FACULDADE DE JAGUARIÚNA
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- Maria de Begonha Santos di Azevedo
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1 As vantagens de um sistema automático de armazenagem, através da utilização de transelevadores. Antonio Francisco Garcia (Eng. de Produção - FAJ) antoniofranciscogarcia@gmail.com Éric Manassés Guimarães (Eng. de Produção - FAJ) ericcguimaraes@hotmail.com Professor Orientador - Leonardo Ferreira leonardo.industrial@ymail.com Resumo O objetivo deste artigo foi evidenciar as vantagens competitivas de um sistema automático de armazenamento através da utilização de transelevadores, melhorando o controle de estoque e desempenho em toda cadeia de suprimentos, de forma a reduzir custos de armazenagem de itens que não precisam ser mantidos em estoques, realização de compra de produtos de acordo com a necessidade real da empresa, a acuracidade de estoque permite manter estoque enxutos, permitindo um melhor planejamento da empresa. Outro objetivo é ganhar agilidade nos trabalhos internos, uma vez que perdesse muito tempo com alto numero de inventários incertos. Palavras-chave: Logística; Armazenagem; Automação. 1. Introdução A palavra chave no mercado global é a competitividade, onde as empresas buscam cada vez mais a redução de custo e o aumento nos lucros, essa é a meta de toda organização. Todas as organizações estão o tempo todo buscando as atualizações que ofereçam vantagens competitivas frente ao mercado. As organizações têm transformado tempo em dinheiro, e as empresas que administram melhor o seu tempo acabam tendo vantagens competitivas, um exemplo é credibilidade quanto à pontualidade de entrega, isso tem tornado a logística uma das principais prioridades para todas as organizações. A integração entre as atividades de transporte, armazenagem e a adoção de um sistema de gestão de armazenagem estão diretamente relacionados ao desempenho organizacional (AUTRY et al., 2005; FABER; de KOSTER; van de VELDE, 2002). Para isto, no entanto, algumas prioridades competitivas que deveriam ser privilegiadas, ou seja, uma preocupação rigorosa com os custos, com a qualidade, com um nível adequado de serviço ao cliente e com a flexibilidade, no sentido da customização da oferta (DORNIE, 2000). Considerando o ambiente competitivo, o desafio é alcançar ganhos de produtividade, ser mais rápido e melhor do que os competidores e, se possível, reduzindo os custos operacionais (TREBILCOCK, 2006). Há, portanto, uma necessidade premente das empresas melhorarem seu desempenho operacional, principalmente no que se refere ao tempo dedicado em ações tais como comprar, receber, produzir e/ou processar e entregar (BHATNAGAR; VISWANATHAN, 2000).
2 Este artigo analisa os possíveis benefícios a serem alcançadas mediante implementação da automação na armazenagem. Serão observados os ganhos que um sistema de transelevador pode acrescentar a empresa, bem como, as vantagens competitivas que advém de um sistema totalmente informatizado e automático de armazenagem. Será realizada uma breve fundamentação teórica a respeito dos temas que serão abordados ou que deram suporte à condução da pesquisa, quais sejam: a armazenagem e suas atividades, a tecnologia da informação aplicada à logística, sistemas de informação logística, WMS, e automação na armazenagem. Com a crescente exigência dos clientes, as empresas podem usar a tecnologia de hoje, como aliada, permitindo que tenham uma logística automatizada, aumentando a satisfação dos clientes pela pontualidade nas entregas, um melhor planejamento da cadeia de suprimentos e a redução de custo com o controle de inventario da organização. No momento seguinte os procedimentos metodológicos adotados são expostos. Em seguida, características concernentes ao caso analisado e por fim, as considerações finais. 