(1) A recorrente discorda do indeferimento liminar do pedido de declaração de insolvência da recorrida.

Documentos relacionados
CONCLUSÃO =CLS= Proc.Nº 7933/17.3T8VNG. Insolvência pessoa singular (Apresentação)

(Termo eletrónico elaborado por Escrivão Auxiliar Maria Luisa Maia Moreira) =CLS=

CONCLUSÃO =CLS= Proc.Nº 1626/17.9T8VNF. Insolvência pessoa coletiva (Requerida)

PN ; Ap.: Tc. Gondomar, 1º J. (); Acordam no Tribunal da Relação do Porto. I. Introdução:

RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL. Armando Jorge Macedo Teixeira foi, por sentença de 11 de janeiro de 2019, declarado em situação de Insolvência.

ECLI:PT:TRC:2012: TBFIG.C1

Acordam no Tribunal da Relação do Porto

DIREITO DA INSOLVÊNCIA 2014/2015 Mestrado Forense / Turma B EXAME FINAL ( ) - Duração 2 h 30 m

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA. (elaborado nos termos do art.155º do C.I.R.E.)

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA. (elaborado nos termos do art.155º do C.I.R.E.)

PN ; Ap.: TC Chaves; Acordam no Tribunal da Relação do Porto. 1. Introdução

Acordam no Tribunal da Relação do Porto. I Introdução:

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

(a) O Rq.o não se encontra matriculado como comerciante;

PN ; Ap: Tc. Paredes, 2ª J.( ) Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I INTRODUÇÃO:

PN ; Ag: TC SMFeira, 4º J ( ) Ag.e: Ago: Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

PROCESSO DE INSOLVÊNCIA

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA. (Elaborado nos termos do art.155º do C.I.R.E.)

ASPECTOS RELEVANTES DO PROCESSO DE INSOLVÊNCIA. 35 PERGUNTAS E RESPOSTAS

PN ; Ap.: Tc. VN Gaia, 2ª VM ( ); Ap.a. Acordam no Tribunal da Relação do Porto I.INTRODUÇÃO:

.dos,, filhas menores dos precedentes, todos com residência na Recurso interposto no Tribunal Judicial da Comarca desta vila

O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155.º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

CONCLUSÃO =CLS= Proc. nº 1014/18.0T8STS. Insolvência pessoa coletiva (Apresentação)

LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÃO DOS PROCESSOS EXECUTIVOS

G.C.T. ON LINE DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR DIRECTA, S.A.

senhoria operou-se no fim do prazo estabelecido (caducidade do contrato); do estabelecimento comercial em causa outro se extinguiu;

(Termo eletrónico elaborado por Escrivão Auxiliar Raquel Gomes do Rosário) =CLS= ***

Direito Empresarial Extensivo

PN ; Ap: TC Porto, 1ª V ( ) Apª: Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

PN ; Ap: TC Porto, 4ª Vara, 2ª. Sec. ( Ap.e: ] Apºs: Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE DIFERIMENTO DO PAGAMENTO DE CUSTAS APOIO JUDICIÁRIO.

1. O Ag.e discorda do indeferimento liminar3 da providência cautelar comum

RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL

Processo Especial de Revitalização De José Areal da Costa

(Termo eletrónico elaborado por Escrivão Auxiliar Raquel Gomes do Rosário) =CLS=

RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL. Rui Pedro Felício Cândido foi, por sentença de 18 de julho de 2017, declarado em situação de Insolvência.

CONCLUSÃO =CLS= Proc.Nº 3045/17.8T8ACB. Insolvência pessoa singular (Apresentação)

1. Inconformados com a sentença de 1ª Instância, concluíram os Ap.os:

(Termo eletrónico elaborado por Escrivão Adjunto Paula Leite) =CLS=

Acordam no Tribunal da Relação do Porto

CONCLUSÃO

O presente RELATÓRIO, é elaborado nos termos do disposto no artigo 155.º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

ECLI:PT:TRG:2016: T8VNF.D.G1

PN ; Ap.: Tc. Lamego, 1º J. ); Acordam no Tribunal da Relação do Porto. I. Introdução:

PN ; Ap.: Tc. Gondomar, 2º J. ( Em Conferencia no Tribunal da Relação do Porto. I. Introdução:

PN ; Ag:TCV.Cambra 1º J () Em Conferencia no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

1. Introdução Evolução geral do regime da insolvência 3. Evolução do regime da insolvência em Portugal

PN ; Ap: TC Porto, 4ª Vara () Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA. (elaborado nos termos do art.155º do C.I.R.E.)

