PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SITIO CIRÚRGICO - ISC
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- Teresa Olivares Klettenberg
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1 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 Data de Emissão: 1 de 10 Histórico de Revisão / Versões Data Versão/Revisões Descrição Autor 1.00 Proposta inicial EB, MS RESUMO Considera-se infecção de sitio cirúrgico (ISC) aquela que se desenvolve no local da cirurgia até 30 dias após sua realização, sem a colocação de prótese, e até um ano após o procedimento, quando há a presença de implante. Podendo ser classificada como superficial, profunda ou de órgão ou espaço. CRITÉRIOS AVALIAÇÃO O Protocolo de Prevenção de Infecção de Sitio Cirúrgico será aplicado a todos os pacientes submetidos a cirurgia, independente seu porte ou local da intenção cirúrgica. PROFILAXIA 1.Pré-Operatória: Postergar a cirurgia em pacientes que apresentem infecções a distancia a não ser que a cirurgia seja parte integrante do tratamento. Estabilizar clinicamente o paciente (nutrição, hidratação, controle de glicemia, equilíbrio acido-basico, função renal) no pré-operatório. Diminuir o período de internação pré-operatório o máximo possível, sendo o ideal um intervalo inferior a 24 horas. Pedir ao paciente que deixe de fumar por pelo menos 7 dias antes da cirurgia (principalmente nos pacientes que serão submetidos a cirurgia cardíaca). Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
2 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 Data de Emissão: 2 de 10 Realizar a tricotomia somente se, realmente, necessária, no menor espaço possível, imediatamente antes do ato operatório e preferencialmente com tricotomizador elétrico. Banho pré-operatório em cirurgias limpas e eletivas: realizar o mais próximo da cirurgia, com clorexidina degermante 2%. Manter o controle hidro-eletrolitico e glicêmico no pré-operatório imediato. Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
3 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 3 de 10 Data de Emissão: 2. Intra-operatório: 2.1. Preparo do paciente Fazer degermação da pele com clorexidina degermante 2% ou PVPI degermante (quando o paciente for alérgico a clorexidina). Enxugar com compressa estéril ou enxaguar com água esterilizada. Realizar anti-sepsia de pele com clorexidina alcoólica 0,5% ou PVPI alcoólica 10% (quando o paciente for alérgico a clorexidina). Em cirurgias oftálmicas, o PVPI tópico 10% (1% iodo livre) pode ser utilizado. Em cirurgias plásticas de face e ginecológicas, utilizar clorexidina tópica 0,5%. Proteger o local cirúrgico com campos estéreis grandes. Filmes porosos de poliuretano impregnados com iodo não reduzem o risco de infecção e não dispensam a anti-sepsia da pele. Em cirurgias laparoscópicas, seguir as mesmas recomendações quanto à tricotomia, degermação e anti-sepsia Preparo da equipe cirúrgica Preparo pré-operatório das mãos e antebraço Retirar jóias das mãos e braços. Manter unhas curtas e não usar unhas artificiais. Limpar sob as unhas antes de iniciar a escovação. Realizar a escovação cirúrgica das mãos por tempo >3 minutos (na 1ª cirurgia) com clorexidina degermante 2%. Nas demais cirurgias o tempo poderá ser > 2 minutos. Os alérgicos a clorexidina podem fazer a escovação com PVPI degermante e anti-sepsia com álcool-gel. Obedecendo-se os tempos empregados na degermação com clorexidina. Após a escovação, manter os braços em flexão com as mãos para cima para que a água escorra das mãos para os cotovelos. Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
