Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na. Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão,

Transcrição

1 Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão 4º Juízo Cível Processo nº 1438/08.0TJVNF Insolvência de António Jorge Pinto Ferreira Alves V/Referência: Data: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte nº , Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do C.I.R.E., bem como os respectivos anexos (Anexo A e Inventário). P.E.D. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 18 de Junho de 2008i Página 1 de 1

2 Insolvência de ANTÓNIO JORGE PINTO FERREIRA ALVES Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) I Identificação do Devedor António Jorge Pinto Ferreira Alves, casado sob o regime de comunhão de adquiridos com Maria Armanda Matos Amaro Ferreira Alves, filho de João Ferreira Alves e de Maria Fernanda Pinto Alves, com residência na Rua Camilo Castelo Branco nº 233, freguesia de Abade de Vermoim, concelho de Vila Nova de Famalicão, portador do bilhete de identidade nº e com o número de identificação fiscal II Actividade do devedor nos últimos três anos e os seus estabelecimentos (alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.) A situação de insolvência não decorre de qualquer actividade de âmbito comercial ou industrial do devedor, mas antes de dívidas contraídas pela sua esposa. De acordo com as informações prestadas pelo devedor, e que constam da petição inicial, a sua esposa contraiu dívidas sem o seu conhecimento que, no final do ano de 1998, ascendiam a cerca Euros ,00. Este comportamento da esposa ter-se-á mantido ao longo do tempo, culminando não só com o avolumar do valor em dívida, mas também com a separação do casal, desconhecendo inclusive o seu paradeiro desde Dezembro de Actualmente o devedor encontra-se reformado, integrando o seu agregado familiar a sua companheira Rosa Maria da Costa Abreu, com quem vive em união de facto, pelo filho desta, o menor de nome Tiago Rafael Abreu Castro e o seu filho, Ricardo Jorge Amaro Ferreira Alves. O devedor aufere uma pensão mensal bruta de Euros 1.647,29 (a que corresponde um valor líquido de Euros 1.457,00). III Estado da contabilidade do devedor (alínea b) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) Não aplicável Página 1 de 3

3 Insolvência de ANTÓNIO JORGE PINTO FERREIRA ALVES Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) IV Perspectivas futuras (alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) O devedor apresentou, com a petição inicial, o pedido de exoneração do passivo restante, nos termos do artigo 235º e seguintes do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas. Estabelece o nº 4 do artigo 236º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas que na assembleia de apreciação do relatório é dada aos credores e ao administrador da insolvência a possibilidade de se pronunciarem sobre o requerimento do pedido de exoneração do passivo. Por sua vez, o artigo 238º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas enumera as situações em que o pedido de exoneração do passivo é liminarmente indeferido. Até à data, desconheço qual facto que possa levar ao indeferimento liminar do pedido. A aceitação do pedido de exoneração do passivo determina que durante um período de 5 anos o rendimento disponível que o devedor venha a auferir se considere cedido a um fiduciário. Integram o rendimento disponível todos os rendimentos que advenham a qualquer título ao devedor com exclusão do que seja razoavelmente necessário para o sustento minimamente digno do devedor e do seu agregado familiar, não podendo exceder três vezes o salário mínimo nacional (subalínea i da alínea b) do nº 3 do artigo 239º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas). Se considerarmos que actualmente o salário mínimo nacional mensal é de Euros 426,00, então da pensão auferida pelo devedor Euros 1.647,29 uma parte Euros 369,29 poderá integrar o rendimento disponível. Conforme resulta da exposição feita pelo devedor (Anexo A), nesta data é ele o único sustento da sua família, computando as despesas mensais do agregado familiar em Euros 1.278,13 (o comprovativo do valor das despesas encontra-se junto à petição inicial), pelo que propõe que o rendimento disponível seja fixado em Euros 120,00 mensais. A este valor, deverá acrescer as quantias obtidas com os activos que são passíveis de integrar a massa insolvente e melhor descritos no inventário Página 2 de 3

4 Insolvência de ANTÓNIO JORGE PINTO FERREIRA ALVES Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Nesta conformidade, sou de parecer que deve ser deferido o pedido de exoneração do passivo apresentado pelo devedor, devendo ser fixado o rendimento disponível em Euros 120,00 mensais, enquanto se mantiverem as actuais condições. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 18 de Junho de 2008 Página 3 de 3