Famalicão. J1 V/Referência: Processo nº 3526/14.5T8GMR Data: Insolvência de Silagric - Produção e Comércio de Máquinas Agrícolas, Lda.

Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

PN ; Ag: TC P. Varzim, 4º J ( Acordam no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

Acordam no Tribunal da Relação do Porto. 1. A sentença recorrida absolveu da instância, por litispendência, arts. 288/1e., 493/2, 494i.

Assim, as incompatibilidades estão previstas no artº 77º do E.O.A. e os impedimentos no artº 78º do E.O.A.

CONCLUSÃO =CLS= Proc.Nº 2888/17.7T8AVR. Insolvência pessoa singular (Apresentação)

P.N ; TJ Ap.e: Ap.os: MP, e outros. Acordam no Tribunal da Relação de Évora

CIRE Código de Insolvência e Recuperação de Empresas

1/7 RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR - 155º CIRE REFª: Nome: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva

PÓS - GRADUAÇÃO LEGALE

CONFERÊNCIA. O Processo Especial de Revitalização e o Procedimento Extrajudicial de Conciliação

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

(a) Os Ag.es impugnam a decisão que homologou a desistência do pedido que declarou extinto o direito que o exequente fazia valer contra os Ag.os.

PN ; Ag.: TC Porto, 3º J (1684A. 02) Acordam no Tribunal da Relação do Porto. I. Introdução:

(1) O recorrente criticou o despacho judicial de indeferimento da exoneração do passivo restante.

CONCLUSÃO =CLS= Proc.Nº 4291/17.0T8AVR. Insolvência pessoa singular (Apresentação)

XIX ENCONTRO NACIONAL DA APAJ. Porto, 20 e 21 de janeiro de 2017

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA. (Elaborado nos termos do art.º155º do C.I.R.E.)

J1 Processo nº 8199/15.5T8VNG Insolvência de Pedro Miguel Moreira da Silva, Unipessoal, Lda.

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA. (elaborado nos termos do art.155º do C.I.R.E.)

CONCLUSÃO =CLS= Proc.Nº 4263/17.4T8VIS. Insolvência pessoa singular (Requerida)

Manuel Nogueira Martins

1. INTRODUÇÃO O Direito da Insolvência O processo de insolvência 16

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

(Termo eletrónico elaborado por Escrivão Adjunto Rui Fernandes)

I ao III FONEF Fórum Nacional de Execução Fiscal

Famalicão. J3 Processo nº 6938/15.3T8VNF Insolvência de CONFIVIAGENS Viagens e Turismo, Lda

Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta

(Termo eletrónico elaborado por Escrivão Auxiliar Paula Manuela Moreira Silva)

Acordam no Tribunal da Relação do Porto

Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na. Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão,

INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DE INSOLVÊNCIA

Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto.

(Termo eletrónico elaborado por Escrivão Adjunto Manuel Pina Gomes) =CLS=

Acordam no Tribunal da Relação do Porto

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA

BOLSAS DE ESTUDO E SÉNIOR

DECRETO N.º 130/IX AUTORIZA O GOVERNO A LEGISLAR SOBRE A INSOLVÊNCIA DE PESSOAS SINGULARES E COLECTIVAS. Artigo 1.º Objecto

PN ; Ap: TC Porto, 2ª V ( Apª:. Em Conferência no tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

CIRE Código de Insolvência e Recuperação de Empresas

PN: Acordam no Tribunal da Relação de Évora

PN ; Ap.: Tc. Santo Tirso, 4º J. (3595/03.3TBSTS); Acordam no Tribunal da Relação do Porto. I. Introdução:

A Exoneração do Passivo Restante: Alguns Problemas (e outras tantas soluções) Alexandre de Soveral Martins FDUC

Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto. I. Introdução:

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

CLÍNICAS FORENSES INSOLVÊNCIA

Transcrição:

