File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [1]

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [1]"

Transcrição

1 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [1] André Toom. Resumo teórico de curso PGE-969, Métodos Matemáticos para Estatística ensinado no departamento de estatística da UFPE no 1-o semestre de 2012 CONTEUDO 1. Afirmações matemáticas.... [2] 2. Quantores....[3] 3. Conjuntos: introdução.... [4] relação. Conjuntos contáveis e não contáveis.... [10] 5. Números reais.... [13] 6. Continuidade de R.... [14] 7. max, min, sup, inf, limsup, liminf...[15] 8. Seqüências em R. Limites....[17] 9. Pontos de aderência....[25] 10. O criterio de Cauchy para seqüências.... [28] 11. Conjuntos abertos e fechados em R.... [29] 12. Seqüências em R 2. Limites e pontos de aderência....[33] 13. Conjuntos abertos e fechados em R [34] 14. Funções R R. Limite e continuidade....[36] 15. Continuidade uniforme e condição de Lipschitz.... [47] 16. Leitura...[49] Aviso. Matemática é uma ciência rigorosa, cujo maior conteudo é argumentos quais provam afirmações, tipicalemente gerais. Este arquivo contem o material teórico do curso. Para estudar-ló, atividade mental é necessaria. Encontrando uma definição ou um teorema, pensa de exemplos. Tenta refutar cada teorema. Basicamente um argumento matemático é uma seqüência de afirmações, daquelas cada é ou geralmente conhecida, ou é uma conseqüência de afirmações anteriores. Quando usamos o metodo de contradição, supomos que a afirmação, qual queremos provar, é falso e obtemos uma contradição.

2 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [2] 1. Afirmações matemáticas Se a pergunta é pode ser?, você deve responder sim ou não. Se sim, você deve apresentar um exemplo. Se não, você deve apresentar um argumento. Se a pergunta é podemos concluir ou não?, você deve responder sim ou não. Se sim, você deve apresentar um argumento. Se não, você deve apresentar um contra-exemplo. Na vida cotidiana encontramos muitas afirmações vagas ou pessoais, daqueles é possivel ter opiniões diferentes, por exemplo: Esta roupa é horrivel. Claudio é um gatão. Pêra é mais gostosa que maçã. Na matemática lidamos com afirmações, quais são ou verdadeiras ou falsas. Dado duas afirmações A e B, podemos formar outras: A B, o que significa A e B, i.e. ambos são verdadeiras, A B, o que significa A ou B, i.e. pelo menos um deles é verdadeiro, negação A = A = não A e várias combinações delas. Existe analogia entre formulas algebricas e formulas logicas. Cada formula algébrica toma valores numéricos quais dependem de valores de variáveis incluidas nela. Analogamente, cada formula lógica toma valor verdadeira ou falsa dependente de veracidade de afirmações incluidas nela. Como na aritmética usamos tabua de multiplicação, a seguinte tabua ajuda obter a veracidade da formula se sabemos veracidades de variáveis logicas incluidas nela. Aqui V e F significam verdadeira e falsa : V = F, F = V, V V = V, V F = V, F V = V, V V = V V F = F F V = F F F = F, F F = F. O sinal significa negação. O sinal significa implicação lógica. Na matemática A B significa o mesmo que A B. Logo A B significa o mesmo que B A, o que sempre usamos nas provas pela contradição. (Isto é diferente da vida cotidiana. No uso cotidiano a frase se 2 2 = 5, eu sou imperador do Brasil é um absurdo. Na matemática esta afirmação é sempre correta, independentemente de por quem dita: imperador do Brasil ou não.) O sinal significa equivalência de afirmações. Ela acontece se ambos A B e B A são verdadeiros.

3 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [3] Exercício 1. É verdade que (A B) é equivalente a ( A) ( B)? Exercício 2. É verdade que (A B) é equivalente a ( A) ( B)? Aviso: é possivel provar as duas equivalências anteriores considerando quatro casos e enchendo as vazias colunas nesta tabela: Exercício 3. Provar que ( (A 1 A 2 A n )) (( A 1 ) ( A 2 ) ( A n )). Exercício 4. Provar que ( (A 1 A 2 A n )) (( A 1 ) ( A 2 ) ( A n )). 2. Quantores O quantor de universalidade significa para todos. O quantor de existência significa existe. Seja S um conjunto e P(x) é uma afirmação feita para elementos deste conjunto. Logo a formula x S : P(x) significa que todos elementos de S têm a propriedade P. Logo a formula x S : P(x) significa negação da formula anterior, i.e. não todos elementos de S têm a propriedade P. Isto é mesmo que existe pelo menos um elemento de S qual não tem a propriedade P. Então temos a equivalência de afirmações: ( x S : P(x)) ( x S : P(x)). (1) Analogamente obtemos a equivalência parecida: ( x S : P(x)) ( x S : P(x)). (2) Exemplo 1. e x C F C C F : x C x C F C C F : x C. Observação 1. As vezes espressões algebricas dependem de variáveis, as vezes não dependem. Apresentamos exemplos.

4 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [4] O valor de somatório 10 k=1 k2 não depende de k. A afirmação x 2 1 = 0 é verdadeira para x = 1 e x = 1 e falsa para todos outros valores de x. Diferente disto, a veracidade das afirmações x R : x 2 1 = 0 e x R : x 2 1 = 0 não depende de x. De fato, a primeira afirmação é falsa e a segunda afirmação é correta. Geralmente, veracidade duma afirmação não depende de variável precedida por quantor. Problema 1. Seja n e k números naturais. Reescrever as seguintes afirmações usando sinais e. Descobrir, quais delas são verdadeiras e quais são falsas: a) Para cada n existe k tal que k = n 2. b) Para cada n existe k tal que n = k 2. c) Para cada n existe k tal que n < k. d) Para cada n existe k tal que k < n. e) Existe k tal que k < n para cada n. f) Existe k tal que n < k para cada n. Problema 2. Seja ε e δ números reais. Reescrever as seguintes afirmações usando sinais e. Descobrir, quais delas são verdadeiras e quais são falsas: a) Para cada ε > 0 existe δ > 0 tal que δ < ε. b) Existe δ > 0 tal que δ < ε para cada ε > Conjuntos: introdução Um conjunto é chamado de finito se ele tem um número finito de elementos. Se este número é pequeno, podemos denotar o conjunto simplesamente enumerando-lós em chaves, separando-lós com virgulas. Por exemplo, o conjunto {a} tem só um elemento a, o conjunto {a, b} (onde a b) tem dois elementos a e b etc. O sinal # significa cardinalidade, qual é uma medida de grandeza de conjuntos. Para conjuntos finitos a cardinalidade é simplesamente o número de elementos. Existe o conjunto vazio denotado, qual não tem elementos. Sua cardinalidade é zero. Observação 2. Lima [Lima, vol. 1] use notação card(s) no lugar de #S. Alguns conjuntos infinitos têm notações especiais: N = {1, 2, 3,...} o conjunto dos números naturais.

5 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [5] Z = {..., 3, 2, 1, 0, 1, 2, 3,...} o conjunto dos números inteiros, Q = {m/n : m, n Z, n 0} o conjunto dos números racionais. Para todo número racional q definimos seu modulo ou valor absoluto denotado q assim: q se q 0, q = q se q < 0. Usando estas notações, podemos definir outros conjuntos de forma: {x N : x < 100} o conjunto de números naturais, quais são menor que 100. {x Z : x > 7} o conjunto de números inteiros, cujo modulo é maior que 7. {x Q : x < 0} o conjunto de números racionais, quais são menor que zero. Para cada número real o seu modulo é igual a distância entre o ponto qual representalo na reta e o ponto O qual representa zero. O modulo de diferença entre dois números é a distância entre os pontos quais representam estes números na reta. Para qualquer objeto x e conjuntos A e B usamos seguintes notações: x A ou A x: objeto x pertence ao conjunto A ou conjunto A contem ou inclue objeto x. Neste caso x é chamado de elemento de A. A B ou B A: A é um subconjunto de B, i.e. cada elemento de A pertence a B. O conjunto vazio é subconjunto de todos conjuntos. A = B : os conjuntos A e B coincidem, i.e. cada elemento de A pertence a B e cada elemento de B pertence a A. Logo (A = B) ((x A) (x B)) ((A B) e (B A)). Se temos dois conjuntos A e B, podemos formar outros conjuntos: A B : interseção de A e B. Qualquer objeto x pertence a A B se ele pertence a A e pertence a B. A B união de A e B. Qualquer objeto x pertence a A B se ele pertence a A ou pertence a B. (Pode pertencer a ambos.) A\B : a diferença entre A e B. Qualquer objeto x pertence a A\B se ele pertence a A e não pertence a B. A B : a diferença simetrica definida assim: A B = (A \ B) (B \ A).

6 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [6] Problema 3. A, B, C? Problema 4. A, B, C? Problema 5. É verdade qu A \ (B \ C) = A \ (C \ B) para todos conjuntos É verdade que (A \ B) \ C = A \ (B \ C) para todos conjuntos É verdade que para todos conjuntos A, B, C? (A \ B) (A \ C) = A \ (B C) Problema 6. É verdade que (A B) (A C) (B C) = (A B) (A C) (B C) para todos conjuntos A, B, C? Problema 7. Temos três conjuntos A, B, C. Sabemos que os conjuntos (A B) \ C, (A C) \ B e (B C) \ A são finitos. Podemos concluir que o conjunto A B C é finito também? Problema 8. Temos três conjuntos A, B, C. Sabemos que os conjuntos (A B) \ C, (A C) \ B e (B C) \ A são infinitos. Podemos concluir que o conjunto A B C é infinito também? Problema 9. Temos três conjuntos A, B, C. a) Sabemos que os conjuntos A \ B e B \ C são finitos. Podemos concluir que o conjunto A \ C é finito também? b) Sabemos que os conjuntos A \ B e B \ C são infinitos. Podemos concluir que o conjunto A \ C é infinito também? Problema 10. Temos três conjuntos A, B, C. Sabemos que os conjuntos A \ (B C), B \ (A C) e C \ (A B) são finitos. Podemos concluir que o conjunto A B C é finito também? Problema 11. Temos três conjuntos A, B, C. Sabemos que A B = A C. Podemos concluir que B = C?

7 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [7] Problema 12. Consideremos o principio de Murphy (um otimista norteamericano): cada prazer é ou ilegal ou imoral ou engorda. Reescrever esta afirmação usando notações da teoria de conjuntos. Problema 13. tem? Um conjunto finito tem n elementos. Quantos subconjuntos ele Classes de conjuntos: Se temos um conjunto F, cujos elementos são conjuntos, por razões estilisticas evitamos de chamar F conjunto e chamamos-lo de classe ou familia. Se temos uma classe F de conjuntos, a união de todos elementos de F e a interseção de todos elementos de F são denotadas de C e C. C F Exercício 5. É verdade que para todo conjunto A e todo classe de conjuntos F (a) \ B) = A \ B F(A B? (b) \ B) = A \ B F B F(A B? B F A lei distributiva para união e interseção: Lidando com números, sabemos que multiplicação e adição satisfazem a lei distributiva: Mas não oposto: geralmente C F a (b + c) = (a b) + (a c). a + (b c) (a c) + (b c). Lidando com conjuntos, a mesma lei é verdadeira para união e interseção nas ambas direções: a (b c) = (a b) (a c), a (b c) = (a b) (a c). Exercício 6. (a) Provar estas formulas. (b) Provar as generalizações destas formulas: A B F = B F (A B), A B F = B F(A B).

