28 de dezembro de 2007

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "28 de dezembro de 2007"

Transcrição

1 Curso de UFRPE e UFPE 28 de dezembro de 2007

2

3 Seja f (y) uma função densidade conhecida, cujos cumulantes são dados por κ 1, κ 2,.... O interesse reside em usar f (y) para aproximar uma função densidade g(y) (em geral desconhecida) a partir da aplicação de um operador T(D) a f (y). O operador é formulado como T(D) = exp ǫ j ( D) j /j! j=1 e a aproximação para g(y) é definida por g(y) = T(D) f (y), em que D é o operador diferencial, ou seja, D j f (y) = d j f (y)/dy j.

4 Os cumulantes de g(y) são determinados como os coeficientes de t r /r! na expansão de { + } log e ty g(y)dy. Expandindo o operador T(D) em série de Taylor vem T(D) = i=0 1 i! ǫ j ( D) j de onde se conclui que os cumulantes de g(y) são dadas por κ 1 + ǫ 1, κ 2 + ǫ 2,.... A função g(y) pode não satisfazer a condição g(y) 0 para todo y, mas seus cumulantes κ r + ǫ r são definidos mesmo que esta condição não seja satisfeita. j=1 j!

5 De g(y) = T(D) f (y) obtém-se, pela expansão de T(D), g(y) = f (y) ǫ 1 Df (y) (ǫ2 1 + ǫ 2)D 2 f (y) 1 6 (ǫ ǫ 1ǫ 2 + ǫ 3 )D 3 f (y) (ǫ ǫ2 1 ǫ 2 + 4ǫ 1 ǫ 3 + ǫ 4 )D 4 f (y) +

6 Em muitos casos, D j f (y) = P j (y)f (y), em que onde P j (y) é um polinômio de grau j em y. Esses polinômios são geralmente ortogonais com relação à distribuição associada a f (y), ou seja, P j (y)p k (y)f (y) = 0, para j k.

7 No caso em que f (y) é a função densidade φ(y) da distribuição normal reduzida, ( 1) j P j (y) é o polinômio de Hermite H j (y) de grau j definido pela identidade ( D) r φ(y) = H r (y)φ(y). Os primeiros polinômios de Hermite são H 0 (y) = 1, H 1 (y) = y, H 2 (y) = y 2 1, H 3 (y) = y 3 3y, H 4 (y) = y 4 6y 2 + 3, H 5 (y) = y 5 10y y, H 6 (y) = y 6 15y y 2 15.

8 Esses polinômios têm propriedades interessantes decorrentes da identidade exp(ty t 2 t j /2) = j! H j(y), tais como: j=0 d dy H r(y) = r H r 1 (y), D j H r (y) = r (j) H r j (y) para r j, em que r (j) = r(r 1) (r j + 1). Satisfazem ainda a relação de recorrência H r (y) = y H r 1 (y) (r 1) H r 2 (y) (r 2).

9 Caso especial de maior aplicabilidade: f (y) é a função densidade φ(y) da distribuição N(0, 1). Neste caso, κ r = 0 para r > 2 e ǫ 3, ǫ 4,... são iguais aos cumulantes de g(y). Assim, g(y) = φ(y)[1 + ǫ 3 3! H 3 (y) + ǫ 4 4! H 4 (y) + ǫ 5 5! H 5 (y) + (ǫ 6+10ǫ 2 3 ) 6! H 6 (y) + ]. Esta expansão é denominada expansão para a densidade.

10 Integrando e usando a relação H r (y)φ(y)dy = H r 1 (y)φ(y)(r 1) vem G(y) = Φ(y) φ(y)[ ǫ 3 3! H 2 (y) + ǫ 4 4! H 3 (y) + ǫ 5 5! H 4 (y) + (ǫ 6+10ǫ 2 3 ) 6! H 5 (y) + ], em que Φ(y) é a função de distribuição da normal reduzida.

11 Seja Y uma variável aleatória com funções densidade f (y) e geratriz de cumulantes K(t). Os cumulantes padronizados de Y são ρ r = κ r /κ r/2 2 para r 2. Tem-se κ 1 = E(y) = µ e κ 2 = Var(Y ) = σ 2. Suponha que Y 1,...,Y n são realizações iid de Y e sejam as somas S n = n i=1 Y i, e S n = (S n nµ)/(σ n). Como as variáveis aleatórias são iid, as funções geratrizes de cumulantes de S n e S n são dadas por K Sn (t) = nk(t) e respectivamente. ( ) nµt t K S n (t) = + nk σ σ, (1) n

12 A expansão de K(t) em série de Taylor equivale a uma soma de funções dos cumulantes padronizados de Y K(t) = µt + σ 2 t 2 /2 + ρ 3 σ 3 t 3 /6 + ρ 4 σ 4 t 4 /24 + que substituída em (1) implica K S n (t) = t 2 /2 + ρ 3 t 3 /(6 n) + ρ 4 t 4 /(24n) + O(n 3/2 ). (2) A função geratriz de momentos M S n (t) de S n é obtida de (2) tomando exponenciais. Logo, M S n (t) = exp(t 2 /2){1 + ρ 3 t 3 /(6 n) + ρ 4 t 2 /(24n) +ρ 2 3t 6 /(72n) + O(n 3/2 )}.

13 Para obter a função densidade de S n, a equação anterior deve ser invertida termo a termo usando a identidade e ty φ(y)h r (y)dy = t r exp(t 2 /2). Então, a função densidade de S n é dada por f S n (y) = φ(y){1 + ρ 3 6 n H 3(y) + ρ 4 24n H 4(y) + ρ2 3 72n H 6(y)} + O(n 3/2 ). (3)

14 A integral de (3) produz a expansão da função de distribuição de S n como F S n (y) = Φ(y) φ(y)[ ρ 3 6 n H 2(y) + ρ 4 24n H 3(y) + ρ2 3 72n H 5(y)] + O(n 3/2 ). (4) As fórmulas (3) e (4) são as expansões de para as funções densidade e de distribuição de uma soma padronizada S n, respectivamente. É importante salientar que a expansões acima seguem diretamente das expansões, pois os cumulantes de S n são, simplesmente, ǫ r = O(n 1 r/2 ) para r 3 com ǫ 3 = ρ 3 / n e ǫ 4 = ρ 4 /n.

