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PERFIL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Setembro/2011

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Transcrição:

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Setembro de 2013 Panorama Macroeconômico As atenções do mercado externo seguem concentradas nos próximos passos do Fed, banco central dos EUA. Nossa expectativa é de que os estímulos começarão a ser retirados agora em setembro. Merece destaque, nesse contexto, a reversão de fluxos de capitais, por conta da elevação das taxas de juros longas no mundo, que atingiu com intensidade elevada alguns países emergentes que apresentam desequilíbrios externos e fragilidades internas. Os sinais de gradual superação da pior fase da crise na Europa continuam sendo acumulados e esperamos aceleração do PIB da região no terceiro trimestre. Na China, os dados de agosto combinados com os de julho reforçaram a retomada rápida em curso da economia do país, garantindo o cumprimento da meta de 7,5% de crescimento do PIB neste ano. Com a recuperação da economia dos EUA, a reversão da deterioração da Europa e a estabilização da economia chinesa, o tema dominante continuará a ser que estamos em uma nova fase, mais favorável aos desenvolvidos e mais seletiva em relação aos países emergentes. No cenário doméstico, os substanciais e rápidos movimentos da taxa de câmbio têm sido foco das atenções. Depois de a taxa de câmbio alcançar R$/US$ 2,45, o Banco Central modificou sua estratégia e anunciou um programa de leilões de swaps cambiais e linhas de financiamento em dólar. Nossa visão é de que essa intervenção remove o risco de que a taxa de câmbio apresente depreciação excessiva, mas não tem capacidade de levar o real para abaixo de seus fundamentos. Com base nesses eventos e nas expectativas para o comportamento à frente do Fed, acreditamos que a taxa de câmbio chegará a R$/US$ 2,30 e R$/US$ 2,35 no final de 2013 e 2014. Em relação à política monetária, ajustamos nossa expectativa para a taxa Selic, que deverá encerrar este ano em 9,75%, levando em conta a reação do BC aos efeitos do câmbio sobre a inflação. O resultado do PIB do segundo trimestre superou as expectativas, apresentando expansão de 1,5% na margem, principalmente devido à aceleração da indústria e à manutenção de uma significativa expansão da agropecuária. Com isso, calibramos nossa projeção para o PIB do ano de 2,3% para 2,4%. De outro lado, as informações mais recentes e a devolução de efeitos pontuais no segundo trimestre nos levaram a revisar para baixo a previsão do terceiro trimestre. Diante desses desdobramentos do cenário, esperamos altas respectivas de 6,05% e 5,60% do IPCA neste e no próximo ano. Sumário Executivo Soja As cotações deverão continuar registrando volatilidade em razão do clima nos EUA, podendo subir no curto prazo com a expectativa de cortes na produção norte-americana. Mas a expectativa de safra global maior limita a alta. Milho Safras recordes nos EUA e na América do Sul limitam a alta das cotações, mas período de preocupação com o clima nos EUA poderá trazer volatilidade e aumento de preços no curto prazo. Café Boas condições climáticas no Brasil e disponibilidade de oferta gerada pelo crescimento de produção nos principais países exportadores não devem pressionar para cima as cotações. Boi Combinação de demanda doméstica firme, bom volume de exportação e oferta contida deve sustentar as cotações futuras do boi. Açúcar e Etanol Cotações do açúcar continuam sem fundamento de alta, reflexo do elevado superávit global. Preços domésticos do etanol deverão reagir nos próximos meses sustentados pela demanda doméstica elevada e pela demanda dos EUA.