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 2.1 Armazenagem e movimentação Segundo Moura (1998), a armazenagem é uma prática logística, a qual se faz necessário a administração do espaço e do tempo. A armazenagem se define como denominação genérica e ampla, que inclui todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e a distribuição de materiais (depósitos, centros de distribuição etc.). É importante não confundila com a estocagem, prática que está contida no processo de armazenagem. A estocagem é uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e ponto destinado à locação estática dos materiais. As atividades básicas de armazenagem são: Recebimento, estocagem, administração de pedidos e expedição. O recebimento é o primeiro estágio do processo de armazenagem. Significa o aceite físico dos produtos, após checagem das condições físicas do produto e dos dados da nota fiscal (ARBACHE et al, 2004, p.52). O termo estoque é definido por Slack (2007) como sendo a acumulação armazenada de recursos materiais inseridos em um sistema de transformação. Este autor afirma ainda que, o estoque existe devido à diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e demanda. O picking, também conhecido por order picking (separação e preparação de pedidos), consiste na recolha em armazém de certos produtos (podendo ser diferentes em categoria e quantidades), face a pedido de um cliente, de forma a satisfazer o mesmo (Rodrigues, 2007). A expedição é uma atividade de armazém que se realiza depois de a mercadoria ser devidamente embalada e inclui as seguintes tarefas (Tompkins et al., 1996, p. 393): Verificar se aquilo que o cliente pediu está pronto para ser expedido; Preparar os documentos da remessa; Pesagem, para determinar os custos de envio da mercadoria; Juntar as encomendas por operador logístico (transportadora); Carregar os caminhões.
3 Pozo (2002) descreve que a armazenagem serve de apoio ao desempenho das atividades primárias da logística, envolvendo a administração dos espaços necessários para manter os materiais estocados que podem ser na própria fábrica, como também em locais externos (centros de distribuição). Ainda, envolve a localização, dimensionamento, arranjo físico, equipamentos e pessoal especializado, recuperação de estoque, projeto de docas ou baías de atracação, embalagens, manuseio, necessidade de recursos financeiros e humanos, entre outros. Segundo Banzato (2008) os objetivos da armazenagem são: Maximizar o uso do espaço; Permitir acesso fácil ao uso do material; Garantir condições adequadas de estocagem do material; Controlar os estoques e as atividades de armazenagem; Minimizar avarias, perdas e roubos; Permitir uma movimentação eficiente do material; Permitir a utilização efetiva de mão-de-obra e equipamentos; Separar os materiais de uma maneira rápida e confiável; Despachar rapidamente os materiais aos seus destinos. Ballou (2007) considerado o pai da logística expoe quatro razões básicas para a armazenagem, sendo elas: Reduzir o custo de transporte e produção, esta se daria através da compensação, ou seja, manteria um estoque em locais estratégicos minimizando os demais custos. Coordenação de suprimentos e demanda, garantir o atendimento da demanda, através da disponibilidade de suprimentos. Necessidade de produção, para alguns produtos específicos a exemplo de queijos, vinhos e bebidas alcoólicas requer um período de maturação ou envelhecimento, o que ocasiona a necessidade de armazenagem durante o processo. Considerações de marketing, buscando uma melhor disponibilidade do produto ao mercado, deixando-os mais próximos do consumidor e gerando melhor atendimento com relação a prazos, gerando efeito positivo nas vendas. Toda a estocagem utilizada adequadamente, pode ser tornar uma grande vantagem competitiva, mas se não for bem estudada, pode agregar custo ao mesmo (MOURA, 1998). O processo de estocagem pode interferir na produtividade operacional, na organização do armazém, na ocupação do espaço disponível e na boa utilização de recursos humanos e materiais (BANZATO, 2003). A movimentação interna dos produtos é o transporte de pequenas quantidades de produtos no armazém. A movimentação e o manuseio de materiais absorve tempo, mão-de-obra e dinheiro. Portanto é preciso minimizar o manuseio dos materiais, a fim de não provocar movimentos desnecessários, além de aumentar o risco de dano ou perda do produto, esta atividade não agrega valor ao produto. A oportunidade de reduzir a intensidade da mão-de-obra e aumentar sua produtividade reside nas novas tecnologias de movimentação e manuseio de materiais que estão emergindo atualmente. Segundo Moura (1998), o tipo de equipamento utilizado na movimentação de materiais afeta a eficiência e o custo de operação do armazém.
