A Cultura de Segurança e a Liderança

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Milena Camilo
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1 A Cultura de Segurança e a Liderança

2 Objectivo Reflectir para aspetos relevantes para a Liderança em Segurança nos tempos em que a única certeza é a incerteza

3 Índice 1. Liderar para salvar vidas 2. Cultura de Segurança 3. Liderança em Segurança 4. O controlo do risco e a Liderança 5. Conclusão

4 1- Liderar para salvar vidas..

5 Liderar para Incêndios e acidentes tecnológicos Tipo de Socorro Incêndios em Habitação Incêndios Industriais Outros incêndios (excluindo os rurais) Acidentes Tecnológicos e Industriais Fonte: Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 do MAI

6 Liderar para Um PAI é INSUBSTITUÍVEL Nenhuma compensação monetária poderá substituir a saúde, o bem-estar e a aptidão física de qualquer um de NÓS! Custos humanos são inaceitáveis!

7 Liderar para Os acidentes acontecem porque? Percepção do risco? Deficiente conhecimento da atividade / processo? Deficiente planeamento das atividades? Identificação de perigos e riscos deficiente? Comportamentos e atitudes menos adequados? Falha na comunicação? Falta de formação adequada? Mas Estamos a investigar as causas raiz dos acidentes? E quase-acidentes? Sabemos o que está a acontecer? Acidentes. We make it!

8 Liderar para Num Mundo mais global com mais incerteza, ambiguidade, complexidade e volatilidade, importa nortear as pessoas, as empresas, as organizações, e mesmo os países para propósitos (mais) concretos seja em que área for. É fundamental mais que tudo: Concentrar no essencial E assumir, aos diversos níveis, formas de Liderança, através da vivência dos valores de Liderança e FOCO no que se pretende.

9 Liderar para Envolvente externa? Falta de afectos num Mundo cada vez mais virtual Crise na cidadania e na responsabilidade individual Era do Empreendedorismo e Inovação Busca do significado da Vida e Propósito Globalização e infinitização da informação Transformação digital Sociedade mais atenta a emoções negativas (?) we are human beings not human doings Dalai Lama

10 Liderar para Queremos garantir : - A salvaguarda da vida humana - A proteção do ambiente - A proteção do património - A continuidade do negócio

11 2- Cultura de Segurança

12 Cultura de Segurança A Cultura de Segurança define quem somos, o que somos, o que achamos importante, e como é que fazemos as coisas por aqui. Patrick Hudson

13 Cultura de Segurança Clima de Segurança Fácil de observar (linguagem, comportamentos, procedimentos, normas, reuniões, relatórios, placards...) Cultura de Segurança Valores: Regras partilhadas e tendencialmente divulgadas. Correspondem á justificação que as pessoas dão para a sua forma de agir. Crenças: Profundas, não conscientes, partilhadas pelos membros ou grupos da organização que determinam as condutas individuais e coletivas.

14 Cultura de Segurança Liderança Envolvimento dos trabalhadores Comunicação nos dois sentidos Cultura de aprendizagem Atitude face à culpa Indicadores da cultura de segurança (HSE, 2005) Topo, intermédia. Objetivos e metas de segurança estão bem claros, são conhecidos e partilhados por todos. A Segurança é um Valor. O pessoal é envolvido no planeamento, nas decisões, na gestão do risco e fornece ideias relativamente à melhoria da segurança, independentemente do nível hierárquico. A participação dos trabalhadores e o feedback é ativamente procurado. Envolvimento, Participação, Compromisso. Existem vários canais para a discussão de questões, preocupações e objetivos da segurança a todos os níveis da organização. O fluxo de informação é feito no sentido ascendente e descendente. Soft skills hard skills São tomadas medidas para monitorizar problemas conhecidos, identificar novos, detetar tendências de evolução e desenvolver medidas preventivas eficazes. Garante-se que são feitas aprendizagens com base em acidentes e quase acidentes e aplicadas em outras situações. É desenvolvida uma cultura de aceitação que remete, em ultima análise a responsabilidade final dos incidentes para a organização. As investigações centram-se na multicausalidade. A finalidade das investigações é aprender e evitar a recorrência.

15 3- Liderança em segurança

16 Liderança em Segurança A Liderança é como a beleza: difícil de definir, mas fácil de reconhecer. Warren Bennis Antes de você ser um Líder, o sucesso tem tudo a ver com o seu crescimento pessoal. Quando você se torna um líder, o sucesso tem tudo a ver com o crescimento dos outros. Jack Welch

17 Liderança efectiva (aspectos relevantes Pessoais) Ser Lider pelo Exemplo (íntegro, alinhado - ser, dizer, fazer) Inteligência emocional Forte lado humano (respeito, generosidade, amizade) Reconhecimento mutuo e comemoração Humildade, assumir erros, questionar, etc Habilidade para atrair, reter e motivar pessoas Justo, coerente (equidade no tratamento) Ser confiante Liderança em Segurança Deve transformar a realidade do trabalho, criando novos lideres e assentar a sua actuação numa gestão de envolvimento e compromisso.

18 Liderança em Segurança

19 4- Controlo do risco e a Liderança

20 Controlo do risco e a Liderança O risco é um conceito construido social e culturalmente. Abordamos o risco enquanto mecanismo psicológico para reduzir a incerteza (criando a ilusão de controlo sobre o futuro). O risco é omnipresente. Risco ZERO é uma utopia. As causas reais de acidentes assentam muitas vezes em tomadas de decisão dos gestores e chefias. A gestão da segurança está dependente da prevenção em gerir riscos. Os riscos são geridos por Pessoas que devem trabalhar em equipa, motivadas e bem lideradas Os trabalhadores na linha de frente é que detectam os inimigos mas será que os compreendem? percepcionam?

21 Conclusão O Líder do futuro tem de encarar a SST como um Valor que importa preservar de forma séria e coerente e nortear as empresas para a prevenção e mitigação dos velhos e novos riscos da SST. Temos de nos questionar se queremos que a Segurança e a Saúde sejam Valores fundamentais na nossa Humanidade. As abordagens que teremos de fazer vão passar por trabalhar valores e crenças da creche ao Estado de forma a desenvolver competências para trabalhar de forma segura. A SST aumenta a competitividade, a produtividade das empresas a motivação dos trabalhadores, e diminui a carga negativa dos AT s e DP s e atenua a pressão sobre os sistemas públicos e privados de proteção social, seguros e pensões.

22 Conclusão Vamos mudar a nossa Atitude? Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito. Aristóteles

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