(Zea mays L.) APÓS A MATURIDADE FISIOLÓGICA RESUMO
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1 1 FATORES AMBIENTAIS QUE AFETAM A TAXA DE SECAGEM NO GRÃO DE MILHO (Ze mys L.) APÓS A MATURIDADE FISIOLÓGICA Josine Mrlle GUISCEM 1, Luiz Mrcelo de Aguir SANS 2, João NAKAGAWA 3, Murício Dutr ZANOTTO 3 RESUMO Avliou-se influênci dos ftores mbientis n perd de águ pelo grão de milho (Ze mys L.), pós mturidde fisiológic, em dus sfrs (1995/96 e 1997/9), em Botuctu, SP. O delinemento experimentl utilizdo foi o de blocos csulizdos, com cinco e qutro repetições, ns respectivs sfrs. A vlição d perd de águ do grão, em nove cultivres (AG 2, AG 151, AG9, AG, AG 91, XL37, Z 392, Z 52 e Z 51), iniciou-se pós tods s cultivres terem presento mturidde fisiológic. Posteriormente, perd de águ pelos grãos foi correlciond com s normis climtológics no período mostrdo. Os resultdos indicrm que insolção, rdição, evporção do tnque clsse A e grus dis form os ftores que mis influencirm n perd de águ nos grãos, com efeito qudrático e que té proximdmente % de teor de águ no grão estes ftores climáticos presentrm efeito bem mrcnte. Plvrs chve Ze mys; grão; secgem; cmpo; ftores mbientis INTRODUÇÃO O grão de milho (Ze mys L.), qundo tinge mturidde fisiológic, interrompe comunicção vi vsos com plnt mãe ficndo pens derido e, desse ponto em dinte, não recebe fotossintetizdos d plnt e o teor de águ no grão começ decrescer (Crvlho & Nkgw 19). Ess tx de secgem dos grãos, lém de diferir entre híbridos (Szlk, 1996; Mgri et l. 1997), é 1 Eng. Agr, M.Sc., estudnte de doutordo do Curso de Pós-Grdução em Agronomi Áre de Concentrção Agricultur d Fculdde de Ciêncis Agronômics FCA7Unesp Cmpus de Botuctu. Bolsist d CAPES. 2 Pesquisdor d Embrp Milho e Sorgo, CP 151, Sete Lgos-MG, Prof., FCA/ Unesp Depto Agricultur e Melhormento Vegetl. C.P Botuctu-SP, Emil znotto@fc.unesp.br Bolsist do CNPq.
2 tmbém ltmente influencid pel condições mbientis dominntes (Purdy & Crne, 1967), principlmente umidde reltiv do r, tempertur, vento e chuv (Brooking, 199), insolção (Hlluer & Russell (1961)) e demnd evportiv (Troyer & Ambrose, 1971). Schmidt & Hlluer (1966) verificrm, por meio de correlção, que, cim de 3% de teor de águ no grão, redução desse teor foi significtivmente relciond com tempertur do r e, bixo de 3% redução do teor de águ foi correlciond com umidde reltiv do r. Andrew et l. (1956) verificrm um correlço entre grus dis e qued do teor de águ do grão com um r de,9%. A influênci diret do mbiente no teor de águ do grão tem sido relevnte pr os estudos de predição d dt de colheit e vlição d dptbilidde de diferentes cultivres de milho (Schmidt & Hlluer, 1966; McPherson & Brooking, 199). Porém, o estbelecimento de ftores responsáveis pelo decréscimo do teor de águ no grão no cmpo é difícil, porque existem inúmeros ftores que fetm secgem do grão nesss condições. O presente trblho teve por objetivo verificr influênci de lguns ftores mbientis n porcentgem de perd de águ nos grãos de cultivres de milho, pós mturidde fisiológic, em dus sfrs de cultivo. MATERIAL E MÉTODOS O estudo constituiu-se de dois