15 Sejam Y 1,...,Y n variáveis aleatórias iid com distribuição exponencial de média um. A função densidade exata de S n é dada por π S n (y) = n(n + y n) n 1 exp( n y n)/(n 1)!. Para obter a expansão de tem-se E(S n ) = n, Var(S n ) = n, ρ 3 = 2 e ρ 4 = 6. Logo, { f S n (y) = φ(y) 1 + H 3(y) 3 n + H 4(y) + H } 6(y) + O(n 3/2 ). 4n 18n

16 Na Tabela 1 compara-se para n = 5 o valor exato π S n (y) com a aproximação normal φ(y) (termo principal) e com aquelas expansões f S n (y) obtidas da equação anterior considerando apenas o termo O(n 1/2 ) e com aqueles dois termos de ordem O(n 1 ).

17 Tabela 1: Aproximações de para a função densidade da soma padronizada de 5 variáveis exponenciais iid de y Exato Normal até O(n 1/2 ) até O(n 1 ) -2 0,0043 0,0540 0,0379 0,0178-1,5 0,1319 0,1295 0,1512 0,1480-1,0 0,3428 0,2420 0,3141 0,3329-0,5 0,4361 0,3521 0,4242 0, ,3924 0,3989 0,3989 0, ,1840 0,2420 0,1698 0, ,0577 0,0540 0,0701 0, ,0144 0,0044 0,0163 0,0181

18 Este exemplo ilustra o desempenho da expansão de no contexto discreto. Seja S n a soma de n variáveis aleatórias iid com distribuição de Poisson de média 1. Assim, S n tem distribuição de Poisson de média n. Todos os cumulantes da distribuição de Poisson são iguais e, então, ρ 3 = ρ 4 = 1. A soma padronizada S n = (S n n)/ n tem função de distribuição aproximada, decorrente de (4), dada por { H2 (y) F S n (y) = Φ(y) φ(y) 6 n + H 3(y) 24n + H } 5(y) +O(n 3/2 ). 72n

19 No uso desta expansão para aproximar P(S n r), pode-se adotar uma correção de continuidade como y = (r n + 0, 5)/ n de modo que P(S n r) = F S n (y). A Tabela 2 compara a aproximação Φ(y) e as expansões de F S n (y) até ordens O(n 1/2 ) e O(n 1 ) com o valor exato de P(S n r) quando n = 8. Ambas as expansões de aproximam melhor P(S n r) do que a função de distribuição normal Φ(y).

20 Tabela 2: Aproximações para a função de distribuição de Poisson de média n = 8. de r Exato Normal até O(n 1/2 ) até O(n 1 ) 2 0,0138 0,0259 0,0160 0, ,0996 0,1079 0,1021 0, ,3134 0,2981 0,3128 0, ,5926 0,5702 0,5926 0, ,8159 0,8116 0,8151 0, ,9362 0,9442 0,9340 0, ,9827 0,9892 0,9820 0,9824

21 Suponha que uma variável aleatória contínua padronizada Y tem média zero, variância um e cumulantes ρ j de ordens O(n 1 j/2 ) para j 3. Neste caso, a expansão de para P(Y y) segue diretamente de (4). Suponha agora que y α e u α são definidos por. P(Y y α ) = Φ(u α ) = 1 α As expansões de são duas expansões assintóticas relacionando os quantis y α e u α : uma expansão normalizadora que expressa u α como função de y α e sua expansão inversa dando y α em termos de u α.

22 Expandindo Φ(u α ) em série de Taylor vem (u α y α ) r Φ(u α ) = Φ{y α +(u α y α )} = Φ(y α )+ D r Φ(y α ) r! (5) e, então, (u α y α ) r Φ(u α ) = Φ(y α ) + ( 1) r 1 H r 1 (y α )φ(y α ). (6) r! r=1 r=1

23 Igualando P(Y y α ) proveniente de (5) à equação (6), pode-se expressar u α em função de y α até ordem O(n 1 ) como um polinômio do terceiro grau u α = p(y α ) = y α ρ 3 6 n (y2 α 1) + ρ2 3 36n (4y2 α 7y α ) ρ 4 24n (y3 α 3y α ). (7) O polinômio p(y ) de representa a transformação normalizadora da variável Y até ordem O(n 1 ), isto é, p(y ) N(0, 1) + O p (n 3/2 ).

24 O objetivo da expansão inversa de é expressar os quantis y α de Y como função dos correspondentes quantis u α da distribuição normal reduzida. A inversão da expansão (7) para calcular y α em termos do quantil u α da normal reduzida é obtida expandido y α = u α + g(y α ) em termos de u α como y α u α = g(u α ) + Dg2 (u α ) + D2 g 3 (u α ) + (8) 2! 3! Identificando g(y α ) = y α p(y α ) em (7), substituindo em (8) e calculando as potências de g(u α ) e suas derivadas, obtém-se y α em função de u α até ordem O(n 1 ) como y α = u α + ρ 3 6 n (u2 α 1) ρ2 3 36n (2u3 α 5u α ) + ρ 4 24n (u3 α 3u α ). (9)

25 Suponha que Z χ 2 n e seja Y = (Z n)/ 2n a variável aleatória qui-quadrado padronizada, cujos terceiro e quarto cumulantes são ρ 3 = 2 2 e ρ 4 = 12. Logo, P(Z z α ) = P(Y (z α n)/ 2n) e, portanto, juntando os dois termos de ordem n 1 em (9) vem z α = n + { } 2 2n u α + 3 n (u2 α 1) n (u3 α 7u α ). A Tabela 3 mostra a adequação das aproximações para z α provenientes da equação acima usando apenas o termo de ordem O(1)(u α ) e aquelas incluindo os termos O(n 1/2 ) e O(n 1 ). Observa-se desta tabela que a correção O(n 1/2 ) já melhora substancialmente a aproximação normal, sendo que esta aproximação é ruim mesmo para n = 100, ao nível de significância de 1%.