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 SOJA Soja As cotações deverão continuar registrando volatilidade em razão do clima nos EUA, podendo subir no curto prazo com a expectativa de cortes na produção norte-americana. Mas a expectativa de safra global maior limita a alta Fundamentos A Conab divulgou o último levantamento da safra 2012/13 e manteve a mesma estimativa anterior para a produção de soja, que fechou em 81,5 milhões de toneladas, um incremento de 22,7% em relação à safra passada. O 5º levantamento da safra 2013/14, divulgado pelo USDA, revisou para baixo a estimativa de produção de soja nos EUA, em menos 2,9 milhões de toneladas, por conta do clima seco e quente. Isso representa recuo de 3,3% em relação ao levantamento do mês anterior, refletindo ajustes na estimativa de produtividade. Ainda assim, a safra norte-americana deverá crescer 4,4% em relação à safra anterior, somando 84,7 milhões de toneladas. A soja começará ser colhida nos EUA neste mês. O relatório revisou para cima a estimativa da safra brasileira (a ser colhida a partir de março de 2014) em mais 3 milhões de toneladas, expansão de 3,5% em relação à expectativa anterior, passando para 88 milhões de toneladas, sendo mais uma safra recorde. Com isso o balanço de oferta mundial ficou inalterado. No último mês, o clima seco e quente nos EUA trouxe o risco de corte na produtividade das lavouras de milho e de soja, impulsionando os preços dos grãos. Neste ano o impacto do clima ganha maior importância, visto que o plantio começou cerca de um mês atrasado, lembrando que o atraso no plantio desloca o desenvolvimento da lavoura para fases mais críticas do clima, com possibilidade de estiagem, comprometendo a produtividade. Por conta da instabilidade do clima norte-americano, com predomínio de temperaturas elevadas e estiagem no Meio Oeste do país, o USDA apontou que 52% das lavouras estão em condições boas a excelentes, contra 64% de quatro semanas anteriores e ante 54% da média histórica. Isso poderá levar o USDA a revisar para baixo a produção esperada para o país nos próximos levantamentos. Os serviços de meteorologia mitigaram o risco de ocorrência de frio extremo e consequentemente de geadas no Meio Oeste norte-americano entre os meses de setembro e novembro. As cotações deverão continuar registrando volatilidade em razão do clima nos EUA. A possibilidade de corte nas estimativas de produção do USDA para os EUA poderá levar as cotações a um Fonte e Projeção: CONAB movimento de alta no curto prazo, em mil toneladas mas a expectativa de safra Produção global Nacional maior de limita Soja 1990 altas - 2012 acentuadas. Elaboração: Bradesco Produção Nacional de soja (em mil toneladas) 1990 2013 89.000 80.000 71.000 62.000 53.000 44.000 41.917 52.018 49.989 55.027 68.688 60.018 57.162 75.324 66.383 81.457 35.000 26.000 17.000 19.419 15.394 25.934 26.160 31.370 32.345 Fonte: Conab Elaboração: BRADESCO 8.000 2

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 3.300 3.100 2.900 2.700 2.751 2.567 2.816 3.115 2.927 2.938 2.816 2.629 2.651 Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) 1990 2013 2.500 2.300 2.100 2.027 2.150 2.221 2.175 2.299 2.367 2.395 2.419 2.339 2.245 1.900 1.700 1.580 1.500 em R$ por saca de 60 kg SOJA EM GRÃO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR Fonte: Conab Fonte: Deral PR Elaboração: BRADESCO Elaboração e Projeção: Bradesco Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2013 80,0 70,0 60,0 73,92 67,17 59,41 59,85 55,25 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 50,53 40,0 39,81 40,14 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 30,0 20,0 18,04 26,63 19,98 10,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 Fonte: Bloomberg em US$ cents por PREÇOS bushel INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO Projeção de preço: média dos preços futuros Elaboração: Bradesco 2000-2010 em US$ cents por bushel 32,42 22,57 28,62 27,03 30,59 1.800,0 1.600,0 1.400,0 1.515 1.674 1.525 Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) 2000 2014 1.200,0 1.000,0 989 1.211 1.143 1.348 1.270 Projeção de preço: média dos preços futuros 757 908 800,0 690 633 600,0 547 508 569 542 491 526 400,0 436 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 3

