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1 O PENSAMENTO DE NIETZSCHE E A EDUCAÇÃO MULTIPLICAR AS PERSPECTIVAS PARA O APRENDER A VER Angela Lena Vera Lúcia M. da Silva Resumo: Este trabalho foi produzido na disciplina A Constituição do Campo Educacional: entre teorias e práticas, do PPGE, UFSM, sendo que, a partir desse estudo, objetivamos propor um retorno ao pensamento nietzscheano, no qual a objetividade não se consegue buscando um único ponto de vista e sim multiplicando as perspectivas, utilizando formas afetivas de olhar, visando uma maior pluralidade, uma paixão mais forte. Metodologicamente, foi uma pesquisa bibliográfica, na qual encontramos o referencial teórico para discussão e sua elaboração. Podemos dizer que a filosofia que Nietzsche queria desconstruir, deriva-se da sua compreensão da infinita pluralidade contra a afirmação da unidade metafísica, na qual, é o pensamento dos fracos que querem se agarrar a uma verdade última, porque não aceitam o niilismo da existência. Nietzsche não acreditava em um conhecimento absoluto que transcendesse qualquer perspectiva. Confirma que nenhuma verdade escapa da nossa perspectiva subjetiva. Contrário às idéias antigas acerca de um assunto do conhecimento puro, refere-se à necessidade de nos defendermos das moções contraditórias razão pura, espiritualidade absoluta, que seria um ver subsistente em si próprio, sem faculdades interpretativas. O mesmo diz do conhecimento, uma vez que se é dirigido pela vontade, teremos mais olhos, com os quais será mais completa a nossa objetividade. Apresenta a vontade de potencia como princípio pelo qual a vida se auto-supera. E o seu Super-Homem, representaria, a superação do dualismo bem versus mal, a superação da moral do escravo, o fim da negação da vida, a reabilitação do espírito dionisíaco, do amor fati, enfim, o começo da reafirmação da vida. Para concluir este breve estudo acerca deste pensador, pode-se dizer que se necessita de professores para o despertar de uma compreensão alargada do próprio viver. De um viver que deve ser construído na aposta em si mesmo, na luta pelo que se deseja, pois, o percurso na caminhada da vida só pode ser percorrido por aquele que nele caminha. Palavras-chave: Pensamento nietzscheano. Educação. Aprender a ver. Uma breve apresentação acerca do pensamento nietzscheano Professora da Rede Estadual de Educação. Mestranda do PPGE-UFSM, GEPEIS. angelalena2@yahoo.com.br Professora da Rede Municipal de Educação. Mestranda do PPGE-UFSM, GEPEIS. vlss@terra.com.br

2 2 Iniciamos este trabalho com uma breve biografia de Friedrich Wilhelm Nietzsche. Nietzsche nasceu a 15 de outubro de 1844, em Röcken, localidade próxima a Leipzig. Karl Ludwig, seu pai, pessoa culta e delicada, e seus dois avós eram pastores protestantes. Com a morte do pai e do irmão, em 1849, a mãe mudou-se com a família para Naumburg, onde Nietzsche cresceu em companhia da mãe, duas tias e a avó. Em 1858, obteve uma bolsa de estudos na famosa escola de Pforta, na qual recebeu influência de alguns filósofos e professores quando então começou a afastar-se do cristianismo. Foi atraído pelo ateísmo de Schopenhauer, sobretudo pelo significado metafísico que atribui à música. Fez amizade com Richard Wagner, o qual veio a influenciar, juntamente com Schopenhauer, o nascimento da obra O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música, publicado em Depois de lecionar durante dez anos na Universidade da Basiléia, onde era tido como verdadeiro gênio da filologia, pediu demissão do cargo, ocasião em que iniciou sua grande crítica dos valores escrevendo Humano Demasiado Humano. Sobre o acontecimento de ter renunciado à cátedra, escrevia depois em Ecce Homo: Aos 36 anos desci ao ponto mais débil de minha vitalidade: vivia ainda, mas sem enxergar um palmo diante de mim. Depois disso, vieram a público, ainda muitas obras, entre elas, Assim Falou Zaratustra. Faleceu em Weimar, Turim, em 25 de agosto de Indo além, encontramos alguns intérpretes de sua obra, entre os quais, Karl Jaspers. Este dividiu a história do pensamento ocidental em dois momentos, sendo Nietzsche um divisor de águas. Lukács aponta-o como o destruidor da razão. Heidegger identificou-o como o último dos filósofos metafísicos e colocou o divisor de águas em si mesmo, dizendo ter sido ele o primeiro filósofo não-metafísico da história da filosofia ocidental (Backes, 2003, p. 7). Dessa forma, Nietzsche é considerado um dos mais importantes pensadores alemães, pois sua obra influenciou além da filosofia, outras áreas do conhecimento, como, literatura, poesia, e demais âmbitos das belas artes. Aponta sintomas de decadência que têm como pano de fundo a consciência moderna, livre e confiante em si mesma, que teve a coragem de dispensar Deus. Segue afirmando que o prestígio da ciência tornou-se inseparável de um cepticismo que abateu o vigor do espírito. Já não se crê mais em nada, nem no futuro e nem no homem. O ateísmo criou novos deuses para substituir o Deus que foi abatido pela descrença. Vários autores afirmam que a desarticulação da matriz teórica aristotélica na modernidade foi uma das causas profundas do aparecimento do niilismo ético na civilização contemporânea. Considerando o que foi dito até o momento, objetivamos propor um retorno ao pensamento nietzscheano, sendo que, metodologicamente, esta foi uma pesquisa