8 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [8] Geralmente uma operação denotada é chamada comutativa se a b = b a e associativa se (a b) c = a (b c). Se aplicamos uma operação com estes propriedades várias vezes, não precisamos parenteses e não precisamos cuidar de ordem de termos. Exercício 7. Provar que operações, e são comutativas e associativas. Produto de dois conjuntos A e B é o conjunto das pares (a, b), onde a A e b B. Por exemplo, nos livros sobre xadrez o conjunto de quadrinhos de tabua de xadrez é apresentado como produto {a, b, c, d, e, f, g, h} {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}. Produto de uma lista finita de conjuntos S 1 S 2 S n é o conjunto das seqüências de n termos (a 1, a 2,...,a n ), onde a 1 S 1, a 2 S 2,...,a n S n. Por exemplo, cada S i pode ter dois elementos chamamos de sim e não. Se jogamos uma moeda, o conjunto dos resultados possiveis é {cara, coroa}. Se jogamos n moedas, o conjunto é {cara, coroa} n. Na teoria da probabilidade o conjunto de todos casos possiveis é chamado de espaço amostral. Existem produtos infinitos, por exemplo {cara, coroa} N, o que é o conjunto de seqüências infinitas, cada termo daquelas é cara ou coroa. Nunca consideramos os todos conjuntos no mundo, pois isto conduza a paradoxos. Um destes paradoxos: chamemos um conjunto de estranho se ele é seu próprio elemento. Por exemplo, o conjunto de todos conjuntos é estranho. Denotamos de N a classe de não-estranhos conjuntos. Seguinte lógica, N é ou estranho, ou nãoestranho. Vamos provar que ambos casos são impossiveis. Se N é estranho, ele é seu proprio elemento, o que é falso pois todos seus elementos são não-estranhos. Se N não é estranho, ele não é seu proprio elemento, o que é falso pois todos conjuntos não-estranhos são seus elementos. Por esta causa, na cada pesquisa matemática temos um conjunto bastante grande, qual pode ser chamado Ω e consideramos só seus sub-conjuntos. Neste caso, para cada sub-conjunto S Ω o conjunto Ω \ S é denotado de S c e chamado complementar de S. Logo, quando escrevemos para todos conjuntos, queremos dizer para todos subconjuntos dum Ω, onde Ω cada vez deve ser escolhido na maneira apropriada.

9 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [9] Exercício 8. Provar para todos conjuntos A, B, C : A B = (A c B c ) c, A B = (A c B c ) c. Exercício 9. Provar para toda família F de conjuntos: ( S ) c = S F S F S c, ( S ) c = S F S F S c. Relações e classes de equivalência. (Aqui o sentido de palavra equivalência é diferente de equivalência de afirmações.) Uma relação entre alguns elementos dum conjunto S é chamada reflexiva se para cada a S : a a; comutativa se para cadas a, b S : a b b a; transitiva se para cada a, b, c S : a b, b c a c. Uma relação entre alguns elementos dum conjunto S é chamada relação de equivalência se a) (reflexidade) para cada a S : a a; b) (comutatividade) para cadas a, b S : a b b a; c) (transitividade) para cada a, b, c S : a b, b c a c. Teorema 1. (sem provar): se temos uma relação de equivalência num conjunto S, logo existe uma familha F de conjuntos tais que: a) a união de todos elementos de F é S ; b) interseção de cadas dois elementos diferentes de F é vazia. Exemplo 2. (a) Se S é o conjunto de triângulos e x y se os triangulos x e y têm areas iguais, logo é relação de equivalência. (b) Se S é o conjunto de triângulos e x y se os triangulos x e y têm perimetros iguais, logo é relação de equivalência. (c) Se S é o conjunto de habitantes duma cidade e x y significa que x e y são visinhos, logo habitualmente não é relação de equivalência Exercício 10. Seja S = Z. Para cada caso seguinte descobrir, se a relação é relação de equivalência e se é, descrever os classes de equivalência.

10 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [10] (a) x y se x y é par. (b) x y se x y é ímpar. (c) x y se x y é multiplo de 7. Exercício 11. Seja S = Z 2 e seus elementos são denotados (x, y) onde x, y Z. Para cada caso seguinte descobrir, se a relação é relação de equivalência e se é, descrever os classes de equivalência. (a) (x, y) (p, q) se x + y = p + q. (b) (x, y) (p, q) se x q = y p. Você provavelmente ja reparou a semelhança entre notações da logica e da teoria de conjuntos. Esta semelhança tem sentido. Para cada conjunto A podemos considerar a afirmação x A. Logo x (A B) é equivalente a (x A) (x B), x (A B) é equivalente a (x A) (x B) relação. Conjuntos contáveis e não contáveis. Disemos que existe uma 1-1 relação entre dois conjuntos A e B se existe uma regra, tal que para cada elemento de A corresponde exatamente um elemento de B e vice versa. Dois conjuntos, para aqueles tal relação existe, são chamados equivalentes. Também dizemos que eles tem a mesma cardinalidade. Por exemplo, todos conjuntos finitos com a mesma quantidade de elementos são equivalentes e sua cardinalidade é o número de elementos de cada um deles: # {1, 2, 3} = # {a, b, c} = # {Argentina, Brasil, Columbia} = 3. Um conjunto é chamado contável se ele é finito ou equivalente ao conjunto N = {1, 2, 3,...}. Em outras palavras, qualquer conjunto S é contável se os elementos dele podem ser escritos na forma duma seqüência finita ou infinita. Todos conjuntos contáveis infinitos tem a mesma cardinalidade. Observação 3. Lima [Lima, vol. 1] chama de conjuntos enumeráveis todos conjuntos contáveis

11 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [11] Teorema 2. Z, o conjunto dos números inteiros, é contável. Teorema 3. O produto N N é contável. Corolario: O produto de dois conjuntos contáveis é contável. Lema 1. Se A B e B é contável, logo A é contável. Teorema 4. O conjunto Q de números racionais é contável. Exercício 12. Temos uma seqüência S 1, S 2, S 3,... de conjuntos contáveis. Provar que sua união S 1 S 2 S 3... é contável também. Exercício 13. Provar que estes conjuntos são equivalentes: {cara, coroa} n, {sim, não} n, {0, 1} n. Exercício 14. Provar que estes conjuntos são equivalentes: {cara, coroa} N, {sim, não} N, {0, 1} N. Problema 14. reta? Existe uma 1-1 relação entre os conjuntos (0, ) e [0, ) na Problema 15. Apresentar uma 1-1 relação entre ( 1, 1) e R. Problema 16. Apresentar uma 1-1 relação entre (0, 1) e [0, 1]. Problema 17. Problema 18. Problema 19. Problema 20. Apresentar uma 1-1 relação entre R e R 2. (Difícil.) Provar que o conjunto de subconjuntos de N não é contável. Provar que o conjunto de subconjuntos finitos de N é contável. Provar que o conjunto de permutações de N não e contável. Problema 21. Seja S o conjunto das seqüências decrescentes, cujos termos são números naturais. O conjunto S é contável ou não? Problema 22. Seja S o conjunto das seqüências crescentes, cujos termos são números naturais. O conjunto S é contável ou não?

12 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [12] Problema 23. Uma seqüência x n é chamada crescente se x 1 < x 2 < x 3 < x 4... Seja S o conjunto das seqüências crescentes, cujos termos são números naturais. O conjunto S é contável ou não? Problema 24. Seja A qualquer conjunto e B o conjunto de subconjuntos de A. Provar que #A < #B. Teorema 5. O conjunto {0, 1} N não é contável. Logo existem conjuntos não contáveis, cuja cardinalidade é mais de cardinalidade de N. Prova pela contradição usando o metodo diagonal de Cantor. Seja todos elementos de {0, 1} N são ordenados numa seqüência a 1, a 2, a 3,... Cada deles é uma seqüência: a k = (a k 1, a k 2, a k 3,... ) Logo temos uma seqüência de seqüências: a 1 = (a 1 1, a 1 2, a 1 3,... ) a 2 = (a 2 1, a 2 2, a 2 3,... ) a 3 = (a 3 1, a 3 2, a 3 3,... )... Agora consideremos um elemento de {0, 1} N definido como seqüência 1 a 1 1, 1 a 2 2, 1 a 3 3,... Observe que esta seqüência não pode coincidir com nenhum termo da seqüência a 1, a 2, a 3,... pois ela tem o primeiro termo diferente do primeiro termo de a 1, o segundo termo diferente do segundo termo de a 2, o terceiro termo diferente do terceiro termo de a 3 etc. Então temos contradição qual mostra que nossa suponha foi falsa: é impossivel colocar todos elementos de {0, 1} N numa seqüência. Exercício 15. Apresentar uma 1-1 relação entre {0, 1} N e {0, 1, 2, 3} N. Dizemos que o conjunto A caiba no conjunto B se existe B B e uma 1-1 relação entre A e B. Teorema 6. (sem provar). Entre cadas dois conjuntos pelo menos um caiba noutro

13 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [13] Teorema 7. (sem provar). Temos dois conjuntos A e B. Se A caiba em B e B caiba em A, então existe 1-1 relação entre A e B. Devido a estes teoremas, para cadas dois conjuntos A e B há só três possibilidades: a) A caiba em B e B caiba em A. Neste caso dizemos que A e B são equivalentes e suas cardinalidades são iguais: #A = #B. b) A caiba em B, mas B não caiba em A. Neste caso dizemos que cardinalidade de A é menos que cardinalidade de B : #A < #B. c) A não caiba em B, mas B caiba em A. Neste caso dizemos que cardinalidade de A é mais que cardinalidade de B : #A > #B. Ja sabemos que # < # {a} < # {a, b} < < #N < < # {0, 1} N. 5. Números reais Escrevemos os números reais em [0, 1] como zero, virgula, seqüência finita ou infinita de algarismos decimais. (3) Exercício 16. A formula (3) pode apresentar o número 1? Exercício 17. Existem duas seqüências (3) diferentes, quais apresentam o mesmo número? Definição 1. Para cada número real x denotamos: { x se x 0, x = x se x < 0 e chamemos x de modulo de x. Tambèm definimos: [x] - o máximo número inteiro, qual não é maior que x; ]x[ - o mínimo número inteiro, qual não é menor que x. Exercício 18. Quais valores pode tomar ]x[ [x]?