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 MILHO Milho Safras recordes nos EUA e na América do Sul limitam a alta das cotações, mas período de preocupação com o clima nos EUA poderá trazer volatilidade e aumento de preços no curto prazo Fundamentos No último levantamento da safra 2012/13, a Conab elevou a estimativa de produção para a 2ª safra de milho em 2,3% comparativamente ao levantamento do mês anterior, o equivalente a um milhão de toneladas, em razão principalmente da melhora da produtividade no Centro-Oeste. Para a primeira safra, a Conab revisou para cima a produção em 0,2%, comparativamente ao levantamento anterior. A estimativa inicial para a 2ª safra realizada em outubro era de 37,4 milhões de toneladas, mas mensalmente foram feitas revisões positivas fechando em 46,2 milhões de toneladas. As constantes revisões altistas refletem a revisão da área plantada e a ampliação da produtividade. Com isso, a 2ª safra é maior do que a 1ª safra que somou 35,2 milhões de toneladas. A produção total de milho soma 81,3 milhões de toneladas, um incremento de 11,5%, igualando-se ao volume produzido de soja, que somou 81,5 milhões de toneladas. O recorde de produção gerou elevados estoques, que somam 18,2 milhões de toneladas, volume elevado frente à média de 6 milhões de toneladas das últimas cinco safras. A Conab estima exportações de 17,5 milhões de toneladas no ano safra entre janeiro e julho foram exportadas 9 milhões de toneladas segundo a Secex. O USDA divulgou o 5º levantamento para a safra 2013/14 e apontou alta de 2,2 milhões de toneladas na estimativa de produção norte-americana, o equivalente a uma expansão de 0,6% em relação ao levantamento anterior. Lembrando que desde junho a estimativa de produção foi revisada para baixo em 4 milhões de toneladas, refletindo o ajuste na produtividade esperada por conta do clima seco e quente. De fato, no relatório de 09 de setembro o USDA apontou que 54% das lavouras de milho estão em condição boa a excelente, contra 64% de quatro semanas anteriores e ante 55% da média histórica. A produção da Argentina foi revisada para baixo em 1 milhão de toneladas, recuo de 3,7% comparativamente ao mês anterior. Com isso, o balanço de oferta global sofreu pouca alteração. As cotações ainda deverão apresentar volatilidade, refletindo as preocupações com o clima norte- em mil toneladas Fonte e Projeção: Conab americano, podendo subir no curto prazo, mas sem força para Produção altas Nacional expressivas de Milho - 1991-2012 por conta da elevada safra nos EUA e no Brasil. Produção Nacional de milho (em mil toneladas) 1990 2013 90.000 80.000 70.000 81.344 72.980 60.000 50.000 47.411 58.652 56.018 57.407 51.370 51.004 42.290 42.129 42.515 Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO 40.000 30.771 30.000 24.096 20.000 33.174 37.442 35.716 32.393 35.281 35.007 4

em kg por ha Produtividade - Milho - 1991-2012 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.260 3.585 3.296 3.279 3.655 3.972 3.599 4.311 4.158 4.808 5.114 Produtividade milho (em kg por ha) 1991 2013 3.000 2.864 2.867 2.500 2.3492.344 2.194 2.622 2.356 2.588 2.650 2.589 2.480 2.000 1.791 1.500 Em R$ por saca de 60 kg Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: Deral Elaboração e Projeção: Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2013 30,0 25,0 20,0 22,28 18,96 24,94 19,96 26,92 19,98 15,0 11,95 10,0 11,40 16,26 10,44 14,14 13,07 17,42 Fonte: Deral 7,05 Elaboração e Projeção: BRADESCO 5,0 Milho - Bolsa de Chicago - CBOT Em US$ cents por bushel jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 Fonte: jan/05 Bloomberg jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 Elaboração e Projeção: Bradesco Preço futuro 1º vencimento 860 760 660 560 460 413 493 711 418 546 753 792 603 662 463 491 Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) 2000 2014 Projeção de preço: média dos preços futuros 360 316 326 267 322 347 260 235 237 217 215 160 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 5