3 3 bibliográfica produzida na disciplina A Constituição do Campo Educacional: entre teorias e práticas, do PPGE, UFSM. O niilismo e a sua significação Nem a autoridade da razão nem a consciência histórica bastam para satisfazer o homem dos nossos dias, entregue a uma liberdade vazia e a uma falsa confiança sem sentido. Os altos valores em que acreditava já se esvaziaram, e o niilismo é o estado de espírito resultante desse esvaziamento. O niilismo como estado psicológico terá de ocorrer, primeiramente, quando tivermos procurado em todo acontecer por um sentido que não está nele: de modo que afinal aquele que procura perde o ânimo. Niilismo é então o tomar consciência do longo desperdício de força, o tormento do em vão, a insegurança, a falta de ocasião para se recrear de algum modo, de ainda repousar sobre algo, isto é, a vergonha de si mesmo, como quem se tivesse enganado por demasiado tempo. Segundo Nunes (1967), o niilismo só adquire plena significação quando o relacionamos com a civilização industrial e técnica, que é a última etapa do processo de decadência, pela atrofia aos instintos fundamentais à vida. A sintomatologia construída por Nietzsche, ainda que tomando por base critérios biológicos e organicistas, atualmente insustentáveis é, de fato, uma pintura impressionante que sintetiza os traços espirituais do século XIX e da época presente. Em segundo lugar, o autor diz que: quando tiver colocado uma totalidade, uma sistematização, ou mesmo uma organização em todo acontecer, de modo que na representação global de uma suprema forma de dominação e governo, a alma sedenta de admiração e veneração se regala. Uma espécie de unidade, alguma forma de monismo e em decorrência dessa crença o homem em profundo sentimento de conexão e dependência diante de um todo infinitamente superior a ele, um modus da divindade... O bem do universal exige o abandono do individuo (Lebrun, 1978, p. 380). Mas, não existe um tal universal. No fundo o homem não acredita mais em seu valor, quando através dele não atua em todo infinitamente valioso, ou seja, ele concebeu um tal todo, para poder acreditar em seu valor. Em uma terceira e última forma, o autor coloca o niilismo como estado psicológico, dadas as duas compreensões anteriores, de quando o vir-a-ser nada deve ser almejado e pode submergir totalmente como um elemento de supremo valor, resta como escapatória condenar esse inteiro mundo do vir-a-ser como ilusão e inventar um mundo que esteja para além dele, como verdadeiro mundo. Tão logo, porém, o homem descobre como somente por necessidades psicológicas esse mundo foi montado e como não tem absolutamente nenhum

