RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA. (Elaborado nos termos do art.º155º do C.I.R.E.)

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1 RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA (Elaborado nos termos do art.º155º do C.I.R.E.) Notas prévias: Sentença da Declaração de Insolvência proferida em Publicidade de Sentença efetuada no Portal Citius em Assembleia de Credores: às 14h15 Reunião realizada com o Ilustre Mandatário do insolvente, Dr. Carlos André Torres, em INSOLVENTE: JOSÉ MANUEL RIBEIRO CORREIA NIF: RESIDÊNCIA: Travessa da Póvoa, n.º 426, casa 5, Porto DATA DE NASCIMENTO: Nº DE DEPENDENTES: 0 SITUAÇÃO FACE AO EMPREGO: Desempregado 1/5

2 2. ACTIVIDADE A QUE SE DEDICOU NOS ÚLTIMOS 3 ANOS E PRINCIPAIS CAUSAS DA SITUAÇÃO ACTUAL - Artigo 155ª, nº 1, alínea a) do CIRE - Análise dos elementos incluídos no documento referido no artigo 24ª, nº 1, alínea c) do CIRE- Do agregado Familiar O Insolvente é uma pessoa singular, solteiro, com 46 anos de idade e sem dependentes. Segundo informações prestadas pelo seu Ilustre Mandatário na reunião realizada, o Insolvente vive com a sua companheira na Travessa da Póvoa, n.º 426, casa 5, Porto, em imóvel da propriedade da sua companheira. Da Atividade Profissional No que concerne à atividade profissional exercida pelo insolvente, de acordo com o que vem dito na Petição Inicial e ainda das informações prestadas pelo seu Ilustre Mandatário, sabe-se que o insolvente não exerce qualquer atividade, nem aufere qualquer remuneração. Questionado o seu Ilustre Mandatário quanto às despesas mensalmente suportadas pelo insolvente, foi a AI informada por viver da ajuda dos pais e da namorada e por não dispor de qualquer rendimento, não pode apresentar quaisquer despesas. Na Petição vem ainda referido o Requerente ( ) vive unicamente com o auxílio material dos seus pais e namorada. Dos rendimentos Da análise às declarações de rendimentos do insolvente, reportadas aos últimos três anos, afere-se o seguinte: Ano dos Rendimentos Rendimentos declarados pelo Insolvente , , ,96 Todos os rendimentos acima descritos foram auferidos pelo insolvente na sociedade Repoven Reparações de Material Rodoviário Pesado e Máquinas, Lda. B CAUSAS DA SITUAÇÃO ACTUAL Tendo por base os elementos constantes da Petição Inicial, aqueles obtidos por indagação da AI e ainda das informações prestadas pelo Ilustre Mandatário do Insolvente, retiram-se as conclusões que infra se enunciam quanto às causas da situação atual: O Requerente era sócio e gerente da sociedade comercial por quotas denominada Repoven Reparações de Material Rodoviário Pesado e Máquinas, Lda., NIPC ( ) no desenvolvimento da atividade daquela empresa, o Requerente assumiu obrigações, como avalista em livranças, perante instituições de crédito ( ) a Repoven, foi declarada insolvente nos autos que sob o 2/5