experimentos, mbos conduzidos n Áre Experimentl do Deprtmento de Agricultur e Melhormento Vegetl d Fculdde de Ciêncis Agronômics d FCA/Unesp, em Botuctu, SP cuj ltitude é 76 m, coordends 22 o 51 de ltitude S e o 26 de longitude W, sobre um Terr Rox Estruturd distrófic, ns sfrs de 1995/96 e 1997/9. O clim do município de Botuctu, segundo o sistem de Koppen, é temperdo chuvoso, consttemente úmido e com verões quentes (Cf), com tempertur médi nul de 21,6 o C e precipitção totl nul de 1.56 mm. As cultivres utilizds nos dois experimentos form: AG 2, AG 151, AG9, AG, AG 91, XL 37, Z 392, Z 52 e Z 51. O delinemento experimentl utilizdo foi o de blocos csulizdos, com cinco e qutro repetições, ns sfrs 1995/96 e 1997/9, respectivmente. As semedurs form relizds em 29/11/1995 e 17/1/1997. O compnhmento d perd de águ nos grãos iniciou-se pós os grãos de tods s cultivres terem presentdo mturidde fisiológic. Form feits 13 colets n sfr 1995/96 no período de 172 dis pós semedur, e colets n sfr 1997/9, de dis té dis, com intervlos diferentes de dis entre s colets. Foi
3 vlido o teor de águ dos grãos d prte medin d espig, em três (sfr 1995/96) e qutro (sfr 1997/9) espigs por prcel, pelo método de estuf ( o C), por hors (Brsil, 1992). A perd de águ pelos grãos, foi correlciond com s normis climtológics no período mostrdo. Os ddos meteorológicos usdos n correlção com o teor de águ no grão form: temperturs máxims e mínims, velocidde do vento, precipitção, rdição, insolção, evporção do tnque clsse A e grus dis (tempertur bse 1 o C ). Os ddos meteorológicos form obitidos n Estção Meteorológic do Deprtmento de Ciêncis Ambientis d FCA/Unesp. As equções de regressão polinomil e seus respectivos coeficientes de correlção d equção form estbelecids por meio dos softwres Origin e Sttistic. RESULTADOS E DISCUSSÃO Pelos resultdos presentdos n Tbel 1, pode-se observr que o teor de águ nos grãos, nos períodos vlidos, presentou mesm tendênci nos dois nos estuddos. O teor médio de águ no grão de tods s cultivres, no no grícol de 1995/96 reduziu de 32,2% pr 13,59%, totlizndo um perd de águ nos grãos de 1,3%, em dis, e, n sfr de 1997/9 esses teores decrescerm de 3,31% 15,%, com um totl de 1,7% de perd de águ em 2 dis. Em médi, perd de águ pelos grãos, form,39%/di e,35%/di ns sfrs de 1995/96 e1997/9, respectivmente. Tbel 1. Vlores médios globl do teor de águ no grão (%) de tods s cultivres estudds e s respectivs perds de águ pelo grão (%). Botuctu/SP. SAFRA 95/9) DIAS Teor Perd SAFRA 97/9 DIAS Teor Perd N Tbel 2, observ-se que os ddos climáticos diferirm de um no pr o outro, sendo os vlores de grus dis, precipitção, velocidde do vento, umidde reltiv, tempertur máxim e