14 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [14] Teorema 8. O conjunto [0, 1] não é contável. Exercício 19. Uma seqüência a 1, a 2, a 3,... é chamada periódica se existem números naturais p, s tais que n s : a n = a n+p. Provar que o conjunto de periódicos elementos de {0, 1} N é contável. Teorema 9. (sem provar): a formula (3) apresenta un número racional se e somente se a seqüência ali é finita ou periodica. 6. Continuidade de R Por que precisamos de números reais? Por que não somos satisfeitos com números racionais? Chamemos um conjunto ordenado S de continuo se ele satisfaz duas condições. A primeira condição é simples: para cadas a, b S, onde a < b, deve existir c S tal que a < c < b. É evidente que Q satisfaz esta condição: podemos tomar c = (a + b)/2. O que de segunda condição, vamos apresentar-ló em duas maneiras. Primeira maneira: se temos um conjunto ordenado S, sua corte é apresentação S = S menor S maior onde x S menor, y S maior : x < y. Chamemos S menor de classe menor e S maior de classe maior. Chamemos de buraco uma corte onde a classe menor não tem maximo e a classe maior não tem minimo. Seguinte Dedekind, queremos um conjunto ordenado sem buracos, qual inclue todos números racionais. A mesma dificuldade na outra maneira: Se temos um conjunto ordenado S, chamemos de segmento fechado [a, b] o conjunto {x S : a x b}. Chamemos de seqüência de segmentos fechados encaixados ou s.s.f.e. uma seqüência [a 1, b 1 ] [a 2, b 2 ] [a 3, b 3 ]... onde cada segmento contem o proximo segmento. Outra maneira de apresentar o nosso desejo: para cada s.s.f.e. a interseção de todos seus segmentos deve ser não-vazia.

15 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [15] Mostremos que o conjunto Q não satisfaz nenhum de nossos desejos. Vamos mostrar que o primeiro desejo não é cumprido. Ja sabemos que não existe número racional q tal que q 2 = 2. Usando este fato, apresentamos uma seção de Q assim: (a) um número racional q pertence a S maior se q > 0 e q 2 > 2 e (b) um número racional q pertence a S menor se q 0 ou q 2 < 2. Esta seção não tem fronteira em Q. Para mostrar que Q não cumpre o segundo desejo, apresentamos uma s.s.f.e.: Q [a 1, b 1 ] [a 2, b 2 ] [a 3, b 3 ]... tal que a interseção de todos segmentos é vazia. Definimos os segmentos pela indução. Base de indução: seja a 1 = 1 e b 1 = 2. Passo de indução: sejá temos os números a n e b n. Denotamos m n = (a n + b n )/2 e comparamos m 2 n com 2. Pois m n é racional, m 2 n e 2 não podem ser iguais. Logo temos só dois casos: Se m 2 n < 2, definimos a n+1 = m n e b n+1 = b n. Se m 2 n > 2, definimos a n+1 = a n e b n+1 = m n. Então os todos [a n, b n ] são definidos. Observe que b n a n = 1/2 n 1 para todos n. Logo a interseção de todos segmentos [a n, b n ] não pode ter mais que um elemento. Mas não pode ter mesmo um elemento, pois se tivesse, seu quadrado seria 2, o que é impossivel. Agora concertamos a situação. Declaramos cada buraco de número irracional. Assim ambos desejos sao cumpridos. Números racionais e irracionais juntos são chamados de números reais. Denotamos o conjunto de números reais de R. Números reais fazem um conjunto ordenado e continuo. 7. max, min, sup, inf, limsup, liminf Chamemos um conjunto S R limitado se existem números A e B tais que A x B para todos x S. Para cada conjunto limitado não-vazio S R, chamemos um número f cota superior de S se x f para todos x S. Denotamos de F o conjunto de cotas superiores de S. Pois S é limitado e não-vazio, ambos conjuntos R \ S e S são não-vazios, logo eles fazem uma corte no conjunto de números reais. Logo deve existir uma fronteira entre eles, chamada supremo de

16 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [16] conjunto S e denotada sups. Definimos inf S o infimo de S analogamente. Se S não tem nenhuma cota superior, dizemos que sups =. Analogamente, se S não tem nenhuma cota inferior, dizemos que inf S =. Chamemos um conjunto S R limitado se existem números A e B tais que A x B para todos x S. Exercício 20. Dados n conjuntos de números reais, daqueles cada é limitado. Provar que seu união e interseção também são limitados. Exercício 21. Dada uma familha F de subconjuntos de R, daqueles cada é limitado. Podemos concluir que a união destes conjuntos é limitada? Podemos concluir que a interseção deles é limitada? Para cada conjunto limitado não-vazio S R, chamemos um número f cota superior de S se x f para todos x S. Denotamos de F o conjunto de cotas superiores de S. Pois S é limitado e não-vazio, ambos conjuntos R \ S e S são não-vazios, logo eles fazem uma corte no conjunto de números reais. Logo existe fronteira entre eles, chamada supremo de conjunto S e denotada sup S. Se sup(s) S, chamamos-lo de maximo de S. Analogamente definimos inf S o infimo e minimo de qualquer S limitado. Se S não tem nenhuma cota superior, dizemos que sup S =. Analogamente, se S não tem nenhuma cota inferior, dizemos que inf S =. Teorema 10. Se um conjunto de números reais é não vazio, ele tem um supremo e um infimo (talvez, infinitos) Exercício 22. Provar que qualquer conjunto não pode ter mais que um máximo ou mais que um supremo. Também provar que o máximo e o supremo de mesmo conjunto são iguais se ambos existem. limsup, liminf. Dada seqúência x n, denotamos T n = {x n, x n+1, x n2,...}, I n = inf T n, S n = supt n. Logo definimos lim inf n x n = lim n I n, lim supx n = lim S n. n n

17 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [17] Teorema 11. O conjunto de pontos de aderência de uma seqüência limitada é sempre fechado, logo tem um minimo e um maximo, daqueles: o minimo é igual a liminf desta seqúência e o maximo é igual a limsup desta seqúência. Problema 25. Temos uma seqüência encaixada de segmentos abertos em R (a 1, b 1 ) (a 2, b 2 ) (a 3, b 3 )... tal que todos estes segmentos têm pelo menos um ponto comum. A seqüência dos seus comprimentos pode tender-se para zero? Problema 26. Temos uma seqüência encaixada de segmentos abertos em R (a 1, b 1 ) (a 2, b 2 ) (a 3, b 3 )... tal que a seqüência dos seus comprimentos tende-se para zero. Todos estes segmentos podem ter um ponto comum? Problema 27. Dados n conjuntos dos números reais, daqueles cada é limitado. Provar que sua união e interseção também são limitadas. Problema 28. Dada uma seqüência dos conjuntos S 1, S 2, S 3,... R, daqueles cada é limitado. Podemos concluir que sua união é limitado? Podemos concluir que sua interseção é limitado? Problema 29. Seja S o conjunto dos números reais, quais podem ser apresentados como a fração decimal infinita 0, a 1 a 2 a 3... onde a seqüência dos algarizmos é não-decrescente, i.e. a 1 a 2 a 3 a 4. O conjunto S é contável ou não? Problema 30. Seja S o conjunto dos números reais, quais podem ser apresentados como a fração decimal infinita 0, a 1 a 2 a 3... onde a seqüência dos algarizmos é não-crescente, i.e. a 1 a 2 a 3 a 4. O conjunto S é contável ou não? 8. Seqüências em R. Limites. Dizemos que uma seqüência x n tem limite finito L ou tende-se para número L quando n e escrevemos se lim n x n = L ou x n n L ε > 0 k n > k : x n L < ε. (4)

18 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [18] Aqui n deve ser natural, mas k pode ser real. A formula (4)não é única possivel. Existem outras formulas com o mesmo sentido. De outro lado, existem formulas parecidas em (4), cujo sentido é diferente. Exercício 23. Quais das formulas seguintes são equivalentes a (4)? (a) ε > 0 k n k : x n L ε. (b) k ε > 0 n > k : x n L < ε. Teorema 12. Uma seqüência não pode ter dois limites diferentes. Demonstração. Seja x n A e x n B onde A B. Tomemos ε = A B /2 > 0. Logo existem k 1 e k 2 tais que n > k 1 : x n A < ε, n > k 2 : x n B < ε. Tomemos qualquer n > max(k 1, k 2 ). Lembramos que o modulo de diferença entre dois números é a distância entre os pontos quais representam estes números na reta. Logo a distância entre x n e A sera menor que ε e a distância entre x n e B sera menor que ε. Logo a distância entre A e B sera menor que 2ε = 2 A B 2 < A B, o que é impossivel pois esta distância é igual a A B. Uma seqüência x n é chamada limitada se existe um número C tal que n : x n < C. Teorema 13. Se uma seqüência tende-se para um número, então ela é limitada. Demonstração. Denotamos de (x n ) a nossa seqüência e de L o limite dela. Sabemos que para cada ε > 0 existe k tal que n > k : L ε < x n < L+ε. Escolhemos ε = 1. Logo existe k tal que n > k : L 1 < x n < L + 1. Agora escolhemos um número C assim: C = x 1 + x x k + L 1 + L + 1.

19 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [19] È claro que x n C para todos n. Como escrever a afirmação que (x n ) não tende-se para L? O jeito mais simples é colocar o sinal de negação no começo: ε > 0 n k > n : x k L < ε. Agora transformamos esta formula usando a regra (1): ε > 0 n k > n : x k L < ε. Continuamos transformar usando a regra (2): e mais e finalemente ε > 0 n ε > 0 n k > n : k > n : x k L < ε x k L < ε ε > 0 n k > n : x k L ε. Esta formula é mais apropriada quando queremos provar que uma seqüência não tende-se para um número. Então está provado o teorema seguinte: Teorema 14. x n não tende-se para L se e somente se ε > 0 n k > n : x n L ε. Exercício 24. Seja 0 se n é par, x n = 1 se n é ímpar. Provar que a seqüência x n não tende-se nem para zero nem para um. Teorema 15. Se x n n A, então C x n C A para cada número C. Teorema 16. Se x n A e y n B, então x n + y n A + B. Dizemos que uma seqüência x n tende-se para e escrevemos x n M n k > n : x k > M. n se Também dizemos que uma seqüência x n tende-se para e escrevemos x n se M n k > n : x k < M. n

20 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [20] Exercício 25. (a) Transformar negações destas formulas na maneira parecida de transformação acima. (b) Seja { n se n é par, x n = n se n é ímpar. Provar que a seqüência x n não tende-se nem para nem para. Se uma seqüência tende-se para um número ou para ou para, dizemos que ela tem limite. Se este limite é finito, dizemos que esta seqüência converge. Se ela tem limite infinito ou não tem nenhum limite, dizemos que ela diverge. Teorema 17. Uma seqüência x n tende-se para número L se e somente se para cada ε > 0 o conjunto {n : x n L ε} é finito. Teorema 18. Se uma seqüência tem limite, cada outra seqüência obtida dela eliminando, incluindo e mudando um conjunto finito de termos, tem o mesmo limite. Teorema 19. Se x n A, então cada permutação e cada sub-seqüência de x n também tende-se para A. Dizemos que uma seqüência x n é crescente se x n < x n+1 para todos n. Definimos uma seqüência decrescente analogamente. Dizemos que uma seqüência x n é não-decrescente se x n x n+1 para todos n. Definimos uma seqüência não-crescente analogamente. Teorema 20. Cada seqüência não-decrescente x n tem limite. Se x n é limitada, seu limite é finito, caso contrario o seu limite é. Chamemos um número f cota superior de um conjunto S R se x f para todos x S. Chamamos uma cota superior f de S o supremo de S se f é o mínimo do conjunto das cotas superiores de S. Definimos o infimo de um conjunto analogamente. Teorema 21. Cada conjunto não vazio tem um supremo e um infimo. (O supremo pode ser e o infimo pode ser.)