4 Para Bowersox; Closs (2001) o primeiro aspecto que deve ser considerado é a continuidade das movimentações e as economias em escala em todo armazém. Isso significa que as movimentações não devem ser aleatórias, deve existir um planejamento das ações de forma a melhor utilizar os recursos, evitando desperdícios de tempo e dinheiro. 2.2 Tecnologias envolvidas no Sistema Automático O avanço tecnológico nos últimos anos vem permitindo às empresas executarem operações antes inimagináveis. Essas tecnologias, somadas aos processos logísticos, têm gerado excelentes resultados para as empresas, aumentando suas vantagens competitivas e reduzindo os custos operacionais. O custo decrescente da tecnologia, associado a sua maior facilidade de uso, permitem aos executivos poder contar com meios para coletar, armazenar, transferir e processar dados com maior eficiência, eficácia e rapidez (FLEURY, 2000). O tempo médio para processamento e entrega de pedidos vem sendo reduzido, assim como o interesse por uma diversidade maior de produtos vem aumentando. O rápido desenvolvimento de produtos, integração de informações, tecnologias de comunicação avançadas, customização de produtos e coordenação de redes de suprimentos, vêm forçando as empresas à tomada de decisões mais rápidas. Com essas necessidades impostas pelo mercado, às empresas têm adotado estratégias de operação que exploram as potencialidades do mercado e, ao mesmo tempo, valem-se da potencialidade de seus processos internos (SLACK, 2007). De acordo com Bowersox; Closs (2001), informações sobre clientes fluem dentro da empresa na forma de atividades de venda, previsões e pedidos, transformando-se em planos específicos de compra, produção e venda. Para os autores, para que as empresas tornem-se mais efetivas no atual ambiente competitivo, é importante que promovam a integração entre clientes e fornecedores. Ballou (2007) comenta que as linhas de integração estão ficando cada vez mais globais, pois as estratégias que as empresas formulam também se tornaram globais. Em acrescimo, Pires (2004), diz que em certas cadeias logísticas, a agilidade também é fator de competição. Da mesma forma, o fluxo das informações deve estar definido para que a tomada de decisão esteja embasada em dados que condigam com a realidade, o que oferece, além da mencionada redução de custos, a agilidade requerida pelos mercados. Muitas vezes, a gestão da rotina e das mudanças em operações logísticas envolve a resolução de problemas complexos e pouco estruturados, que requerem tomadas de decisões. Perante estas afirmações é possível identificar a importância da informação para as organizações, inclusive sendo uma das partes do tripé logístico juntamente com transporte e estoque. No entanto, devido ao grande número de informações que fluem na cadeia de suprimentos é necessário criar metodologias e utilizar da tecnologia para uma melhor gestão. A tecnologia da informação deve também ser capaz de acelerar os processos logísticos, oferecendo não apenas maior velocidade, mas também fidelidade à informação. É visível o empenho das organizações em inovar os processos logísticos para a melhoria dos resultados envolvendo o uso da tecnologia da informação (OLMO, 2001).