94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* CAFÉ Café Boas condições climáticas no Brasil e disponibilidade de oferta gerada pelo crescimento de produção nos principais países exportadores não devem pressionar para cima as cotações Fundamentos Safra 2013/14 bienalidade baixa 90% colhida no Brasil; 32% comercializada Colheita iniciará em outubro de 2013 no Vietnã e na Colômbia. Safra 2014/15 bienalidade alta Em período de florada no Brasil início da colheita em maio de 2014. A Conab divulgou o 3º levantamento da safra 2013/14 de café e reduziu a estimativa para produção em 2,2% em relação ao acompanhamento de maio. A revisão baixista ocorreu em todos os estados produtores, com exceção de Minas Gerais, cuja estimativa de produção foi revisada para cima em 2,6%. Na Bahia, a produção foi revisada para baixo em 4,9%, reflexo da estiagem ocorrida em 2012 e das altas temperaturas e chuvas irregulares em 2013. No Paraná, a revisão baixista foi de 4,1%, refletindo as geadas ocorridas nas regiões produtoras do estado. Em São Paulo, a revisão para baixo foi de 10,1% por conta da estiagem de 2012 e do excesso de chuvas no período de colheita. Para o estado, a Conab também revisou para baixo a estimativa de área plantada com café em 5,9%. No Espirito Santo, a estimativa para o robusta foi reduzida em 11,3% em relação ao levantamento de maio, reflexo das chuvas durante a florada e ocorrência de estiagem entre dezembro e janeiro de 2013. Em Minas Gerais, a estimativa de produção foi revisada para cima em 2,6% comparativamente ao levantamento de maio, por conta da melhora da produtividade. Destaque positivo para a região da Zona da Mata, onde a produção foi revisada para cima em 5%. Segundo a Conab, a colheita será finalizada em setembro. Segundo a consultoria Safras e Mercado, 32% da produção está comercializada, ante média histórica de 39% para o período. Os preços não têm pressão altista, por conta da boa disponibilidade da oferta e das boas condições climáticas no Brasil. A produção cresceu nos principais países exportadores, com exceção da América Central, cuja produção foi afetada pelo fungo roya. mil sacas de 60 kg Produção Nacional de Café - 1994-2012 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 61.000 51.000 41.000 31.000 Safra 13/14 Mil sacas 60 kg Var. % 1º Levantamento Jan/13 48.570 2º Levantamento Mai/13 48.592 0,05% 3º Levantamento Set/13 47.544-2,2% 4º Levantamento Dez/13 48.480 26.000 27.500 34.547 27.170 31.100 28.137 28.820 39.272 32.944 42.512 36.070 45.992 39.470 48.095 43.484 50.826 47.544 Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) 1994 2013 21.000 11.000 16.800 18.860 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 6

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13* jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 400,0 350,0 352,93 Preço Café Arábica (em US$ por saca de 60 kg) 2000 2014 300,0 250,0 221,86 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 200,0 150,0140,2 100,0 86,6 153,6 113,9 151,8 154,5 134,83 282,2 195,34 166,45 141,00 155,19 50,0 46,4 0,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 Projeção de preço: média dos preços futuros Em US$ cents por libra peso Fonte: BMF Bovespa Elaboração: Bradesco Café em grão - Bolsa de Nova York - NYBOT 2000-2010 Fonte: Bloomberg Elaboração: Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) 2000 2014 335,0 285,0 235,0 288,27 204,99 Projeção de preço: média dos preços futuros 185,0 135,0 115,06 85,0 63,15 66,17 99,01 129,13 96,55 130,86 152,15 142,59 108,70 180,03 117,61 129,85 67,78 Fonte: Bloomberg Relação Estoque Consumo Mundial de Café 1990-2011 Fonte: Nybot, OIC e USDA Elaboração: Bradesco Fonte: Elaboração: Nybot, OIC Bradesco Projeção de estoque: USDA, Projeção de Consumo: OIC Projeção de de preço: média dos dos preços futuros 35,0 Elaboração: Bradesco 67,0% 60,5% 57,0% 47,0% 37,0% 27,0% 85,04 17,0% 7,0% 56,5% 52,6% 67,89 48,6% 55,6% 44,4% 41,6% 180,03 38,8% Estoque/consumo Preço médio 52,2% 49,3% 46,7% 43,8% 53,45 34,6% 108,75 31,0% 21,5% 171,54 125,27 251,04 170,55 128,07 290,0 240,0 190,0 140,0 90,0 14,7% 13,5% 12,5% 10,6% 40,0 Relação Estoque Consumo Mundial de Café 1990 2013 Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Nybot, OIC Elaboração: Bradesco 7

