FERRAMENTAS PARA PLANEJAMENTO, MELHORIA E CONTROLE DA QUALIDADE Professora: Ma. Priscila Pelegrini priscila_pelegrini@hotmail.com
O LADO HUMANO DA QUALIDADE
Problematização A Norton S/A, montadora de rodas de bicicletas, decidiu dar seu primeiro passo com relação à qualidade, pois seus produtos já contam com um bom nome no mercado. No entanto, a demanda atual por programas de qualidade tem se estendido por toda a cadeia de suprimentos da indústria, e os principais clientes da empresa estão começando a exigir processos e produtos mais confiáveis e certificados. Para atender a essa nova demanda do mercado, a Norton S/A está começando um programa de treinamento em: Ferramentas da qualidade; Ciclo PDCA; Trabalho em equipe; Liderança e motivação.
Esse programa de treinamento montado pelo Norton S/A irá ajudá-la em quais aspectos do lado humano da qualidade?
O LADO HUMANO DA QUALIDADE A Toyota, com seu Sistema Toyota de Produção (STP), foi considerada uma empresa que produz com perfeição, mas qual será o segredo do seu sucesso? Liker (2008) afirma, sem pestanejar, que o segredo é ter ótimas pessoas apoiadas por um sistema que exige indivíduos com um talento excepcional. É importante lembrar que não basta copiar seus métodos, suas técnicas e ferramentas, é preciso criar dentro da organização um plano de liderança, valorização, treinamento, desenvolvimento, motivação e comprometimento das pessoas envolvidas com os sistemas de qualidade.
O ambiente no qual as organizações estão competindo atualmente apresenta algumas características que merecem destaque: Complexo a complexidade manifesta-se pela quantidade de novas situações a serem gerenciadas pela organização, como crises mundiais, globalização, evolução tecnológica, restrições de mercado. Enfim, é um gerenciamento de incertezas; Competitivo fusões, aquisições, novos mercados, novos concorrentes, novos entrantes, produtos substitutos são realidades a serem enfrentadas pelas organizações forçando o desenvolvimento de novas maneiras de agregar valor ao cliente e ao mercado, é preciso focar no cliente; Mutável a competição e a complexidade nos levam a um ambiente de constante mudança e gerenciá-la significa ter flexibilidade de adaptação, capacidade de gerar transformações e, principalmente, aprimorar continuamente.
É preciso gerar competências Organizacionais!!! E como vamos gerar competências organizacionais sem pessoas? Bom, isso é impossível, porque a competência organizacional surge da combinação dos fatores estruturais com os fatores humanos.
De acordo com Liker (2004), o resultado da gestão do lado humano da qualidade em uma organização envolve: Base conceitual a filosofia de gestão da empresa, os valores organizacionais, as competências organizacionais a serem atingidas, a visão de futuro do negócio são importantes; Atração de pessoas qualificadas os processos de recrutamento e seleção devem ser orientados para a busca de pessoas treináveis, com motivação e interesse no aprendizado constante;
Desenvolvimento das pessoas capazes os funcionários devem ser treinados, orientados para desenvolver suas funções e crescer pessoal e profissionalmente. Por outro lado, esse processo deve ser medido e avaliado constantemente, pois pessoas que não se desenvolvem devem ser avaliadas quanto à sua necessidade na empresa; Engajamento após o treinamento, as pessoas devem ser acompanhadas quanto aos padrões de desempenho, ao seu aperfeiçoamento, à busca pela solução de problemas e ao seu desenvolvimento pessoal e em equipe, pois só assim é possível engajar as pessoas;
Compromisso com o resultado pessoas compromissadas compartilham o sucesso, desenvolvem sua carreira, focam na família e na sociedade, desenvolvem-se enquanto pessoas e profissionais. Por isso, convoque as pessoas ao compromisso com o resultado; Prática do método a base de sustentação de um programa de qualidade fundamentado no STP da Toyota tem como metodologia de trabalho o uso do PDCA. Então, planeje, atue, execute, pratique, verifique seu domínio do método;
Criação de processos de apoio organizacional o estabelecimento de políticas de RH justas e eficientes é o primeiro passo. Por isso, trabalhe com a ideia de estabilidade das pessoas na organização, reconheça a evolução das pessoas e pratique a ação corretiva planejada; Criação dos processos de apoio à liderança é importante que você treine sua chefia para o trabalho em equipe, mantenha o local de trabalho limpo e seguro, estabeleça canais de comunicação recíproca, crie na organização um novo tipo de liderança;
Resultados do processo criação de uma cultura de qualidade na organização, com pessoas gerando produtos e serviços de qualidade, com baixo custo e alta produtividade, para atingir metas de produção e realizar a visão da empresa.
ATUALMENTE, QUAL É O RECURSO FUNDAMENTAL PARA AS ORGANIZAÇÕES? Pessoas. A boa gestão de um programa de qualidade dá-se por meio de ferramentas de gestão bem-aplicadas, de processos analisados e aperfeiçoados, e de uma estrutura de gestão do negócio alicerçada em liderança, ética, valores, metas, planos e visão de futuro para o negócio
Algumas tarefas que você precisa fazer para combater a resistência a mudanças dentro da empresa. a. Inicie fixando metas de qualidade pessoal; b. Estimule as pessoas a manterem sua própria contagem de qualidade pessoal; c. Verifique o quanto os outros estão satisfeitos com os seus esforços; d. Encare a sua ligação com o processo seguinte como um cliente valioso; e. Evite erros, acertar é humano; f. Execute as tarefas de forma eficaz; g. Utilize bem os recursos; h. Seja comprometido; i. Aprenda a terminar aquilo que começou, fortalecendo sua autodisciplina; j. Controle seu estresse; k. Seja ético para manter sua integridade; l. Exija qualidade.
Os níveis de maturidade das organizações na gestão da qualidade! Maturidade inexistente: quando ainda não existem níveis de qualidade estabelecidos; Maturidade informal: não existem regras estabelecidas para o controle dos processos, ou seja, as ações são isoladas ao estilo bombeiros apagando incêndios ; Maturidade organizada: a disciplina é a regra básica, os principais processos estão definidos e padronizados, e o compromisso das pessoas da organização com a qualidade já está definido. Maturidade estruturada: os procedimentos são estruturados, existindo algum grau de controle do processo; é o início de uso de indicadores de desempenho;
Maturidade gerencial: indicadores existentes, consistentes e bons, metas e planos baseados em dados, processos integrados e alinhados; Maturidade otimizada: existe a integração entre os sistemas de Gestão de Negócios e os de Gestão da Qualidade, o processo de evolução é contínuo e o próprio sistema realimenta-se. Uma vez identificado o nível de maturidade da organização em relação à qualidade, cabe a ela estabelecer seus planos de investimento nas pessoas, o que resulta em maior competitividade para o negócio.
Muitas empresas questionam o porquê de se investir em pessoas se elas não ficam na organização?
E por que investir em pessoas aumenta a competitividade do negócio?
Modelo de Diagnóstico de GP
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