3. Preparo do paciente antes da cirurgia Profilaxia antimicrobiana peri operatória Equipe cirúrgica Técnica cirúrgica 6
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1 INCOR HC FMUSP RECOMENDAÇÕES PARA A PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO SÃO PAULO 4 A EDIÇÃO MARÇO DE 2013
2 CONTEÚDO PÁGINA 1. Controle do Documento 1 2. Introdução 2 3. Preparo do paciente antes da cirurgia 3 4. Profilaxia antimicrobiana peri operatória 4 5. Equipe cirúrgica 5 6. Técnica cirúrgica 6 7. Esterilização de instrumentais cirúrgicos 6 8. Uniforme privativo e paramentação cirúrgica 7 9. Equipe de anestesia Preparo e manutenção da sala de operação Cuidados com a ferida Referências Bibliográficas 10
3 RECOMENDAÇÕES PARA A PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO 1. CONTROLE DO DOCUMENTO 1.1. EM CUMPRIMENTO ÀS NORMAS DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO, ESTE MANUAL DEVERÁ SER MANTIDO EM LOCAL DE FÁCIL ACESSO A CÓPIA IMPRESSA DESTE DOCUMENTO CARACTERIZA "CÓPIA NÃO CONTROLADA" É RESPONSABILIDADE DA CHEFIA A DIVULGAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DAS CÓPIAS NÃO CONTROLADAS ESTE MANUAL ESTARÁ SUJEITO A CONSTANTE ATUALIZAÇÃO SENDO RESPONSABILIDADE DA SUBCOMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO (SCCIH) A NOTIFICAÇÃO AOS USUÁRIOS DE NOVAS EDIÇÕES. 1
4 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO 2. INTRODUÇÃO A infecção de sítio cirúrgico (SSI) aumenta a morbidade e a mortalidade do paciente cirúrgico. Refere-se à infecção em incisões fechadas primariamente, podendo acometer a pele, tecido subcutâneo e outros órgãos e espaços envolvidos no ato cirúrgico. O controle desta infecção hospitalar envolve a ventilação da sala cirúrgica, esterilização de materiais, medidas de barreiras, técnica cirúrgica e antibioticoprofilaxia. Estas recomendações descrevem as medidas necessárias para reduzir o risco de SSI nos pacientes submetidos a cirurgias cardiovasculares e torácicas. 2
5 3. PREPARO DO PACIENTE ANTES DA CIRURGIA 3.1. Identificar e tratar todas as infecções antes de cirurgias eletivas Evitar internação pré operatória prolongada Controlar adequadamente a glicemia em todos os pacientes diabéticos antes de cirurgias eletivas e manter a glicemia abaixo de 200 mg/dl durante a operação e no período pós operatório imediato (48 hs) Orientar o paciente a interromper o uso de cigarros, charutos, cachimbos ou qualquer outra forma de consumo do tabaco, pelo menos 30 dias antes de cirurgias eletivas Corrigir desnutrição grave antes de cirurgias eletivas Orientar a redução de peso em pacientes obesos antes de cirurgias eletivas Proceder à higiene corporal com solução anti-séptica na noite anterior e na manhã do dia da operação após a tricotomia(solução degermante de digluconato de clorexidina 2%). Em caso de alergia a este produto utilizar solução degermante de PVPI 10% Realizar tricotomia imediatamente antes ou em até duas horas antes do ato cirúrgico, limitando-se às áreas em que os pêlos impeçam a visualização do campo operatório ou dificultem a colocação de eletrodos e curativos. Utilizar aparelhos elétricos, evitando o uso de lâminas comuns. 3
6 INCOR HC FMUSP 3.9. Anti-sepsia da pele Proceder à anti-sepsia com solução degermante (digluconato de clorexidina 2%). Em caso de alergia a este produto utilizar solução degermante de PVPI 10% Retirar o excesso com uma compressa seca estéril e a seguir aplicar solução anti-séptica alcoólica (digluconato de clorexidina 0,5%). Em caso de alergia a este produto utilizar solução alcóolica de PVPI 1%. Obs: utilizar para degermação e anti-sepsia produtos com o mesmo princípio ativo Realizar a anti-sepsia com movimentos circulares do centro para a periferia, abrangendo a área da incisão e da colocação dos drenos. 4. PROFILAXIA ANTIMICROBIANA PERI OPERATÓRIA 4.1. Adultos: Cefuroxima 1500mg na indução anestésica (iniciar infusão 1h antes da incisão da pele). Repetir 750mg a cada 4h durante a cirurgia. Após o término da cirurgia, 750mg a cada 6h até completar 24h de PO. Crianças: Cefuroxima 50mg/kg na indução anestésica (iniciar infusão 1h antes da incisão da pele). Repetir 30mg/kg a cada 4h durante a cirurgia. Após o término da cirurgia, 30mg/kg a cada 6h até completar 24h de PO. Recomendações complementares: Reconstituir a cefuroxima em água para injeção/água destilada estéril. Diluir a cefuroxima em 100mL de SG 5% (adultos) e infundir em 30 minutos. 4