BOI Boi Combinação de demanda doméstica firme, bom volume de exportação e oferta contida deve sustentar as cotações futuras do boi Fundamentos Os fundamentos para a alta recente dos preços do boi são: Exportações em ritmo forte, favorecidas principalmente pelo câmbio mais depreciado crescimento de 22% entre janeiro e julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado; Demanda doméstica firme em patamar elevado; As estimativas da Assocon (Associação dos Confinadores) eram de aumento de 4% a 5% do confinamento em 2013 em relação ao ano passado. Mas essa expectativa foi revisada para uma queda de 9%. A desmotivação é resultado dos custos elevados com ração à base de soja e milho e com os preços do bezerro que já subiram 12% neste ano, refletindo o abate de matrizes realizado desde 2011; Alta recente das cotações de milho e de soja, refletindo as preocupações com o clima norteamericano. As cotações futuras do boi devem continuar sustentadas, pela combinação de demanda doméstica e internacional firme e pela oferta contida, por conta do menor ritmo dos confinamentos, e pelo clima seco Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010-2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco nas principais regiões produtoras durante a entressafra. Exportações Brasileiras de carne bovina (em toneladas) 2011 2013 130.000 120.000 110.000 100.000 2011 2012 2013 104.974 113.634 99.888 101.777 123.208 100.179 106.345 120.393 101.746 90.000 90.893 89.868 84.849 93.256 80.000 82.533 80.613 70.893 70.000 70.893 76.463 FONTE: SECEX 60.000 64.794 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 8

jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 Média trimestral do abate de bovinos Em mil cabeças 2009-2013 2.200 2.100 2.000 1.953 1.937 2.188 1.900 1.889 1.849 1.800 1.787 1.832 1.700 1.719 FONTE: MAPA Em R$ por arroba (15 kg) 1.618 1.600 1.670 BOI GORDO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP Fonte: Cepea Esalq Elaboração e Projeção: Bradesco 120,0 110,0 100,0 90,0 93,30 109,63 106,95 90,81 107,60 101,35 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) 2000 2014 80,0 70,0 60,0 57,91 62,65 61,77 74,52 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 50,0 40,0 42,46 48,64 30,0 20,0 FONTE: CEPEA 9

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* AÇÚCAR E ETANOL Açúcar e Etanol Cotações do açúcar continuam sem fundamento de alta, reflexo do elevado superávit global. Preços domésticos do etanol deverão reagir nos próximos meses sustentados pela demanda doméstica elevada e pela demanda dos EUA Fundamentos Segundo a Unica, o volume colhido de cana na região Centro Sul até o dia 01 de setembro foi 18% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, lembrando que a safra passada começou atrasada por conta do excesso de chuvas, dificultando o trabalho de colheita. Em agosto, a Conab divulgou o 2º acompanhamento da safra 2013/14 de cana-de-açúcar (o próximo será divulgado em dezembro). Em razão dos preços internacionais pouco remuneradores do açúcar, este levantamento trouxe uma reversão a favor da produção de etanol. Assim, a produção de açúcar no ano safra 2013/14 deverá ser 6,9% maior do que na safra passada e a produção de etanol deverá ser 14,9% maior. No entanto, a depreciação cambial favorece a rentabilidade do açúcar, produto mais voltado à exportação do que o etanol. Com isso as usinas poderão alterar seu mix de produção em favor do açúcar. Os preços internacionais do açúcar continuam sem fundamentos de alta, refletindo o elevado superávit global de produção. Entre janeiro e julho as exportações de etanol cresceram 50%, sendo que 90% do volume a mais exportado foi demandado pelos EUA. Os preços domésticos do etanol devem assumir tendência de alta nos próximos meses, sustentados pela demanda doméstica pelo etanol anidro (misturado à gasolina) e externa, principalmente pelos EUA. Fonte e projeção : Conab Elaboração. Bradesco Produção Nacional de Cana-de-Açúcar - 1990-2013 mil toneladas 690.000 510.000 652.016 604.514 623.905 588.916 559.432 560.364 474.800 431.413 Produção nacional de cana-de-açúcar Em mil toneladas 1990 2013 359.316 330.000 222.429 223.460 240.944 287.810 314.969 257.592 320.650 150.000 FONTE: CONAB 10

mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco jan/00 93/94 jan/01 94/95 95/96 jan/02 96/97 jan/03 97/98 98/99 jan/04 99/00 jan/05 00/01 jan/06 01/02 02/03 jan/07 03/04 jan/08 04/05 05/06 jan/09 06/07 jan/10 07/08 jan/11 08/09 09/10 jan/12 10/11 jan/13 11/12 Etanol em mil litros jan/14 12/13 13/14* dez/14 Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) 1993 2013 43.000 36.000 29.000 AÇÚCAR ÁLCOOL 27.500 38.168 27.595 35.968 40.973 38.337 27.172 25.763 22.000 19.380 23.640 15.00012.692 16.020 23.007 FONTE: CONAB em ELABORAÇÃO: R$ por metro cúbico BRADESCO 11.700 8.000 13.078 10.518 14.640 1.610 1.510 1.410 1.310 1.210 1.110 1.010 1.526 1.062 1.326 1.062 1.291 1.025 1.123 1.178 Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) 2010-2014 Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA 910 810 710 762 FONTE: BMF BOVESPA Em US$ cents por libra peso Preços internacionais de açúcar NYBOT Preço futuro 1º Vencto 2000 2013 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) 2000 2014 33,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 17,9 13,1 14,6 21,9 17,5 16,4 18,0 FONTE: BLOOMBERG 9,0 5,6 3,0 10,7 9,0 8,8 6,3 9,0 8,4 8,9 11,3 11

2011/12 12/13 out 12/13 nov 12/13 dez 12/13 jan 12/13 fev 12/13 mar 12/13 abr 12/13 mai 12/13 jun 12/13 jul 12/13 ago 12/13 set Acompanhamento de safra 85.000 80.000 81.440 81.541 82.628 82.679 83.424 82.064 81.941 81.513 81.281 81.457 81.457 81.457 Acompanhamento de safra de soja no Brasil (em mil toneladas) 2012/13 75.000 70.000 66.383 65.000 60.000 FONTE: CONAB World production Final world stock World consumption Acompanhamento de safra mundial de soja (em mil toneladas) 2012/13 310,0 290,0 Produção Mundial Consumo Mundial Estoque Final Mundial 75,0 73,7 74,1 286 285 286 72,3 282 282 71,5 80,0 70,0 270,0 269 62,5 60,0 250,0 230,0 229 239 239 239 238 238 50,0 40,0 210,0 30,0 190,0 20,0 170,0 10,0 FONTE: USDA 150,0 2012/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 0,0 32,0% 31,0% 31,3% 30,8% 31,0% Relação Estoque Consumo Global de soja safra 2012/13 30,4% 30,0% 30,0% 29,0% 28,0% 27,0% 26,0% 27,2% 2012/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 FONTE: USDA 12