PN.1834.08-5; Ap: TC Ovar, 3º J ( ) Ap.e: Apª: Em Conferência no Tribunal do Porto I. INTRODUÇÃO: (1) A recorrente discorda do indeferimento liminar do pedido de declaração de insolvência da recorrida. (2) Da sentença recorrida: (a) No caso, o crédito que não foi satisfeito, não é muito elevado objectivamente: 11 045,50 e juros. (b) Não consta do r equerimento inicial a caracterização de um generalizado incumprimento de obrigações vencidas: está alegado simplesmente que a requerida interrompeu pagamentos. (c) É certo que dentro de determinadas condições, a falta a uma prestação pode ser suficiente para a falência de uma empresa, mas é necessário que o montante em causa, ou as circunstâncias d e um incumprimento revelem a impossibilidade de satisfação pontual da generalidade dos compromissos: nada sucede, aqui, neste sentido. (d) E a circunstância de a recorrida já se não encontrar estabelecida na sede, não autoriza a conclusão de uma falta de solvabilidade. (e) Acresce ainda que, não obstante a recorrente referir a ausência da detentora do capital social e titular da gerência, o certo é ter, designado um substituto para o exercício de funçõ es, enquanto não são referidas dissipações de bens, ab andono propriamente dito, liquidação apressada ou ruinosa, ou 1 Adv: Dra. 1

apresentação fictícia de créditos: a recorrente, não menciona sequer a insuficiência de bens penhoráveis em processo executivo. (f) Em suma: não está caracterizada uma situação de insolvência, não por défice do requerimento inicial (o que levaria a aperfeiçoamento) mas antes porque o caso descrito não traduz, em si, e por si, o estado de insolvência, que deve estar na base do pedido2. (g) Deste modo, o pedido terá de ser indeferido liminarmente, art.º 27º/1.a CIRE, e consequentemente fica prejudicada a análise da questão suscitada de insolvência culposa, art.º 18º/1 e 186º/3.a do mesmo diploma. II. MATÉ RIA ASSENTE: (a) A recorrente é uma sociedade comercial que se dedica à exportação e comercialização de artigos e produtos alimentares. (b) A recorrida é uma sociedade comercial com objecto na comercialização a retalho desses mesmos artigos e produtos alimentares. (c) A recorrente, pediu a declaração de insolvência da recorrida. (d) Alegou, não ter satisfeito em tempo, nem até agora, o preço de artigos e produtos alimentares que lhe forneceu para revenda: 11 045,50. (e) Disse ter deix ado de conseguir contactar a visada, a qual cessou actividade comercial, não tem bens imóveis, veículos ou equipamentos. (f) Dispensou também funcionários e colaboradores. (g) e suspendeu os pagamentos à Segurança Social e ao Estado. (h) não beneficia de crédito bancário, interrompeu pagamentos a fornecedores e a Instituições de Crédito. 2 Cit. Ac. RP., 0 5.04.11: no uso dos meio s processuais ao seu dispor, o A. ou requerente, está sujeito ao s princípios da indispensab ilidade do meio, proibição do excesso e propo rcionalidade, sob pena de, tendo embora legitimidade processual, se considerar que não demonstrou interesse em agir; Ac. RP., 04.10.26: Para ser decretada a fa lência de quem não seja titular de empresa não é suficiente a invocação de um crédito e a impossibilidade de o devedor solver a divida, importa ainda, que se demonstre na falta de cumprimento da obrigação, quer pelo seu montante elevado, quer pelas circunstâncias do incumprimento, uma impossibilidade generalizada de solver as obrigações; Ac. RL, 06.02.23: não basta que o credor alegue falta de cumprimento de uma ou mais o brigações pelo devedor, sendo necessário ainda provar que aqu ela falta, pelo seu montante ou pelas circunstâncias do incumprimento, revelem a impossibilidade de o devedor satisfazer pontualmente a generalidade das obrigações, conforme preceitua o art.º 2 0º/1.b CIRE; No mesmo sentido Ac. RC. 05.12.14 e Ac. RP, 04.07.08. 2