4 4 direito a ele, surge a última forma de niilismo, que encerra em si a descrença em um mundo metafísico, que se proíbe a crença em um mundo verdadeiro. Dessa forma, admite-se a realidade do vir-a-ser como única realidade, proíbe-se a si toda espécie de via dissimulada que leve a ultramundos e falsas divindades, mas não se suporta esse mundo que já não se pode negar (p. 381). Nesse momento o autor se questiona: o que aconteceu? O sentimento de valor foi atingido, quando se compreendeu que nem com o conceito fim, nem com o conceito unidade, nem com o conceito verdade se pode interpretar o caráter global da pluralidade do acontecer: o caráter da existência não é verdadeiro, é falso... não se tem absolutamente mais nenhum fundamento para se persuadir de um verdadeiro mundo (p.381). As categorias fim, unidade, ser, com quais valorizávamos o mundo, foram retiradas por nós mesmos. A causa do niilismo resultam da crença nas categorias da razão. Medimos o valor do mundo por categorias, que revelam um mundo puramente fictício. A partir de seu pensamento mudaram-se os pontos de vista acerca do espírito humano, possibilitando a preparação de um entendimento para uma nova objetividade, compreendendo-se esta palavra como a negativa de uma contemplação desinteressada. Contrário às idéias antigas acerca de um assunto do conhecimento puro, sem vontade, sem dor, sem tempo, refere-se à necessidade de nos defendermos das moções contraditórias razão pura, espiritualidade absoluta, conhecimento subsistente que seria um ver subsistente em si próprio sem faculdades ativas e interpretativas. O mesmo diz do conhecimento, uma vez que se é dirigido pela vontade, veremos melhor, teremos mais olhos, com os quais será mais completa a nossa objetividade. Supondo que eliminar a vontade, suprimir inteiramente as paixões fosse possível, para Nietzsche seria castrar a inteligência (Machado, 1997). A filosofia que Nietzsche quer desconstruir É possível apontar para a filosofia que Nietzsche quer desconstruir, pois o filósofo alemão deriva a sua compreensão da infinita pluralidade contra a afirmação da unidade metafísica, que, no fundo é o pensamento dos fracos que querem se agarrar a uma verdade última, porque não aceitam o niilismo da existência. Ao referir-se a oposição de Nietzsche à filosofia dogmática de Platão, encontramos em seus próprios termos, que o pior, mais duradouro e perigoso de todos os erros até aqui, foi um erro de dogmáticos, ou seja, a invenção por Platão de um espírito puro e de um bem em si (JGB/BM Prefácio) (Giacóia, 1997, p.23).

5 5 Fazendo um paralelo com outros filósofos, Borges (2006), comenta que, enquanto Schopenhauer acreditava na luta pela vida e Darwin, na luta pela sobrevivência, Nietzsche acreditava na luta pelo poder, na vontade para o poder ou seja, na vontade de potência. Nietzsche (2003) observava que o homem arrisca tudo pelo poder, pois o ser humano pode aparentemente ter tudo, inclusive amor, mas, se não tiver poder, não estará satisfeito. Borges (2006) diz que, ao contrário de Immanuel Kant, Nietzsche não acreditava em um conhecimento absoluto que transcendesse qualquer perspectiva. Atribui-se a Nietzsche a confirmação de que nenhuma verdade escapa da nossa perspectiva subjetiva. Isto é, para ele não existe uma verdade absoluta pois, seja qual for as proposições que venhamos a formular, passam inevitavelmente por nossa percepção, por nosso entendimento, por nosso filtro. Assim, aboliriam-se concepções como a de um mundo em si, ou de uma verdade em si. Voltando a referir a vontade de potência já citada anteriormente, Machado (1997) fala em dois aspectos que aparecem no capítulo, Da superação si, no Canto do túmulo : o aspecto negativo e positivo. Quando o autor se refere do aspecto negativo presente em parte das falas de Zaratustra, Nietzsche criticava os mais sábios dos sábios, ao explicar a vontade de potência que está por trás da vontade de verdade e da vontade moral característica dos mais sábios. Com a expressão o mais sábio dentre os sábios, Nietzsche está, deste modo, visando aos representantes do pensamento socrático-platônico, a metafísica da vontade de verdade, o projeto niilista de uma velha vontade de potência (p.100). Seguindo, Machado faz referência ao modo positivo, o qual surge Da superação de si, ao qual, a idéia mais importante do texto é a definição da vida como vontade de potência no sentido de autosuperação: tendência a subir, vitória sobre si mesma, domínio de si mesma, esforço sempre por mais potência (1997, p.101). Assim, se apresenta como princípio pela qual a vida se projeta para além de si mesma, pelo qual ela se auto-supera. Quando Nietzsche se refere ao Super-Homem, representaria, a superação do dualismo bem versus mal, a superação da moral do escravo, a superação do asceticismo e o fim da negação da vida. O Super Homem representaria, para Nietzsche, a reabilitação do espírito dionisíaco, a reabilitação do amor fati, enfim, o começo da reafirmação da vida. A moral dos escravos