2011/12 12/13 out 12/13 nov 12/13 dez 12/13 jan 12/13 fev 12/13 mar 12/13 abr 12/13 mai 12/13 jun 12/13 jul 12/13 ago 12/13 set 83.000 81.000 79.000 77.000 76.011 76.068 77.452 77.998 78.468 79.078 80.253 81.344 Acompanhamento de safra de milho no Brasil (em mil toneladas) 2012/13 75.000 73.000 72.980 72.558 72.199 71.936 72.193 71.000 69.000 67.000 65.000 FONTE: CONAB World production Final world stock World consumption Acompanhamento de safra mundial de milho (em mil toneladas) 2013/14 980,0 960,0 940,0 920,0 Estoque final mundial 125,4 Produção mundial Consumo mundial 966 154,6 963 960 957 957 151,8 151,0 150,2 151,4 937 935 932 930 928 180,0 160,0 140,0 120,0 900,0 100,0 880,0 860,0 857 864 80,0 60,0 840,0 40,0 820,0 20,0 FONTE: CONAB 800,0 2012/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 0,0 17,2% 16,2% 16,5% 16,2% 16,2% 16,1% 16,3% Relação Estoque Consumo Global de milho 2013/14 15,2% 14,2% 14,5% 13,2% 2012/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 FONTE: USDA 13

2011/12 12/13 out 12/13 nov 12/13 dez 12/13 jan 12/13 fev 12/13 mar 12/13 abr 12/13 mai 12/13 jun 12/13 jul 12/13 ago 12/13 set 2011/12 12/13 out 12/13 nov 12/13 dez 12/13 jan 12/13 fev 12/13 mar 12/13 abr 12/13 mai 12/13 jun 12/13 jul 12/13 ago 12/13 set Fonte: Conab Elaboração: Bradesco VAR. % DA PRODUÇAO DE MILHO SAFRA 2012/2013 2ª safra 18,1% Variação da Produção de milho safra 2012/13 milho - total 11,5% 1ª safra 3,8% 1,0% 3,0% 5,0% 7,0% 9,0% 11,0% 13,0% 15,0% 17,0% 19,0% FONTE: CONAB 37.000 Acompanhamento da safra de milho 1ª safra no Brasil (em mil toneladas) 2012/13 36.500 36.000 35.500 35.000 34.500 35.201 34.737 34.475 34.701 35.096 34.792 34.767 34.811 34.846 34.835 35.112 35.165 34.000 33.867 33.500 33.000 32.500 32.000 FONTE: CONAB 48.000 46.000 44.000 42.685 43.188 43.623 44.243 45.141 46.180 Acompanhamento da safra de milho 2ª safra no Brasil (em mil toneladas) 2012/13 42.000 40.915 41.276 40.000 39.113 38.000 37.357 37.462 37.462 37.462 36.000 34.000 FONTE: CONAB 14

set/06 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 set/06 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 16-jun-09 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 16-jun-09 Acompanhamento das posições não comerciais Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Posições não comerciais e preços internacionais de café 2006-2013 US$ c / libra 350 300 250 posição não comercial Café em número de contratos 70.000 60.000 50.000 40.000 200 30.000 20.000 150 100 140 10.000 113,15 0-10.000 50-20.000 FONTE: Bloomberg 0-30.000 US$ c / bushel 1.780 posição não comercial 1.628 1.580 preço soja 1.380 203.215 em número de contratos 260.000 220.000 1435,5 180.000 Posições não comerciais e preços internacionais de soja 2006-2013 140.000 1.180 100.000 980 60.000 780 20.000 580-16.898-56.797-28.178-20.000-60.000 380-100.000 FONTE: Bloomberg US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho 2009-2013 850 750 650 posição não comercial preço milho 310.487 413.915 763,50 789,5 500000 400000 300000 550 450 113.201 200000 498,0 100000 350 0 FONTE: Bloomberg 250 150 312,25-119.389-100000 -200000