21 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [21] Exercício 26. Provar que qualquer conjunto não pode ter mais que um máximo ou mais que um supremo. Também provar que o máximo e o supremo de mesmo conjunto são iguais se ambos existem. Teorema 22. Se o número S é o supremo do conjunto C, logo existe uma seqüência (x n ), todos cujos termos pertencem a C e tal que x n S. Problema 31. n. Provar que se x n A e y n B, então x n y n A B quando Problema 32. Provar que se lim n a n = e lim n b n =, então lim n (a n + b n ) = também. Problema 33. Provar que se lim n x 2n = lim n x 2n+1 = A, então lim n x n = A também. Problema 34. Provar que se x n n, então C x n para cada C > 0 e C x n para cada C < 0. Problema 35. Provar que se x n A e y n, então x n /y n 0. Problema 36. Temos seqüência (x n ) tal que x 2n n L. Podemos concluir que x n n L? Problema 37. Temos seqüência (x n ) tal que x 2n n. Podemos concluir que x 3n n? Problema 38. Temos seqüência (x n ) tal que x 2n n A. Podemos concluir que x 4n n A? Problema 39. Temos seqüência (x n ). Seja x 2n n 1 e x 3n n 1. Podemos concluir que x n n 1? Problema 40. Temos seqüência (x n ). Pode acontecer que x 2n n e x 3n n? Problema 41. Temos seqüência (x n ) daquela abemos que x n + x n+1 0. Podemos concluir que x n 0? Problema 42. Dada uma seqüência (a n ) e um número L tais que lim n a n = L. Podemos concluir que n 0 ε > 0 : n > n 0 a n L < ε? Problema 43. Temos duas seqüências (x n ) e (y n ) de números reais tais que

22 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [22] x n, y n e y n 0 para todos n. Definimos mais uma seqüência z n = x n y n. (a) Pode ser que z n 1? (b) Pode ser que z n 0? (c) Pode ser que z n 1? (d) Pode ser que z n? (e) Pode ser que z n não tem nenhum limite (nem finito, nem infinito)? Problema 44. Temos seqüência (x n ) de números reais e sabemos que lim n x 2n = lim n x 2n+1 = A. Podemos concluir que lim n x n = A? Problema 45. que Dada uma seqüéncia (a n ), cujo limite é L. Podemos concluir n 0 ε > 0 : n > n 0 a n L < ε? Problema 46. Dada uma seqüéncia (a n ) e número L tais que n 0 ε > 0 : n > n 0 a n L < ε. Podemos concluir que L é o limite de (a n )? Problema 47. Temos duas seqüências (x n ) e (y n ) com termos positivos, quais tendem para infinito. Definimos a terceira seqüência (z n ) assim: z n = x n y 2 n + y n. x 2 n (a) Quais números podem ser limites de (z n )? (b) pode ser limite de (z n )? Problema 48. que Dada uma seqüéncia (a n ), cujo limite é L. Podemos concluir n 0 ε > 0 : n > n 0 a n L < ε? Problema 49. Dada uma seqüéncia (a n ) e número L tais que n 0 ε > 0 : n > n 0 a n L < ε. Podemos concluir que L é o limite de (a n )?

23 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [23] Problema 50. Temos duas seqüências (x n ) e (y n ) com termos positivos, quais tendem para infinito. Definimos a terceira seqüência (z n ) onde z n = x n y 2 n + y n. x 2 n (a) Quais números podem ser limites de (z n )? (b) pode ser limite de (z n )? Problema 51. x n /y n. Seja x n n 0, y n n 0, y n 0 para todos n e z n = (a) Pode ser que z n n 1? (b) Pode ser que z n n 0? (c) Pode ser que z n n 1? (d) Pode ser que z n n? (e) Pode ser que z n n? Problema 52. Seqüências x n e y n são tais que x n Seja z n = (x n y n )/(x n + y n ). (a) Pode ser que z n n 1? (b) Pode ser que z n n 2? (c) Pode ser que z n n? (d) Pode ser que z n n? n e y n n. Problema 53. Temos duas seqüências (x n ) e (y n ) de números reais tais que x n e y n quando n. A terceira seqüência z n é definida assim: z n = x ny n. x 2 n + yn 2 (a) Pode ser que z n n 1/3? (b) Pode ser que z n n 3? (c) Pode ser que z n n 1/2? (d) Pode ser que z n n 2? (e) Pode ser que z n n? (f) Pode ser que z n n? (g) Pode ser que z n não tem limite nem finito, nem infinito? Problema 54. Seja x n n, y n n 0, y n < 0 para todos n e z n = x n y n.

24 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [24] (a) Pode ser que z n n? (b) Pode ser que z n n? (c) Pode ser que z n n 1? (d) Pode ser que z n n 0? (e) Pode ser que z n n 1? (f) Pode ser que z n não tem nenhum limite? Problema 55. Temos duas seqüências (x n ) e (y n ) de números reais tais que x n e y n quando n. A terceira seqüência z n é definida assim: z n = x ny n. 2x 2 n + 3yn 2 Descrever o conjunto S definido assim: um número real L pertence a S se e somente se a seqüência z n pode tender-se para L. Problema 56. Uma seqüência x n é definida assim: x 1 = 1 e x n+1 = x n + 1/x n para todos n. O que é lim n x n? Problema 57. Sabemos que lim n x n = lim n y n = A e n : (z n = x n ou z n = y n ). Provar que lim n z n = A também. Problema 58. Seja x n e y n e z n = x n /y n. Pode ser que z n tende-se para um número? Para? Para? Não tende para nada? Problema 59. Seqüência x n é definida assim: x 1 = 1 e x n+1 = x n + x 3 n. Esta seqüência é limitada ou não? Problema 60. Seqüência x n é definida assim: x 1 = 1 e x n+1 = x n + x 2 n. Esta seqüência é limitada ou não? Problema 61. Seja x n n e y n = x [ n ] para todos n. Podemos concluir que a seqüência y n tende para? Problema 62. Seja x n n L e y n = x [ n ] para todos n. Podemos concluir que a seqüência y n tende para L? Problema 63. Duas seqüências (x n ) e (y n ) de números reais tendem para e a terceira seqüência é definida assim: (a) Pode ser que z n n? (b) Pode ser que z n n? z n = x n y 2 n y n. x 2 n

25 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [25] (c) Pode ser que z n n 3? (d) Pode ser que z n n 0? (e) Pode ser que z n n 1/2? (f) Pode ser que z n não tem nenhum limite? 9. Pontos de aderência. Definição 2. a) Um número A é chamado um ponto de aderência duma seqüência se ela tem uma subseqüência, qual tende-se para A. b) Dizemos que é um ponto de aderência duma seqüência se ela tem uma subseqüência, qual tende-se para. c) Dizemos que é um ponto de aderência duma seqüência se ela tem uma subseqüência, qual tende-se para. Teorema 23. O teorema de Bolzano-Weierstrass. Cada seqüência limitada tem pelo menos um ponto de aderência. Teorema 24. Um número A é um ponto de aderência de x n se e somente se para cada ε > 0 o conjunto {n : x n A < ε} é infinito. Teorema 25. Um número A não é um ponto de aderência de x n se e somente se ε > 0 n k > n : x k A ε. Teorema 26. Um número A não é um ponto de aderência de x n se e somente se existe ε > 0 tal que o conjunto {n : x n A < ε} é finito. Exercício 27. Existe seqüência, qual contem todos números racionais? Exercício 28. Existe seqüência, qual contem todos números irracionais? Teorema 27. Para cada seqüência, qual contem todos números racionais, todos números reais são pontos de aderência.

26 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [26] Demonstração. Seja seqüência x n limitada, i.e. existe C tal que n : C x n C. Chamemos um conjunto S magro se o conjunto {n : x n S} é finito e gordo se o mesmo conjunto é infinito. É claro que se temos dois conjuntos magros, sua união é magra também. Agora observamos que o segmento [ C, C] é gordo. Apresentmos-ló como união de dois segmentos fechados: [ C, C] = [ C, 0] [0, C]. Logo pelo menos um deles é gordo. Denotamos-ló de [a 1, b 1 ] e cortamos este segmento emduas partes iguais: [ ] [ ] a 1 + b 1 a1 + b 1 [a 1, b 1 ] = a 1,, b Pelo menos um destes segmentos é gordo. Chamamos-ló de [a 2, b 2 ] e procedemos na mesma maneira indutivamente. Na casa passo de indução temos um segmento gordo [a n, b n ] e apresentmos-ló como ] [ an + b n [a n, b n ] = [ a n, a n + b n 2 2, b n ]. Pelo menos um destes segmentos é gordo. Denotamos-ló de [a n+1, b n+1 ] e procedemos na mesma maneira. Logo obtemos uma seqüência infinita de segmentos gordos [ C, C] [a 1, a 2 ] [a 2, b 2 ] [a 3, b 3 ]... Os comprimentos destes segmentos tendem para zero, logo todos estes segmentos têm exatamente um ponto comum L. Logo, devido ao teorema X, este ponto é ponto de aderéncia de nossa seqüência x n. Corolario. Cada seqüência tem pelo menos um ponto de aderência: ou um número ou ou. Teorema 28. Seja A o conjunto de pontos de aderência da seqüência (x n ) e B o conjunto de pontos de aderência da seqüência (y n ). Logo A B é o conjunto de pontos de aderênsia da seqüência x 1, y 1, x 2, y 2, x 3, y 3,... Teorema 29. Seja A o conjunto de pontos de aderência da seqüência x n e B o conjunto de pontos de aderência da seqüência y n. Seja x n uma subseqüência de y n. Logo A B.

27 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [27] Teorema 30. Se uma seqüência x n tem só um ponto de aderência (um número ou ou ), então x n tende para este limite. Teorema 31. Se uma seqüência é obtida atravez de eliminação dum conjunto finito de termos de outra seqüência, estas seqüências têm o mesmo conjunto de pontos de aderência. Teorema 32. Se uma seqüência é obtida atravez de permutação de outra seqüência, então estas seqüências têm o mesmo conjunto de pontos de aderência. Problema 64. Existe seqüência limitada de números reais, cujo conjunto de pontos de aderência é infinito, mas contável? Problema 65. Dadas duas seqüências (a n ) e (b n ). Sabemos que P é um ponto de aderência de (a n ) e Q é um ponto de aderência de (b n ). Podemos concluir que P + Q é um ponto de aderência de (a n + b n )? Problema 66. Apresentar uma seqüência, para aquela o conjunto de pontos de aderência é o conjunto dos números inteiros. Problema 67. Uma seqüência limitada (x n ) tem só dois pontos de aderência, a saber 1 e 1. Podemos concluir que y n = x 2 n tem limite? Problema 68. O número A é um ponto de aderência da seqüência (x n ) e o número B é um ponto de aderência da seqüência (y n ). Podemos concluir que A + B é um ponto de aderência da seqüência z n = x n + y n? Problema 69. O número P é um ponto de aderência de seqüência (x k ) e também um ponto de aderência de seqüência (y k ). Fazemos uma seqüência nova (z k ) seguinte a fórmula { x k se k é par, z k = se k é ímpar. y k Podemos concluir que P é um ponto de aderência de seqüência z k também? Problema 70. Temos um número real L e uma seqüência limitada (a n ) na reta tais que ε > 0 k : a k L < ε. (a) Podemos concluir que L é o limite de (a n )? (b) Podemos concluir que L é um ponto de aderência da seqüência (a n )? (c) Podemos concluir que L é um ponto de aderência do conjunto {a n }?

