas em um corpo teórico comum. Diversas contribuições recentes da sociologia dos mercados podem ser integradas ao quadro mais geral que a teoria dos CAE oferece e, evidentemente, também contribuir para a teorização dos CAE. A intenção desta parte do trabalho consiste em evidenciar a necessidade de contribuições nesse sentido. Sob a ótica dos CAE, os mercados podem ser considerados com um espaço social formado por um conjunto de firmas que interagem considerando umas às outras e com base em um conjunto de instituições que refletem o histórico da sociedade na qual estão enraizadas e uma determinada distribuição de poder entre os atores. Essas firmas podem ser produtores, fornecedores, clientes que possuem diferentes aportes de recurso e que se engajam em relações de troca, competição e cooperação (FLIGSTEIN e DAUTER, 2007). As estruturas de poder do campo definem quem são as dominantes do mercado, conferindo coerência para a ação das participantes no espaço (PODOLNY, 1998), chamadas de concepção de

13 controle do campo e correspondem a instituições elementares do campo (FLIGSTEIN, 2001). Ao contrário do que pressupõem as correntes ortodoxas da ciência econômica, os recursos não são apenas financeiros, havendo diferentes tipos de capitais, dentre os quais se destaca o capital simbólico, associado ao status dos atores no campo e dos próprios produtos comercializados (PODOLNY, 1992). Como destaca a teoria de redes, o capital social consiste em outro importante recurso utilizado pelos atores poderosos como base para reproduzir sua dominação (BOURDIEU, 1985; GRANOVETTER, 2003), evidente, por exemplo, nos board interlocks identificados em empresas de capital aberto (MIZRUCHI, 1996). Outro recurso fundamental é o domínio sobre o processo de geração da ciência e da tecnologia no campo, que oferecem modelos para a explicação da realidade e soluções tecnológicas mais convenientes para os atores dominantes, constituindo as relações sociais, o que é geralmente definido como performatividade (CALLON et al 2002). As habilidades sociais são outro recurso fundamental para as firmas, que geralmente buscam no mercado de trabalho os maiores talentos (atividade geralmente conhecida como head hunting no mundo empresarial). À medida que esses atores assumem papeis dominantes nos campos internos às organizações, tendem a contribuir decisivamente na definição das estratégias organizacionais. É importante notar que a abordagem dos CAE pode ser utilizada em diferentes níveis de análise dos mercados. Isso por que campos são como bonecas russas (FLIGSTEIN e MCADAM, 2012), sendo formados por outros campos. Quando se adota um recorte mais amplo, as análises são mais agregadas e amplas, sendo que os atores podem ser, por exemplo, um setor da economia ou uma determinada indústria. Com recortes mais micro, os atores podem ser firmas, que também podem ser desdobradas em outros campos quando se busca analisar as relações de produção, ou mesmo indivíduos. A definição das fronteiras dos mercados a serem analisados e do recorte analítico adotado correspondem sempre a um desafio nessa abordagem e são sempre arbitrários. Quando tomada como referência para a compreensão da própria firma, algumas especificidades devem ser consideradas. Firmas são campos burocratizados, com alto grau de rigidez e formalização com fronteiras relativamente bem definidas (FLIGSTEIN e MCADAM, 2012, p.64). Como apontam os teóricos das organizações, a compreensão de sua complexa dinâmica interna, que envolve a