26 Tabela 3: Comparação das expansões de para os quantis da χ 2 n até α n Exato O(1) O(n 1/2 ) O(n 1 ) 5 15,09 12,36 15,20 15, ,21 20,40 23,34 23,25 0, ,15 73,26 76,20 76, ,81 132,90 135,84 135,81 5 9,24 9,65 9,48 9, ,99 15,73 16,16 15,99 0, ,17 62,82 63,24 63, ,50 118,12 118,55 118,50

27 Daniels, H. E. (1954). Saddlepoint Approximations in Statistics. The Ann. Math. Statistics, 25, Daniels, H. E. (1987). Tail Probability Approximations. International Statistical Review, 55, 1, , G.M. (1999). à teoria assintótica. 22o Colóquio Brasileiro de Matemática, IMPA, , G.M. (1992). à teoria da verossimilhança. Capítulo 3, Seção 3.8, Goutis, C. e Casella, G. (1999) Explaining the Saddlepoint Approximation. The American Satistician, 53, n. 3,

28 Curso de Hinkley, D. V., Reid, N. e Snell, E. J. (1990). Statistical Theory and Modelling. In honour of Sir David Cox, FRS. Chapman and Hall. Jensen, J. L. (1988). Uniform Saddlepoint Approximations. Adv. Appl. Prob., 20, Kolassa, J. E. (1997). Series Approximation Methods in Statistics. Lecture Notes in Statistics, 88, second edition, Springer, Lugannani, R. e Rice, S. (1980). Saddle Point Approximation for The Distribution of The Sum of Independent Random Variables. Adv. Appl. Prob., 12,

27 de dezembro de 2007

27 de dezembro de 2007 Curso Coriro Laplace Curso Coriro UFRPE e UFPE 27 zembro 2007 Daniels Curso Coriro Laplace Daniels 1 2 Laplace 3 4 Daniels 5 6 Aplicações estatística 7 Referências Curso Coriro Laplace Daniels As expansões

Leia mais

1 de janeiro de UFRPE e UFPE. Curso de Teoria Assintótica. Gauss Cordeiro. Roteiro. Expansões de Laplace

1 de janeiro de UFRPE e UFPE. Curso de Teoria Assintótica. Gauss Cordeiro. Roteiro. Expansões de Laplace s UFRPE e UFPE 1 de janeiro de 2008 1 s 2 s 3 4 5 s A transformada é definida z grande por L(z) = 0 e zy f (y)dy. A função geratriz de momentos M(t) da distribuição com função densidade f (y) sobre os

Leia mais

26 de dezembro de 2007

26 de dezembro de 2007 Curso de UFRPE e UFPE 26 de dezembro de 2007 1 2 3 4 Seja l(θ) a log-verossimilhança. A esperança e a covariância da função escore são dadas por: e Cov(U) = E respectivamente. ( UT θ E(U) = 0 (1.1) ) (

Leia mais

Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo

Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Geração de Números Aleatórios Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo 1 / 61 Simulando de Distribuições Discretas Assume-se que um

Leia mais

COMPARAÇÃO DAS EXPANSÕES DE EDGEWORTH, LUGANNANI-RICE, DANIELS E CORDEIRO-FERRARI COM

COMPARAÇÃO DAS EXPANSÕES DE EDGEWORTH, LUGANNANI-RICE, DANIELS E CORDEIRO-FERRARI COM COMPARAÇÃO DAS EXPANSÕES DE EDGEWORTH, LUGANNANI-RICE, DANIELS E CORDEIRO-FERRARI COM APLICAÇÕES NA ESTATÍSTICA Rejane dos Santos BRITO 1 Gauss Moutinho CORDEIRO 1 RESUMO: Neste artigo revisa-se as expansões

Leia mais

Modelos Lineares Distribuições de Probabilidades Distribuição Normal Teorema Central do Limite. Professora Ariane Ferreira

Modelos Lineares Distribuições de Probabilidades Distribuição Normal Teorema Central do Limite. Professora Ariane Ferreira Distribuições de Probabilidades Distribuição Normal Teorema Central do Limite Professora Ariane Ferreira Modelos Probabilísticos de v.a. continuas Distribuição de Probabilidades 2 IPRJ UERJ Ariane Ferreira

Leia mais

Definições Matemáticas

Definições Matemáticas A matemática pode ser definida como a ciência na qual não se sabe jamais sobre o que fala nem se o que se diz é verdade. ÖØÖ Ò ÊÙ Ð ½ ¾¼ A Definições Matemáticas Conceitos e definições matemáticas que

Leia mais

Lucas Santana da Cunha de junho de 2018 Londrina

Lucas Santana da Cunha de junho de 2018 Londrina Variável aleatória contínua: Lucas Santana da Cunha email: lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ 13 de junho de 2018 Londrina 1 / 26 Esperança e variância de Y Função de distribuição acumulada

Leia mais

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL Ralph dos Santos Silva Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário Se a integração analítica não é possível ou

Leia mais

Inferência para CS Modelos univariados contínuos

Inferência para CS Modelos univariados contínuos Inferência para CS Modelos univariados contínuos Renato Martins Assunção DCC - UFMG 2014 Renato Martins Assunção (DCC - UFMG) Inferência para CS Modelos univariados contínuos 2014 1 / 42 V.A. Contínua

Leia mais

Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM

Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM Departamento de Matemática Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM Exame a Época / o Teste (Grupos III e IV) o semestre 009/00 Duração: 80 / 90 minutos /06/00 9:00 horas Grupo I Exercício 5 valores

Leia mais

5. PRINCIPAIS MODELOS CONTÍNUOS

5. PRINCIPAIS MODELOS CONTÍNUOS 5. PRINCIPAIS MODELOS CONTÍNUOS 2019 5.1. Modelo uniforme Uma v.a. contínua X tem distribuição uniforme com parâmetros e ( < ) se sua função densidade de probabilidade é dada por f ( x )={ 1 β α, α x β

Leia mais

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL Ralph dos Santos Silva Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário (bootstrap) Este método foi proposto por Efron

Leia mais

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 9

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 9 em Econometria Departamento de Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Aula 9 Data Mining Equação básica: Amostras finitas + muitos modelos = modelo equivocado. Lovell (1983, Review

Leia mais

Probabilidade e Estatística. stica. Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva pessoal.utfpr.edu.