5 2.2.1 WMS Warehouse Management Systems (Sistemas de Gerenciamento de Armazéns) Até meados da década de 70 do século passado - os sistemas informatizados de controle de estoque somente possuíam a habilidade de controlar as transações de entrada e saída em estoque e a respectiva baixa de tais movimentações contra os pedidos de fornecedores e clientes. Surgiram então os sistemas de controle de endereçamento, que passaram a agregar a preocupação com a localização do material em um "endereço" do depósito. Esta evolução proporcionou o uso mais intensivo do conceito de armazenagem dinâmica ou aleatória, onde as mercadorias deixaram de ter locais fixos de armazenagem e passaram a serem estocadas em qualquer local do depósito, já que estes locais passavam a ter uma identificação, devidamente cadastrada e controlada pelo computador. Passou-se a ter a possibilidade de aumentar a densidade de estocagem nos depósitos, pois não mais havia a obrigação de reservar espaços para o estoque máximo de cada item (SUCUPIRA, 2004). Para Arozo (2003), os sistemas de gerenciamento de depósitos e armazéns, ou WMS, são responsáveis pelo gerenciamento da operação do dia-a-dia de um armazém. Sua utilização está restrita a decisões totalmente operacionais, tais como: definição de rotas de coleta, definição de endereçamento dos produtos, entre outras. Um WMS é um sistema de gestão integrada de armazéns, que operacionaliza de forma otimizada todas as atividades e seu fluxo de informações dentro do processo de armazenagem. Essas atividades incluem recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos, inventário, administração de contenedores entre outras, que, agindo de forma integrada, atendem às necessidades logísticas, evitando falhas e maximizando os recursos da empresa. Um sistema de WMS busca agilizar o fluxo de informações dentro de uma instalação de armazenagem, melhorando sua operacionalidade e promovendo a otimização do processo. Isto é feito pelo gerenciamento eficiente de informação e recursos, permitindo à empresa tirar o máximo proveito dessa atividade. O WMS deve se integrar aos sistemas de gestão de informações corporativos (ERP), e desta maneira contribuir para a integração da sistematização e automação dos processos na empresa. O WMS surgiu da necessidade de se melhorar os fluxos de informação e de materiais dentro de um armazém, tendo como resultados principais a redução de custos, a melhoria na operação e o aumento do nível de serviço prestado aos clientes. A otimização proporcionada pelo WMS permite que haja um aumento da precisão das informações de estoque, da velocidade e qualidade das operações do armagem e da produtividade do pessoal e equipamentos. Os eventos são registrados em tempo real, identificando o operador ou equipamento que realizou a tarefa. Isto se tornou possível devido ao surgimento de novas tecnologias de informação tanto em hardware quanto em software (SUCUPIRA, 2004). Os principais objetivos de um WMS são aumentar a precisão das informações de estoque, a velocidade e qualidade das operações dos centros de distribuição e a produtividade do pessoal e dos equipamentos dos depósitos. Entre suas características básicas, destacam-se a facilidade de acoplamento com sistemas ERP (Enterprise Resources Planning que são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema), de mercado ou desenvolvidos internamente, a possibilidade de administrar múltiplos
6 locais de estocagem, a possibilidade de administrar mercadorias de diferentes proprietários, a utilização de sistemas de coletas de dados por rádio freqüência, e a utilização do conceito de convocação ativa (SUCUPIRA, 2004). SUCUPIRA (2004) tambem descreve as principais funcionalidades de um software WMS, sendo: Rastreabilidade das operações; Inventários físicos rotativos e gerais; Planejamento e controle de capacidades; Definição de características de uso de cada local de armazenagem; Sistema de classificação dos itens; Controle de lotes, data de liberação de quarentenas, e situações de controle de qualidade; Separação de pedidos picking; Interfaceamento com clientes e fornecedores; Cálculo de embalagens de despacho e listas de conteúdo; Controle de rotas e carregamento de veículos Transelevadores Existem vários equipamentos para se fazer a movimentação e armazenagem automática de estoque, como o radio shuttle, as bases móveis e os transelevadores. Este artigo visa a armazenagem em grandes volumes e velocidades, para isto, vamos verificar somente o transelevador, pois é o que atende de maneira mais completa este enfoque. Os transelevadores são utilizados para melhor aproveitamento de espaço dos armazéns, e proporcionam aumento da velocidade de movimentação dentro do armazém, eliminam erros gerados por operação manual e um controle automático e instantâneo de estoque, também é uma solução de automação de operações de entrada e saída. Os Transelevadores demandam grandes investimentos que são compensados pela capacidade de triplicar a capacidade de manipulação e extração dos pallets (TRANSELEVADORES, 2011). Os transelevadores são equipamentos criados para a armazenagem automática de materiais mediante movimentos automáticos de translação, ao longo dos corredores, e elevação em toda altura do armazém. Realiza ao mesmo tempo as entradas e saídas do material a grande velocidade. Os transelevadores são guiados por um software de gestão que coordena todos os movimentos. Segundo Moura (2008) os benefícios esperados com este tipo de instalação são: Máximo aproveitamento de espaço, com o conseguinte aumento da capacidade de armazenagem. Máxima acessibilidade às unidades de carga. Inventário constante e confiável graças ao sistema informático associado. Alta produtividade e disponibilidade. Elevada segurança do pessoal, já que os movimentos das cargas são automáticos, sem a presença de operários. Segurança da carga armazenada e manipulada. Confiabilidade. Reduzidos custos de funcionamento e de mão-de-obra.