7 CEC. O término da infusão deverá ocorrer antes do cirurgião iniciar a incisão da pele. Não é recomendada a administração de dose adicional ao término da 5. EQUIPE CIRÚRGICA 5.1. Manter as unhas curtas Não utilizar joias e ou acessórios 5.3. Realizar a escovação das mãos e cotovelos segundo técnica padronizada antes de tocar no material estéril, campos estéreis ou na pele do paciente já preparada para a operação Realizar a escovação cirúrgica com solução degermante anti-séptica (digluconato de clorexidina 2%) durante 3 a 5 minutos. Em caso de alergia a este produto utilizar solução degermante de PVPI 10% Após a escovação, manter os braços elevados, cotovelos flexionados e distantes do corpo. Secar as mãos com compressa estéril e vestir o avental e luvas estéreis Trocar as luvas sempre que furarem. 5
8 6. TÉCNICA CIRÚRGICA 6.1. Estar atento à manutenção rigorosa da assepsia durante todo o ato operatório 6.2. Proceder abertura e fechamento da pele com hemostasia cuidadosa 6.3. Minimizar tecidos desvitalizados e corpos estranhos (sutura, debris necróticos) e erradicar espaço morto no sítio cirúrgico 6.4. Utilizar material de boa qualidade 6.5. Evitar o prolongamento do tempo cirúrgico 6.6. Utilizar o fechamento primário da pele sempre que possível 6.7. Utilizar sistema de drenagem fechado, quando este for necessário 7. ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 7.1. Esterilizar todos os instrumentais cirúrgicos de acordo com as normas do CME 7.2. Realizar esterilização rápida somente em situações de emergência 7.3. Nunca utilizar a esterilização rápida para implantes e próteses. 6
9 8. UNIFORME PRIVATIVO E PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA 8.1. O uniforme privativo deverá ser trocado quando estiver visivelmente sujo ou contaminado com sangue ou outros fluidos corpóreos O uniforme privativo é de uso exclusivo no centro cirúrgico Utilizar a máscara cirúrgica cobrindo o nariz e a boca ao entrar na sala de operação quando instrumentais estéreis estiverem expostos Utilizar o gorro cobrindo os cabelos incluindo franjas ao entrar no centro cirúrgico Lavar as mãos após calçar os propés Utilizar luvas estéreis após vestir o avental estéril. 9. EQUIPE DE ANESTESIA A equipe de anestesia deverá aderir às recomendações para a prevenção de infecção hospitalar. Ex.: Prevenção de infecção relacionada a cateteres intravasculares, equipamentos de assistência ventilatória e sítio cirúrgico. 7
10 10. PREPARO E MANUTENÇÃO DA SALA DE OPERAÇÃO Manter a ventilação da sala com pressão positiva em relação aos corredores e áreas adjacentes O ar da sala deve ser filtrado com eficiência e a troca deve ser controlada pelo Serviço de Engenharia Manter um mínimo de 15 trocas de ar/hora, com pelo menos 3 trocas de ar fresco Manter a porta da sala de operação fechada Limitar o número de pessoas que entram na sala ao estritamente necessário não excedendo a 11 profissionais. 11. CUIDADOS COM A FERIDA Lavar as mãos com anti-sépticos antes e após trocar o curativo ou para qualquer contato com o sítio cirúrgico As soluções anti-sépticas em sua maioria (ex: soluções a base de PVPI ou digluconato de clorexidina) não são indicadas para feridas abertas, por apresentar aumento das reações inflamatórias e dificultar o processo de cicatrização Utilizar soluções anti-sépticas na incisão (digluconato de clorexidina alcóolica 0,5%), somente para o preparo do sítio no momento da exerese dos fios de sutura. 8
11 11.4. Utilizar técnica de curativo "não toque" Proteger as feridas fechadas primariamente com curativo estéril por 48 horas ou até que se apresente sem drenagem Manter o curativo sempre seco e proteger durante o banho Não proceder curativo de feridas cirúrgicas limpas, fechadas e secas após 48 horas de pós operatório Orientar os pacientes e familiares quanto aos cuidados com a incisão. A importância de manter a incisão limpa e seca, como identificar sinais e sintomas de infecção e aonde se dirigir se surgir qualquer sinal ou sintoma suspeito No caso de incisão em radial ou safena, manter o membro elevado e evitar peso sobre a superfície. 9
12 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Abrutyn, E. Saunders Infection Control Reference Service. 1 th ed, W.B. Saunders Company, Philadelphia USA, 1998, p. 225 e Mayhall, C.G. Hospital Epidemiology and Infection Control. 2 th ed, Lippincott Willians & Wilkins, Philadelphia USA, 1999, p Wenzel, R.P. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 3 th ed, Lippincott Willians & Wilkins, Baltimore USA, 1997, p Prevenção da infecção de sítio cirúrgico Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH 2001). 5. Centers for Disease Control and Prevention Guidelines for Prevention of Surgical Site Infection. Infc Contr Hosp Epidemiol, vol 46:
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