Probabilidade e Estatística. stica. Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva  pessoal.utfpr.edu. Probabilidade e Estatística stica Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva http://paginapessoal.utfpr.edu.br/ngsilva pessoal.utfpr.edu.br/ngsilva Distribuição Uniforme Uma variável aleatória contínua X está

Leia mais

Lucas Santana da Cunha 12 de julho de 2017

Lucas Santana da Cunha   12 de julho de 2017 DISTRIBUIÇÃO NORMAL Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ Universidade Estadual de Londrina 12 de julho de 2017 Distribuição Normal Dentre todas as distribuições de probabilidades,

Leia mais

Lucas Santana da Cunha de junho de 2018 Londrina

Lucas Santana da Cunha de junho de 2018 Londrina Distribuição Normal Lucas Santana da Cunha email: lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ 25 de junho de 2018 Londrina 1 / 17 Distribuição Normal Dentre todas as distribuições de probabilidades,

Leia mais

Distribuições derivadas da distribuição Normal. Distribuição Normal., x real.

Distribuições derivadas da distribuição Normal. Distribuição Normal., x real. Distribuições derivadas da distribuição Normal Distribuição Normal Uma variável aleatória X tem distribuição normal com parâmetros µ e σ, quando sua densidade de probabilidade é f ( x) π σ e ( x µ ) σ,

Leia mais

Análise de Dados e Simulação

Análise de Dados e Simulação Universidade de São Paulo Instituto de Matemática e Estatística http:www.ime.usp.br/ mbranco Simulação de Variáveis Aleatórias Contínuas. O método da Transformada Inversa Teorema Seja U U (0,1). Para qualquer

Leia mais

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL Ralph dos Santos Silva Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário Introdução Solução de equações não lineares

Leia mais

Vetor de Variáveis Aleatórias

Vetor de Variáveis Aleatórias Vetor de Variáveis Aleatórias Luis Henrique Assumpção Lolis 25 de junho de 2013 Luis Henrique Assumpção Lolis Vetor de Variáveis Aleatórias 1 Conteúdo 1 Vetor de Variáveis Aleatórias 2 Função de Várias

Leia mais

Distribuições de Probabilidade. Distribuição Uniforme Distribuição Exponencial Distribuição Normal

Distribuições de Probabilidade. Distribuição Uniforme Distribuição Exponencial Distribuição Normal Distribuições de Probabilidade Distribuição Uniforme Distribuição Exponencial Distribuição Normal 1 Distribuição Uniforme A distribuição Uniforme atribui uma densidade igual ao longo de um intervalo (a,b).

Leia mais

Par de Variáveis Aleatórias

Par de Variáveis Aleatórias Par de Variáveis Aleatórias Luis Henrique Assumpção Lolis 7 de abril de 2014 Luis Henrique Assumpção Lolis Par de Variáveis Aleatórias 1 Conteúdo 1 Introdução 2 Par de Variáveis Aleatórias Discretas 3

Leia mais

Estatísticas Inferenciais Distribuições Amostrais. Estatística

Estatísticas Inferenciais Distribuições Amostrais. Estatística Estatística Na descrição dos conjuntos de dados x 1,..., x n, não foi feita menção ao conceito de população. Estatísticas inferenciais: preocupadas com a fonte dos dados e em tentar fazer generalizações

Leia mais

Revisões de Matemática e Estatística

Revisões de Matemática e Estatística Revisões de Matemática e Estatística Joaquim J.S. Ramalho Contents 1 Operadores matemáticos 2 1.1 Somatório........................................ 2 1.2 Duplo somatório....................................

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~viali/ Uma variável aleatória X tem uma distribuição normal se sua fdp for do tipo: f(x) 1.e 1 2. x µ σ 2, x R 2π. σ com - < µ < e σ >

Leia mais

Gabarito da G3 de Equações Diferenciais

Gabarito da G3 de Equações Diferenciais Gabarito da G3 de Equações Diferenciais 03. MAT 54 Ques..a.b.c.a.b 3 4 5.a 5.b soma Valor.0.0.0.0.0.0.0.0.0 0.0 Nota ) Considere o problema abaixo que representa o comportamento de duas espécies(com densidades

Leia mais

LEEC Probabilidades e Estatística 1 a Chamada 13/06/2005. Parte Prática C (C) M 1% 9% 10% (M) 4% 86% 90% 5% 95% 100%

LEEC Probabilidades e Estatística 1 a Chamada 13/06/2005. Parte Prática C (C) M 1% 9% 10% (M) 4% 86% 90% 5% 95% 100% . Definição dos acontecimentos: M T-shirt tem manchas C T-shirt tem costuras defeituosas D T-shirt é defeituosa A Preço da t-shirt é alterado a) PM) = % PC) = 5% PM C) = % LEEC Probabilidades e Estatística

Leia mais

exercícios de análise numérica II

exercícios de análise numérica II exercícios de análise numérica II lic. matemática aplicada e computação (4/5) aulas práticas - capítulo Exercício. Mostre que a soma dos polinómios base de Lagrange é a função constante. Exercício. Usando

Leia mais

MAB-515 Avaliação e Desempenho (DCC/UFRJ)