14 identificação dos atores e de suas referências simbólicas e a dinâmica das disputas, é decisiva para entender da estratégia das firmas no mercado e suas estruturas internas. Também é importante analisar os mecanismos isomórficos, que tende a homogeneizar o comportamento das firmas (POWELL e DIMAGGIO, 1991), estudando, por exemplo, a forma como atores intermediários influenciam a estrutura e as estratégias das firmas (MIZRUCHI, 1996; DONADONE, 2010). O ponto de partida para a análise dos mercados como CAE é identificar o estado em que esse espaço se encontra. Verificar se os mercados estão em estado emergente, estável, em crise ou em algum estado intermediário não é uma tarefa trivial e que cada caso apresenta suas especificidades. A emergência dos mercados é um momento chave para sua compreensão. Por isso, a análise de mercados em qualquer um dos possíveis estados deve sempre abordar com algum grau de detalhamento o histórico de surgimento desse espaço. É nesse momento em que o mercado é inventado pelos atores, que, evidentemente, o organizam de forma compatível com os campos em que estão inseridos e, muitas vezes, tomando como referência a forma de funcionamento de outros mercados que consideram funcionar bem. Esse momento conta com participação ativa dos empreendedores e define em grande medida as instituições que iram organizar o espaço. A distribuição dos recursos entre as firmas envolvidas influencia decisivamente a forma de estruturação, sendo uma maior assimetria de poder entre os agentes envolvidos geralmente implica em formas de organização mais hierárquicas. A dinâmica tecnológica é um aspecto fundamental para a compreensão da emergência dos novos mercados. Parece bastante evidente que o surgimento de novos produtos e serviços decorrentes de tecnologias inovadoras são vetores poderosos da estruturação de novos mercados. Empreendedores que tem sucesso ao transformar essas inovações em produtos e serviços tendem a usufrui de períodos de vantagens monopolísticas, que em alguns casos são garantidas pelo Estado por meio de patentes (FLIGSTEIN, 2001). Estados, aliás, têm um papel fundamental na estabilização dos mercados. Passando pelas unidades internas de governança dos mercados, os governos interferem nos mercados para a criação das regras específicas e impondo outras definições mais gerais. Um exemplo de atribuição básica do governo é a de controlar o nível de cooperação permitido entre as firmas que atuam em um determinado

15 mercado, garantindo certos níveis de competitividade (FLIGSTEIN e MARA-DRITA, 1996). Fligstein (2001) desconstrói o sentido das idéias neoliberais de não intervenção Estatal, apontando para as múltiplas formas como os mercados modernos dependem organicamente da atuação dos Estados para funcionar. Mostra que as formas de intervenção variam com os grupos que dominam os campos estatais, identificando casos em que Estados são controlados por capitalistas, trabalhadores, elites locais tradicionais e por coalizões. Quando estabilizados, as formas de organização dos mercados se tornam mais inertes devido ao processo de institucionalização. Partes dessas instituições são externas e impostas por outros campos mais amplos e poderosos com que espaço mantém relação, restando aos atores do CAE se adaptar. Fligstein (2001) aponta a existência de quatro instituições básicas para o funcionamento dos mercados. Os direitos de propriedade determinam quem se beneficia dos retornos das firmas e quem assume os riscos dos investimentos realizados. Os Estados também definem quais produtos podem e quais não podem ser trocados nos mercados e sob que condições (SCHNEIBERG e SOULE, 2005). As estruturas de governança consistem em regras legais e normativas que estruturam as firmas e suas relações de competição e cooperação. Por último, como já destacado, as concepções de controle definem princípios de organização interna do mercado hierarquizando as firmas, minimizando a competição via preços e facilitando a manutenção das firmas como unidades coesas. Outras partes, entretanto, são definidas pelos próprios atores do campo em momentos específicos, de emergência e crise, quando é comum haver mudanças abruptas nos acordos, ou por meio de processos de mudança em momentos de estabilidade, que as transformam mais lenta e continuamente. Em mercados estáveis, os atores econômicos têm condições básicas para desenvolver relações mais duradouras com entre si. As teorias de redes mostram que são comuns as situações em que esses atores se envolvem em transações repetitivas e passam a se conhecer, adquirindo confiança uns nos outros e construindo reputações (GRANOVETTER, 2003). A estabilidade pode implicar na manutenção de relações assimétricas, o que pode ser explicado pelo grau de dependência desses atores em relação às transações (PFEFFER e SALANCIK, 1982).