SOJA Retrato do mercado Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, 45% é exportada e 55% é destinada à moagem. O processo de moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% é exportado e do óleo, 20% é exportado. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos como mortadelas e salsichas e cerca de 80% é utilizada na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 65% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos. Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro Oeste: 45%, Sul 38%, 8% Nordeste, 6% Sudeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global de produção e de exportação de soja, após os EUA. Ranking Grãos Farelo Óleo Produção Exportação Produção Exportação Produção Exportação EUA 35,5% 44,2% 20,2% 14,0% 20,6% 12,9% Brasil 26,4% 32,0% 15,1% 22,9% 15,8% 16,2% Argentina 19,8% 12,8% 17,2% 49,3% 17,7% 54,6% China 5,6% 0,0% 25,8% 0,0% 24,6% 0,0% Ranking mundial do complexo soja safra 2011-2012 Fonte : USDA Elaboração : BRADESCO 16

MILHO Retrato do mercado O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações o milho representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino O milho é uma cultura mais voltada para o mercado doméstico, pois atende à forte demanda da avicultura e da suinocultura, atividades muito desenvolvidas na região Sul e Sudeste do Brasil. As exportações de milho são realizadas quando há excedente de produção. Na safra 2012/13 as exportações responderam por 20% do volume produzido. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 53% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 43,4% Sul, 30,3% Sudeste, 10% Centro Oeste,12,8% Nordeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 47% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 59,3% Centro Oeste, 30,7% Sul (somente Paraná), 5,7% Sudeste, 3% Nordeste (somente Bahia). Ranking O Brasil é o 4º maior produtor global de milho, com 7% de participação no mercado e o 3º maior exportador, com 9% de participação. 17

CAFÉ Retrato do mercado O Brasil exporta 70% do café produzido, sendo 96% de café verde e 4% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão-de-obra, que representam cerca de 50% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Café verde: 60% Europa. Café solúvel: 18,5% EUA, 11,3% Rússia, 6% Japão. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 67,9% Minas Gerais 10,8% São Paulo 9,1% Espírito Santo 5,4% Bahia 5,3% Paraná Distribuição regional da produção de café robusta: 71,2% Espírito Santo 14,3% Rondônia 6,4% Bahia 2,4% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global de café com participação de 39,2% na produção e de 30,5% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia tem baixo consumo interno, ao contrário do Brasil que responde por 15% do consumo mundial. 18

BOI Retrato do mercado O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideal para abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 17% da produção nacional de carne bovina. Países de destino A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com participação de 27%. Os países árabes respondem por 30%. Regionalização Os abates de bovinos tem a seguinte distribuição regional: 34,8% Centro-Oeste, 22,7% Norte, 18,2% Sul, 13,5% Sudeste, 10,8% Nordeste. Ranking O Brasil é o 2º maior produtor global de carne bovina com 15,9% de participação, antecedido pelos EUA que detém 21%. O Brasil é o maior exportador mundial com 20% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no 1º semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no 2º semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços do boi se elevam nesse período, porque a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 19

AÇÚCAR E ETANOL Retrato do mercado Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destina à produção de açúcar e 54% à produção de etanol (safra 2011/12). O açúcar tem a seguinte destinação: 68% exportação e 32% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 7% exportação e 63% mercado interno. Do total de etanol produzido, 68% é hidratado (usado como combustível nos carros flex fuel) e 32% é usado como anidro (misturado à gasolina na proporção de 20% a 26%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar Bruto (73% da produção) : 16% Rússia, 10% China; Açúcar Refinado (27% da produção): Países árabes e africanos; Etanol: 34% EUA, Coreia do Sul 15%, Japão 14%. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da cana ocorre entre abril e novembro. Nesse período as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no 1º semestre do ano. Os demais: EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália têm início de safra a partir do 2º semestre do ano. Regionalização 65% Sudeste, 16,8% Centro-Oeste, 10,3% Nordeste, 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar com participação de 21,2%. Os demais players são: Índia 16,8%, União Europeia 9,9%, China 7%, Tailândia 6%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 42% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 15,3%, Austrália 5,2%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 45% EUA e 33,5% Brasil. 20

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