7 2.3 Ciclos de trabalho de um Armazém Automático. A velocidade de movimentação dos equipamentos é um fator primordial para a avaliação de viabilidade de um sistema deste, pois isto determina quantos equipamentos (transelevadores) serão necessários para atender aos ciclos de demanda prevista.o tempo de ciclo define-se segundo a norma FEM (Federation Europeenne de la Manutention) como um período de tempo para a realização de uma seqüência de movimentos. Para o tempo de ciclo diferencia-se normalmente entre ciclo simples e ciclo combinado, conforme figura 1. O tempo de ciclo é entendido como um tempo médio entre vários ciclos de armazenagem / desarmazenagem em um armazém. A norma FEM também avalia o desempenho do transelevador com um sistema de manipulação de carga e uma unidade de carga. A versão mais recente inclui uma sugestão para o cálculo com dois manipuladores de carga em simples profundidade e uma sugestão para o armazenamento em dupla profundidade com um transelevador equipado com um manipulador de carga. Figura 1. Ciclo Simples e Cliclo Combinado (PEREIRA, 2011). A norma FEM determina que o ponto para se calcular o ciclo, é aquele que está a 2/3 do comprimento e 3/5 da altura das estruturas de armazenagem, este é o ponto que determina o ciclo de trabalho, mas na prática o que se observa é que quando bem dimensionado, o sistema tende a dar um rendimento maior do que aquele determinado pela norma, isto ocorre devido as zonas de trabalho, curvas A, B, C, que é um método de classificação de informações, para que se separem os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número, pois o sistema tende a trabalhar muito mais tempo dentro da curva A, que esta localizada na parte frontal do sistema, dando uma agilidade maior, ou seja, maior número de ciclos (CARVALHO, 2002). 3 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliografica, fazendo uma abordagem de sistema automatico de armazenagem de forma a avaliar as vantagens desse sistema. Os dados foram coletados no periodo de Setembro de 2010 a Agosto de 2011, atráves de revisões bibliograficas.
8 4 RESULTADOS A tabela 1 mostra os principais autores pesquisados e a visão de cada um deles quanto à implementação da automação em sistema de armazenagem. Principais Visões A satisfação tem efeito quando a empresa ou produto atende a todo o conjunto de expectativas do cliente, tais como disponibilidade, confiabilidade na entrega, suporte e qualidade. A logística está intimamente ligada à satisfação do cliente, por facilitar o acesso dos produtos até eles, podendo fazer com que tanto as expectativas sejam atendidas quanto aos produtos. A tecnologia da informação deve também ser capaz de acelerar os processos logísticos, oferecendo não apenas maior velocidade, mas também fidelidade à informação. É visível o empenho das organizações em inovar os processos logísticos para a melhoria dos resultados envolvendo o uso da tecnologia da informação As instalações de armazenagem desempenham papel primordial no atendimento, de forma eficiente e eficaz, aos desejos desse mercado cada vez mais competitivo. Ao trabalharem com baixos estoques, os pedidos recebidos incompletos ou errados têm grande probabilidade de levar à falta de produtos e perdas de venda, tornando a tolerância dos clientes a erros dos distribuidores praticamente nulos. Sendo assim, é necessária a adoção, por parte das empresas, de softwares de gerenciamento de armazenagem, como forma destas se manterem competitivas no mercado. A localização do estoque no armazém afeta diretamente as despesas gerais de manuseio de materiais de todos os produtos de movimentação no âmbito do espaço, buscando um equilíbrio entre custo de manuseio e a utilização de espaço do armazém. Com as necessidades impostas pelo mercado, às empresas têm adotado estratégias de operação que exploram as potencialidades do mercado e, ao mesmo tempo, Autores DORNIER, 2000 OLMO, 2001 ARBACHE, 2004 SUCUPIRA, 2004 BALLOU, 2006 SLACK 2007 valem-se da potencialidade de seus processos internos. A movimentação de material sempre existiu, e com ela a necessidade de melhorar continuamente esse processo, e