16 Momentos de crise podem ser gerados a partir dos processos de mudança internos dos mercados, mas geralmente são decorrentes de choques exógenos de mercados vizinhos. Nos mercados, as firmas precisam conviver permanentemente com ameaças geradas nas relações com fornecedores, concorrentes, com trabalhadores e com o risco eminente de mudanças tecnológicas que gerem a obsolescência de produtos e processos produtivos. Economias mundializadas são altamente integradas e tornam comuns os momentos de crise. Algumas são geram impactos em todo o sistema econômico mundial, como a crise financeira de 2008 gerada nos Estados Unidos (GRÜN, 2011) e outras são mais localizadas. Em outros casos, movimentos sociais e outros atores da sociedade civil invadem os mercados, influindo em sua organização por meio do confronto e da crítica (BOLTANSKI e CHIAPELLO, 2009; ABRAMOVAY et al, 2010). Para enfrentar as crises, as empresas se usam de várias estratégias, apontadas na literatura. Dentre as mais conhecidas estão a diferenciação de produtos, por meio da qual as firmas segmentam os mercados definindo focos de atuação (WHITE, 2002), e a diversificando do portfólio, que reduz a dependência de uma firma em relação a um mercado particular (FLIGSTEIN, 1990). Atores dominantes dos mercados contam ainda com a intervenção do Estado e das unidades internas de governança, que, mais comumente, agem para reimpor a ordem vigente com ajustes. Sem a intenção de esgotar a proposta de aproximação de estudos empíricos da sociologia dos mercados com o arcabouço analítico e conceitual dos CAE, espera-se ter demonstrado aqui, ainda que de forma exploratória, como esse caminho pode ser promissor. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho apresentou os principais aspectos da abordagem dos Campos de Ação Estratégicos (CAE) e evidenciou, de forma exploratória, sua aplicação para a compreensão e análise dos mercados. Com cunho fundamentalmente, teórico, buscou contribuir para a superação de fragilidades identificadas na literatura da sociologia econômica e nos estudos organizacionais associadas à subteorização da teoria dos campos. A estratégia adotada foi de integrar a recém-desenvolvida teoria dos Campos de Ação Estratégica (FLIGSTEIN e MCADAM, 2012) com algumas dos principais argumentos desenvolvidos por autores que analisam os mercados a partir

17 de uma perspectiva sociológica. Espera-se, assim, ter contribuído para contrapor a ideia dominante dos mercados como abstrações matemáticas e como um espaço autônomo da vida social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMOVAY, R.; VOIVOVIC, M. A.; CARDOSO, F. C.; CONROY, M. E. Social Movements and NGOs in the Construction of New Market Mechanisms, Economic Sociology European Electronic Newsletter, v. 1, n.2, Paris, p , AXELROD, R. The Evolution of Cooperation. New York: Basic Books, BOLTANSKI, L.; CHIAPELLO, E. O Novo Espírito do Capitalismo. São Paulo: Martins Fontes, BORDIEU, P. Distiction: A Social Critique of the Judgement of Taste. London: Routledge, BOURDIEU, P. O campo econômico. Política e Sociedade Revista de Sociologia Política, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFSC, n. 6, Florianópolis, abril/2005b. BOURDIEU, P. The forms of capital. In: RICHARDSON, J. G. (org.). Handbook of Theory and Research for the Sociology of Education. Nova Iorque: Greenwood, 1985 CALLON, M.; MÉADEL, C.; RABEHARISOA, V. The economy of qualities, Economy and Society, v. 31, n. 2, 2002, pp DIMAGGIO, P. J. Constructing an Organizational Field. In: POWELL, W.; DIMAGGIO, P. The new institutionalism in organizational analysis. Chicago: University of Chicago Press, DONADONE, J. C. In The World Of Intermediaries: Consulting Firms, Business Press and the Reorganization Of The Management Activities. Saarbrücken - Germany: VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co., v p. FLIGSTEIN, N. DAUTER, L. The Sociology of Markets. Annual Review of Sociology, v. 33, pp , FLIGSTEIN, N. Habilidades Sociais e Teoria dos Campos. Administração de Empresas, v.47, n.2, São Paulo, Revista de FLIGSTEIN, N. MARA_DRITA, I. How to Make a Market: Reflections on the Attempt to Create a Single Market in the European Union. American Journal of Sociology, Vol. 102, No. 1,Jul., 1996, pp FLIGSTEIN, N. Teoria e método para o estudo de campos de ação estratégico. In.: DONADONE, J. C.; JARDIM, M. A. C. (Orgs.). As centralidades e as fronteiras das empresas no século 21. Bauru: Edusc, 2011, p FLIGSTEIN, N. The architecture of markets: an economic sociology of twentyfirst-century capitalist societies. New Jersey: Princeton University Press, FLIGSTEIN, N. The transformation of corporate control. Massachusetts: Harvard University Press, 1990.

