Aula 21. Boa Tarde! Filosofia Moderna Nietzsche
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- Kátia Quintanilha Aragão
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1 Aula 21 Boa Tarde! Filosofia Moderna Nietzsche
2 Friedrich Nietzsche Não sou Homem, sou Dinamite Uma Filosofia para Espíritos Livres A FILOSOFIA A GOLPES DE MARTELO
3 A Filosofia Aforismos: Estilo de escrita que valoriza pequenos fragmentos que guardam certa independência entre si; O amor por um único ser é uma barbárie: porque acontece em detrimento de todos os outros seres. Mesmo o amor de Deus. F. Nietzsche, Aforismo 67, Para Além do Bem e do Mal. Não a potência, mas a duração de um sentimento elevado forma os homens superiores. F. Nietzsche, Aforismo 72, Para Além do Bem e do Mal. Os princípios servem para tiranizar os próprios hábitos, a justificá-los, honrá-los, vituperá-los ou escondê-los dois homens de princípios iguais desejam alcançar, provavelmente, coisas fundamentalmente diferentes. F. Nietzsche, Aforismo 77, Para Além do Bem e do Mal. Uma coisa explicada deixa de interessar. O que queria dizer o Deus que sugeriu: "conhece a ti mesmo"? Talvez quisesse dizer: "deixa de interessar-te por ti mesmo! torna-te objetivo"! Sócrates? e o "homem científico"? F. Nietzsche, Aforismo 80, Para Além do Bem e do Mal.
4 Transvaloração dos Valores Onde falta a vontade de potência, há o declínio. O Ideal platônico/socrático conduz a vida para a negação de si mesmo; A moral cristã, que é oriunda do platonismo, coloca o sujeito como um ser submisso e sofredor; É uma moral do Fraco Moral do Servo
5 CRÍTICA ÀS RELIGIÕES O mundo para Nietzsche não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Seu princípio filosófico não era portanto Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e por isso se está dissolvendo e transformandose em um constante devir. Nietzsche é um dos autores mais controversos na história da filosofia moderna. A única e verdadeira realidade sem máscaras, para Nietzsche, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante
6 CRÍTICA À MORAL E assim a moral tradicional, e principalmente esboçada por Kant (Moral do Dever), a religião e a política são máscaras que escondem uma realidade inquietante e ameaçadora, cuja visão é difícil de suportar. A moral, seja ela kantiana ou hegeliana, e até a catharsis aristotélica são caminhos mais fáceis de serem trilhados para se subtrair à plena visão autêntica da vida.
7 Nietzsche golpeou violentamente essa moral que impede a revolta dos indivíduos inferiores, das classes subalternas e escravas contra a classe superior e aristocrática que, por um lado, pelo influxo dessa mesma moral, sofre de má consciência e cria a ilusão de que mandar é por si mesmo uma forma de obediência. Essa traição ao mundo da vida é a moral que reduz a uma ilusão a realidade humana e tende asceticamente a uma fictícia racionalidade pura.
8 Nietzsche acreditava que a base racional da moral era uma ilusão e por isso, descartou a noção de homem racional, impregnada pela utópica promessa - mais uma máscara que a razão não-autêntica impôs à vida humana. O mundo para Nietzsche não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Seu princípio filosófico não era portanto Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e por isso se está dissolvendo e transformando-se em um constante devir.
9 O Dionisíaco e o Apolíneo Na Grécia havia um equilíbrio entre Dioníso e Apolo, isto é, os instintos e a razão; Esse equilíbrio foi desfeito por Sócrates/Platão, em nome de um racionalismo. Em todos os tempos os sábios fizeram o mesmo juízo da vida: ela não vale nada... Sempre em toda parte ouvimos sair de suas bocas a mesma palavra uma palavra repleta de dúvida, repleta de melancolia, repleta de cansaço da vida, repleta de resistência contra a vida. Mesmo Sócrates disse ao morrer.
10 Para Além do Bem e do Mal O bom é Ruim! Nietzsche demonstra na Genealogia da Moral que os valores de bondade e maldade não são transcendentes, isto é absolutos; A Morte de Deus como a Morte da Metafísica; O Niilismo Positivo;
11 NIETZSCHE: NIILISTA A moral não tem importância e os valores morais não têm qualquer validade, só são úteis ou inúteis consoante a situação"; "A verdade não tem importância; verdades indubitáveis, objetivas e eternas não são reconhecíveis. A verdade é sempre subjetiva"; "Deus está morto: não existe qualquer instância superior, eterna. O Homem depende apenas de si mesmo"; "O eterno retorno do mesmo: A história não é finalista, não há progresso nem objetivo".
12 A Vontade de Potência e o Para além do Homem Super-Homem O Cristianismo fundamentado pela filosofia platônica torna o homem submisso e reprime suas vontades, para isso propões a vontade de poder, isto é, ser o senhor de suas ações. Moral do Senhor. Valoração da Vida; O humano em sua plenitude.
13 O Verdadeiro Mundo, alcançável ao sábio, ao devoto, ao virtuoso eles vivem nele, são ele.
14 Exercícios
15 As naturezas ativas, bem-sucedidas, não agem segundo a sentença conhece-te a ti mesmo, mas como se pairasse diante delas o mandamento: quer um si mesmo, e assim te tornarás um si mesmo. O destino parece ter-lhes deixado sempre ainda a escolha; enquanto os inativos e contemplativos meditam de como, daquela vez e de uma vez por todas, ao entrarem na vida, escolheram. NIETZSCHE, F. Humano demasiado humano. São Paulo: Companhia das Letras, p 336. Vemos que o conhece-te a ti mesmo socrático dá lugar a um torna-te quem tu és" em Nietzsche. Isso mostra que: (A) como seres ativos, vivemos a cada momento uma transformação de quem somos, nos inventando e indo além de quem somos. (B) nos tornar quem somos é nos conhecer, com a diferença de que precisamos da ajuda da sociedade para isso. (C) à medida que nos tornamos quem somos, percebemos que a nossa transformação é um processo natural humano. (D) enquanto Sócrates pensa em um ser dinâmico, que está a cada momento se conhecendo, Nietzsche pensa em um ser estático, que precisa se encontrar. (E) nos tornar quem somos nos remete a uma meditação para além da nossa realidade, uma percepção do mundo diferente daquela que vivemos
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