3 n.º 27/12.0TYVNG correu termos pelo 3.º Juízo do Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia ( ) aquela Reproven começou a incumprir com as suas responsabilidades fiscais e contributivas. Com efeito, perante a falta de cumprimento das obrigações assumidas pela sociedade supra, subsequente declaração de insolvência e insuficiência de bens para pagamento das dívidas contraídas, o ora insolvente acabou por ser acionado na qualidade de avalista, aumentando voluptuosamente o seu passivo com as demais consequências daí decorrentes. Desta forma, e conforme se pode ler na Petição Inicial, em virtude da insolvência e liquidação da Repoven, o Requerente deixou de poder cumprir perante o Banif- Banco Internacional do Funchal com as prestações mensais associadas ao crédito para aquisição de habitação própria e permanente ( ) o requerente deixou de poder cumprir com as suas obrigações, encontrando-se em situação de incumprimento para com aqueles credores. Da análise ao passivo dos insolventes resulta, Pela análise às reclamações de crédito rececionadas até à data, conjugadas com os créditos arrolados pelo insolvente no cumprimento do disposto no artigo 24º nº1 al. a) do CIRE verifica-se que o principal passivo do insolvente emerge de avais prestados pelo insolvente em prol da atividade exercida pela sociedade Repoven Reparações de Material Rodoviário Pesado e Máquinas, Lda. Do passivo apurado e já conhecido, este cifra-se no montante aproximado de ,00 euros. CONCLUINDO, Da análise efetuada aos elementos disponibilizados à AI, bem como das diligências encetadas pela administradora de insolvência, conclui-se que a situação de insolvência adveio, essencialmente, como corolário do estado de insolvência da sociedade Repoven- Reparações de Material Rodoviário Pesado e Máquinas, Lda., a qual acarretou o incumprimento de todas as obrigações assumidas por aquela sociedade e para as quais o insolvente prestou o seu aval. Com efeito, encontrando-se, à data, desempregado, sem rendimentos, o insolvente não dispõe de meios económicos necessários para dar cumprimento às obrigações assumidas, culminando, consequentemente numa situação de incumprimento generalizado e na sua situação de insolvência. 3. ANÁLISE ESTADO DA CONTABILIDADE DO DEVEDORES E OPINIÃO SOBRE OS DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA - Artigo 155ª, nº 1, alínea b) do CIRE Não aplicável por força da alínea f) do nº 1 do artigo 24º do CIRE (não tem contabilidade organizada) 3/5

4 4. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA DO DEVEDOR, NO TODO OU EM PARTE, DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA, E DAS CONSEQUENCIAS DECORRENTES PARA OS CREDORES NOS DIVERSOS CENÁRIOS FIGURÁVEIS - Artigo 155ª, nº 1, alínea c) do CIRE Pelo que foi possível apurar, decorrente das diligências efetuadas pela AI, nomeadamente junto da Administração Tributária e Serviços de Registo Predial e Automóvel, verifica-se que: 1. O insolvente não exerce qualquer atividade, nem aufere qualquer remuneração ; 2. Sob o ponto de vista da propriedade, é conhecido ao insolvente um bem imóvel de natureza urbana, destinado a habitação, denominado pela letra C, sito na Rua Beato Domingos Jorge, 125, freguesia de Vermoim, concelho da Maia; 3. Além deste imóvel, são ainda conhecidas ao insolvente ações na ZON Multimédia e na Portugal Telecom, correspondentes às verbas nº2 e 3 do inventário de bens; 4. Não são conhecidos ao insolvente quaisquer veículos automóveis. O Ilustre Mandatário do insolvente declarou à AI o m/ Constituinte não dispôs nos últimos 3 anos de qualquer outro veículo automóvel, nem nesse período foi proprietário de qualquer outro imóvel ; 5. Pelo que se verifica que, atualmente, face à inexistência de rendimentos auferidos pelo insolvente, não existe possibilidade de este vir a gerar receitas suficientes para fazer face às suas obrigações; Assim, e sendo que o insolvente não tem qualquer fonte de rendimento, a única forma de satisfazer (parte) dos créditos que vierem a ser reclamados e apurados é a liquidação célere do património da insolvente. Pelo que a AI PROPÕE à assembleia de Credores: a) A liquidação do património do insolvente 5. EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE Na petição inicial, veio o insolvente requerer ao Tribunal que lhe fosse concedida a exoneração do passivo restante, nos termos do disposto nos artigos 235º e s.s. do CIRE. Para tal, declara expressamente que preenche os requisitos exigidos e se dispõe a observar todas as condições impostas por lei artigos 23º nº2 al. e) e 254º do CIRE. Das diligências encetadas a administradora de insolvência não tomou conhecimento de que o insolvente se enquadre em nenhuma das situações previstas no artigo 238º n.º 1 do CIRE. 4/5

5 PEDE DEFERIMENTO, Muito atentamente, A administradora de insolvência, Anexo: Lista provisória de credores Inventário de Bens 5/5