5 Insolvência de António Jorge Pinto Ferreira Alves Anexo A

6 Rui Novais Advogado TRIBUNAL JUDICIAL DE VILA NOVA DE FAMALICÃO 4º JUÍZO CÍVEL PROC. Nº 1438/08.0 EXMO. SENHOR ADMINISTRADOR DE INSOLVÊNCIA, DR. NUNO RODOLFO DA NOVA OLIVEIRA DA SILVA. ANTÓNIO JORGE PINTO FERREIRA ALVES, Insolvente nos autos à margem referenciados, com Assembleia de Credores marcada para o próximo dia 26 de Junho de 2008, pelas 14 hrs., tendo V.Exa. que elaborar o relatório para naquela ser apresentado, vem expor o seguinte: 1) No seu requerimento inicial, artº 38, o insolvente alegou que se dispunha a retirar um valor monetário do rendimento disponível, pelo período de cinco anos, a determinar pelo douto Tribunal. 2) Nos termos do artº 239 nº 3 b) i), integram o rendimento disponível todos os rendimentos que advenham, a qualquer titulo ao devedor, com exclusão, do sustento minimamente digno do devedor e do seu agregado familiar, não devendo exceder, salvo decisão fundamentada do juiz em contrário, três vezes o salário mínimo nacional. 3) Como já foi dito nos autos, o agregado familiar do insolvente é constituído por quatro pessoas, por si, pela sua companheira Rosa Maria da Costa Abreu, com quem vive em união de facto há mais de dois anos, com o filho desta, menor e estudante, Tiago Rafael Abreu Castro, e, desde há um mês, com o filho do insolvente de seu nome Ricardo Jorge Amaro Ferreira Alves, apesar de maior, é estudante universitário no Porto, que assim todos os dias se têm de deslocar de Famalicão ao Porto e vice-versa. 4) Desde Há cerca de duas semanas a sua companheira, Rosa Maria da Costa Abreu, deixou de ter trabalho, pelo que se encontra desempregada. 5) Pelo que, o único rendimento disponível do agregado familiar é o montante da pensão do insolvente, no valor de : 1.457,00, uma vez que a pensão mensal ilíquida é no valor de : 1647,29. 6) Isto para uma despesa mensal fixa do agregado familiar de: a) Renda de casa de : 333,13. b) Energia Eléctrica de : 180,00. ½

7 c) Água de : 40,00. d) Despesas com alimentação de : 500,00. e) Despesas com vestuário e calçado de : 75,00. f) Montante que dá ao seu filho estudante de : 150,00. 7) O que dá uma despesa fixa no valor de : 1.278,13, sendo que a tais despesas o insolvente não pode fugir, sob pena de nem sequer poder levar um vida digna. 8) Pelo que, o insolvente fica com um rendimento disponível de : 178,87. 9) Nestes termos, não obstante V.Exa. ter de apresentar proposta do valor a liquidar no período de cessão no seu relatório, a determinar por douta decisão do Mmo. Juiz, o insolvente propõe, por lhe parecer perfeitamente exequível e liquidável, sem qualquer atraso e condicionante da vida do insolvente, a quantia de : 120,00. O Advogado Rui Novais Cédula Profissional 4534P

8 Insolvência de António Jorge Pinto Ferreira Alves Inventário (Artigo 153ºdo C.I.R.E.)

9 Insolvência de António Jorge Pinto Ferreira Alves Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.) Relação dos bens e direitos integrados na massa insolvente: Verba nº1 Viatura ligeira de passageiros da marca Hyundai, modelo Lantra 1.6 GLS, do ano de 1992, com matrícula AJ, com valor comercial de Euros 650,00 Verba nº2 Direito do insolvente no seguinte imóvel: Fracção Autónoma designada pela letra E, correspondente ao primeiro andar direito do prédio urbano em regime de propriedade horizontal, sito na Rua Gago Coutinho, 195/211, freguesia de Águas Santas, concelho da Maia, descrito na Conservatória do Registo Predial da Maia sob o nº de Águas Santas e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo Verba nº3 Valor penhorado no âmbito do processo executivo nº 5107/06.8TBMAI pendente no Juízo de Execução do Tribunal Judicial da Maia e em que é exequente a CREDIFIN Banco de Crédito ao Consumo, S.A. Verba nº4 Valor penhorado no âmbito do processo executivo nº 3110/05.4TBVNG pendente no 2º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Gaia e em que é exequente o BANIF Banco Internacional do Funchal, S.A. Castelões, 18 de Junho de 2008 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Página 1 de 1