4 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 4 de 10 Data de Emissão: Enxugar as mãos e o antebraço com compressas esterilizadas Paramentação da equipe cirúrgica Usar máscaras cobrindo totalmente a boca e o nariz dentro da sala cirúrgica. Usar gorros cobrindo por completo os cabelos. Vestir aventais e luvas estéreis. Preferencialmente o avental deverá ser impermeável a fluidos. Trocar a roupa privativa sempre que visivelmente suja ou contaminada. Se a cirurgia for contaminada ou molhada, trocar paramentação do paciente e equipe entre os tempos cirúrgicos e antes do fechamento da incisão Preparo e cuidados com o material Todo material a ser utilizado no procedimento cirúrgico deve ser esterilizado. Verificar a validade do processo de esterilização. As embalagens dos artigos e materiais cirúrgicos deverão estar íntegras e secas: No Setor de Suprimentos, durante a montagem do carrinho de cirurgia; Na sala operatória. Não utilizar rotineiramente métodos de esterilização rápida. Utilizar a esterilização rápida (flash) apenas em casos de urgência para itens desembalados e de uso imediato. Caso seja realmente necessário o uso de esterilização rápida o médico deverá procurar o enfermeiro responsável, explicar a situação e assinar o Termo de Responsabilidade. Este documento será arquivado. Materiais implantáveis não podem ser esterilizados por métodos de esterilização rápida e seu ciclo de esterilização deve ser obrigatoriamente validado com indicador biológico. Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
5 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 5 de 10 Data de Emissão: Todo material cirúrgico pertencente ao cirurgião e utilizado pelo mesmo durante o procedimento, deverá sofrer reprocessamento, limpeza e esterilização, antes de poder ser usado Cuidados com o ambiente Fazer a limpeza concorrente, terminal diária e periódica da sala operatória, conforme o protocolo de limpeza de sala cirúrgica. Limpar e desinfectar os equipamentos com álcool a 70% ou de acordo com as recomendações do fabricante, conforme o protocolo de limpeza de sala cirúrgica. Manter as portas das salas cirúrgicas fechadas durante toda a cirurgia com os seguintes objetivos: Manter umidade e temperatura adequadas ao conforto ambiental; Restringir o número de pessoas na sala durante a cirurgia; Monitorizar continuamente o filtro de ar. Realizar contagem de partículas na troca do filtro de ar ou quando o filtro completar um ano de uso Antibioticoprofilaxia Crúrgica (ver Protocolo de Antibioticoprofilaxia Cirúrgica) 2.6. Técnica cirúrgica Utilizar paramentação cirúrgica e técnica asséptica para colocação de cateter venoso central. Puncionar, preferencialmente, veias subclávias. Iniciar a profilaxia cirúrgica, quando indicada, na indução anestésica. Usar sistema fechado de drenagem e retirar o dreno o mais precocemente possível. Abrir equipamentos ou soluções estéreis imediatamente antes do uso. Planejar o ato operatório de forma a manter o tempo cirúrgico o menor possível e com menor circulação de pessoal. Manipulação cuidadosa dos tecidos, provocando o mínimo de trauma aos tecidos. Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
6 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 6 de 10 Data de Emissão: Manutenção adequada da hemostasia preservando-se uma adequada perfusção tecidual. Remover os tecidos desvitalizados e eliminar os espaços mortos. Manter o paciente normotérmico (36,5 C) no intra-operatório. A hipotermia retarda o processo de cicatrização, predispondo o paciente ao risco de ISC e aumentando o tempo de internação. A administração suplementar de oxigênio (FiO 2 80%), durante a cirurgia e por pelo menos 2 horas no pós-operatório imediato, pode reduzir o risco de ISC. Controlar a glicemia, pois a hiperglicemia no pós-operatório imediato (< 48h) pode aumentar o risco de ISC. Utilizar o mínimo de sutura. 3. Pós-operatório: Suspender a antibioticoprofilaxia cirúrgica tão logo não haja mais indicação (ver Protocolo de Antibioticoprofilaxia Cirúrgica) Curativos Proteger a incisão cirúrgica com curativo estéril (gaze e micropore ou filme com absorvente) nas primeiras 24 horas. Trocar o curativo com técnica asséptica nas primeiras horas. Sempre higienizar as mãos antes e após a manipulação do curativo. (conforme PROT ) 3.2. Cuidados com drenos Sempre higienizar as mãos antes e após a manipulação dos drenos. (conforme PROT ) Trocar o curativo com técnica asséptica, quando necessário. Mensurar débito periodicamente. Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