MAB-515 Avaliação e Desempenho (DCC/UFRJ) MAB-515 Avaliação e Desempenho (DCC/UFRJ) Aula 6: Desigualdades, Limites e 1 Normalização Desigualdade de Chebyshev Lei dos Grandes Números 2 3 Normalização Sumário Normalização Desigualdade de Chebyshev

Leia mais

Respostas da Série de Exercícios Funções Multivariadas e outras. Lista 3A

Respostas da Série de Exercícios Funções Multivariadas e outras. Lista 3A Respostas da Série de Exercícios Funções Multivariadas e outras Problema 1 Lista 3A Observar que N1 e N2 são números inteiros de tal forma que N1+N2 5 isto é: N1=1,...4 e N2=1,..5-N1. Cada par de valores

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS As variáveis aleatórias X e Y seguem uma distribuição de Bernoulli com probabilidade de sucesso igual a 0,4. Considerando S = X + Y e que os eventos aleatórios A = [X = 1] e B

Leia mais

Seja (X,Y) uma v.a. bidimensional contínua ou discreta. Define-se valor esperado condicionado de X para um dado Y igual a y da seguinte forma:

Seja (X,Y) uma v.a. bidimensional contínua ou discreta. Define-se valor esperado condicionado de X para um dado Y igual a y da seguinte forma: 46 VALOR ESPERADO CONDICIONADO Seja (X,Y) uma v.a. bidimensional contínua ou discreta. Define-se valor esperado condicionado de X para um dado Y igual a y da seguinte forma: Variável contínua E + ( X Y

Leia mais

UFABC - Pós-graduação em Física - FIS Mecânica Estatística Curso Prof. Germán Lugones CAPITULO 1. Variáveis Aleatórias

UFABC - Pós-graduação em Física - FIS Mecânica Estatística Curso Prof. Germán Lugones CAPITULO 1. Variáveis Aleatórias UFABC - Pós-graduação em Física - FIS 07 - Mecânica Estatística Curso 208. - Prof. Germán Lugones CAPITULO Variáveis Aleatórias Introdução Mecânica Mecânica Estatística Termodinâmica H(p i,q i ) Q N (V,

Leia mais

AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal

AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal Susan Schommer Introdução à Estatística Econômica - IE/UFRJ Distribuições Contínuas Em muitos problemas se torna matematicamente mais simples considerar um espaço

Leia mais

canal para sinais contínuos

canal para sinais contínuos Processos estocásticos, Entropia e capacidade de canal para sinais contínuos 24 de setembro de 2013 Processos estocásticos, Entropia e capacidade de canal para1 sin Conteúdo 1 Probabilidade de sinais contínuos

Leia mais

Polinômios de Legendre

Polinômios de Legendre Seção 5: continuação do método de resolução por séries de potências Na Seção foi exposto informalmente, através de exemplos, o método de resolução de equações diferenciais ordinárias por séries de potências.

Leia mais

Técnicas computacionais em probabilidade e estatística II

Técnicas computacionais em probabilidade e estatística II Técnicas computacionais em probabilidade e estatística II Universidade de São Paulo Instituto de Matemática e Estatística http:www.ime.usp.br/ mbranco AULA 1: Problemas Computacionais em Inferência Estatística.

Leia mais

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS TESTES DE RECUPERAÇÃO A - 6 DE JUNHO DE 9 - DAS H ÀS :3H Teste Apresente e justifique

Leia mais

Redes de Computadores sem Fio

Redes de Computadores sem Fio Redes de Computadores sem Fio Prof. Marcelo Gonçalves Rubinstein Programa de Pós-Graduação em Engenharia Eletrônica Faculdade de Engenharia Universidade do Estado do Rio de Janeiro Programa Introdução

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 11

Sumário. 2 Índice Remissivo 11 i Sumário 1 Principais Distribuições Contínuas 1 1.1 Distribuição Uniforme................................. 1 1.2 A Distribuição Normal................................. 2 1.2.1 Padronização e Tabulação

Leia mais

MAE0229 Introdução à Probabilidade e Estatística II

MAE0229 Introdução à Probabilidade e Estatística II Exercício Entre jovens atletas, um nível alto de colesterol pode ser considerado preocupante e indicativo para um acompanhamento médico mais frequente. Suponha que são classificados como tendo taxa de

Leia mais

Distribuição Normal. Diz-se que uma variável aleatória X tem distribuição normal, se a sua função densidade de probabilidade for dada por:

Distribuição Normal. Diz-se que uma variável aleatória X tem distribuição normal, se a sua função densidade de probabilidade for dada por: Distribuições contínuas Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Distribuição Normal Diz-se que uma variável aleatória X tem distribuição normal, se a sua função densidade de probabilidade

Leia mais

Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu

Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Distribuições contínuas Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Distribuição Normal Diz-se que uma variável aleatória X tem distribuição normal, se a sua função densidade de probabilidade

Leia mais

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA VARIÁVEIS ALEATÓRIAS Joaquim H Vianna Neto Relatório Técnico RTE-03/013 Relatório Técnico Série Ensino Variáveis

Leia mais

COMPORTAMENTO ASSITÓTICO DE ESTIMADORES DE MÁXIMA VEROSSIMILHANÇA

COMPORTAMENTO ASSITÓTICO DE ESTIMADORES DE MÁXIMA VEROSSIMILHANÇA COMPORTAMENTO ASSITÓTICO DE ESTIMADORES DE MÁXIMA VEROSSIMILHANÇA Felipe Matheus Gonçalves Costa (1); Divanilda Maia Esteves (2) 1 Universidade Estadual da Paraíba; felipematheusem@hotmail.com.br 2 Universidade

Leia mais

Variável Aleatória Contínua (v.a.c)

Variável Aleatória Contínua (v.a.c) Variável Aleatória Contínua (v.a.c) Lucas Santana da Cunha email: lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ 20 de junho de 2018 Londrina 1 / 14 (v.a.c.) Uma função Y definida sobre o espaço amostral

Leia mais

Distribuições Contínuas de Probabilidade

Distribuições Contínuas de Probabilidade Distribuições Contínuas de Probabilidade Uma variável aleatória contínua é uma função definida sobre o espaço amostral, que associa valores em um intervalo de números reais. Exemplos: Espessura de um item

Leia mais

Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias. Simulação Discreta de Sistemas - Prof. Paulo Freitas - UFSC/CTC/INE

Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias. Simulação Discreta de Sistemas - Prof. Paulo Freitas - UFSC/CTC/INE Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias 1 Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias Nos programas de simulação existe um GNA e inúmeras outras funções matemáticas descritas como Funções Geradoras de

Leia mais

Outras distribuições contínuas. Gama Qui-quadrado t-student F-Snedecor Pareto Weibull Beta Log-Normal Meia-normal Cauchy etc...