4 mínim, n sfr 1997/9, superiores os d sfr 1995/96. Not-se, ind, que s temperturs, n sfr de 1997/9, não vrirm muito no decorrer do período vlido. Tbel 2. Normis climtológics ocorrids nos períodos em que se vliou perd de águ nos grãos, ns sfrs de 1995/ /9. Botuctu/SP. SAFRA 95/96 DIAS Tmin,7, 19,96 19,2 1, 17,99 17,6 17,13 17,11,,2,6 Tmx 29,65 29,7 2, 27,52 26,1 26,79 26,6 25,3 25,7 25,57 25,52 25,29 UR 6,37 7,5 72, 7, 72,59 7,52 71,2 71,39 7,5 7,35 7,5 71, Vento 1,35 11,7 1,5 119,13, 3,73 131,29 133,26 131, 9,62 7,61 3,93 Evp., 52, 65,3 75,7 95,6 1,3 13,5 15,9 6,9 12,9 193,9, Rd Insol. 7,7 9,15 113,7 135,75 17,3 9, 25,9 29,5 317,56 35,9 367,6 35, Precip 9,3 53,3 55, 7,1 7,1 7,1 75,1 75,1 7, 9, 9,5 99, GDD 1,5 1, 211,5 2,5 275,6 39, 376,3 13, 36, 1, 513, 53,3 SAFRA 97/9 DIAS Tmin,97,62,7,69,6,6,39,3,1, 19,91 Tmx 2,5 2,1 2,29 2,99 29, 2,61 2,5 2,5 2,39 2,31 2,1 UR 5,2 5,5 3,71,99 1,3 1,6 1,5 1,9 1,7 92,19 2,6 Vento 99,25 16, 16,67 11,79 17,25 2,33 3,6,7 7, 3,3 132,3 Evp. 31, 6, 5,,7 11, 5, 137,3 153,7 172,9 15,3 2,3 Rd Insol. 32,5 5,6 69,6 19, 9,5 156,1 17,5 197,7 225,1, 26, Precip,6 77,7 19, 19, 153,5 156, 1, 176,3 176,3 2,1 3,6 GDD 119,3 172, 215,7 22, 32,7 3,5 21, 79, 5, 596,6 6,5 Temp.-ºC; UR- %; Vento kmn/di; Evp. mm ; Rd. cl/cm2; Insol.- h; prec. - mm Pel correlção entre esses ftores climáticos e perd de águ no grão, pode-se considerr que ns condições em que se desenvolveu o trblho, tempertur máxim e mínim, umidde reltiv e velocidde do vento não influencirm n perd de águ pelos grãos, pós mturidde fisiológic. Entretnto, os elementos grus dis, rdição, insolção e evporção do tnque clsse A exercerm
5 grnde efeito sobre perd de águ nos grãos, ns dus sfrs vlids, como pode ser visto ns equções estimds por meio de regressão polinomil (Tbel 3). Pelos resultdos d nálise de regressão, pode-se verificr que houve um homogeneidde ns dus sfrs, com coeficientes de determinção R significtivos de,99,97, indicndo que esses prâmetros climáticos são dequdos pr evidencir os efeitos dos ftores meteorológicos n quntidde de perd de águ pelo grão pós mturidde fisiológic. A nálise de regressão com os ddos de perd de águ dos grãos, ns dus sfrs conjuntmente, mostrou um ssocição significtiv com insolção e rdição, evporção do tnque clsse A e grus dis, sendo possível o juste de um regressão qudrátic representdo os dois nos juntos. Tbel 3. Equções d regressão polinomil e respectivos coeficientes de determinção d correlção entre perd de águ do grão e elementos climáticos, ns sfrs de 1995/96 e 1997/9. Botuctu/SP. Perd de águ SAFRA 95/96 SAFRA 97/9 X Equção R 2 Equção R 2 Grus dis y = - 1,93 +,53 X - 2,6 1-5 X 2,99 y = - 7,3 +,7 X - 6,2 1-5 X 2,99 Rdição y = - 1,11 +,1 X - 1,5 1 - X 2,97 y = - 5,5 +,2 X - 5,9 1 - X 2,9 Insolção y = - 1,2 +,76 X - 6,3 1-5 X 2,97 y = - 2,91 +,13 X - 2, X 2,99 Evporção y = - 1,23 +,1 X - 2,1 1 - X 2,97 y = -,61 +,199 X - 5, 1 - X 2,99 A representção gráfic do juste d regressão polinomil com esses ftores climáticos, insolção, rdição, evporção e grus dis, pr s dus sfrs conjuntmente, pode ser observd ns Figurs 1, 2, 3 e. O efeito desses prâmetros climáticos foi o mesmo ns dus sfrs estudds e o comportmento d perd de águ pelos grãos teve mesm tendênci. Pels figurs, verific-se que perd de águ pelo grão, té o mesmo tingir proximdmente %, teve um efeito quse liner, isto é, qunto mior for insolção, rdição, evporção e grus dis durnte esse período, mior será quntidde de águ liberd pelo grão, e pós esse teor, esses ftores presentm um efeito menos centudo, resultndo no efeito qudrático.