7 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 7 de 10 Data de Emissão: Manter e fixar os drenos para evitar tração, drenagem inadequada ou refluxo do material drenado de volta à cavidade. Utilizar bolsa de colostomia estéril em drenos abertos com grande débito. Evitar que drenos ou coletores estejam posicionados sobre cateteres intravasculares. 4 Cultura de secreção A coleta de material superficial das feridas não é a amostra mais adequada para recuperar o agente responsável pela infecção. Os agentes responsáveis pelos processos infecciosos não estão nas secreções superficiais que podem conter microorganismos que apenas colonizam a ferida. Os microorganismo de importância para o processo infeccioso estão nos tecidos hiperemiados e edemaciados, porém não desvitalizados. Quando colher: Ferida Operatória: com presença de sinais de inflamação como edema, hiperemia, calor local ou presença de secreção Úlcera: não é recomendada a coleta de rotina de material para cultura exceto em pacientes com febre e sem outro foco aparente de infecção ou com presença evidente de secreção sem resposta ao tratamento local (curativo) Procedimento: Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
8 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 8 de 10 Data de Emissão: Coleta de material por aspiração: Lavar as mãos e calçar as luvas Realizar a assepsia no sentido da área menos contaminada para a mais contaminada com soro fisiológico Trocar as luvas Aspirar a secreção da ferida utilizando uma seringa de 10ml e agulha 40x12 Etiquetar o material coletado com dados de identificação do paciente e região coletada e encaminhar para o laboratório Lavar as mãos Registrar em prontuário Coleta do material com Swab: Lavar as mãos Realizar a assepsia no sentido da área menos contaminada para a mais contaminada com soro fisiológico, removendo excesso de fibrina, esfacelos e tecido necrótico Trocar as luvas Umedecer o swab em solução fisiológica estéril e introduzi-lo na porção mais profunda da ferida (área com hiperemia) pressionando-o e rodando-o por em 1cm² por 5 segundos. Não coletar material da margem da ferida. Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
9 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 9 de 10 Data de Emissão: Etiquetar o material coletado com dados de identificação do paciente e encaminhar para o laboratório Lavar as mãos Registrar em prontuário Atenção: o swab utilizado deve ser estéril, e composto de alginato de cálcio e acompanhado de tubo contendo meio de transporte para evitar o ressecamento da amostra. EDUCAÇÃO AO PACIENTE Orientar o paciente sobre os cuidados com os curativos e drenos após a alta e comunicar seu medico, caso observe sinais como vermelhidão, dor ou calor no local da incisão cirúrgica. EXECUTOR Equipe médica e equipe de enfermagem. FINIÇÕES Prótese: todo corpo estranho implantável não derivado de tecido humano (ex.: válvula cardíaca protética, transplante vascular não-humano, coração mecânico ou prótese de quadril), exceto drenos cirúrgicos. REFERENCIAS Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
10 PREVENÇÃO INFECÇÃO M Pr04 10 de 10 Data de Emissão: Organização Mundial da Saúde. Segundo desafio global para a segurança do paciente: Cirurgias Seguras Salvam Vidas (orientações para cirurgia segura da OMS);traduzido por Nilo M.S., Duran A.I. Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana de Saúde; Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Sitio Cirúrgico: Critérios Nacionais de Infecção relacionada à assistência à saúde Prevenção de Infecção do Sitio Cirúrgico. APECIH, DISTRIBUIÇÃO Todas as unidades assistenciais e unidade de Manutenção predial. AUTORIDA E RESPONSABILIDA A Autoridade sobre esse Protocolo fica a cargo do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, sendo de responsabilidade de todos os profissionais do Hospital Santa Rita a execução do mesmo. Aprovação do Presidente do : Aprovação da Médica do :
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