Outras distribuições contínuas. Gama Qui-quadrado t-student F-Snedecor Pareto Weibull Beta Log-Normal Meia-normal Cauchy etc... Outras distribuições contínuas Gama Qui-quadrado t-student F-Snedecor Pareto Weibull Beta Log-Normal Meia-normal Cauchy etc... 1 c) Algumas distribuições de probabilidade contínuas importantes d) Distribuição

Leia mais

MIEEC Probabilidades e Estatística 1 a Chamada 10/01/2008. Parte Prática

MIEEC Probabilidades e Estatística 1 a Chamada 10/01/2008. Parte Prática MIEEC Probabilidades e Estatística 1 a Chamada 1/1/8 Parte Prática Resolução 1. Definição dos acontecimentos: T 1 Cliente do operador Ptel 1 T Cliente do operador Ptel T 3 Cliente do operador Ptel 3 S

Leia mais

Cadeias de Markov em Tempo Continuo

Cadeias de Markov em Tempo Continuo Cadeias de Markov em Tempo Continuo Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Capitulos 6 Taylor & Karlin 1 / 44 Análogo ao processo

Leia mais

4.1. ESPERANÇA x =, x=1

4.1. ESPERANÇA x =, x=1 4.1. ESPERANÇA 139 4.1 Esperança Certamente um dos conceitos mais conhecidos na teoria das probabilidade é a esperança de uma variável aleatória, mas não com esse nome e sim com os nomes de média ou valor

Leia mais

Teoria das Filas aplicadas a Sistemas Computacionais. Aula 08

Teoria das Filas aplicadas a Sistemas Computacionais. Aula 08 Teoria das Filas aplicadas a Sistemas Computacionais Aula 08 Universidade Federal do Espírito Santo - Departamento de Informática - DI Laboratório de Pesquisas em Redes Multimidia - LPRM Teoria das Filas

Leia mais

Mais sobre Modelos Continuos

Mais sobre Modelos Continuos Mais sobre Modelos Continuos Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo 1 / 41 Transformação Linear da Uniforme Seja X uma variável aleatória

Leia mais

Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte II

Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte II Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte II 2012/02 1 Teste para média com variância conhecida 2 3 Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Testar hipóteses para média de uma

Leia mais

Modelos Lineares Generalizados - Estimação em Modelos Lineares Generalizados

Modelos Lineares Generalizados - Estimação em Modelos Lineares Generalizados Modelos Lineares Generalizados - Estimação em Modelos Lineares Generalizados Erica Castilho Rodrigues 23 de Maio de 207 Introdução 2 3 Vimos como encontrar o EMV usando algoritmos numéricos. Duas possibilidades:

Leia mais

)XQGDPHQWRVGHSUREDELOLGDGHHHVWDWtVWLFD

)XQGDPHQWRVGHSUREDELOLGDGHHHVWDWtVWLFD )XQGDPHQWRVGHUREDELOLGDGHHHVWDWtVWLFD,QWURGXomR A história da estatística pode ser dividida em três fases. De acordo com PEANHA (00), a estatística inicialmente não mantinha nenhuma relação com a probabilidade,

Leia mais

Distribuições Amostrais e Estimação Pontual de Parâmetros

Distribuições Amostrais e Estimação Pontual de Parâmetros Distribuições Amostrais e Estimação Pontual de Parâmetros - parte I 2012/02 1 Introdução 2 3 4 5 Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Entender estimação de parâmetros de uma distribuição

Leia mais

Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação

Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Francisco A. Rodrigues Departamento de Matemática Aplicada e Estatística - SME Objetivo Dada M classes ω 1, ω 2,..., ω M e um

Leia mais

Disciplina: Processamento Estatístico de Sinais (ENGA83) - Aula 06 / Classes Especiais de Processos Aleatórios

Disciplina: Processamento Estatístico de Sinais (ENGA83) - Aula 06 / Classes Especiais de Processos Aleatórios Disciplina: Processamento Estatístico de Sinais (ENGA83) - Aula 06 / Classes Especiais de Processos Aleatórios Prof. Eduardo Simas (eduardo.simas@ufba.br) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica/PPGEE

Leia mais

Variáveis Aleatórias Contínuas e Distribuição de Probabilidad

Variáveis Aleatórias Contínuas e Distribuição de Probabilidad Variáveis Aleatórias Contínuas e Distribuição de Probabilidades - parte III 23 de Abril de 2012 Introdução Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Calcular probabilidades aproximadas

Leia mais

Aproximação da binomial pela normal

Aproximação da binomial pela normal Aproximação da binomial pela normal 1 Objetivo Verificar como a distribuição normal pode ser utilizada para calcular, de forma aproximada, probabilidades associadas a uma variável aleatória com distribuição

Leia mais

Módulo III: Processos de Poisson, Gaussiano e Wiener

Módulo III: Processos de Poisson, Gaussiano e Wiener Módulo III: Processos de Poisson, Gaussiano e Wiener Wamberto J. L. Queiroz Universidade Federal de Campina Grande-UFCG Departamento de Engenharia Elétrica Processos Estocásticos Campina Grande - PB Módulo

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/seriestemporais.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Definição

Leia mais

ALGUMAS DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS DE PROBABILIDADE

ALGUMAS DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS DE PROBABILIDADE ALGUMAS DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS DE PROBABILIDADE 4. 1 INTRODUÇÃO Serão apresentadas aqui algumas distribuições de probabilidade associadas a v.a. s contínuas. A mais importante delas é a distribuição Normal

Leia mais

Universidade Federal de Lavras

Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Lavras Departamento de Estatística Prof. Daniel Furtado Ferreira 6 a Lista de Exercícios Teoria da Estimação pontual e intervalar 1) Marcar como verdadeira ou falsa as seguintes

Leia mais

Métodos de Runge-Kutta

Métodos de Runge-Kutta Solução numérica de Equações Diferenciais Ordinárias: Métodos de Runge-Kutta Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 31 de outubro de 2013 Baseado nos livros: Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D.