6 Perd norml de águ no grão (%) Y = -, +,9 X - 1,6 1 - X 2 R 2 =,96 Perd norml de águ no grão (%) Y = - 2,71 +,17 X - 3, X 2 R 2 =, Insolção (hors) Evporção do Tnque Clsse A (mm) Figur 1. Relção entre insolção (hors) e quntidde de perd de águ pelos grãos de milho, ns sfrs 95/96 e 97/9, Botuctu, SP. Figur 3. Relção entre evporção do tnque clsse A (mm) e quntidde de perd de águ pelos grãos de milho, ns sfrs 95/96 e 97/9, Botuctu, SP. Perd norml de águ no grão (%) Y = - 2,66 +,2 X - 3, X 2 R 2 =,9 Perds normis de águ pelo grão (%) y = X - 3, X 2 R 2 =, Rdição (cl/cm 2 ) Grus dis ( Temp. Bse 1) Figur 2. Relção entre rdição (cl/cm 2 ) e quntidde de perd de águ pelos grãos de milho, ns sfrs 95/96 e 97/9, Botuctu, SP. Figur. Relção entre os grus dis e quntidde de perd de águ pelos grãos de milho, ns sfrs 95/96 e 97/9, Botuctu, SP.
7 CONCLUSÕES Os resultdos indicm que insolção, rdição, evporção do tnque clsse A e grus dis são ftores que influencim perd de águ pelos grãos, e que, esss informções poderão ser utilizds em modelos que permitem estimtiv d époc de colheit de milho no cmpo. BIBLIOGRAFIA ANDREW, R.H.; FERWEDA, F.P.; STROMMEN, A.M. Mturtion nd yield of corn s influenced by climte nd production technique. Agrom. J. Mdson v, p , BRASIL. Ministério d Agricultur. Regrs pr nálise de sementes. Brsíli, p. BROOKING, I.R. Mize er moisture during grin-filling, nd its reltion to physiologicl mturity nd grin-drying. Field Crops Reserch, Amsterdm, v.23, p.55-6, 199. CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Sementes: Ciênci, tecnologi e produção. 3ed. Cmpins: Fundção Crgill, 19 p. HALLAUER, A.R.; RUSSEL, W.A. Effects of selected wether fctors on grin moisture reduction from silking to physiologic mturity in corn. Agron. J., Mdison, v.53, p , MAcPHERSON, H.G.; BROOKING, I.R. The impct of wether on scheduling of sweet corn for processing. 2. Vrition in crop durtion with cultivr, seson, time of plnting nd site. Crop. Sci, Mdison, v.33, p.27-33, 199. MAGARI, R.; KANG, M.S.; ZHANG, Y.; Genotype by interction for er moisture loss rte in corn. Crop Sci., Mdison, v.37, p PURDY, J.L.; CRANE, P.L. Inheritnce of drying rte in mture corn (Ze mys L.) Crop Sci., Mdison, v.7, p , SCHMIDT, J.L.; HALLAUER, A.R. Estimting hrvest dte of corn in the field. Crop. Sci., Mdison, v.6, p , SZALKA, E. Study of wter dischrge by mize hybrids. Plnt Breed. Abst. v.66, p.7, TROYER, A.F.; AMBROSE, W.B. Plnt chrcteristics ffecting field drying rte of er corn. Crop Sci., Mdson, v.11, p , 1971.
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