18 FLIGSTEIN, N.; MCADAM, D. A Theory of Fields. New York: Oxford University Press, FLIGSTEIN, N.; MCADAM, D. Toward a General Theory of Strategic Action Fields. Sociological Theory, v. 29, n. 1, Washington, DC, USA, GOFFMAN, E. Frame Analysis. Cambridge, MA: Harvard University Press, GOFFMAN, E. Presentation of Self in Everyday Life. Garden City, NJ: Doubleday Press, GOLDSTONE, J. A.; USEEM, B. Putting Values and Institutions Back into the Theory of Strategic Action Fields. Sociological Theory, v. 30, n.1, pp , GRANOVETTER, M. Acção econômica e estrutura social: o problema da incrustação. In: PEIXOTO, J.; MARQUES, R. (Orgs.). A nova sociologia econômica. Oeiras: Celta, GRÜN, R. Crise financeira 2.0: controlar a narrativa & controlar a desfecho. Dados, v. 54, n. 3, KRIPPNER, G. The Elusive Market: Embeddedness and the Paradigm of Economic Theoy and Society, v. 30, n. 6, MARTIN, J. L. What is field theory? American Journal of Sociology, n. 109, v. 1, pp. 1-49, MEAD, G. H. Mind, Self, and Society. Chicago: University of Chicago Press, MEYER, J; SCOTT, W. R. Organizational Environments. Beverly Hills: Sage, 1983 PFEFFER J, SALANCIK G.R. The external control of organizations: a resource dependence perspective. New York: Harper and Row, PFEFFER, J.; SALANCIK, G. The external control of organizations. New York: Harper e Raw, PODOLNY J. M. Networks as the Pipes and Prisms of the Market. American Journal of Sociology, v. 107, pp.33-60, PODOLNY J.M. A Status-Based Model of Market Competition. American Journal of Sociology, v. 98, pp , 1993 POWELL, W. W.; DIMAGGIO, P. J. The iron cage revised: Institutional isomorphism and collective rationality. In: POWELL, W. W.; DIMAGGIO, P. J. (Eds.). The new institucionalism in organizational analysis. London: University of Chicago Press, POWELL. W.; DOUGLAS, W.; KENNETH, K.; JASON, O. S. Network Dynamics and Field Evolution: The Growth of Interorganizational Collaboration in the Life Sciences. American Journal of Sociology, v. 110, p , SCHNEIBERG, M, SOULE S.A. Institutionalization as a Contested Multilevel Process: The Case of Rate Regulation in American Fire Insurance. In: GERALD, D. M.; DAVIS, F. SCOTT, R. W.; ZALD, M. (Eds.). Social Movements and Organization Theory, Cambridge: Cambridge University Press, WHITE H.C Markets from networks: socioeconomic models of production. Princeton, N.J.: Princeton University Press.

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