Leia mais

2 Descrição do Problema

2 Descrição do Problema 2 Descrição do Problema Os requisitos de desempenho para enlaces de comunicação digital estabelecidos por recomendações da ITU impõem restrições a parâmetros de desempenho de erro e disponibilidade. A

Leia mais

Probabilidade 2 - ME310 - Lista 4

Probabilidade 2 - ME310 - Lista 4 Probabilidade - ME30 - Lista 4 November 4, 05 Lembrando:. Geratriz de momentos: M X (t) = E(e t X ) = + et x f(x) dx, observe que dm X (t) = + x et x f(x) dx = dm X (0) = + x et 0 f(x) dx = + x f(x) dx

Leia mais

Avaliação e Desempenho Aula 5

Avaliação e Desempenho Aula 5 Avaliação e Desempenho Aula 5 Aula passada Revisão de probabilidade Eventos e probabilidade Independência Prob. condicional Aula de hoje Variáveis aleatórias discretas e contínuas PMF, CDF e função densidade

Leia mais

Introdução à probabilidade e à estatística II. Prof. Alexandre G Patriota Sala: 298A Site:

Introdução à probabilidade e à estatística II. Prof. Alexandre G Patriota Sala: 298A   Site: Introdução à probabilidade e à estatística II Revisão Prof. Alexandre G Patriota Sala: 298A Email: patriota@ime.usp.br Site: www.ime.usp.br/ patriota Estatística Estatística: É uma ciência que se dedica

Leia mais

AGA Análise de Dados em Astronomia I. 2. Probabilidades

AGA Análise de Dados em Astronomia I. 2. Probabilidades 1 / 20 AGA 0505- Análise de Dados em Astronomia I 2. Probabilidades Laerte Sodré Jr. 1o. semestre, 2018 2 / 20 tópicos 1 probabilidades - cont. 2 distribuições de probabilidades 1 binomial 2 Poisson 3

Leia mais

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO Cálculo Numérico EXERCICIOS EXTRAIDOS DE PROVAS ANTERIORES o sem/08 EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO x. Considere a seguinte tabela de valores de uma função f: i 0 f(x i ).50

Leia mais

Sabendo que f(x) é um polinômio de grau 2, utilize a formula do trapézio e calcule exatamente

Sabendo que f(x) é um polinômio de grau 2, utilize a formula do trapézio e calcule exatamente MÉTODOS NUMÉRICOS E COMPUTACIONAIS II EXERCICIOS EXTRAIDOS DE PROVAS ANTERIORES EXERCICIOS RESOLVIDOS - INTEGRACAO-NUMERICA - EDO. Considere a seguinte tabela de valores de uma função f x i..5.7..5 f(x

Leia mais

EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III

EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III Jaime E. Villate Faculdade de Engenharia Universidade do Porto 22 de Fevereiro de 1999 Resumo Estes são alguns dos exames e testes da disciplina de Análise Matemática III,

Leia mais

ALGUNS MODELOS DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS UNIDIMENSIONAIS. Prof.: Idemauro Antonio Rodrigues de Lara

ALGUNS MODELOS DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS UNIDIMENSIONAIS. Prof.: Idemauro Antonio Rodrigues de Lara 1 ALGUNS MODELOS DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS UNIDIMENSIONAIS Prof.: Idemauro Antonio Rodrigues de Lara 2 Modelos de variáveis aleatórias discretas 1. Distribuição Uniforme Discreta 2. Distribuição Binomial

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/seriestemporais.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Referências

Leia mais

First exam October 23, 2006 Statistics II

First exam October 23, 2006 Statistics II First exam October 3, 006 Statistics II 1. (7 points) Numa determinada empresa de recursos humanos um teste de aptidão é realizado por um elevado número de candidatos a um emprego. A pontuação obtida nesse

Leia mais

O teorema de Bayes é uma igualdade simples que vem da afirmação de que prob(a e B) = prob(b e A): prob(a B) prob(b) prob(a)

O teorema de Bayes é uma igualdade simples que vem da afirmação de que prob(a e B) = prob(b e A): prob(a B) prob(b) prob(a) O teorema de Bayes O teorema de Bayes é uma igualdade simples que vem da afirmação de que prob(a e B) = prob(b e A): prob(b A) = no qual o denominador é a probabilidade total. prob(a B) prob(b), (4) prob(a)

Leia mais

Estatística I Aula 8. Prof.: Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

Estatística I Aula 8. Prof.: Patricia Maria Bortolon, D. Sc. Estatística I Aula 8 Prof.: Patricia Maria Bortolon, D. Sc. MODELOS PROBABILÍSTICOS MAIS COMUNS VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTÍNUAS Lembram o que vimos sobre V.A. contínua na Aula 6? Definição: uma variável

Leia mais

PROVAS Ciência da Computação. 2 a Prova: 13/02/2014 (Quinta) Reavaliação: 20/02/2014 (Quinta)

PROVAS Ciência da Computação. 2 a Prova: 13/02/2014 (Quinta) Reavaliação: 20/02/2014 (Quinta) PROVAS Ciência da Computação 2 a Prova: 13/02/2014 (Quinta) Reavaliação: 20/02/2014 (Quinta) Ajuste de Curvas Objetivo Ajustar curvas pelo método dos mínimos quadrados 1 - INTRODUÇÃO Em geral, experimentos