28 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [28] Problema 71. Seja A um ponto de aderência de seqüência x n. Seja cada x n é um ponto de aderência de outra seqüência y n. Provar que A também é um ponto de aderência de y n. Problema 72. Existe uma seqüência, para aquela o conjunto dos pontos de aderência é o segmento [0, 1]? Problema 73. Existe uma seqüência, para aquela o conjunto dos pontos de aderência é o segmento (0, 1)? 10. O criterio de Cauchy para seqüências. Dizemos que uma seqüência x n satisfaz a condição de Cauchy se ε > 0 k m, n > k : x m x n < ε. (5) Teorema 33. O criterio de Cauchy. Uma seqüência (x n ) dos números reais tem limite finito se e somente se ela satisfaz a condição de Cauchy. Demonstração. Numa direção: seja x n L. Provemos (5). Escolhemos qualquer ε > 0. Pois x n L, existe k tal que Logo Isto é a condição de Cauchy. n > k : x n L < ε 2. m, n > k : x m x n < ε. Noutra direção. Seja a condição (5) satisfeita. Primeiro provemos que a seqüência x n é limitada. Pois (5)é verdadeira para todos ε > 0, é verdadeira para ε = 1. Logo k m, n > k : x m x n < 1. Tomemos k com esta propriedade e m o primeiro número natural qual é mais que k. Logo n m : x m x n < 1. Logo n : x n C onde C = max { x 1,..., x m 1, x m 1, x m + 1 }. Então, esta provado que a seqüência x n é limitada. Logo, devido ao teorema de Bolzano-Weierstrass, ela tem pelo menos um ponto de aderência, o qual denotamos

29 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [29] de L. Provemos que x n L, i.e. ε > 0 k n > k : x n L < ε. Tomemos qualquer ε > 0. Devido a (5), existe k tal que m, n > k : x m x n < ε/2. Pois L é um ponto de aderencia de x n, existe q > k tal que x q L < ε/2. Logo n > k : x n L < ε, o que presicamos. O criterio de Cauchy esta provado nas ambas direções. Exercício 29. Provar que a seqüência 1, 0, 1, 0, 1, 0,... não tem nenhum limite, nem finito, nem infinito. Exercício 30. Seja todos números racionais enumerados. Provar que esta seqüência não tem nenhum limite. Problema 74. Seja a condição de Cauchy verdadeira para uma seqüência x n : condição de Cauchy se Descobrir se podemos concluir que ε > 0 k m, n > k : x m x n < ε. (6) k ε > 0 m, n > k : x m x n < ε. (7) Dada condição (7). Podemos concluir que a condição (5) é ver- Problema 75. dadeira? 11. Conjuntos abertos e fechados em R. Para cada ponto p R e cada ε > 0 chamemos ε-vizinhança de p e denotamos de V ε (p) o conjunto V ε (p) def = {q : q p < ε}. Teorema 34. A seqüência x n tende para p quando n se e somente se para cada ε > 0 o conjunto {n : x n / V ε (p)} é finito.

30 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [30] Teorema 35. O número p é um ponto de aderência duma seqüência x n se e somente se para cada ε > 0 o conjunto {n : x n V ε (p)} é infinito. Definição 3. Um ponto p R é chamado de ponto interior dum conjunto S R se existe ε > 0 tal que V ε (p) S. Chamemos um conjunto C R aberto se todos seus pontos são interiores. Observação 4. Notamos que falamos de conjuntos abertos e fechados sempre tendo em mente um conjunto grande Ω e falando so de subconjuntos dele. Teorema 36. Cada conjunto é aberto e fechado em si mesmo. Exemplo 3. Os conjuntos, R, (a, b), (, b), (a, ) são abertos em R Teorema 37. Seja F qualquer família de conjuntos abertos. Logo sua união C F C é aberta também. Teorema 38. Se conjuntos C 1,...,C n são abertos, sua interseção é aberta também. Chamemos um ponto p R ponto de aderência dum conjunto S R se existe uma seqüência x n, todos cujas termos pertencem a S, qual converge a p. Teorema 39. Um ponto p R é ponto de aderência dum conjunto S R se e somente se para cada ε > 0 os conjuntos S e V ε (p) tem interseção não-vazia. Exercício 31. Provar que um ponto p não é um ponto de aderência de conjunto S se e somente se existe ε > 0 tal que S V ε (p) =. Teorema 40. Um ponto p S R é interior em S se e somente se p não é ponto de aderência de R \ S. Teorema 41. Um ponto p S R é ponto d aderência de S se e somente se p não é ponto interios de R \ S.

31 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [31] Para cada conjunto S R chamemos de seu fecho e denotamos de fecho(s) o conjunto de pontos de aderência de S. Exercício 32. Provar que qualquer S fecho(s). Chamemos um conjunto S R fechado se ele coincide com seu fecho. Exercício 33. Provar que cada fecho é fechado. Exemplo 4. Os conjuntos, R, {x}, [a, b], (, b], [a, ) são fechados Exemplos: Os conjuntos (a, b] e [a, b) são nem abertos, nem fechados. O conjunto dos números racionais também é nem aberto, nem fechado, e o conjunto dos números irracionais também. Teorema 42. fechado. O conjunto de pontos de aderência duma seqüência limitada é Teorema 43. a) Se o conjunto C R é aberto, então R \ C é fechado. b) Se o conjunto S R é fechado, então R \ S é aberto. Teorema 44. Seja F qualquer família de conjuntos fechados. Logo sua interseção C F C é fechada também. Teorema 45. Se conjuntos S 1,...,S n são fechados, sua união é fechada também. Teorema 46. Lema de Heine-Borel-Lebesgue. Temos uma familha F de conjuntos abertos na reta tal que a união de todos estes conjuntos inclue o segmento fechado [0, 1]. Logo existe uma sub-familha finita F F tal que a união de todos seus elementos também inclue [0, 1]. Demonstração. Chamemos um conjunto mole se é possivel escolher uma subfamilha finita tal que a união de todos seus elementos inclue este conjunto e duro caso contrario. Observamos que se dois conjuntos são moles, sua união é mole também.

32 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [32] Agora supomos que o segmento [a, b] é duro e obtemos um contradição. Apresentamos [0, 1] como união de dois segmentos fechados: [ ] [ ] a + b a + b [a, b] = a, 2 2, b. Se ambos estes segmentos são moles, sua uniao é mole tambem, o que é contra nossa suponha. Logo pelo menos um destes segmentos é duro. Chamemos este segmento de [a 1, b 1 ] e cortamos-ló em duas metades na maneira parecida: ] [ a1 + b 1 [a 1, b 1 ] = [ a 1, a 1 + b 1 2 2, b 1 ]. Na mesma maneira concluimos que pelo menos destes segmentos é duro e chamamosló de [a 2, b 2 ]. Fazemos o mesmo pela indução: apos de receber um segmento duro a n, b n, apresentamos-ló como união de dois segmentos ] [ an + b n [a n, b n ] = [ a n, a n + b n 2 2, b n ], concluimos que pelo menos um destes segmentos é duro e denotamos-ló de [a n+1, b n+1 ]. Logo obtemos um seqüência de segmentos duros encaixados: [a, b] [a 1, b 1 ] [a 2, b 2 ] [a 3, b 3 ]... O comprimento de [a n, b n ] é (b a)/2 n, logo tende para zero quando n. Estes segmentos têm um ponto comum, qual denotamos de L. Lembramos que a união de elementos de F inclue [a, b], logo inclue o ponto L. Logo existe um conjunto aberto C F tal que L C. Pois C é aberto, existe ε > 0 tal que (L ε, L + ε) C. Escolhemos n tal grande que (b a)/2 n < ε. Logo [a n, b n ] C. Mas isto significa que [a n, b n ] é mole! Temos uma contradição, qual mostra que nossa suponha foi falsa; na verdade o segmento [a, b] é mole. Problema 76. Usamos a diferença simétrica. a) É verdade que (A B) C = A (B C) para todos conjuntos A, B, C? b) Conjuntos A, B R são fechados. Podemos concluir que A B é fechado também? Problema 77. Usamos a diferença simétrica. Conjuntos P, Q R são abertos. Podemos concluir que P Q é aberto também? Problema 78. Provar que o conjunto vazio e R são os únicos conjuntos em R, qual são abertos e fechados no mesmo tempo.

33 File posgrad/metodos/2012.1/total.tex on March 9, 2012 on [49] pages [33] 12. Seqüências em R 2. Limites e pontos de aderência. Toda teoria desenvolvida acima pode ser aplicada para o plano R 2 com mudanças pequenas. Supomos que no plano é escolhido um sistema de coordenadas, tal que cada ponto é um par (x, y) onde x, y R. Denotamos de dist(p, q) a distância entre pontos p, q R 2. Seguinte o teorema de Pitagoras, a distância entre qualquer pontos (x, y) e (a, b) é dist ((x, y), (a, b)) = (x a) 2 + (y b) 2. Para cada ponto p R 2 denotamos p e chamamos a norma de p a distância entre p e O : (x, y) = dist((x, y), O) = x 2 + y 2. Neste caso ε-vizinhança dum ponto p, denotada V ε (p), é definida como o conjunto dos pontos, cuja distância de p é menor que ε: V ε (p) = { q R 2 : dist(p, q) < ε }. Dizemos que uma seqüência x n tende-se para um ponto p ou que o ponto p é o limite de x n se a distância dist(x n, p) tende-se para zero quando n. Definição 4. Um ponto é chamado ponto de aderência duma seqüência se ela tem uma sub-seqüência, qual tende-se para este ponto. Chamemos uma seqüência x n em R 2 limitada se existe um número C tal que n : x n C. Teorema 47. Cada seqüência limitada em R 2 tem pelo menos um ponto de aderência. Dizemos que um ponto p R é um ponto de aderência dum conjunto S R 2 se existe uma seqüência q n, todos cujas termos pertencem a S, qual converge a p. Teorema 48. (Outra versão de criterio Cauchy.) Uma seqüência p n dos pontos em R 2 tem limite se e somente se ε > 0 k m, n > k : dist(p m, p n ) < ε. Problema 79. Temos uma seqüência em R 2 de forma (x 1, y 1 ), (x 2, y 2 ), (x 3, y 3 ),....

File avan/metodos/2006/teor.tex on April 18, 2006 on [74] pages [1]

File avan/metodos/2006/teor.tex on April 18, 2006 on [74] pages [1] File avan/metodos/2006/teor.tex on April 18, 2006 on [74] pages [1] André Toom. Resumo teorico de curso MES-942, Métodos Matemáticos para Estatística CONTEUDO 1. Afirmações e quantores.................................................

Leia mais

André Toom. Resumo teorico de curso PGE-969, Métodos Matemáticos para Estatística

André Toom. Resumo teorico de curso PGE-969, Métodos Matemáticos para Estatística File posgrad/metodos/2006/teor.tex on July 22, 2008 on [41] pages [1] André Toom. Resumo teorico de curso PGE-969, Métodos Matemáticos para Estatística CONTEUDO 1. Afirmações e quantores.................................................