para isso foi sendo desenvolvidos dispositivos BANZATO, que visavam aplicar esforços cada vez menores, e assim estudos que possam 2008 direcionar a viabilidade ou não na aplicação da automação nos processos de armazenagem. A Automação na armazenagem gera melhores resultados graças ao aumento em sua capacidade de estocagem, à diminuição de estoques intermediários, à acuracidade, à movimentação e ao controle de estoques e, principalmente, à READ, 2007 agilidade no atendimento aos pedidos, o que vem se configurando como um fator essencial para a manutenção ou ampliação da competitividade das empresas. Tabela 1 Principais visões quanto automação em sistema de armazenagem
9 De acordo com Dornier (2000) a satisfação tem efeito quando a empresa ou produto atende a todo o conjunto de expectativas do cliente, tais como disponibilidade, confiabilidade na entrega, suporte e qualidade e que a logística está intimamente ligada à satisfação do cliente, por facilitar o acesso dos produtos até eles, podendo fazer com que tanto as expectativas sejam atendidas quanto aos produtos. Para atingir tal satisfação outros autores descrevem algumas das caracteristicas mais importante na armazenagem como Ballou (2004) que a localização do estoque no armazém afeta diretamente as despesas gerais de manuseio de materiais de todos os produtos de movimentação no âmbito do espaço, e Olmo (2001) destaca que a tecnologia da informação deve também ser capaz de acelerar os processos logísticos, oferecendo não apenas maior velocidade, mas também fidelidade à informação. Slake (2007) expressa bem as necessidades impostas pelo mercado, e como às empresas têm adotado estratégias de operação que exploram as potencialidades do mercado e, ao mesmo tempo, valem-se da potencialidade de seus processos internos. É vissivel que o planejamento das empresas deve ser elaborado apartir de análises de viabilidade para aplicação do melhor sistema de armazenagem com foco na satisfação dos clientes e retorno sobre o investimento. 5. DISCUSSÃO Segundo Banzato (2008), sempre foram sendo desenvolvidos dispositivos para se utilizar o menor esforço possível, assim a aplicação da automação se torna mais necessária nos nossos dias ; Sucupira (2004) descreve que com isso os estoques estão cada vez menores, o que pode ocasionar erros e com isto a necessidade aperfeçoamento continuo do sistema de gerenciamento de armagenagem, para não ocorrer o risco de uma descontinuidade do processo, o que pode gerar muito transtorno para a empresa e clientes, é isso que de acordo com Slack (2007) tem levado a potencializar processos internos das empresas, o que tem se observado, são empresas caminhando no sentido de se tornarem competitivas no mercado, seja através de melhorias de processo ou até de implantação de novos procedimentos. Ballou (2006) descreve que a localização do estoque no armazém afeta diretamente o custo do armazém. Isso tem gerado a necessidade de uma logística muito bem integrada ao processo, para que não sejam criados custos desnecessários. Na visão de Olmo (2001) estas necessidades têm levado a um desenvolvimento da área de tecnologia da informação, portanto sendo desenvolvidos software de gestão cada vez mais confiáveis e práticos, pois a simplicidade é um fator fundamental para o sucesso de um software de gestão de armazém (WMS). De acordo com Dornier (2000) a satisfação do cliente tem peso cada vez maior nas companhias, com isso as empresas têm aprimorado as instalações dos armazéns (ARBACHE, 2004). Desta maneira o aumento da produtividade operacional, a melhoria dos serviços e atendimento ao cliente e o melhor controle são alguns dos principais desafios que estão sendo vencidos através da automatização. Read (2007) cita o caso da Tramontina de Farroupilha RS. A empresa vem obtendo melhores resultados graças ao aumento em sua capacidade de estocagem, à diminuição de estoques intermediários, à acuracidade, à movimentação e ao controle de estoques e, principalmente, à agilidade no atendimento aos pedidos, o que vem se configurando como um fator essencial para a manutenção ou ampliação da competitividade das empresas.