Leia mais

ANÁLISE DE ALGORITMOS: PARTE 4

ANÁLISE DE ALGORITMOS: PARTE 4 ANÁLISE DE ALGORITMOS: PARTE 4 Prof. André Backes 2 Função recursiva Função que chama a si mesma durante a sua execução Exemplo: fatorial de um número N. Para N = 4 temos 4! = 4 * 3! 3! = 3 * 2! 2! = 2

Leia mais

Bioestatística e Computação I

Bioestatística e Computação I Bioestatística e Computação I Distribuições Teóricas de Probabilidade Maria Virginia P Dutra Eloane G Ramos Vania Matos Fonseca Pós Graduação em Saúde da Mulher e da Criança IFF FIOCRUZ Baseado nas aulas

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO EMENTA E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Carga horária Código Denominação Créditos ( ) Teórica Prática Total GEX112 Estatística 04

Leia mais

Aula 11. Variáveis Aleatórias Contínuas Bidimensionais

Aula 11. Variáveis Aleatórias Contínuas Bidimensionais Aula. Variáveis Aleatórias Contínuas Bidimensionais Resumo de caso unidimensional Caso Discreto p p 2 p 3 Caso Contínuo f(x) x x 2 x 3 i p i + f x dx X x x 2 x 3 P p p 2 p 3 Caso bidimensional Caso Discreto

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS quantidade São Paulo (j = 1) Rio de Janeiro (j = 2) Minas Gerais (j = 3) Rio Grande do Sul (j = 4) total casos novos (X, em milhões) casos pendentes (Y, em milhões) processos

Leia mais

MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ 3 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA Professor: Rodrigo A. Scarpel rodrigo@ita.br www.mec.ita.br/~rodrigo Programa do curso: Semanas 2 3 4 5 6 7 8 9 0 2 3 4 5 e 6 Introdução à probabilidade (eventos, espaço

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Exemplos de v. a. contínuas: Exponencial, Hipoexponencial, Erlang, Hiperexponencial, Gamma, Weibull, Normal Aula de hoje V.a. Normal, Chi Square,

Leia mais

Distribuições de Probabilidade. Distribuição Normal

Distribuições de Probabilidade. Distribuição Normal Distribuições de Probabilidade Distribuição Normal 1 Distribuição Normal ou Gaussiana A distribuição Normal ou Gaussiana é muito utilizada em análises estatísticas. É uma distribuição simétrica em torno

Leia mais

TESTES DE HIPÓTESES Notas de aula. Prof.: Idemauro Antonio Rodrigues de Lara

TESTES DE HIPÓTESES Notas de aula. Prof.: Idemauro Antonio Rodrigues de Lara 1 TESTES DE HIPÓTESES Notas de aula Prof.: Idemauro Antonio Rodrigues de Lara 2 Conteúdo 1. Fundamentos e conceitos básicos; 2. Função poder; 3. Testes mais poderosos e Lema de Neyman-Pearson; 4. Teste

Leia mais

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Interpolação e Integração. φ(x k ) ψ(x k ).

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Interpolação e Integração. φ(x k ) ψ(x k ). MAP 22 - CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Interpolação e Integração : Sejam x =, x =, x 2 = 2 e x 3 = 3. (a) Determine os polinômios de Lagrange L i (x) correspondentes a estes pontos

Leia mais

IND 1115 Inferência Estatística Aula 6

IND 1115 Inferência Estatística Aula 6 Conteúdo IND 5 Inferência Estatística Aula 6 Setembro de 004 A distribuição Lognormal A distribuição Beta e sua relação com a Uniforme(0,) Mônica Barros mbarros.com mbarros.com A distribuição Lognormal

Leia mais

Derivadas. Slides de apoio sobre Derivadas. Prof. Ronaldo Carlotto Batista. 21 de outubro de 2013

Derivadas. Slides de apoio sobre Derivadas. Prof. Ronaldo Carlotto Batista. 21 de outubro de 2013 Cálculo 1 ECT1113 Slides de apoio sobre Derivadas Prof. Ronaldo Carlotto Batista 21 de outubro de 2013 AVISO IMPORTANTE Estes slides foram criados como material de apoio às aulas e não devem ser utilizados

Leia mais

Distribuições de probabilidade

Distribuições de probabilidade Distribuições de probabilidade Distribuições contínuas Carla Henriques, Nuno Bastos e Cristina Lucas Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu. Henriques, N. Bastos e C. Lucas (DepMAT)

Leia mais

Métodos para geração de variáveis aleatórias

Métodos para geração de variáveis aleatórias Métodos para geração de variáveis aleatórias Cristiano de Carvalho Santos cristcarvalhosan@gmail.com Departamento de Estatística, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Introdução Por que é necessário

Leia mais

Métodos Experimentais em Ciências Mecânicas

Métodos Experimentais em Ciências Mecânicas Métodos Experimentais em Ciências Mecânicas Professor Jorge Luiz A. Ferreira Função que descreve a chance que uma variável pode assumir ao longo de um espaço de valores. Uma distribuição de probabilidade

Leia mais

Módulo II: Cálculo dos Momentos de um Processo Estocástico, Processo de Bernoulli, Processo Random Walk

Módulo II: Cálculo dos Momentos de um Processo Estocástico, Processo de Bernoulli, Processo Random Walk Módulo II: Cálculo dos Momentos de um Processo Estocástico, Processo de Bernoulli, Processo Random Walk Wamberto J. L. Queiroz Universidade Federal de Campina Grande-UFCG Departamento de Engenharia Elétrica

Leia mais

Probabilidade e Estatística

Probabilidade e Estatística Probabilidade e Estatística Aula 6 Distribuições Contínuas (Parte 02) Leitura obrigatória: Devore, Capítulo 4 Chap 6-1 Distribuições de Probabilidade Distribuições de Probabilidade Distribuições de Probabilidade

Leia mais