(i), titular do capital social e da gerência ausentou-se para parte incerta, sem indicar onde e porque forma poderia ser encontrada ou contactada. (j) A recorrida está matriculada na CRC om. Ovar, so b o n.º 506174263. (k) Tem o capital social de 5000,00 e a gerência é exercida por da CRCom (l) Não procedeu ao depósito de contas junto III. CLS/ALEGAÇÕES: (1) A decisão recorrida assenta em dois vícios fundamentais que determinam ser manifestamente ilegal: erro de julgamento da matéria de facto e erro de interpretação e aplicação da lei. (2) Neste sentido, estão alegados factos suficientes que, só por si, provados tal e qual, conduziriam à verificação da insolvência da recorrida. (3) Com efeito: (i) suspensão generalizada do cumprimento das obrigações vencidas, demonstrada documentalmente no que diz respeito à divida perante a recorrente, de montante de mais do dobro do capital social, portanto, de valor consideravelmente elevado, nestas circunstâncias; (ii) correm contra ela, no tribunal de Ilhavo, a execução comum pn1317/05.3 TBILH, 1º J: 56 402,38; pelo tribunal de SMFeira, a execução comum pn 6853/05.9 TBVFR, 2º J: 39 985,51; pelos serviços do Ministério público de Ovar, inquérito criminal n.º 107/04.5 IDAVR por prática de abuso de confiança fiscal. (4) Ora, tudo cotejado, fica revelada e de uma forma evidente, ostensiva até, a impossibilidade de a sociedade recor rida satisfazer pontualmente a gener alidade das suas obrigações, tanto como a sua falta de solvabilidade: ao mesmo tempo, não é possível contacta-la e aos seus representantes, trespassou o estabelecimento, com as portas fechadas e ausência total de actividade comercial, mandou embora os trabalhadores, não pagou á Segurança Social e ao Fisco, n ão pagou aos fornecedores ou á Banca, cortaram-lhe o crédito, não presta, nem deposita as contas legais, não possui quaisquer rendimentos. (5) Verifica-se também, no caso em apreço, fuga do titular da empresa, de nada tendo valido a designação d e um substituto, pois deixou de ser possível conseguir, há muito, contactar a recorrida ou qualquer dos seus representantes. 3

(6) Verifica-se também, dissipação, abandono, liquidação apressada ou ruinosa de bens e, constituição fictícia de créditos: trespasse do estabelecimento, deixou de comprar ou vender o que quer que fosse. (7) Verifica-se, por ultimo, insuficiência de bens penhoráveis, bem como incumprimento generalizado das dívidas tributárias e das contribuições e quotizações para a Segurança Social, com manifesta superioridade do passivo sobre o activo, e atraso superior a 9 meses na aprovação e depósito das contas. (8) Em suma: não possui qualquer estabelecimento, cessou actividade, não tem quaisquer bens ou rendimentos ou sequer cr édito e condições para obtê-lo: constata-se não dispor, pois, de activos ou recursos financeiros que lhe permitam fazer face ao passivo encontra-se impossibilitada de cumprir as obrigações. (9) Depois, a recorrente, não alegou apenas factos subsumíveis a um dos facto-indice ou presuntivos da insolvência, mas a vários, todos arrolados no art.º 20º/1 CIRE. (10) E de acordo com as regras da experiência comum, fê-lo em termos a poder demonstr ar a impossibilidade ou insusceptibilidade de a sociedade recorrida solver os seus débitos, pedra de toque da insolvência. (11) Donde, a senten ça recorrida dev erá ser revogada e substituída por despacho que ord ene ou mande proceder à citação da parte contrária, ar t.º 29º C IRE. (12) De qualquer modo, o art.º 27º/1 CIRE, impõem o aperfeiçoamento do requerimento inicial3, que deveria ter acontecido e que po r não ter sido o rdenado se constitui num défice de cumprimento do princípio da colaboração. (13) O tribunal recorrido, violou para além do mais, ao decidir em contr ário do proposto, os art.º 3º, 20º/1, 25º, 27º e 29º CIRE. IV. CONTRA-ALEGAÇÕES: Sem contra alegações. V. RECURSO: Pronto para julgamento, nos termos do artº 705 C PC. VI. SEQUÊNCIA: 3 Cit. Carvalho Fernandes & Labareda, Código da insolvência e da Recuperação de Empresas Anotado, I, Quid Iuris, 2005, p. 161. 4

(1) Para requerer a declaração de insolvência de uma sociedade comercial bastará alegar e provar a indisponibilidade de crédito e um passivo sup erior ao activo, num quadro de impossibilidade de solvência. (2) Estes itens estão contidos no requerimento inicial liminarmente indeferido: divida de montante excedente do capital, sem estab elecimento conhecido da comerciante, dita a quebra fiscal e o corte dos financiamentos, sem mais património. (3) Tem pois razão a recorrente: não é caso de a lide ficar por aqui deverá seguir-se a citação, segundo o art.º 29º CIRE. (4) Tudo visto, vai revogada neste sentido a decisão recorrida. VII. CUSTAS: a final, pela massa. 5