Leia mais

Dízimas e intervalos encaixados.

Dízimas e intervalos encaixados. Dízimas e intervalos encaixados. Recorde que uma dízima com n casas decimais é um número racional da forma a 0.a a 2...a n = a 0 + a 0 + a 2 0 2 + + a n n 0 n = a j 0 j em que a 0,a,...,a n são inteiros

Leia mais

Propriedades das Funções Contínuas

Propriedades das Funções Contínuas Propriedades das Funções Contínuas Prof. Doherty Andrade 2005- UEM Sumário 1 Seqüências 2 1.1 O Corpo dos Números Reais.......................... 2 1.2 Seqüências.................................... 5

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ NOTAS DE AULA: ANÁLISE REAL. Profa.: Gislaine Aparecida Periçaro Curso: Matemática, 4º ano

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ NOTAS DE AULA: ANÁLISE REAL. Profa.: Gislaine Aparecida Periçaro Curso: Matemática, 4º ano UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ NOTAS DE AULA: ANÁLISE REAL Profa.: Gislaine Aparecida Periçaro Curso: Matemática, 4º ano CAMPO MOURÃO 203 Capítulo Conjuntos e Funções Neste capítulo vamos fazer uma breve

Leia mais

Números Reais. Víctor Arturo Martínez León b + c ad + bc. b c

Números Reais. Víctor Arturo Martínez León b + c ad + bc. b c Números Reais Víctor Arturo Martínez León (victor.leon@unila.edu.br) 1 Os números racionais Os números racionais são os números da forma a, sendo a e b inteiros e b 0; o conjunto b dos números racionais

Leia mais

1 Conjuntos, Números e Demonstrações

1 Conjuntos, Números e Demonstrações 1 Conjuntos, Números e Demonstrações Definição 1. Um conjunto é qualquer coleção bem especificada de elementos. Para qualquer conjunto A, escrevemos a A para indicar que a é um elemento de A e a / A para

Leia mais

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período Probabilidade IV Ulisses U. dos Anjos Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Período 2015.2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade IV Período 2015.2 1 / 60 Sumário 1 Apresentação

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Potenciação e Dízimas Periódicas. Números Irracionais e Reais. Oitavo Ano. Prof. Ulisses Lima Parente

Material Teórico - Módulo de Potenciação e Dízimas Periódicas. Números Irracionais e Reais. Oitavo Ano. Prof. Ulisses Lima Parente Material Teórico - Módulo de Potenciação e Dízimas Periódicas Números Irracionais e Reais Oitavo Ano Prof. Ulisses Lima Parente 1 Os números irracionais Ao longo deste módulo, vimos que a representação

Leia mais

Os números reais. Capítulo O conjunto I

Os números reais. Capítulo O conjunto I Capítulo 4 Os números reais De todos os conjuntos numéricos que estudamos agora, a transição de um para outro sempre era construída de forma elementar A passagem do conjunto dos números racionais aos reais

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula João Roberto Gerônimo 1 1 Professor Associado do Departamento de Matemática da UEM. E-mail: jrgeronimo@uem.br. ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO Esta notas de aula

Leia mais

Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados

Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados A lista abaixo é formada por um subconjunto dos exercícios dos seguintes livros: Djairo G. de Figueiredo, Análise na reta Júlio

Leia mais

Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática Disciplina: Fundamentos de Análise

Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática Disciplina: Fundamentos de Análise Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática Disciplina: Fundamentos de Análise Professor: André Luiz Galdino Gabarito da 1 a Lista de Exercícios 1. Prove que para todo x 0 IR

Leia mais

Lista 1. 9 Se 0 < x < y e n N então 0 < x n < y n.

Lista 1. 9 Se 0 < x < y e n N então 0 < x n < y n. UFPR - Universidade Federal do Paraná Departamento de Matemática CM095 - Análise I Prof. José Carlos Eidam Lista 1 Em toda a lista, K denota um corpo ordenado qualquer. Corpos ordenados 1. Verifique as

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Potenciação e Dízimas Periódicas. Números Irracionais e Reais. Oitavo Ano

Material Teórico - Módulo de Potenciação e Dízimas Periódicas. Números Irracionais e Reais. Oitavo Ano Material Teórico - Módulo de Potenciação e Dízimas Periódicas Números Irracionais e Reais Oitavo Ano Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 Os números irracionais Ao longo

Leia mais

Dedução Indução Contra-exemplos Contradição Contrapositiva Construção Diagonalização

Dedução Indução Contra-exemplos Contradição Contrapositiva Construção Diagonalização Dedução Indução Contra-exemplos Contradição Contrapositiva Construção Diagonalização 1 Provas, lemas, teoremas e corolários Uma prova é um argumento lógico de que uma afirmação é verdadeira Um teorema

Leia mais

Construção dos Números Reais

Construção dos Números Reais 1 Universidade de Brasília Departamento de Matemática Construção dos Números Reais Célio W. Manzi Alvarenga Sumário 1 Seqüências de números racionais 1 2 Pares de Cauchy 2 3 Um problema 4 4 Comparação

Leia mais

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito Capítulo 2 Conjuntos Infinitos Um exemplo de conjunto infinito é o conjunto dos números naturais: mesmo tomando-se um número natural n muito grande, sempre existe outro maior, por exemplo, seu sucessor

Leia mais

Notas Sobre Sequências e Séries Alexandre Fernandes

Notas Sobre Sequências e Séries Alexandre Fernandes Notas Sobre Sequências e Séries 2015 Alexandre Fernandes Limite de seqüências Definição. Uma seq. (s n ) converge para a R, ou a R é limite de (s n ), se para cada ɛ > 0 existe n 0 N tal que s n a < ɛ

Leia mais

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos Capítulo 2 Conjuntos Infinitos Não é raro encontrarmos exemplos equivocados de conjuntos infinitos, como a quantidade de grãos de areia na praia ou a quantidade de estrelas no céu. Acontece que essas quantidades,

Leia mais

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito Capítulo 2 Conjuntos Infinitos O conjunto dos números naturais é o primeiro exemplo de conjunto infinito que aprendemos. Desde crianças, sabemos intuitivamente que tomando-se um número natural n muito

Leia mais

Análise Real. IF Sudeste de Minas Gerais. Primeiro semestre de Prof: Marcos Pavani de Carvalho. Marcos Pavani de Carvalho

Análise Real. IF Sudeste de Minas Gerais. Primeiro semestre de Prof: Marcos Pavani de Carvalho. Marcos Pavani de Carvalho IF Sudeste de Minas Gerais Prof: Primeiro semestre de 2014 Proposição: É uma afirmação que pode ser classificada em verdadeira ou falsa, mas que faça sentido. Exemplo: Sejam as proposições: A: A soma dos

Leia mais

Números Reais. Jairo Menezes e Souza 19/09/2013 UFG/CAC

Números Reais. Jairo Menezes e Souza 19/09/2013 UFG/CAC UFG/CAC 19/09/2013 Iniciamos com o conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...} Iniciamos com o conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...} Chamamos de Z o conjunto dos números

Leia mais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais Matemática I 1 Propriedades dos números reais O conjunto R dos números reais satisfaz algumas propriedades fundamentais: dados quaisquer x, y R, estão definidos a soma x + y e produto xy e tem-se 1 x +

Leia mais

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS.

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. SANDRO MARCOS GUZZO RESUMO. A construção dos conjuntos numéricos é um assunto clássico na matemática, bem como o estudo das propriedades das operações

Leia mais

1 Limites e Conjuntos Abertos

1 Limites e Conjuntos Abertos 1 Limites e Conjuntos Abertos 1.1 Sequências de números reais Definição. Uma sequência de números reais é uma associação de um número real a cada número natural. Exemplos: 1. {1,2,3,4,...} 2. {1,1/2,1/3,1/4,...}

Leia mais

Produtos de potências racionais. números primos.

Produtos de potências racionais. números primos. MATEMÁTICA UNIVERSITÁRIA n o 4 Dezembro/2006 pp. 23 3 Produtos de potências racionais de números primos Mário B. Matos e Mário C. Matos INTRODUÇÃO Um dos conceitos mais simples é o de número natural e

Leia mais

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período Probabilidade IV Ulisses U. dos Anjos Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Período 2015.2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade IV Período 2015.2 1 / 49 Sumário 1 Apresentação

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo Diferencial e Integral I Texto de apoio às aulas. Amélia Bastos, António Bravo Dezembro 2010 Capítulo 1 Números reais As propriedades do conjunto dos números reais têm por base um conjunto restrito

Leia mais

Capítulo 1. Os Números. 1.1 Notação. 1.2 Números naturais não nulos (inteiros positivos) Última atualização em setembro de 2017 por Sadao Massago

Capítulo 1. Os Números. 1.1 Notação. 1.2 Números naturais não nulos (inteiros positivos) Última atualização em setembro de 2017 por Sadao Massago Capítulo 1 Os Números Última atualização em setembro de 2017 por Sadao Massago 1.1 Notação Números naturais: Neste texto, N = {0, 1, 2, 3,...} e N + = {1, 2, 3, }. Mas existem vários autores considerando

Leia mais

Propriedades das Funções Contínuas e Deriváveis

Propriedades das Funções Contínuas e Deriváveis Propriedades das Funções Contínuas e Deriváveis O Corpo dos Números Reais Prof. Doherty Andrade 2005/Agosto/20 Vamos rever algumas coisas que já sabemos sobre o corpo dos números reais. Por corpo entendemos

Leia mais

Aula 5 Aula 6 Aula 7. Ana Carolina Boero. Página:

Aula 5 Aula 6 Aula 7. Ana Carolina Boero.   Página: E-mail: ana.boero@ufabc.edu.br Página: http://professor.ufabc.edu.br/~ana.boero Sala 512-2 - Bloco A - Campus Santo André Números naturais Como somos apresentados aos números? Num primeiro momento, aprendemos

Leia mais

UFPE, 2-o semestre de ET-622 Elementos de Estatística para o curso de Biblioteconomia Professor André Toom. Ementa

UFPE, 2-o semestre de ET-622 Elementos de Estatística para o curso de Biblioteconomia Professor André Toom. Ementa [1] Avisos: UFPE, 2-o semestre de 2011. ET-622 Elementos de Estatística para o curso de Biblioteconomia Professor André Toom Ementa Notações: v.a. - variável aleatória, E - esperança matemática, o mesmo

Leia mais

UFPR - Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Matemática CM122 - Fundamentos de Análise Prof. Zeca Eidam.