6 6 A moral de escravo teria suas origens no Antigo Mundo, o mundo dos hebreus, o mundo dos primeiros cristãos, ou seja, historicamente, o mundo dos escravos. Segundo Trevisan (2006), em nome da unidade da razão, os mecanismos de coerção foram ridicularizados por Nietzsche, que, em outras palavras, os considerava como recurso do pensamento dos fracos ou moral dos escravos. Para Nietzsche, esse tipo de moral estava pautada no ressentimento dos pobres de espírito que, oprimidos pelos mais fortes, teriam construído uma ideologia na qual são os perdedores, os fracos, que seriam o verdadeiro povo escolhido. Dirigir a própria vida, lutar pelo que se deseja, seguir uma ética própria seria a causa de todo o mal. Nietzsche (...), fez da moral o alvo de seus combates e considerou sua guerra pessoal contra ela sua maior vitória (Backes, 2003, p.8). Sócrates é considerado por Nietzsche como o "pai" da moral dos fracos, dos escravos. Segundo análise crítica em suas principais obras, no séc. V a.c., principiam conceitos morais novos, que são o indício do que Nietzsche chama de desnaturalização do homem: os instintos como a parte inferior da alma, que a razão deve subjugar; a conduta moralmente valiosa como aquela que visa o Bem; e o Bem, medida comum das conveniências e dos interesses racionalmente ponderados, exigindo um modo uniforme de agir, a virtude, transformada em disciplina interior. Segundo ele, foi naquele mesmo século que nasceu o homem teórico, contemplativo, que desconfia de seus próprios instintos, e que, em luta contra eles, sacrificando o móvel de todas as paixões a vontade de poder elevou-se a paradigma do humano. Paralelamente, o mundo real transformou-se em ilusão dos sentidos, e a filosofia, à procura da verdade imutável, deslocou a realidade para o mundo das idéias puras; e com ela, o triunfo do idealismo e do racionalismo. Associa-se essa vitória ao predomínio do ideal ético e pedagógico que tem por fim domesticar o homem, e do qual Sócrates é a figura simbólica. A conseqüência histórica da domesticação, depois acelerada pelo cristianismo, foi o afastamento cada vez maior entre o pensamento e a vida, de onde resultaria o processo de decadência da cultura, culminando em meados do século XIX, no niilismo, sintoma de colapso e de final desagregação. Backes (2003), em Esse homo, diz que Nietzsche foi um dos mais severos críticos da moral, da religião e da tradição filosófica do ocidente. Para ele o homem só se salva pela aceitação da finitude, pois, assim se converte dono de seu destino, se liberta do desespero de afirmar-se no gozo e na dor de existir (p. 9). Em Zaratustra, ele considerava cabal a troca do dualismo grego bom versus ruim pelo dualismo metafísico cristão bem versus mal. Em Assim falava Zaratustra, deixa a cargo do sábio persa a missão de transmitir uma mensagem edificante ao homem moderno que está perdido em meio a uma grave crise de niilismo.