10 A necessidade que as empresas têm nos últimos anos em relação à melhoria contínua nos seus níveis de qualidade, produtividade e competitividade passam também pelo desenvolvimento de soluções inovadoras que envolvem um maior ou menor nível de automação. O alto custo de investimento e a substituição da mão de obra ainda são os maiores preconceitos quando falamos em automação, porém à medida que o mercado torna-se mais exigente quanto aos aspectos relacionados com qualidade do produto e serviço, ética, responsabilidade social e ambiental, preço, prazo, entre outros, o processo de automação tende a evoluir. O que pode ser observado, e que a automação com transelevador, é um caminho inevitável para se alcançar a produtividade com excelência, pois ela garante a confiabilidade, requisito tão almejado pelas empresas, e ao mesmo tempo a disponibilidade em tempos cada vez menores. O transelevador também tem o atrativo de espaço, pois com um sistema deste, pode-se trabalhar com grandes alturas, viabilizando operações em áreas cada vez menores e por sua vez, liberando espaço para a planta produtiva. 5.1 Vantagens do Sistema Automático Como pode ser observado na tabela 2, são varias as vantagens no sistema automático: 1 Aumento da acuracidade de estoque 2 Aumento da produtividade operacional VANTAGENS 3 Aumento do índice de ocupação de espaço 4 Estabilidade e segurança e controle no processo de atendimento ao cliente 5 Melhoria da segurança operacional 6 Disponibilidade de trabalho 24 horas sem grandes incrementos de custos operacionais 7 Maior velocidade operacional 8 Redução de número de avarias 9 Melhoria das condições ergonométricas 10 Reforço positivo da imagem da empresa Tabela 2 Vantagens do sistema automático (BANZATO, 2008).
11 Com a valorização da logística estratégica de competitividade, a automação nesta área foi intensa. As soluções atualmente apresentam-se em duas grandes famílias conforme tabela 3: FLUXO DE MATERIAS -Espaços (edifícios, armazéns, etc.) -Equipamentos de movimentação (veículos, transportadores contínuos) -Equipamentos de estocagem (estanteiras, mezaninos, etc.) -Embalagens e unitizadores FLUXO DE INFORMAÇÕES -Tecnologia da informação -Software de planejamento -Software de gestão -Software de supervisão -Solução para coleta e transmissão de dados -Gerenciamento de projetos Tabela 3 Fluxo de Materias x Fluxo de Informações (BANZATO, 2008). 5.2 Análise de viabilidade Muitas empresas nem sequer iniciaram um processo de automação na logística; porém, a evolução tecnológica que a humanidade possui é muito grande e a globalização da economia levará grande parte dessas empresas rumo á automação. A decisão por investir nesses processos deve ser avaliada não só considerando aspectos econômicos, mas principalmente, sua necessidade de aplicação. A automação da movimentação de materiais em qualquer setor é uma alternativa que deve estar sendo constantemente avaliada quanto à sua viabilidade. A análise técnica e econômica também pode contribuir com a adequada alocação dos recursos financeiros (BANZATO, 2008). 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A automação é uma tendência irreversível, pois são muitas as oportunidades de melhorias que ela traz as empresas, porém para isso ocorrer é necessário uma criteriosa análise técnica e econômica, para então viabilizar a implementação de uma solução automatizada. Compete a cada investidor avaliar também os aspectos íntangíveis que são muitos importantes na tomada de decisão sobre qual solução adotar. Aplicando a automação com sabedoria, a empresa poderá ter um excelente diferencial competitivo, obtendo grandes vantagens em seu negócio e alcançando resultados de sucesso em qualquer mercado, mas aplicando a automação onde não se faz necessário, o diferencial competitivo pode se transferir a concorrência, por isso o principal diferencial na aplicação de soluções automatizadas é o estudo de viabilidade, esse estudo deve ser aplicado para cada área e com fatores específicos, podendo visualizar retorno sobre investimento em curto, médio e longo prazo, sabendo assim se a automação para essa área é ou não viável. (BANZATO, 2008). Pode-se concluir que a automatização através de transelevador, tem grande vantagem em muitos segmentos da indústria e distribuição, mas que como qualquer nova tecnologia, é fundamental um estudo detalhado e abrangente, levando em consideração todos os fatores que podem ser afetados e poderam afetar este tipo de solução.