UFPR - Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Matemática CM122 - Fundamentos de Análise Prof. Zeca Eidam. UFPR - Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Matemática CM1 - Fundamentos de Análise Prof Zeca Eidam Lista 4 Supremo e ínfimo 1 Seja X R não-vazio 1 Mostre que, caso existam,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA. Medida e Probabilidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA. Medida e Probabilidade UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA Medida e Probabilidade Aluno: Daniel Cassimiro Carneiro da Cunha Professor: Andre Toom 1 Resumo Este trabalho contem um resumo dos principais

Leia mais

Notas de aula - MAT Introdução à Análise Real

Notas de aula - MAT Introdução à Análise Real Notas de aula - MAT0315 - Introdução à Análise Real Martha Salerno Monteiro IME-USP Em cursos de cálculo, algumas ideias são apresentadas de modo intuitivo e informal. Historicamente, foi desse modo, intuitivo

Leia mais

Teoria intuitiva de conjuntos

Teoria intuitiva de conjuntos Teoria intuitiva de conjuntos.................................... 1 Relação binária............................................ 10 Lista 3................................................. 15 Teoria intuitiva

Leia mais

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Matemática Análise I 0- Solução da ª Lista de Eercícios. ATENÇÃO: O enunciado

Leia mais

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Novembro de 2017

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Novembro de 2017 Análise I Notas de Aula 1 Alex Farah Pereira 2 3 22 de Novembro de 2017 1 Turma de Matemática. 2 Departamento de Análise-IME-UFF 3 http://alexfarah.weebly.com ii Conteúdo 1 Conjuntos 1 1.1 Números Naturais........................

Leia mais

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período Probabilidade IV Ulisses U. dos Anjos Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Período 2014.2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade IV Período 2014.2 1 / 20 Sumário 1 Apresentação

Leia mais

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003 Provas de 2006 - Análise Real - Noturno - 3MAT003 Matemática - Prof. Ulysses Sodré - Londrina-PR - provas2006.tex 1. Definir a operação ϕ entre os conjuntos A e B por ϕ(a, B) = (A B) (A B). (a) Demonstrar

Leia mais

Teoria da Medida e Integração (MAT505)

Teoria da Medida e Integração (MAT505) Teoria da Medida e Integração (MAT505) Modos de convergência V. Araújo Mestrado em Matemática, UFBA, 2014 1 Modos de convergência Modos de convergência Neste ponto já conhecemos quatro modos de convergência

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 9

Sumário. 2 Índice Remissivo 9 i Sumário 1 Teoria dos Conjuntos e Contagem 1 1.1 Teoria dos Conjuntos.................................. 1 1.1.1 Comparação entre conjuntos.......................... 2 1.1.2 União de conjuntos...............................

Leia mais

Aula 1 Conjuntos. Meta. Introduzir as noções básicas de conjunto e produto cartesiano de. conjuntos. Objetivos

Aula 1 Conjuntos. Meta. Introduzir as noções básicas de conjunto e produto cartesiano de. conjuntos. Objetivos Conjuntos AULA 1 Aula 1 Conjuntos Meta conjuntos. Introduzir as noções básicas de conjunto e produto cartesiano de Objetivos Ao final desta aula, você deve ser capaz de: Definir as noções básicas de conjunto

Leia mais

1.2 Axioma do Supremo

1.2 Axioma do Supremo 1.2 Axioma do Supremo EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1. Verifique que se n N é ímpar, então n 2 é também ímpar. O que pode concluir de n N sabendo que n 2 é par? RESOLUÇÃO Seja n N ímpar, com n = 2k+1, para algum

Leia mais

Lista de Exercícios da Primeira Semana Análise Real

Lista de Exercícios da Primeira Semana Análise Real Lista de Exercícios da Primeira Semana Análise Real Nesta lista, a n, b n, c n serão sempre sequências de números reais.. Mostre que todo conjunto ordenado com a propriedade do supremo possui a propriedade

Leia mais

O Teorema de Peano. f : D R n. uma função contínua. Vamos considerar o seguinte problema: Encontrar um intervalo I R e uma função ϕ : I R n tais que

O Teorema de Peano. f : D R n. uma função contínua. Vamos considerar o seguinte problema: Encontrar um intervalo I R e uma função ϕ : I R n tais que O Teorema de Peano Equações de primeira ordem Seja D um conjunto aberto de R R n, e seja f : D R n (t, x) f(t, x) uma função contínua. Vamos considerar o seguinte problema: Encontrar um intervalo I R e

Leia mais

Conjuntos. Notações e Símbolos

Conjuntos. Notações e Símbolos Conjuntos A linguagem de conjuntos é interessante para designar uma coleção de objetos. Quando os estatísticos selecionam indivíduos de uma população eles usam a palavra amostra, frequentemente. Todas

Leia mais

Bases Matemáticas. Relembrando: representação geométrica para os reais 2. Aula 8 Números Reais: módulo ou valor absoluto, raízes, intervalos

Bases Matemáticas. Relembrando: representação geométrica para os reais 2. Aula 8 Números Reais: módulo ou valor absoluto, raízes, intervalos 1 Bases Matemáticas Aula 8 Números Reais: módulo ou valor absoluto, raízes, intervalos Rodrigo Hausen 10 de outubro de 2012 v. 2012-10-15 1/34 Relembrando: representação geométrica para os reais 2 Uma

Leia mais

Capítulo 0: Conjuntos, funções, relações

Capítulo 0: Conjuntos, funções, relações Capítulo 0: Conjuntos, funções, relações Notação. Usaremos Nat para representar o conjunto dos números naturais; Int para representar o conjunto dos números inteiros. Para cada n Nat, [n] representa o

Leia mais

Curso de Matemática Aplicada.

Curso de Matemática Aplicada. Aula 1 p.1/25 Curso de Matemática Aplicada. Margarete Oliveira Domingues PGMET/INPE Sistema de números reais e complexos Aula 1 p.2/25 Aula 1 p.3/25 Conjuntos Conjunto, classe e coleção de objetos possuindo

Leia mais

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R.

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R. UFPR - Universidade Federal do Paraná Departamento de Matemática CM095 - Análise I Prof José Carlos Eidam Lista 4 INSTRUÇÕES Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam

Leia mais

Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão Lista 1. Números Naturais

Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão Lista 1. Números Naturais Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão 01 Lista 1 Números Naturais 1. Demonstre por indução as seguintes fórmulas: (a) (b) n (j 1) = n (soma dos n primeiros ímpares).

Leia mais

Semana 3 MCTB J Donadelli. 1 Técnicas de provas. Demonstração indireta de implicação. indireta de. Demonstração por vacuidade e trivial

Semana 3 MCTB J Donadelli. 1 Técnicas de provas. Demonstração indireta de implicação. indireta de. Demonstração por vacuidade e trivial Semana 3 por de por de 1 indireta por de por de Teoremas resultados importantes, Os rótulos por de por de Teoremas resultados importantes, Os rótulos Proposições um pouco menos importantes, por de por

Leia mais

Existem conjuntos em todas as coisas e todas as coisas são conjuntos de outras coisas.

Existem conjuntos em todas as coisas e todas as coisas são conjuntos de outras coisas. MÓDULO 3 CONJUNTOS Saber identificar os conjuntos numéricos em diferentes situações é uma habilidade essencial na vida de qualquer pessoa, seja ela um matemático ou não! Podemos dizer que qualquer coisa

Leia mais

MATEMÁTICA I. Ana Paula Figueiredo

MATEMÁTICA I. Ana Paula Figueiredo I Ana Paula Figueiredo Números Reais IR O conjunto dos números Irracionais reunido com o conjunto dos números Racionais (Q), formam o conjunto dos números Reais (IR ). Assim, os principais conjuntos numéricos

Leia mais

x B A x X B B A τ x B 3 B 1 B 2

x B A x X B B A τ x B 3 B 1 B 2 1. Definição e exemplos. Bases. Dar uma topologia num conjunto X é especificar quais dos subconjuntos de X são abertos: Definição 1.1. Um espaço topológico é um par (X, τ) em que τ é uma colecção de subconjuntos

Leia mais

Notas de aula - MAT Introdução à Análise Real

Notas de aula - MAT Introdução à Análise Real Notas de aula - MAT0315 - Introdução à Análise Real Martha Salerno Monteiro IME-USP Em cursos de cálculo, algumas ideias são apresentadas de modo intuitivo e informal. Historicamente, foi desse modo, intuitivo

Leia mais

Faculdade de Computação

Faculdade de Computação UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Faculdade de Computação Disciplina : Teoria da Computação - 1 0 Semestre 007 Professora : Sandra Aparecida de Amo Solução da Lista de Exercícios n o 1 Exercícios de Revisão

Leia mais

Teoria da Medida e Integração (MAT505)

Teoria da Medida e Integração (MAT505) Modos de convergência Teoria da Medida e Integração (MAT505) Modos de convergência. V. Araújo Instituto de Matemática, Universidade Federal da Bahia Mestrado em Matemática, UFBA, 2014 Modos de convergência

Leia mais

Hewlett-Packard CONJUNTOS NUMÉRICOS. Aulas 01 a 08. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz Ramos

Hewlett-Packard CONJUNTOS NUMÉRICOS. Aulas 01 a 08. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz Ramos Hewlett-Packard CONJUNTOS NUMÉRICOS Aulas 01 a 08 Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz Ramos Ano: 2019 Sumário CONJUNTOS NUMÉRICOS... 2 Conjunto dos números Naturais... 2 Conjunto dos números

Leia mais

Exercícios de topologia geral, espaços métricos e espaços vetoriais

Exercícios de topologia geral, espaços métricos e espaços vetoriais Exercícios de topologia geral, espaços métricos e espaços vetoriais 9 de Dezembro de 2009 Resumo O material nestas notas serve como revisão e treino para o curso. Estudantes que nunca tenham estudado estes

Leia mais

Resumo das aulas dos dias 4 e 11 de abril e exercícios sugeridos

Resumo das aulas dos dias 4 e 11 de abril e exercícios sugeridos MAT 1351 Cálculo para funções uma variável real I Curso noturno de Licenciatura em Matemática 1 semestre de 2016 Docente: Prof. Dr. Pierluigi Benevieri Resumo das aulas dos dias 4 e 11 de abril e exercícios

Leia mais

Axioma dos inteiros. Sadao Massago

Axioma dos inteiros. Sadao Massago Axioma dos inteiros Sadao Massago setembro de 2018 Sumário 1 Os Números 2 1.1 Notação......................................... 2 1.2 Números naturais não nulos (inteiros positivos)................... 2

Leia mais

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Agosto de 2017

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Agosto de 2017 Análise I Notas de Aula 1 Alex Farah Pereira 2 3 23 de Agosto de 2017 1 Turma de Matemática. 2 Departamento de Análise-IME-UFF 3 http://alexfarah.weebly.com ii Conteúdo 1 Conjuntos 1 1.1 Números Naturais........................

Leia mais

Capítulo 1. Introdução

Capítulo 1. Introdução Capítulo 1 Introdução O objeto de estudo de Mat-1 são as funções reais de variável real. Estudaremos nesta disciplina os conceitos de limite, continuidade, derivabilidade e integrabilidade de funções reais

Leia mais

Teoria Ingênua dos Conjuntos (naive set theory)

Teoria Ingênua dos Conjuntos (naive set theory) Teoria Ingênua dos Conjuntos (naive set theory) MAT 131-2018 II Pouya Mehdipour 5 de outubro de 2018 Pouya Mehdipour 5 de outubro de 2018 1 / 22 Referências ALENCAR FILHO, E. Iniciação à Lógica Matemática,

Leia mais

Os números primos de Fermat complementam os nossos números primos, vejamos: Fórmula Geral P = 2 = 5 = 13 = 17 = 29 = 37 = 41 = Fórmula Geral

Os números primos de Fermat complementam os nossos números primos, vejamos: Fórmula Geral P = 2 = 5 = 13 = 17 = 29 = 37 = 41 = Fórmula Geral Os números primos de Fermat complementam os nossos números primos, vejamos: Fórmula Geral P = 2 = 5 = 13 = 17 = 29 = 37 = 41 = Fórmula Geral 4 4 13 + 1 = 53 Em que temos a fórmula geral: Exatamente um

Leia mais

Continuidade de processos gaussianos

Continuidade de processos gaussianos Continuidade de processos gaussianos Roberto Imbuzeiro Oliveira April, 008 Abstract 1 Intrudução Suponha que T é um certo conjunto de índices e c : T T R é uma função dada. Pergunta 1. Existe uma coleção

Leia mais

Números Racionais. Matemática - UEL Compilada em 25 de Março de 2010.