7 7 Pensando O eterno retorno ele diz que, aceitar que tudo retorna sem cessar é aceitar aquilo que é pequeno, é compreender que o mesquinho também retorna e, desta forma, poder adentrar ao seu amor fati. Dessa forma, no texto de Salaquarda (1997), vê-se a fase positiva de sua filosofia. O amor a si próprio, o estimulo ao amor fati A fase positiva de sua filosofia pode ser analisada pelo estímulo ao amor fati, no qual Nietzsche desejava promover a aceitação da vida como ela é e, na aceitação dos fatos, pretendia implantar a aceitação da realidade como tal, o amor à própria condição, o amor a si próprio. Aliado a esse pensamento, estaria o eterno retorno. Se o tempo é cíclico, e não acaba, não tem um final, assim também a vida, que deveria ser vivida como uma sucessão de momentos, como uma soma de instantes, como uma coleção de eventos, e não como uma trajetória que deve obrigatoriamente se justificar: almejar, alcançar, atingir um fim maior. Segundo Pinheiro (apud Feitosa, 2000), Nietzsche deixa bem claro que a história pode ser tão útil quanto inconveniente para a vida e, conseqüentemente para a afirmação do presente, do momento atual. O ponto de vista histórico tanto quanto o ponto de vista nãohistórico são igualmente necessários à saúde de um indivíduo, de um povo e de uma civilização (p.113). E, não se trata obviamente de esquecer a história, mas, de podermos nos referir a uma história que não seja apenas linear, comparativa, tradicional ou crítica, mas uma história que pode retornar ao seu ponto inicial, ao momento da ação primeira anunciada por Nietzsche, ação esquecida e mesmo injusta. O significado da vida, para ele estaria no eterno encantamento pelas coisas da natureza, pelas coisas naturais, pelas coisas deste mundo e não de outro mundo além de nós. Para Nietzsche, a contemplação das coisas naturais, enquanto naturais, seria a única fonte de significado para a vida, a única fonte de significado para o viver, a única fonte de significado para o ser. Para concluir Para concluir, com este breve estudo acerca deste pensador, enquanto profissionais da educação, podemos dizer que somos nós quem devemos construir nosso lugar neste mundo conturbado e veloz. Ninguém nos dará carona em nossa jornada. Ou apostamos na validade de nosso trabalho, ou viveremos a falsidade de um fazer de contas. A proposta de Nietzsche é

8 8 que reavaliemos a rememoração histórica, pois somente na medida em que a história serve à vida é que devemos servir à história (Feitosa, 2000 p. 15). E, por último, não com a intenção de finalizar, mas de propor um retorno ao pensamento nietzscheano, queremos deixar uma mensagem para os profissionais da educação, parafraseando Larrosa (2005), quando aponta que, a objetividade não se consegue buscando um único ponto de vista e sim multiplicando as perspectivas, aumentando o número de olhos, utilizando formas afetivas de olhar, visando a uma maior pluralidade, uma paixão mais forte. Para Nietzsche, uma das tarefas mais importantes para as quais se necessita de professores é o aprender a ver: Aprender a ver habituar o olho à calma, à paciência, a deixar-que-ascoisas-aproximem-se-de-nós: aprender a aplacar o juízo, a rodear e abarcar o caso particular a partir de todos os lados. (...) Aprender a ver, tal como eu entendo isso, já é quase aquilo que o modo afilosófico de falar denomina vontade forte: o essencial nisto é, precisamente, o poder não querer, o poder contrariar a decisão. (Larrosa, 2005, p.32). Assim, pode-se dizer que para Nietzsche, necessita-se de professores para o despertar de uma compreensão alargada do próprio viver. De um viver que deve ser construído na aposta em si mesmo, na luta pelo que se deseja. Não se pode dar aos outros a incumbência de viver nossas próprias vidas. O percurso na caminhada da vida só pode ser percorrido por aquele que nele caminha. Referências bibliográficas BACKES, M. Breve introdução à importância de Nietzsche. In: Esse homo: de como a gente se torna o que a gente é. NITZSCHE, F.W. Tradução, organização e notas de Marcelo Backes. Porto Alegre: L&PM BORGES, D. J. Assim Falava Nietzsche. Artigo encontrado no site - maio de 2006, sem data de publicação. FEITOSA, C. BARRENECHEA, M. A. (Org.). Simpósio Nacional de Filosofia Assim Falou Nietzsche II: Memória, Tragédia e Cultura. Rio de Janeiro: Relume Dumará, GIACÓIA, Jr. O. O Platão de Nietzsche O Nietzsche de Platão. In: Cadernos Nietzsche, 3, São Paulo, 1997, ISSN LARROSA, J. Nietzsche e a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, MACHADO, R. Zaratustra, tragédia nietzschiana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

9 9 NIETZSCHE, F. W. Ecce homo: de como a gente se torna o que a gente é. Tradução, organização e notas d Marcelo Backes. Porto Alegre: L&PM LEBRUN, G. FILHO, R. R. T. SOUZA, A. C. de M. (Orgs). Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, NUNES, B. A Filosofia Contemporânea. Rio de Janeiro, GB: São Paulo Editora S.A, Coleção Buriti, SALAQUARDA, J. A concepção básica de Zaratustra. In: Cadernos Nietzsche, 2, São Paulo, Departamento de Filosofia. USP, p

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