12 Referências ARBACHE, Fernando Saba. et al. Gestão de Logística, distribuição e trade marketing. 1.ed Rio de Janeiro: FGV, 2004 AUTRY, Chad W.; GRIFFIS, Stanley E.; GOLDSBY, Thomas J.; BOBBITT, L. Michelle. Warehouse management systems: resource commitment, capabilities, and organizational performance. Journal of Business Logistics, v. 26, n. 2, p , BALLOU, R.H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial, Porto Alegre: Bockman, BANZATO, Eduardo. Automação na Intralogística. São Paulo, IMAM, BANZATO, Eduardo. et al. Atualidades na Armazenagem. 1. ed. São Paulo: BATHNAGAR, Rohit; VISWANATHAN, D. Re-engineering global supply chains alliances between manufacturing firms and global logistics services providers. International Journal of Distribution & Logistics Management, v. 30, n. 1, p , BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística Empresarial: O Processo de Integração da Cadeia de Suprimento. 1. Ed. São Paulo: Atlas, CARVALHO, José Mexia Crespo de - Logística. 3ª ed. Lisboa: Edição Silabo, DORNIER, Philippe-Pierre; ERNST, Ricardo; FENDER, Michel; KOUVELIS, Panos..Logística e operações globais texto e casos. São Paulo: Atlas, FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati. Logística Empresarial: A Perspectiva Brasileira. 1. ed. São Paulo: Atlas, MOURA, Reinaldo A. - Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. 4a ed. São Paulo: IMAM, MOURA, Reinaldo A. Movimentação de Materiais na Intralogística. São Paulo: IMAM, 1ª Edição, NORMA FEM Federación Europea de la Manutención, Sección IX Transelevadores, Nº FEM OLMO, Luis Francisco Chabot. Informação e competitividade: estudo de caso de um sistema de informação logístico da Fiat Automóveis. 133p. Dissertação (Mestrado). - Engenharia de Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis PEREIRA, João. Cálculo de Ciclos de Trabalho em Sistemas Automáticos de Armazenamento. FEUP PIRES, S. Gestão da cadeia de suprimentos (supply-chain management): conceitos, estratégias, práticas e casos. São Paulo: Atlas, POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais. São Paulo: Atlas, READ. Um Estudo de Caso sobre o Funcionamento de um Armazém Automatizado. Edição 55 Vol 13 Nº 1 Jan-Abr 2007.
13 RODRUGUES, Paulo. Introdução aos Sistemas de Transporte no Brasil e à Logística Internacional; ed. Aduaneiras; 4. ed rev. e ampl.; São Paulo; SLACK, Nigel. Administração de Produção. Edição Compacta. 2ª ed. São Paulo: Atlas, SUCUPIRA, César. Gestão de Depósitos e Centros de Distribuição através dos Softwares WMS Disponível em: < htm> Acesso em: 26 de Maio de 2011 às 11:59:34. TOMPKINS, J. A.; WHITE, J. A.; BOZER, Y. A. Et al. Facilities Planning 2ed. New Yourk: Jonh Willey,1996. TRANSELEVADORES. Disponível em: < Acesso em: 22 de Agosto de 2011 às 16:33:07. TREBILCOCK, Bob. Faster, cheaper, better. Modern Materials Handling, v. 61, n. 4, p , April 2006.
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