Números Racionais. Matemática - UEL Compilada em 25 de Março de 2010. Matemática Essencial Números Racionais Conteúdo Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 25 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel.br/matessencial/ 1 Relacionando

Leia mais

Tópicos de Matemática. Teoria elementar de conjuntos

Tópicos de Matemática. Teoria elementar de conjuntos Tópicos de Matemática Lic. em Ciências da Computação Teoria elementar de conjuntos Carla Mendes Dep. Matemática e Aplicações Universidade do Minho 2010/2011 Tóp. de Matemática - LCC - 2010/2011 Dep. Matemática

Leia mais

XII Encontro Gaúcho de Educação Matemática Inovar a prática valorizando o Professor Porto Alegre, RS 10 a 12 de setembro de 2015

XII Encontro Gaúcho de Educação Matemática Inovar a prática valorizando o Professor Porto Alegre, RS 10 a 12 de setembro de 2015 Inovar a prática valorizando o Professor REPRESENTAÇÕES SEMIÓTICAS E O CONCEITO DE NÚMEROS REAIS Janice Rachelli Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Centro Universitário Franciscano - UNIFRA janicerachelli@gmail.com

Leia mais

Aula 1: Introdução ao curso

Aula 1: Introdução ao curso Aula 1: Introdução ao curso MCTA027-17 - Teoria dos Grafos Profa. Carla Negri Lintzmayer carla.negri@ufabc.edu.br Centro de Matemática, Computação e Cognição Universidade Federal do ABC 1 Grafos Grafos

Leia mais

Capítulo 3. Séries Numéricas

Capítulo 3. Séries Numéricas Capítulo 3 Séries Numéricas Neste capítulo faremos uma abordagem sucinta sobre séries numéricas Apresentaremos a definição de uma série, condições para que elas sejam ou não convergentes, alguns exemplos

Leia mais

Números Reais. Gláucio Terra. Departamento de Matemática IME - USP. Números Reais p. 1/2

Números Reais. Gláucio Terra. Departamento de Matemática IME - USP. Números Reais p. 1/2 Números Reais Gláucio Terra glaucio@ime.usp.br Departamento de Matemática IME - USP Números Reais p. 1/2 Corpos DEFINIÇÃO Seja K um conjunto munido de duas operações, denotadas por + e. Diz-se que (K,

Leia mais

A Equivalência entre o Teorema do Ponto Fixo de Brouwer e o Teorema do Valor Intermediário

A Equivalência entre o Teorema do Ponto Fixo de Brouwer e o Teorema do Valor Intermediário A Equivalência entre o Teorema do Ponto Fixo de Brouwer e o Teorema do Valor Intermediário Renan de Oliveira Pereira, Ouro Preto, MG, Brasil Wenderson Marques Ferreira, Ouro Preto, MG, Brasil Eder Marinho

Leia mais

) a sucessão definida por y n

) a sucessão definida por y n aula 05 Sucessões 5.1 Sucessões Uma sucessão de números reais é simplesmente uma função x N R. É conveniente visualizar uma sucessão como uma sequência infinita: (x(), x(), x(), ). Neste contexto é usual

Leia mais

DANIEL V. TAUSK. se A é um subconjunto de X, denotamos por A c o complementar de

DANIEL V. TAUSK. se A é um subconjunto de X, denotamos por A c o complementar de O TEOREMA DE REPRESENTAÇÃO DE RIESZ PARA MEDIDAS DANIEL V. TAUSK Ao longo do texto, denotará sempre um espaço topológico fixado. Além do mais, as seguintes notações serão utilizadas: supp f denota o suporte

Leia mais

MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos

MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos Prof. Edson de Faria 30 de Março de 2014 Observação: O objetivo desta lista é motivar uma revisão dos conceitos e fatos básicos sobre

Leia mais

Teoria dos anéis 1 a parte 3

Teoria dos anéis 1 a parte 3 A U L A Teoria dos anéis 1 a parte 3 Meta da aula Descrever a estrutura algébrica de anel como uma generalização de determinadas propriedades dos números inteiros. objetivos Ao final desta aula, você deverá

Leia mais

Referências e materiais complementares desse tópico

Referências e materiais complementares desse tópico Notas de aula: Análise de Algoritmos Centro de Matemática, Computação e Cognição Universidade Federal do ABC Profa. Carla Negri Lintzmayer Conceitos matemáticos e técnicas de prova (Última atualização:

Leia mais

Notas de aula: Cálculo e Matemática Aplicados às Notas de aula: Ciências dos Alimentos

Notas de aula: Cálculo e Matemática Aplicados às Notas de aula: Ciências dos Alimentos Notas de aula: Cálculo e Matemática Aplicados às Notas de aula: Ciências dos Alimentos 1 Conjuntos Um conjunto está bem caracterizado quando podemos estabelecer com certeza se um elemento pertence ou não

Leia mais

A = B, isto é, todo elemento de A é também um elemento de B e todo elemento de B é também um elemento de A, ou usando o item anterior, A B e B A.

A = B, isto é, todo elemento de A é também um elemento de B e todo elemento de B é também um elemento de A, ou usando o item anterior, A B e B A. Capítulo 1 Números Reais 1.1 Conjuntos Numéricos Um conjunto é uma coleção de elementos. A relação básica entre um objeto e o conjunto é a relação de pertinência: quando um objeto x é um dos elementos

Leia mais

1 Conjuntos enumeráveis

1 Conjuntos enumeráveis Medida e Integração. Departamento de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales de maio de 007. Conjuntos enumeráveis Denotamos por Q os numeros racionais, logo [0, ] Q, são os números racionais

Leia mais

Chama-se conjunto dos números naturais símbolo N o conjunto formado pelos números. OBS: De um modo geral, se A é um conjunto numérico qualquer, tem-se

Chama-se conjunto dos números naturais símbolo N o conjunto formado pelos números. OBS: De um modo geral, se A é um conjunto numérico qualquer, tem-se UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA Conjuntos Numéricos Prof.:

Leia mais

Fundamentos de Álgebra Moderna Profª Ana Paula CONJUNTOS

Fundamentos de Álgebra Moderna Profª Ana Paula CONJUNTOS Fundamentos de Álgebra Moderna Profª Ana Paula CONJUNTOS O conjunto é um conceito fundamental em todos os ramos da matemática. Intuitivamente, um conjunto é uma lista, coleção ou classe de objetods bem

Leia mais

P1 de Análise Real ou Análise I Data: 16 de abril de 2008

P1 de Análise Real ou Análise I Data: 16 de abril de 2008 P1 de Análise Real ou Análise I 2008.1 Data: 16 de abril de 2008 Serão contadas as quatro melhores questões. 1. Seja (a n ) uma seqüência de números reais. Prove que se (a n ) 2 converge então a nn também

Leia mais

Aula 4 Aula 5 Aula 6. Ana Carolina Boero. Página:

Aula 4 Aula 5 Aula 6. Ana Carolina Boero.   Página: E-mail: ana.boero@ufabc.edu.br Página: http://professor.ufabc.edu.br/~ana.boero Sala 512-2 - Bloco A - Campus Santo André Números naturais Como somos apresentados aos números? Num primeiro momento, aprendemos

Leia mais

Teoria dos Conjuntos. (Aula 6) Ruy de Queiroz. O Teorema da. (Aula 6) Ruy J. G. B. de Queiroz. Centro de Informática, UFPE

Teoria dos Conjuntos. (Aula 6) Ruy de Queiroz. O Teorema da. (Aula 6) Ruy J. G. B. de Queiroz. Centro de Informática, UFPE Ruy J. G. B. de Centro de Informática, UFPE 2007.1 Conteúdo 1 Seqüências Definição Uma seqüência é uma função cujo domíno é um número natural ou N. Uma seqüência cujo domínio é algum número natural n N

Leia mais

Capítulo 1. Fundamentos

Capítulo 1. Fundamentos Capítulo 1 Fundamentos A probabilidade moderna se baseia fortemente na Teoria da Medida e supomos durante esse curso que o leitor esteja bem familiarizado com conceitos tais como: Medida de Lebesgue, extensões

Leia mais

Números - Aula 03. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil

Números - Aula 03. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil Números - Aula 03 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 28 de Fevereiro de 2014 Primeiro Semestre de 2014 Turma 2013106 - Engenharia Mecânica Corpos Vimos que o

Leia mais

Para Computação. Aula de Monitoria - Miniprova

Para Computação. Aula de Monitoria - Miniprova Para Computação Aula de Monitoria - Miniprova 1 2013.1 Roteiro Provas e Proposições Conjuntos Provas e Proposições Proposição - Sentença que ou é verdadeira ou é falsa. ex: Hoje é sábado. -> É uma proposição.

Leia mais

Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta

Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta Capítulo 3 Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta Nesta aula vamos caracterizar de forma algébrica a posição relativa de duas retas no plano e de uma reta e de um círculo

Leia mais

Análise de Algoritmos

Análise de Algoritmos Análise de Algoritmos Técnicas de Prova Profa. Sheila Morais de Almeida DAINF-UTFPR-PG julho - 2015 Técnicas de Prova Definição Uma prova é um argumento válido que mostra a veracidade de um enunciado matemático.

Leia mais

Notas sobre conjuntos, funções e cardinalidade (semana 1 do curso)

Notas sobre conjuntos, funções e cardinalidade (semana 1 do curso) Notas sobre conjuntos, funções e cardinalidade (semana 1 do curso) Roberto Imbuzeiro Oliveira 8 de Janeiro de 2014 1 Conjuntos e funções Neste curso procuraremos fundamentar de forma precisa os fundamentos

Leia mais

Matemática Discreta - 07

Matemática Discreta - 07 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 07 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Notas sobre Sequências e Cardinalidade (1)

Notas sobre Sequências e Cardinalidade (1) 1 / 11 Notas sobre e Cardinalidade (1) Anjolina Grisi de Oliveira Centro de Informática Universidade Federal de Pernambuco CIn-UFPE 2 / 11 Uma sequência é uma estrutura discreta usada para representar

Leia mais

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais:

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: Espaços Euclidianos Espaços R n O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: R n = {(x 1,..., x n ) : x 1,..., x n R}. R 1 é simplesmente o conjunto R dos números

Leia mais

Conjuntos Enumeráveis e Não-Enumeráveis

Conjuntos Enumeráveis e Não-Enumeráveis Conjuntos Enumeráveis e Não-Enumeráveis João Antonio Francisconi Lubanco Thomé Bacharelado em Matemática - UFPR jolubanco@gmail.com Prof. Dr. Fernando de Ávila Silva (Orientador) Departamento de Matemática

Leia mais